Capítulo I



Capítulo I – Cachorro.

Eu nem sei porque eu fiquei tão surpresa quando eu o vi beijando a Vany. Quer dizer, é uma coisa que acontece normalmente. Eu o vi beijando a Tamires ontem. Bem, eu também fiquei chocada ontem... mas algum ser que esteja lendo esse lixo pode vir até aqui e me contar o que está acontecendo? Eu não acredito que eu vejo esse Black beijando todas as meninas da escola durante uns 4 ou 5 anos e ainda não me conformei com o fato de que ele é um galinha. E eu não acredito que eu ainda não me liguei que ele não vai ficar comigo.

-Hmm, me desculpem! – eu disse pegando o meu copo de capuccino que eu tinha deixado cair junto dos meus livros quando eu vi essa cena.

-Tudo bem! – ele disse me ajudando a pegar os livros.

-Obrigada! – eu disse pegando o último livro.

-Hmm, eu te conheço? – linda pergunta.

-Eu passei cola pra você em Álgebra II e em Ciência da Terra.

-AHH! – ele parecia se lembrar. Eu disse parecia. – em qual prova?

-Na de ontem! – eu disse meio (meio) constrangida.

-Siiix!! - aquela vadia disse com a voz mais esganiçada e forçada que eu já ouvi na minha vida.

-LENEE! – a Lily me chamou no fim do corredor.

-Tô indo! – eu disse. – Tchau! – acrescentei.

-Você é amiga da Evans?

-Sou! – respondi correndo em direção a Lily.




-E o que o Black queria? – ela perguntou.

-Nada! – eu disse apertando o meu caderno.

-É! E meu nome é Tramboio!

-Combina com você! – eu disse e ela deu um tapa no meu ombro. – o que você quer Lil? Eu tenho prova na próxima aula.

-Olha! – ela me mostrou dois papéis azuis com um carimbo vermelho...

-CONVITES! PARA A FESTA DO POTTER! – eu berrei.

-YES! – ela berrou ainda mais alto e me entregou um. – festa na piscina. Não esqueça o biquíni!

PISCINA? COMO É QUE É?

-Mas...

-Vai logo estudar. – ela me empurrou pra sala de estudos.

-Mas...




-Hey Moreninha! – alguém cochichou no meu ouvido e... jogou uma bolinha de papel em mim. - Qual é a número 7?

...

-Moreninha...

Ai esse olhar de cachorro que caiu do caminhão de mudança.




BOLETINS! Chegou a hora tão horrenda de receber as notas. É que os nossos professores são tão rápidos que corrigem a prova no mesmo dia, e fecham a média. E logo depois vem o boletim.

-Hmm, quanto você tirou em Álgebra I?

-9,5! – eu respondi me virando para ver quem estava atrás de mim.

-Eu tirei 7,0. Obrigada pela ajuda.

-De nada, Black.

-Pode me chamar de Sirius.

-Eu prefiro te chamar de Black.

-Como quiser! – ele disse e sacudiu os ombros.

God, porque eu fiz isso?

Ah, já sei. Porque eu sou uma completa IM-BE-CIL.

E é muito difícil ser uma completa imbecil. Porque bem, eu não sou burra, sou até bem inteligente, mas falo muita besteira, e isso sim, é uma porcaria.

-Hey Lene! Eu tirei 9,0 em História Nacional. – Lily me chamou.

-Parabéns!

-Hey Evans. Vai na festa de sábado? – Sirius perguntou.

-Vou sim. Eu e a Lene vamos sair para comprar novos biquínis hoje. – ela tinha que dar esse detalhe! AAAHH!! SHIT!

-Ah, você também vai? – ele perguntou agora olhando para mim.

-Não. Vou comprar biquíni pra enfeitar o meu armário.

Ok, eu tenho danos cerebrais! Ele é o maior gatinho do mundo e eu sou irônica com ele. Eu não consigo dizer “oi” sem gaguejar e do nada eu to sendo irônica com ele. Fala sério.

Eu fiz algo muito horrível para isso estar acontecendo comigo.

-Não se preocupe. Estou acostumado com pessoas irônicas. – ele disse e piscou pra mim. E depois foi se juntar a aquele grupinho de populares, que a Lily faz parte e deixa a melhor amiga dela plantada aqui. Bem que ela podia ir lá e me apresentar, mas não. E sempre que eu sugiro isso, ela sempre fala a mesma coisa. “Ah, Lene, você já tem as notas, a família, a casa e etc melhores do que o que eu tenho, deixa eu pelo menos ter um grupinho de amizade melhor que o teu.” Grande amiga essa que eu arrumei.

E agora eu estou na mesa mais isolada do mundo, esperando que anunciem o meu ônibus.

OMG!! Eu tive a melhor idéia de toda a minha vida.

Levantei do banco e comecei a acenar em direção à Lily.

-Hey Lil.

E ela veio em minha direção.

-Que é? – ela perguntou com cara de inocente.

-Que tal no dia da festa, você me apresentar a tua galera?

-Hmm – tsc, tsc, você deveria ter pensado nisso antes de me convidar – Lene, porque você não convida mais uma amiga sua, pra ficar com você.

Esse é o cúmulo da amizade desgraçada.

-Porque Lil – eu fiz cara de chateada – você é a minha única amiga.

E depois que eu disse isso, ela decidiu esperar o ônibus comigo na mesa dos isolados, embora ela não seja isolada.




-Marlene! Boletim? – mamãe perguntou esticando a mão. Embora as outras mães sejam normais, a minha não é.

Definição de mãe normal.

Uma mãe, que quando eu chego em casa não pede as notas do dia, e sim pergunta como foi a escola, se foi divertido, se aconteceu alguma coisa estranha?


Exemplo:
Mãe: Marlene! Como foi o dia?
Lene: Hoje enquanto a professora explicava sobre Napoleão, um moleque retardado começou a atirar bolinhas de papel. Você deveria ter visto a cara que ela fez quando uma bolinha acertou os óculos dela.


Uma mãe normal, tenta te convencer que aquele vestido que te deixa uma baleia, está deixando os seus olhos mais brilhantes e realça a sua maquiagem.

Exemplo:
Mãe: Marlene, você ficou linda nessa roupa.
Lene: Sério? Não me deixa gorda?
Mãe: Só um pouquinho mesmo, mas seu cabelo parece ainda mais sedoso, e combina com os seus olhos.


Para mais exemplos, consulte o manual da Mãe Normal.

-Muito bem. Suas notas estão boas. Mas precisa melhorar em Educação Física. A partir de amanhã você vai começar a correr 45 minutos por dia, lá no parque, assim que voltar da escola.

Agora você entende porque eu gostaria tanto de ter uma mãe normal.

-Ok, mãe.

-E isso vai ajudar a você perder uns quilinhos! Aquele vestido que você comprou semana passada nem deve estar servindo mais. Eu disse pra você que estava justo demais.

Não, me enganei. Agora você sabe porque eu preciso tanto de uma mãe normal.




-Marleeene! – Miguel me chamou e eu acordei um tanto quanto sonolenta.

-Que é? – perguntei. Sim, estou dormindo 5 horas da tarde, porque minha mãe saiu e eu estou usando esse tempo para refrescar os pensamentos.

-Telefone pra você!! – ele berrou. Até agora deu pra entender que a minha família não é normal.

-Alô? – eu disse puxando o telefone da minha mesa-de-cabeceira.

-Alô? Marlene?

-É ela! Quem fala?

-Oi McKinnon! É o Sirius.

-Ah, Black. O que foi?

-Bem, eu estou com dificuldades em Geometria. Será que você não poderia me ajudar?

-Poder, eu posso.

-Ebaa. Valeu.

-Eu disse que posso, não que vou fazer.

-Por favor, McKinnon! Eu faço qualquer coisa.

-Qualquer coisa? – não pense que sou do tipo do mal, tipo, pedir que ele não namore mais do que 1 garota por ano. Eu sei muito bem o que pedir. E não é uma coisa maligna. Eu acho.

-Qualquer coisa.

-Ok. Então eu te ajudo em geometria.

-Tô indo pra sua casa.

-Esper...

TUTUTUTUTUTUTUTUTU




Eu não sei o que me espanta mais, Sirius Black saber onde eu moro, ou o fato de que depois que eu ensinei geometria a ele, ele ainda teve a cara-de-pau de fingir que não sabia do que eu estava falando quando eu falei do “qualquer coisa”.

-Ah tá, o seu pedido. – Parabéns Black, você descobriu a América.

-Hmm, o baile de primavera é semana que vem, na sexta.

-É eu sei. Você não imagina quantas garotas esperam que eu as convide.

-Certo. E você não vai as convidar.

-É, eu sei. – ele disse tomando um gole do refrigerante que estava do seu lado.

-Porque você vai convidar a mim.

-Como é que é? – Ele disse cuspindo a Coca toda.

-Você disse qualquer coisa.

-Ok. – o.õ

-Então eu te encontro no baile, às 20:00.

-Certo. E valeu pela ajuda Lene.

-Nada.




E a última coisa que eu queria fazer, era estar nessa festa da piscina.

-Hey! Lily! – James acenou para nós de longe.

-JAMES! – ela foi ao encontro dele. Eles se abraçaram e blábláblá.

-McKinnon! – ele virou-se pra mim. - Pode ficar à vontade, coma, beba, entre na piscina, a casa é sua.

-Não – eu disse – a casa é sua, você só está tentando me fazer sentir parte desse grupo mas...

Lily começou a fazer sinal negativo com a cabeça.

-Ok, obrigada pelo convite. – eu disse sorridente.

-Vamos Lil! – ele disse e ele e a Lily foram em direção ao que eles chamam de churrasco. Pra mim parece um monte de carne queimada. Fala sério, o povo daqui não sabe cozinhar, não?

Ótimo, a ruiva vai me deixar aqui sozinha, no meio de uma festa de populares, sem ninguém pra conversar. Eu vou tomar mais cuidado pra ver quem eu escolho como amiga.

Tirei as sandálias e coloquei o pé na água. Aah, tá tão quentinha. Olhei para o relógio e depois para algumas pessoas, no fundo da piscina. Onde eu estava com a cabeça ao aceitar o convite para vir na festa? Eu sabia que isso ia dar em merda. Estou fazendo aqui a mesma coisa que eu estaria fazendo em casa. A diferença é que na minha casa eu não ficaria morrendo de vergonha de ser eu. Quer dizer, eu poderia enfiar os pés na minha banheira que ia dar na mesma, eu podia pegar carne e tacar no fogo que ia dar na mesma, e eu poderia pensar na vida aqui e lá, que não faria a menor diferença. Tentar me encaixar no mundo de pessoas diferentes de mim, não foi a melhor coisa que eu já tentei fazer. E as pessoas ainda pensam que eu não tenho problemas cerebrais. Aiin, o quanto idiota eu fui, ao cair na tentação de vir para essa festa. Levantei-me e fui em direção a Lily.

-Estou indo. – eu disse, só para que ela não pense coisas ridículas sobre o que aconteceu comigo, como por exemplo que eu fui abduzida pelos alienígenas. Isso é, com certeza, do feitio de Lily.

-Por quê? – ela perguntou enquanto comia um espeto de frango.

-Isso não é pra mim, Lil. Não mesmo. – e sai correndo portão a fora.

-Lene, espera. – por mais incrível que pareça ela está correndo atrás de mim. Eu parei no ponto de ônibus e sentei, quando ela chegou ofegante, me olhou nos olhos e perguntou – O que foi Lene?

-Lil, eu sou uma boa amiga? – perguntei olhando para os pés. – Quer dizer, eu sou, não sou? Eu te ajudei quando você estava com dificuldade em Matemática. Eu te ajudei a escolher o vestido que você vai usar no baile de formatura. Eu pedi à Miguel que nos levasse a um shopping do outro lado da cidade. Então, eu sou uma boa amiga?

-Claro que você é! A minha melhor amiga. – Lily começou.

-Então, porque você não quer que eu participe do seu grupo? Porque você me isola tanto das suas amizades?

-Pensei que não se importasse.

-Claro que eu me importo. Se somos parte uma da outra, como eu não me importaria se você arrancasse um pedaço de mim?

-Eu te convidei para a festa.

-Porque tinha convites de mão beijada. Se você tivesse ganhado apenas um, nem correria atrás do meu, mesmo sabendo que iria conseguir.

-Eu não tinha idéia, de que você se sentia assim. – ela olhou para o ônibus que parou na nossa frente e eu balancei a cabeça para o motorista dizendo que aquela não era a minha linha. – Você nunca disse nada.

-E o que eu diria? “Lily, pare de andar com essas pessoas, quero que você sempre preste atenção em mim.”

-Não. – ela balançou a cabeça negativamente. – Poderia ter dito “Lily, você poderia dar um pouco de atenção pra mim, você não está dando o suficiente.” Ou sei lá.

-Lily, ouça bem o que você disse. Se você não tivesse ouvido o que eu disse, acha mesmo, que daria importância a essa frase?

Ela balançou a cabeça negativamente.

-Você foi a minha primeira amiga no colégio. Ajudou-me quando eu cheguei. Mas o James... – ela falou baixinho.

-O James apareceu e você se apaixonou por ele tanto quanto ele por você. E te deu um ótimo motivo pra se afastar de mim.

-Não é isso. Eu só não fiquei tanto tempo com você, porque a popularidade tomava muito do meu tempo. Não vai se repetir. Eu juro.

-Eu não sei mais no que acreditar. – respondi olhando para o chão e entrando no ônibus – São muitas versões. – me virei e entrei, sentei em uma das últimas cadeiras e observei a Lily parada perto do ponto de ônibus, olhando para mim, com uma cara desanimada.




-Fiquei sabendo que você vai ao baile com Sirius Black. Conta ai, quando é que ele te convidou? – Lily perguntou, apoiando – se em um armário ao lado do meu, e sorrindo grandiosamente.

-Eu não vou. Não mais. – eu respondi guardando alguns livros.

-Como assim não vai?

-Eu desisti. Sirius Black não me convidou, eu o ajudei em uma matéria, e como retribuição disse a ele para que me levasse ao baile, mas seria infantil e cruel da minha parte impedir que ela vá com aquele bando de vagabundas pro baile, já que é o que ele gosta mesmo. – sacudi os ombros.

-Lene, você tem uma noção de quantas garotas se matariam para ir ao baile com Sirius Black?

-Lil, você tem uma noção de quantas meninas pedem que um garoto a leve para o baile ao troco de ajudar com uma matéria?

Ela mordeu o lábio inferior. E isso significava que ela não tinha idéia de como dar a resposta.

-Beeeem – ela disse revirando os olhos.

-Eu respondo: SÓ EU MESMA, porque nenhuma garota precisa fazer um favor para um cara para que ele a convide.

-Ok. – ela disse colocando as mãos pra cima com as palmas viradas pra mim em sinal de rendição – se você não quer ir ao baile com o Sirius eu não posso fazer nada.

-Ótimo. – eu disse e suspirei quando James Potter veio em nossa direção, ele sorriu amarelo pra mim e depois olhou pra Lily.

-Oi Li! – ele deu um selinho nela – O que aconteceu? Você saiu correndo da festa e depois não voltou.

Entramos na sala e eu sentei na 2ª carteira, Lily foi com James para as fileiras do fundo. Suspirei e olhei para ela.

-Calma! – ela sussurrou e depois deu uma piscadela.

O sinal bateu e eu retirei meu caderno da mochila esperando o professor entrar na sala. Sirius Black entrou logo em seguida ao meu pensamento e eu sussurrei para eu mesma “ótimo, mais um para a turminha do fundo!”

Foi um pensamento em vão, eu admito. Ele não se sentou perto de Lily e James, ou qualquer outro que fosse do fundo ou popular.

-Olá McKinnon! – ele se sentou do meu lado.

-Black! – eu respondi – Porque está sentado aqui e não com a sua turma?

-Eu fiquei sabendo que não vamos mais ao baile juntos.

-É. Sabe a Vany? – ele assentiu e continuou afirmando enquanto eu listava nomes – Tamires? Gabrielle? Giovanna? Paula? Lara? Bem, eu sei que você quer ir com elas ao baile então, ótimo, pode ir ao baile com as suas vadiazinhas, eu não me importo.

-Marlene, você não tem Super poderes. Não pode ler minha mente. Contudo, você não sabe o que eu quero.

-É ai que você se engana. Eu sei que você quer que aquelas piranhas se esfreguem em você, seu cachorro. E ir ao baile comigo ia te limitar a não dormir com elas, e você não quer isso. Vai, pode ir com elas. Eu sei que você quer.

-E se eu te disser que quero ir ao baile com você?

Olhei para trás. Lily estava conversando com James, mas sorria toda vez que olhava para cá.

-Eu ia achar que a Lily te pediu isso.

-E se eu te dissesse que a Lily não tem nada haver com isso?

-Eu não ia acreditar.

-Então eu espero que não fique brava com a Lily, porque ela não tem nada haver com isso.

-Isso o que?

-Eu ir ao baile com você.

Eu devia uma risada satisfatoriamente alta antes do professor entrar na sala e completei baixinho.

-Pois bem, quem não quer ir ao baile com você agora sou eu. – e peguei meus cadernos em cima da mesa, indo para a mesa ao lado, já que era a única livre, e pedi para o garoto ao meu lado se sentar na mesa vazia ao meu lado entre eu e Sirius. O sinal bateu indicando o começo da aula, e eu olhei para o professor, sem me preocupar, porque agora Sirius não podia trocar de lugar.

-Prova surpresa! – o professor anunciou e ouvi várias vaias desaprovando as palavras do professor vindo de trás e do meu lado. – Tudo bem – ele disse – pode ser em dupla. – ele completou tentando acalmar a multidão enfurecida.

Agora o barulho que me cercava, era total e completamente diferente do barulho de segundos atrás. É claro que todos iam achar suas duplas, e fazer a prova e provavelmente ao invés de 2 eles iam tirar uma nota como 6, ou sei lá. Mas eu prestava atenção nas aulas, e não via problema algum em fazer a prova sozinha. Guardei os cadernos e fiquei olhando para a mesa vazia, esperando o professor entregar as provas quando ouvi uma voz familiar me chamando.

-Posso fazer a prova com você? – me virei para encarar Sirius, e com uma voz firme e séria respondi.

-E deixar você se aproveitar da minha inteligência de novo? Não, obrigada, prefiro fazer isso sozinha.

-Se quiser eu faço a prova inteira sozinho, mas coloco os nossos nomes.

-Tem uma noção de que a minha mãe vai pirar quando vir a minha nota afundar por sua causa?

-Hmm, e o que você sugere?

-Fazer a prova sozinha! – repeti, tentando ser mais clara.

-O Matt faltou hoje.

-E daí? – sacudi os ombros como se não ligasse. E não ligava.

-A sala tem um número par! – ele respondeu – Ninguém vai ficar sozinho.

-Corrigindo: Duas pessoas vão ficar sozinhas! Porque eu não vou fazer em dupla com você!

Ele sentou-se do meu lado, mas antes que chegasse a se firmar na cadeira, Lily o empurrou.

-Six, pode deixar, eu faço a prova com a Lene! – eu lancei um olhar de ‘minha nota é muito importante’ e ela murmurou – eu estudei para essa prova, tá? Você faz metade das questões e eu a outra parte, e você olha as minhas respostas pra ver se está certo ou errado, assim, você sabe que não estou me aproveitando dos seus neurônios, e a sua nota não desce pelo ‘vaso sanitário’!

Concordei, um pouco sem jeito, meio feliz pela proposta dela. Terminamos antes de todo mundo, e quando cheguei a mesa do professor, ele corrigiu e ao nos entregar a prova com um “10” disse:

-Marlene, da próxima vez, deixe que Lily responda algumas questões.

-Na verdade – eu o corrigi – essa é a letra da Lily. – apontei para metade das questões – E eu e ela não nos falamos durante a prova inteira.

Deixei que Lily escolhesse as questões que ela sabia, para não fazer a metade que era mais fácil para ela, e quando ela me perguntava se estava certo ou errado, ela apontava a questão e eu balançava a cabeça. A verdade é que eu não corrigi nenhuma questão da Lily, porque todas estavam certas.

Ele balançou os ombros, derrotado e nos dispensou.

-Lene – Lily me chamou – você é minha melhor amiga, eu te amo, e, de verdade, eu nunca deixaria você sozinha durante as minhas conversas pró-populares se eu soubesse que isso te deixava magoada.

Eu fiquei literalmente de queixo caído, e sem perder um segundo mais, eu a abracei.




Foi, de fato, surpreendente quando Lily disse que queria que eu sentasse com ela na mesa dos populares. Mas eu recusei, porque o Black estava lá. E eu não queria olhar pra ele. Sei lá porque. Então eu disse que ela podia se sentar lá, que eu não ia ligar. Mas adivinha o que ela fez? Ela sentou comigo. Por livre e espontânea vontade.

Assim que coloquei a minha bandeja na mesa, Lily colocou a dela também.

-Não precisa se sentar comigo Lily. Pode ir se sentar com o James.

-Não quero! – ela se sentou do meu lado e começou a comer.

-Quem é você? O que fez com a Lily Evans? Por favor, não chupe o meu cérebro! – eu disse brincando e ela riu.

-Lene, estou disposta a me redimir por todas as coisas horrorosas que eu fiz.

Ela disse isso mesmo? Ou sou eu que estou imaginando isso?

-Coisas horríveis? E eu que achei que ia arranjar um namorado antes do apocalipse.

Ela deu uma gargalhada. Isso não tem graça. A minha amiga foi seqüestrada por alienígenas!

-Eu vou dividir o meu tempo entre as minhas tarefas, a minha popularidade, e a minha prioridade, que é claro, você.

-Nossa, a Lily que eu conheci quando chegou aqui finalmente voltou. Achei que ela tinha se mudado pra sempre! – comentei sarcástica.

N/A: mais de 6 meses pra postar um capítulo, e quase que eu posto sem beta, e sem explicação. Pois bem, miiinha amiiga querida, Ana Carolina, topou ser a minha betinhaa, então ela vai betar esse cap. Confio muito nela, NE aninha? *---* [/isso foi uma indireta // zuera] ahn, bem, eu sou uma nômade de computador, escrevo na casa do meu pai, minha vó, e na escola, mas eu tinha deixado esse cap no PC da minha vó, que foi pro concerto, e eu não tinha salvado em outro lugar. Quando o PC voltou do concerto, a fic não estava nos meus documentos, ai eu marquei com um tiozinho que arrumou o PC, e ele veio pra cá há umas 2 ou 3 semanas, pra achar o documento. Ai eu passei essas duas ou três semanas, escrevendo o resto do cap, que ficou pequeno, ruim e chato. Desculpinhas, o próximo vai ser... maioor e melhor. Juro.

N/B: Posso bater em você? Esse capítulo ficou bom, tá? O capítulo tá betado pra você. Espero que você goste. E gente, comentem, tá? Ela merece.

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