Se Sabe o Que é Bom [...]



'Se Sabe O Que É Bom Pra Você'

A aula de Feitiços transcorreu normalmente, Béatrice não teve dificuldade com os exercícios de desilusão e havia ganhado cinco pontos pela perfeição do feitiço em sua primeira tentativa de execução. Lílian assistiu a tal feito extremamente quieta, o que chamou a atenção de James para sua reação atemporal. Flitwick parecia encantado com o desempenho da aluna nova, mas não se sentia cativado pela garota.

Béatrice tinha um cuidado excessivo para não se tornar querida entre os seus professores, pelo menos em Hogwarts. Ainda não os conhecia totalmente, mas sabia que eles tinham uma vaga idéia de sua personalidade difícil e, talvez em seu íntimo, partilhassem da mesma opinião de que ela era ligada às trevas, não saberia dizer. Sentia que qualquer tentativa de contato afetivo com seus mestres soaria falso, e ela não queria chamar atenção de maneira alguma. O final da aula se aproximava, sem algo útil para fazer, Béatrice se reduziu a copiar a teoria do Feitiço da Desilusão em seu caderno.

-Patético – suspirou, quando o professor pediu a atenção de todos para passar a tarefa de casa e conceder a ela mais dez pontos pela perfeição de sua “primeira” tentativa – 10 pontos por um Feitiço da Desilusão.

-Poucas vezes tive a chance de ensinar a alguém tão brilhante, Senhorita Hollan, poucas vezes!

Béatrice não sorriu e nem fez sinais de aprovação ao comentário. Permaneceu em silêncio, apenas imaginando o que eles diriam se ela dissesse que havia aprendido esse feitiço no final de seu quinto ano, e que ela foi uma das últimas alunas a conseguir conjurá-lo com perfeição. Sorriu bobamente, a simples lembrança de Durmstrang produzia nela uma sensação muito boa, mesmo que isso também remetesse a longas broncas do diretor de sua casa, Boris Nikolaievich. Escreveria para seus amigos quando o final de semana chegasse.

O resto da semana passou rápida, os alunos comemoravam o primeiro final de semana em Hogwarts, e após sua última aula de sexta feira, Béatrice subiu para seu dormitório, a fim de deixar lá seu material e pegar algumas coisas para escrever a seus amigos. Quando chegou perto de onde dormia, ouviu vozes alteradas e preferiu não entrar.

-Eu não vou mais dividir você nem esse dormitório com aquele menina esquisita!

-Você está sendo injusta, não vou mais repetir isso, Sophie. Você nem a conhece, você não se interessa em saber do que ela gosta...!

-Então você quer dizer que aquele poço de sarcasmo é legal? – Sophie gritou, alucinada – Ela não gosta de ninguém, não fica feliz com elogios, não sorri e acha legal provocar a Lílian Evans, que é a menina mais doce que eu já conheci!

-Segunda feira ela reduziu Lily às lágrimas, você não soube?

-Cale a boca! – Claire gritou – Cala a boca, Charlotte! Você é a maior maria-vai-com-as-outras que eu conheço! Qual é o problema com vocês duas? Vocês têm amigas SONSERINAS, terríveis, que andam com Snape e tudo! Béatrice é uma garota muito gentil, quando se conhece direito... E você, Sophie, pare de ser a maior idiota de todas, por Merlin.

O silêncio pairou no local. Ninguém ousou falar alguma coisa, só se ouvia suas respirações descompassadas. Béatrice estreitou as sobrancelhas. Entrou no dormitório devagar, encarando Sophie com uma calma absurdamente assustadora, sentia o medo da garota em seu semblante trêmulo. Parou quando podia encarar a garota nos olhos a três palmos de seu rosto.

-Se você tem dificuldades em dividir o dormitório comigo, sugiro que vá procurar a Professora Minerva McGonaggal – a voz de Béatrice soou firme e calma – E só para informações futuras, Orleans. O poço de sarcasmo não sente nenhuma necessidade de se achar por acertar de primeira o Feitiço da Desilusão, simplesmente porque ela já sabia lançá-lo desde o quinto ano. Mas por que mesmo você saberia?

Sophie abriu e fechou a boca três vezes seguidas e não emitiu som algum. Dirigiu-se a porta, sendo impedida por Béatrice.

-Você não vai fugir de novo – Béatrice falou, com a voz estranhamente calma, quase beirando a demência – Você está com medo de mim? – disse, rindo – Mas você não precisa temer.

-Saia da frente agora, sua estranha!

-NÃO VOU SAIR! – gritou – VOCÊ VAI OUVIR O QUE EU TENHO A DIZER, ENTENDEU?

-Cale a boca e saia da minha frente, sua louca – Sophie falou, ficando vermelha – Saia agora, se sabe o que é bom pra você.

-Você vai me enfeitiçar? – Béatrice respondeu, encostando-se à porta ao mesmo tempo em que sacava a varinha e a apontava bobamente para a garota – Pois eu gostaria que você tentasse.

As duas garotas se encararam furiosamente. Charlotte mal respirava e Claire sacava a varinha com todo o cuidado possível para não chamar atenção. Num ato impensado, Sophie foi para cima de Béatrice, que lançou um feitiço desconhecido.

O silêncio se intensificou mais ainda. Sophie foi lançada contra a parede, as lágrimas de dor rolavam sem que ela pudesse detê-las enquanto ela levantava-se devagar, caminhando na direção de Béatrice quando conseguiu se equilibrar em pé.

-Você vai pagar por isso, Hollan.

-Ah, sério? – a garota riu, guardando a varinha nas vestes – Eu não tenho medo de você, Sophie Orleans. Você já deve ter percebido que pessoas medíocres e prepotentes não me assustam.

Charlotte não sabia o que fazer. Andava de um lado para o outro atrás de Sophie, que parecia indecisa. Béatrice caminhou até a sua cama, que era a ultima do quarto, e se abaixou para guardar algumas coisas no malão. Quando os olhos de Sophie brilharam maliciosamente, Claire agiu no momento certo, desarmando-a.

-PELAS COSTAS, SOPHIE? – Claire gritou, segurando a varinha da amiga na mão esquerda – Que... Que tipo de pessoa você é?

-Devolve a minha varinha.

-Eu agradeço, Claire – Béatrice disse, com dois rolos de pergaminho na mão – Pode devolver a varinha pra essa... menina. Ela não vai tentar me atacar de novo, se sabe o que é bom pra ela. Quer descer comigo?

-Não foi nada – ela respondeu, entregando a varinha – Eu vou ficar aqui com ela, quem sabe eu tento...

-Sinceramente? Não tente. Não tem problema, de verdade... É melhor falarem com a Professora Minerva – Béatrice disse, saindo do quarto com um misto de decepção e riso na voz.

Desceu silenciosamente as escadas, e procurou uma mesa para sentar-se. A maioria estava cheia, e a mais ‘vazia’ estava justamente próxima a mesa em que Sirius Black, Remo Lupin e Peter Pettigrew estavam. Sem escolha, acomodou-se por ali, sabendo que a qualquer momento ouviria uma piada sem graça a seu respeito. Balançou a cabeça devagar, espantando pensamentos ruins, e começou a escrever num logo pedaço de pergaminho.

Hogwarts, setembro de 1976

Munique e William – QUE SAUDADE!

Como estão? Por aqui está tudo bem. Quero dizer, na medida do possível, posso dizer que está ‘tudo bem’.

Desculpem por ter me mudado sem ao menos ter avisado vocês, eu mal fui avisada. Meu pai simplesmente chegou do ministério dizendo que teríamos de mudar urgentemente para cá, e me mandou arrumar as malas sem explicação nenhuma, e em menos de uma semana já estávamos aqui. A casa que eu ‘moro’ é infinitamente menor que a daí. Tem o quarto da mamãe e do papai, o meu e o de visitas, e nenhum deles é suíte. Não que isso influencie em alguma coisa, eu senti um pouco de falta do conforto que eu tinha antes de me mudar. Temos também uma sala de visitas, uma sala de jantar, três banheiros e uma cozinha. A única coisa realmente legal é o nosso quintal, é tão grande que eu não consegui ver tudo que tinha por lá – mal cheguei a Londres e já tive que vir para a escola.

Bom, Hogwarts. A escola em si é muito boa, temos um castelo MUITO, muito
grande mesmo, de longe maior que o de Durmstrang, mas uma propriedade que eu calculo ser bem reduzida se comparada a escola de vocês. Viemos de trem, a paisagem é bem legal e tudo, e demora muito mesmo pra chegar. Fui selecionada por um chapéu – UM CHAPÉU! – que me disse coisas estranhas, como ‘brilhante, porém extremamente rude’. Vocês me acham rude demais? Talvez um pouco introvertida, mas rude? –Pronto. Começara a irar-se com as palavras do Chapéu Seletor, isso sempre acontecia quando ela pensava melhor nas coisas que tinham lhe dito – Talvez eu seja um pouquinho... Enfim, quase fui parar na Sonserina, a cara de LORD VOLDEMORT. Têm idéia do pavor que eu tive quando o chapéu maluco me disse isso? Vocês sabem tanto quanto eu sobre minha total aversão às Artes das Trevas. Acabei indo para a Grifinória, a casa dos destemidos e corajosos. Clichê, não é? Mas acabei nem reclamando. Para mim, qualquer coisa que viesse estava no lucro...

Até agora conheci algumas pessoas, poucas delas valem a pena, sabe? Apenas uma garota chamada Claire McKinnon não me julgou ‘perversa’ por eu ter vindo de Durmstrang, e ela é bem legal. O meu consolo depois de ter conhecido Sirius Black, Severo Snape e Lílian Evans, que são um pior que o outro. Na viagem, Snape não parou de me perguntar coisas a respeito de Gellet Grindelwald, como se eu fosse uma enciclopédia ambulante! James Potter me disse depois que esse rapaz é metido até o nariz nas Artes das Trevas, que chegou na escola sabendo mais coisas do que metade dos alunos do sexto ano. É triste que ele seja tão inteligente, mas coberto por magia negra e seja da Sonserina. A Lílian Evans é inteligente também, e fica muito irada quando eu a supero nas aulas – aqui, eles tem alguns conteúdos atrasados – e outro dia mesmo ela deu um show no banheiro feminino, falando que eu só atrapalho e tudo mais. Eu bem que fiquei chateada, mas não ia demonstrar nada pra ela, do contrário, disparei uma resposta bem dada. Quem ela pensa que é pra falar assim com os outros? Depois, o James teve a audácia de me perguntar o que eu tinha feito. James... James é um cara legal, e sempre tanta se desculpar pelos deslizes do Sirius, que é um completo idiota. Faz piadas, me chateia o tempo todo, sempre fico em dúvida se devo azará-lo ou não. Divido o quarto com mais três garotas, a Claire, a Charlotte e a Sophie. Já lhes falei da Claire, que é um amor, mas a Charlotte e a Sophie tem um caráter muito duvidoso...


-Eu vou contar tudo para a Minerva McGonaggal, Hollan – Sophie disse, assustando Béatrice e quase a fazendo riscar o pergaminho – Agora.

-Você faz o que você quiser, Orleans – Béatrice respondeu, erguendo os olhos do pergaminho – Está na hora de você aprender a ter algum respeito pelas pessoas só porque elas não são como você.

A frieza de Béatrice desencorajou Sophie, que se reduziu a reclamar alguma coisa com Charlotte, que não largava de seu pé.

...e agora aquela trouxa estranha (odeio essa expressão mas... AH, ESTOU COM RAIVA! ) veio aqui me dizer que vai contar da nossa briga para Minerva McGonaggal, que é a Diretora da Grifinória. Sim, nós tivemos uma briga, e eu acabei atancando-a. Ela pediu, e eu não tenho sangue frio o suficiente pra ignorar as provocações que ela me faz. Como se eu tivesse medo, como se eu ligasse alguma coisa nessa escola... Aqui só tem gente esquisita.
As nossas aulas são um pouco atrasadas se comparadas as aulas daí. Acredita que no 6º ano nós aprendemos ‘Feitiço da Desilusão’? É cômico, eu até riria se não estivesse tão preocupado com os níveis de ensino da escola em que vim parar. Eu mencionei que aqui não se aprende ‘Legilimência/Oclumência' nem 'Táticas Avançadas de Duelo’? Quase caí pra trás quando a Professora McGonaggal me disse, ela acha que não é conveniente. Não entendi muito bem, estava bem indignada para pensar em alguma coisa, eram minhas disciplinas favoritas em Durmstrang!

Munique e William, tenho algumas tarefas pra entregar amanhã que ainda não fiz. Gostaria de ficar escrevendo por horas e horas, mas as obrigações realmente me chamam. Estou tão cansada hoje... Espero que vocês estejam bem! Qualquer hora podemos marcar de conversar pela lareira, talvez eu peça para o diretor.

Espero que vocês estejam bem e que as aulas estejam mais entusiasmadas que as daqui. Estou morrendo de saudade, talvez nas férias eu os visite, em meados de julho. Ai vou contar tudo nos mínimos detalhes... Mandem lembranças ao velho Boris, hahahahaha, e ao resto dos professores.

Um grande beijo e um abraço saudoso,
Béatrice Natasha Hollan


Béatrice releu a carta duas vezes, parecia que não havia esquecido nada. Lacrou o pergaminho com a varinha e encerou-o também, detestava cartas interceptadas. Saiu sem fazer barulho ou chamar atenção de outros alunos e se dirigiu ao corujal. Ao chegar lá notou mais uma pessoa presente, sua sombra era vista da escada. Subiu mais devagar e ao reconhecer o dono na silhueta, sorriu, quase sem querer.

-Você tem algum problema, Potter?

-Quê? – ele disse, assustando-se, olhando para trás em seguida – Nenhum, Béatrice... Por que teria?

-Você nunca está sozinho. Quero dizer, aquele Black, remo e Pettigrew sempre estão com você – ela respondeu, atando sua carta em uma coruja negra de olhos brilhantes – Então eu achei que...

-Você chamou Remo pelo nome – James deixou escapar, meio atordoado.

-Perdão?

-O Remo. Você o chamou pelo nome.

-Ah... É que o Remo não parece achar que eu sou uma garota má e horrível só porque sei fazer uns feitiços melhor do que algumas pessoas daqui e também não parece achar que eu sou uma menininha sedenta de atenção e coberta por magia negra.

James encarou a menina e notou um ar de tristeza quando ela lançou a coruja na noite estrelada. Olhou-a por mais alguns segundos quando ela se debruçou sobre o peitoril da janela.

-Não acho que todas as pessoas pensem isso de você.

-Por favor! – Béatrice exclamou, virando-se para encarar o garoto – Seus próprios amigos acham isso e você não percebe? Aquela Evans incomodada o tempo todo com a minha presença, o que tem de errado comigo? Por um acaso eu ataquei pessoas inocentes, para todos acharem que eu sou ruim? Eu só vim de Durmstrang!

-Eu já falei pra você, ela está acostumada a ser a melhor em tudo, a receber os pontos e elogios dos professores.

-E isso faz de mim uma pessoa ruim, Potter?

-Me chame de James.

-Você não me respondeu.

-Não – ele disse, derrotado – Isso não faz de você uma pessoa ruim.

-Que ótimo! – Béatrice respondeu, virando-se para sair do corujal – Você não parece ter mais músculo que cérebro, Potter.

James nem teve tempo de pensar em uma resposta, ela já havia descido as escadas, aparentemente pulando alguns degraus. Ficou ali mais alguns minutos, olhando a noite e pensando nas últimas conversas que tivera com Béatrice. De alguma forma, sabia que ela não era aquela menina durona que mostrava, tampouco a adoradora das trevas que todos imaginavam. Queria se aproximar, mas precisava ser sutil. Respirou fundo e deu as costas ao corujal, indo em direção ao Salão Comunal da Grifinória. Tomou alguns atalhos, subiu lances de escada e logo murmurava a senha para a Mulher Gorda, que girou para admiti-lo. Entrou devagar, batendo de frente com Sirius, que ria olhando para trás.

-Eu já ia atrás de você, cara! – Sirius exclamou, ainda rindo – Onde mesmo você estava?

-No corujal – respondeu, empurrando o amigo para achar um assento – Por quê?

-Talvez porque tenhamos de fazer TRÊS redações para amanhã – Remus respondeu,relendo um pergaminho – Poções, Feitiços e Transfiguração.

-É, e até o Peter já faz uma delas! – Sirius exclamou, espiando o trabalho do amigo – Mesmo que eu já tenha identificado de dois a três erros e...

-Sirius!

-Sei... Já volto – James falou, correndo para seu dormitório.

Ao voltar para o salão, notou que Béatrice escrevia muito rápido, escondida por uma pilha de livros, e acabou esbarrando em alguém.

-POTTER! – Lílian gritou, pegando um livro do chão – O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

-Ah, me desculpe, Lily. Estava distraído...

-É EVANS, POTTER, QUANTAS VEZES VOU TER QUE REPETIR?

-Evans Potter? – sussurrou, rindo baixinho – Ok. Me desculpe Evans.

-Quê? Potter?

-O que foi agora, Evans? – James perguntou, irritando-se – Eu já pedi desculpas, o que mais você quer?

-Eu... Nada – a garota falou, parecendo desconcertada.

-Que ótimo. Preciso terminar meus trabalhos, com a sua licença, EVANS.

James balançou a cabeça e se sentou junto com seus amigos, a poças mesas de distancia de Béatrice. Leu alguns trechos de livros, copiando-os em suas redações. Sirius e Remo se entreolharam confusos e preferiram não falar nada, enquanto Peter comia uma barra de chocolate. Uma hora inteira se passou até que o maroto falasse alguma coisa.

-Poções e Feitiços finnis... – bocejou – Sobre o que é a de Transfiguração mesmo?

-Conseqüências da Transfiguração Humana de Forma Incorreta – Peter respondeu, distraído.

-O que há com você? – Sirius perguntou, olhando incrédulo para Peter – Aprendeu como usar um pouco mais do cérebro, é?

-Vai lamber sabão, Sirius...

-Que resposta mais mal educada – Sirius disse, fingindo indignação – Não sei aonde vai buscá-las.

-Querem parar, por Merlin!

-O que há com você, James? – Remo perguntou, quebrando o seu silêncio – Está quieto, irritado... O que você tem?

-Olhe ali – respondeu, apontando alguém – Você acha legal? Eu não.

-Ah, qual é? – Sirius exclamou, guardando os trabalhos na mochila – Você está se importando com ela?

-É a Béatrice Hollan – Peter disse, com os olhos brilhantes- Ela é muito inteligente, tão inteligente quanto a Lily Evans.

-Sim – James concordou, distraído – O que vocês vêem de errado nela?

-Você sabe... – Sirius falou, coçando os ombros – Ela veio de Durmstrang, você ouviu o que ela me falou hoje? Ou ontem, sei lá...

-Sobre saber usar uma varinha para fins maléficos? Claro que ouvi. Como se você não fosse capaz, Sirius!

-Ela parece mais uma flor que se esqueceram de regar – Remo disse, finalizando sua última redação – Ela parece ser triste, apesar de comigo ter demonstrado ser uma garota doce.

-É OBVIO que ela está triste! Ela acabou de mudar de país, de escola, não tem amigos...

-Não que elas se esforce.

-A questão nem é essa! – James falou, se controlando para não gritar – Para onde ela vai tem alguém que a perturba simplesmente por ela ter vindo de Durmstrang! Ela só quer um pouco de paz... Vocês não percebem?

-James...

-Por que você tem que ficar no ouvido da garota, Sirius? Será que você não consegue compreender que as pessoas não são ruins por... Por saberem lançar feitiços que você não consegue? Você não pode dar um descanso pra ela?

-É quase como se você me pedisse pra ser amigo do Ranhoso, James.

-Sirius! – Remo exclamou, olhando para a garota, que agora tinha a cabeça escondida nos braços – Chega vocês dois! Ela vai acabar ouvindo... Já bem chato ter que ouvir tudo isso sem ser ela..

-Boa noite – James falou, jogando seu material na mochila e saindo da mesa para o dormitório.

xxx

Oooooooooooooi :D

Bom, esse capítulo teria praticamente o dobro do tamanho, e como tão arrumando meu quarto e meu caderno de fic’s simplesmente sumiu na bagunça, eu decidi postar apenas essa parte. Acho que se tivesse mais as outras coisas que serão o Capítulo 4 ficaria muito maçante --'

Pra quem quer romance... Próximo capítulo!

Já vou avisando: Talvez o capítulo 4 seja postado em meados do dia 28. É que vou viajar pra Goiânia quase outro país ¬¬ e na minha vó não tem net, essas coisas todas.. E não vou poder postar. Mas prometo que trabalharei com afinco para o quinto capítulo, que, podem ter certeza, eu não consegui sair do começo ¬¬ HSIUAHSIAUSHAIUSHAUI, vai sair..

Agora, um pequeno pedido:
VOTEM E DEIXEM COMENTÁÁÁRIOS T.T
Por favor? Pra fazer uma autora feliz? *-* HIUSAHISUAHSIUAHSIAUHSAUIHS..

Um beijão!

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