Capítulo 2: Invasor



Capítulo 2: Invasor


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Uma semana depois, as coisas em Hogwarts andavam normais. Ou melhor, “controláveis”. Até aquela fatídica manhã. Neville já estava arrumado o melhor possível para um professor de Herbologia: usava uma camisa social verde, em conjunto a uma calça da mesma cor. Pegou a varinha, as chaves das estufas, a apostila mandada por sua avó e foi para a sala dos professores.Lá encontrou Slugorn, mas ele não estava com sua animada expressão habitual.Seus ralos cabelos estavam desarrumados, suas vestes amarrotadas e ele ofegava. A impressão era de que ele havia corrido uma maratona.

- Meu rapaz! - foi o que ele conseguiu dizer, depois de ofegar. -... As estufas!Ele está indo para lá e está ameaçando jogar as mandrágoras pelas janelas!

Neville não soube a quem Slugorn se referia, mas pela intensidade da palavra “ele” percebeu que deveria ser alguém que realmente fosse capaz de jogar mandrágoras pelas janelas.

- Ele quem?

- Aquela praga! Nem depois de morto para de atazanar a vida alheia! Pirraça!

Neville sentiu seu estomago embrulhar. Pirraça jogar suas mandrágoras pelas janelas?Ah, isso não!(N/A: Nas plantinhas do Neville ninguém mexe! Ò.Ó).

- Eu acabei de voltar de lá, Filio está tentando dar um jeito de pará-lo, mas achei melhor chamar você. Venha! - Slugorn disse, puxando Neville pelo braço com toda sua força.

Neville conjurou três abafadores de orelhas.

- Vamos precisar disso se as coisas piorarem. - disse, entregando um dos abafadores a Slugorn. O outro guardou para si.

Correram como nunca, ou melhor, Neville correu muito, passando pelos corredores cheios de alunos, e Slugorn vinha atrás, não se agüentando em pé. Neville já estava quase alcançando as estufas, já no pátio de Hogwarts, correndo o máximo que podia, afinal, ele tinha um bom físico. Infelizmente, a sorte não lhe sorriu desta vez: o único obstáculo a sua frente era um grupo de umas dez quintanistas da corvinal, que davam risadinhas. Neville passou por elas como um foguete, o que realmente, causou um espanto até que agradável as corvinais.

O tempo fizera bem a Neville, ele estava mais bonito, seus cabelos estavam curtos, o rosto menos redondo, e um físico de dar inveja a muito jogador de quadribol. (N/A: Melhor o Krum se cuidar!). O professor passara rápido pelas alunas, mas conseguira ouvir alguns comentários sobre seu físico avantajado. Ele era o professor mais jovem de Hogwarts, e era muito querido pelos alunos. Principalmente pelas alunas. (N/A: Quem diria, Neville arrasando corações... XP).Logo a frente viu Filch berrando para que Pirraça parasse, agitando um esfregão similar ao de Tiago, Flitwick agitando a varinha e murmurando feitiços que Neville nunca ouvira sequer falar, e Pirraça soltando gargalhadas estridentes.

- HAHA!Vão precisar mais do que meio professor e um velho com esfregão na mão para me fazer parar!

- Pirraça! - Neville gritou. - Pelo amor de Merlin!O que você acha que esta fazendo criatura? Se qualquer um ouvir os gritos dessas mandrágoras morre na hora! Que você não tem escrúpulos eu já sabia, mas isso ultrapassa os limites!

- Ui, o menino prodígio está estressadinho! Calma, professor! Eu não vou fazer nada! Como vocês pensam mal da minha pessoa.

- Agora vocês me entendem!? - Filch berrava, com uma expressão que era um misto de alegria e fúria, agitando o velho esfregão na direção do poltergeist. - Essa criatura vem atazanando a minha vida a mais de um quarto de século! Ele tem que ser expulso!

- Essa não é a questão Filch! - berrou Flitwick, com sua voz esganiçada. Ele fez um floreio com a varinha e Pirraça ficou apenas planando no ar, sem se mexer. - Vou levar você para Minerva e veremos o que ela fará. Neville, Horácio, vou ir levando esse aqui. Espero vocês na sala da Minerva

- Espere professor! - disse Filch, correndo atrás de Flitwick. – Eu quero ir junto!

Flitwick rolou os olhos, Slugorn ofegou e Neville apenas pegou o lenço no paletó e ofereceu a Slugorn, pois seu rosto brilhava de suor.

- Obrigado, meu rapaz. Ah! Sabia que estava esquecendo de alguma coisa! Tem uma encomenda para você no corujal. Se eu fosse você iria pegar o pacote antes que esse poltergeist dos infernos o pegue!

- Obrigado, Prof. Slugorn. Bem, pelo menos não precisamos dos abafadores. Mas, por via das dúvidas eu vou checar. - Neville falou, pondo um dos abafadores. No seu cinto pegou a chave da estufa três. Foi até lá, abriu a porta e rapidamente a fechou. Notou várias “criancinhas” de pele verde clara e com folhagens arroxeadas saindo da cabeça. Suspirou aliviado. “Pelo menos, o pior não aconteceu”, foi o que pensou. Saiu da estufa e foi na direção de Slugorn, que o esperava do lado de fora para irem à sala de McGonagal. Slugorn o encarou, com uma expressão risonha. Ele gesticulou alguma coisa com os lábios que Neville não escutou. Logo, ele apontou para a cabeça de Neville. Ele ainda estava com os abafadores de ouvido. (N/A: Muahahahaha... n.n’). Retirou-os.

- Melhor nós irmos andando. - apressou-se Slugorn. - Se bem conheço Filch, ele deve estar chamando todos os professores para tentar expulsar Pirraça.

- Tem razão. Vamos ter que atrasar nossas aulas.

Ambos foram subindo as escadas, sendo que pararam três vezes antes de chegar ao sétimo andar, tal o cansaço de Slugorn. Chegando lá, os dois professores se aproximaram das gárgulas. Neville disse a senha, pois Slugorn não conseguiria articular palavra alguma.

- Cicatriz. - disse Neville, e as gárgulas pularam para abrir a passagem para os professores. (N/A: Senha capenga em homenagem ao Harry! n.n).

- Eu não acredito! - McGonagal falou, batendo as mãos na mesa com tanta força que alguns quadros de diretores atrás dela se encolheram. Realmente, ela estava com uma expressão homicida no rosto. Neville pensou que se Pirraça fosse vivo, ela o estrangularia ali mesmo. (N/A: O.O Tô com medo da Minnie...). - Esse ser ousou por a vida dos alunos me risco? Libere-o para falar, Filio. Vamos ver o que esse ser tem a dizer na própria defesa.

- Certo. - falou Flitwick. - Liberação! - ordenou, apontando a varinha na direção da boca de Pirraça.

- Finalmente! As coisas estavam ficando muito chatas! Quem diria a Professora Minerva rodando a baiana! - falou o poltergeist. (N/A: McGonagall rodando a baiana? Agora danou-se...). E naquele momento todas as vozes dos antigos diretores de Hogwarts soaram pela sala: “Tenha mais respeito pela diretora, sua criatura das trevas!”, berrou Dippet, “Não desonre o nome dos diretores desta escola na sua boca imunda, seu ser abissal!”, berrou Fineus Nigellus, seguido por outros diretores aborrecidos.

Uma veia perto das têmporas da diretora pulsava ameaçadoramente.

- Pirraça, realmente, não faço idéia do que você tem na cabeça, se é que algum dia teve, mas isso foi o cúmulo! Por a vida dos alunos em risco! Onde é que você pensa que está?

- Hunf, como se eu fosse o único...

- Sim, você é!

- Não vão me liberar? Caso contrário, eu grito!(N/A: Pirraça tá estressado.) Mas, não se preocupe diretora, eu vou me comportar e ser um bom fantasminha. -finalizou o poltergeist, fazendo uma carinha de “anjinho”. (N/A: E nesse dia, Snape vai dançar conga.).

- Pelo menos, não fique muito perto dos alunos. O Barão Sangrento vai te vigiar.

- O-o-o Ba-barão S-s-s-s-s-s-s-Sangren-t-t-to? - o poltergeist gaguejou, tremendo levemente a cabeça.

- Sim. - repondeu McGonagall. - Ele já vai chegar.

O Barão apareceu, arrastando as suas correntes, como sempre. Fez uma reverência ao professores, e uma ainda maior a Mcgonagall.

- Me desculpem pelo atraso. - ele murmurou, com uma voz de trovoada, forte. - Não me digam que este ser andou perturbando os alunos novamente?

- Sim Barão, só que desta vez, ele não perturbou, fez algo muito mais agravante. -respondeu Slugorn. - Pôs a vida deles em perigo.

- Como? - o Barão pareceu realmente surpreso. - Ouvi boatos, mas não pensei... A vida... Pirraça, vamos ter uma conversinha bem longa... - o Barão completou. - Não se importam que eu o leve?

- Não. - responderam os professores, em uni som.

- E se assegure de que ele fique a uma distância considerável das minhas plantas. -acrescentou Neville. (N/A: E o Pirraça pensou que ia escapar depois de mexer nas plantinhas do Neville...).

- Não se preocupe, professor Longbottom, vou assegurar que ele nem pense em fazer isso novamente. (N/A: O Barão ruleia! Agora o Pirraça vai comer o pão que o Barão amassou, hihi...). – concluiu o Barão. Quando este se virou para levar o poltergeist, Pirraça mostrou a língua para Neville.

- Pena que Filch perdeu isso. - disse Flitwick. - Aposto como esse seria o melhor dia da vida dele.

Os professores foram para suas respectivas salas, e Neville foi para as estufas. Naquela manhã iria dar aulas para uma turma apenas, e coincidentemente, (N/A: Que aqui se entende por obra da Autora.) ele iria dar aulas para seu afiliado Tiago Potter. (N/A: Eu inventei isso, ok poeple? Neville não é padrinho do Tiago, mas na fic ele é.). Já estava quase na porta da estufa, se deparando com os alunos curiosos e impacientes. Secou o rosto no lenço.

- Bom dia a todos.

Os alunos murmuraram um “bom dia” em resposta.

- Por que o senhor se atrasou Professor? - perguntou uma aluna da Corvinal.

- Apenas um probleminha com Pirraça. Mas isso não importa agora. Vamos entrando. -ele falou, abrindo a porta da estufa dois aos alunos.

As aulas decorrem normalmente. Neville voltou para o castelo e foi para o Salão Principal, apreciar o banquete. Depois, passou por seus aposentos e trocou de roupa. Colocou um casaco preto, com uma camisa social branca e a varinha no bolso da calça. Em seus aposentos dirigiu-se ao banheiro, lavou as mãos e mirou-se no espelho. Até que dava pro gasto. Arrumou um pouco os cabelos, saiu do quarto, trancando a porta. Virou-se e encarou o corredor vazio. A vigia o esperava tranqüila e serena, como sempre.

3 horas e meia depois...

Faltavam quinze minutos para a meia-noite, e o professor de Herbologia, estava finalizando sua ronda no primeiro andar. Olhou para o a porta do Salão Principal .“Vou até a estufa”, pensou o professor. Saiu da escola, em direção as estufas. Queria ver suas flores, que plantava na estufa três. Caminhou, caminhou e avistou as estufas. “Finalmente”, pensou ele. Aproximou-se da estufa nº 3 e pegou a chave no bolso. A porta estava entreaberta. “Mas eu não lecionei hoje nesta estufa”, ele argumentava internamente. Adentrou o ambiente que permanecia escuro como a noite. Mesmo com a pouca luz, ele pode destingir uma silhueta. Havia um invasor na estufa.


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N/A: Oi, leitores e leitoras! Me desculpem pelo atraso para postar, eu estava em semana de provas e com falta de inspiração, mas...Fez-se a luz. Quem será o invasor? Será Tiago Potter? Ou a Profª. McGonagall? Slugorn? Filch? Hagrid? Ou quem sabe outra pessoa? Então, não percam o próximo capítulo!

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