Anastácia e Sirius



Capítulo 16- Anastácia e Sirius

Anastácia saiu da reunião da Ordem apressada. Já estava perto do portão quando sentiu alguém a puxando pelo braço. Nem precisou virar para saber que era Sirius.
- Precisamos conversar. –falou Sirius
- Sobre? –perguntou Anastácia
- Eu não quero terminar. –falou Sirius
- Não precisa terminar. Eu já fiz isso. –falou Anastácia
- Mas por que? –perguntou Sirius
- Preciso mesmo explicar de novo? Eu estava morta e você refez a sua vida. Eu não pertenço mais a ela. Não há mais espaço. Entendeu? –perguntou Anastácia
- Ana... Está sendo precipitada. Quem disse que não há? –perguntou Sirius
- Sirius, siga em frente. É só isso. E nem tente me convencer de que ainda é apaixonado por mim. –falou Anastácia
- Eu quero que volte a ser como era antes daquela invasão. Antes de Dolohov te matar. Quero a minha Aninha de volta. –falou Sirius
- Você quer o que lembra da sua Aninha de volta. Éramos felizes. É isso o que você quer de volta. –falou Anastácia
- Eu quero VOCÊ de volta! –falou Sirius
- Não, Sirius. Você quer o passado de volta. Quer fingir que estava tudo bem, que sempre esteve. E esquecer o que aconteceu de ruim no meio do caminho. Mas são coisas que não dá para apagar. –falou Anastácia
- Você não entende... Não passou doze anos presa naquele inferno! –falou Sirius
- Não... Eu passei doze anos vendo você preso, sem poder fazer nada! E sabendo que o nosso filho estava sozinho, com Voldemort atrás dele, morando com Petúnia e Valter. Sem poder fazer nada, porque qualquer coisa que eu fizesse não surtiria efeito nenhum. –falou Anastácia
- Ele era a única razão para manter a minha sanidade. Porque eu não tinha mais nada além do Harry. –falou Sirius
- Por que voltar no tempo? Você não me ama. E não tente me convencer do contrário! –falou Anastácia
- Tudo bem. Eu me acostumei a não ter você do meu lado. E evitava lembrar que tínhamos sido felizes. Mas... Era porque isso era doloroso. E eu tinha certeza que você não ia voltar. Que nunca mais estaria do meu lado. –falou Sirius
- Admitiu. Pense bem... Hoje me vê como sua esposa ou como uma grande amiga? –perguntou Anastácia
- Tudo bem, eu não sei... Olha, Ana... Você sempre soube que eu era um cachorro nos dois sentidos. –falou Sirius
- Bela justificativa. Ponha a cabeça no lugar e depois a gente conversa. –falou Anastácia
Ela saiu e instantes depois sumiu de vista.
- Olá, cachorrão... –falou Perséfone
Sirius tomou um grande susto.
- Se você estava esperando a melhor oportunidade para falar que a ama... Era essa. –falou Perséfone
- E o que você entende de mulheres? –perguntou Sirius
- Eu não sei se é uma coisa meio excessivamente óbvia, mas eu SOU uma mulher. Logo, eu entendo de mulheres, pois sou uma delas. Entendeu, querido? Vamos ao boteco ali na frente para beber um pouquinho. Umas doses de vodka são sempre boas depois de um passa-fora desses. –falou Perséfone
Caminharam pela rua de terra batida até chegar a um bar meio vazio. Havia cadeiras e mesas de metal mal pintado de branco e encardido de poeira do lado de fora. Uma mesa de sinuca do lado de dentro.
O dono do bar, um senhor de meia idade, veio atendê-los.
- O que vão tomar? –perguntou o homem
- Duas doses de Vodka. -falouPerséfone
- Dose do que? –perguntou Sirius
- Vodka. É uma bebida russa. –falou Perséfone
- É boa? –perguntou Sirius
- Tenho cara de quem toma porcaria? –perguntou Perséfone
- Tem. É boa? –perguntou Sirius
- Se acha que eu tomo porcaria, vai confiar na minha opinião? –perguntou Perséfone
O dono do bar já estava voltando com as bebidas.
- Dessa vez eu vou confiar. –falou Sirius
Tomou a dose de Vodka de uma vez só.
A bebida bateu no estômago causando a mesma sensação de ter engolido lava.
- Eu esqueci de avisar que isso é um pouquinho mais forte que Whisky de fogo. –falou Perséfone
- Percebi. –falou Sirius
- O que vai fazer para reconquistá-la? –perguntou Perséfone
- Não tenho idéia. –falou Sirius
Ele pegou a dose dela e bebeu também.
- Bem... Digamos que a sua falta de reação foi horrível Ela provavelmente acha que você não tem certeza de que a ama. –falou Perséfone
- Mas eu não tenho! –falou Sirius
- Não falou isso para ela, falou? –perguntou Perséfone
- Suponhamos que eu tenha falado. Isso foi muito mal? –perguntou Sirius
- Não... Foi péssimo! Mal seria se ela tivesse ficado na dúvida, tipo: “será que ele me ama?”. Você deixou garantido que não tem certeza. –falou Perséfone
- Eu fui sincero. Mulheres não gostam de sinceridade? –perguntou Sirius
- Mas não excessiva. Sabe, até a parte de ter procurado ela depois da reunião foi uma idéia boa. Mostrou que está interessado. Mas o resto... –falou Perséfone
- E o que sugere? –perguntou Sirius
- Mulheres gostam de se sentir seguras. Qual o signo dela? –perguntou Perséfone
- Signo? Não lembro... –falou Sirius
- Um minuto. –falou Perséfone
Ela pegou um celular dentro da bolsa e ligou para um número.
- Draco? A minha mãe ta aí? Pergunta para ela o aniversário da Anastácia. Ah, é em Março?No início... Sabe qual dia? Tudo bem, eu espero. –falou Perséfone
Olhou séria para Sirius.
- Dia dois? Obrigada, Draco. Era só isso. Tchau! –falou Perséfone
Perséfone guardou o celular na bolsa.
- Pode começar a se envergonhar. Até o Draco sabe que o aniversário dela é na semana que vem, dia dois de março! –falou Perséfone
- Ela estava morta até uma semana atrás! –falou Sirius
- Bela desculpa para esquecer o aniversário da sua esposa... Bem, ela é de Peixes. Piscianos são românticos. Que tal um jantar à luz de velas, seguido por um buquê de flores? Mas tem que fazer uma declaração bem apaixonada. –falou Perséfone
- Você é de que signo? –perguntou Sirius
- Escorpião. –respondeu Perséfone
- São românticos? –perguntou Sirius
- São sádicos... –respondeu Perséfone
O dono do bar trouxe mais duas doses de Vodka.
Sirius sorveu a dele como água.
- Teve um amigo meu que entrou em coma alcoólica por causa de Vodka. Ele chegou no hospital com três órgãos funcionando. –falou Perséfone
- E seu não estiver mesmo apaixonado? –perguntou Sirius
- “Epa... Já começou a soltar a língua com apenas três doses?” –pensou Perséfone.
- Ta tudo tão confuso... –falou Sirius
- É o efeito do álcool. –falou Perséfone
Sirius tomou a dose dela.
- Querido, você está começando a ficar bêbado. –falou Perséfone rindo
- Eu não bebi praticamente nada. Só duas doses. –falou Sirius
- Bem, então acha que não a ama mais? –perguntou Perséfone
- Isso mesmo. Eu já tinha me conformado a tê-la perdido. De repente, ela volta. –falou Sirius
- E você se sente culpado por que ficou com outras mulheres. Sente que a traiu. –falou Perséfone
- Poxa, cara! Você é legilimens? –perguntou Sirius
- Só nas horas vagas. Eu, Jacke e Naj somos Legilimens. Aprendemos clandestinamente. –falou Perséfone
- Além de Legilimens, mais o que? –perguntou Sirius
- Bem, você é um cachorro. Eu sou uma raposa. A Naj é uma cobra. –falou Perséfone
- Não deveria chamar sua amiga de cobra. –falou Sirius
- Mas ela se transforma LITERALMENTE em uma cobra, uma coral verdadeira. –falou Perséfone
- Animagas? E ilegais? –perguntou Sirius
- Isso mesmo. Bem, ela estava morta. Teoricamente, gente morta não volta à vida. A não ser como Inferi. –falou Perséfone
- Eu sofri como um condenado por doze anos. Não conseguia parar de pensar nela, em nosso filho, na vida que podíamos ter levado juntos... –falou Sirius
- Se olhar bem, você ERA um condenado. Isso era efeito dos dementadores. –falou Perséfone
- Quando eu saí de lá... E aqueles pensamentos pararam de rodar à minha cabeça... Foi um alívio. –falou Sirius
- Imagino que sim. –falou Perséfone
- E eu não queria mais pensar na nela. Por que me lembrar dela, me fazia lembrar dos pensamentos que eu tinha em Azkaban. E isso era torturante. E eu comecei a tentar reconstruir a minha vida. –falou Sirius
- Você reencontrou o Harry. –falou Perséfone
- Harry me lembrava da vida que eu tinha levado antes de Azkaban, de como eu fui feliz. E eu me apaixonei novamente. Foi pela mãe da Jacke. Mas ela me abandonou pouco tempo depois. E eu tentei de novo. Comecei a ficar com a filha de Bellatrix, mas a Bella me matou. Literalmente falando. –falou Sirius
- Se não a ama, deixe-a. Insistir só vai fazer com que tudo seja mais difícil E não tente fazer ciúmes com garotinhas bobas como a Bianca. –falou Perséfone
- Eu realmente achei que ela fosse uma bruxa poderosa. –falou Sirius
- Ela está acostumada a fazer de tudo para tentar convencer as outras pessoas de que é uma bruxa poderosa. Mas era uma aluna medíocre que não conseguia nem replantar uma mandrágora. –falou Perséfone
- Vocês se odeiam. –falou Sirius
- Ela que começou, com a mania de me chamar de sem mãe. –falou Perséfone
- Ela era da Griffinória? –perguntou Sirius
- Não. Ela era da Lufa Lufa. Coitada da casa. Teve tempos memoráveis com Tonks e depois ganha isso aí... –falou Perséfone
- Mas você era da Sonserina... –falou Sirius
- Como sabe? –peguntou Perséfone
- Pela rivalidade com as outras casas. Qual a melhor casa de Hogwarts? –perguntou Sirius
- Sonserina, óbvio. Não tenho culpa se ganhamos a Taça das Copas dos últimos 19 anos consecutivos. –falou Perséfone
- Dezenove? –perguntou Sirius
- Dezenove. A Sonserina é a maior! –falou Perséfone
- Quem é o atual diretor da Griffinória? –perguntou Sirius
- A vaga foi deixada no ano passado assim que Mc Gonagall se aposentou. Ainda não há professor de transfiguração. A Gaya ta tendo dificuldades em achar alguém para substituir a mãe. – falou Perséfone
- E a Gaya aceitaria alguém sem experiência? –perguntou Sirius
- Acho que sim. Ta pensando em se candidatar? –perguntou Perséfone
- Quem sabe? Por enquanto eu preciso chegar em casa. Mas não ta dando muito para ficar em pé. –falou Sirius
- Deixa que eu te ajudo. –falou Perséfone
Com um aceno de varinha, ele estava imobilizado como em uma maca.
- Você vem comigo até o meu carro. –falou Perséfone
- Está usando magia na frente de trouxas. –falou Sirius
A voz dele tava completamente enrolada.
A garota deixou o dinheiro sobre a mesa e levou Sirius até o carro.
- Você pagou com dinheiro bruxo. –falou Sirius
- É... O dono do bar é um bruxo. –falou Perséfone
Ela o carregou até um fusquinha rosa bebê.
- Bem, a Bella me contou onde é o seu apartamento. Vou te levar para lá. –falou Perséfone colocando Sirius no banco de trás e entrando no carro.

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