Snap Explosivo
Capítulo 2 - Snap Explosivo
- Que fome, será que o Diretor Doge ainda vai demorar muito? - murmurou Tonks. 
- Calma aí, Tonks. - Lily comentou sorrindo. - Remus tá olhando para cá. - Lily acenou para ele que deu um sorriso. - Você falou com ele? 
- Falei hoje. - Tonks deu de ombros desinteressada. - Escuta, a Gabrielle está fazendo amizade com a Narcisa e a Ogra. - encarou Narcisa e Belatriz. 
- Porque eu pedi para ela. - murmurou Lily, quando a comida apareceu a sua frente. - Ótimo, Pudim de Carne. Finalmente Doge parou de falar, Professor Dumbledore estava quase dormindo ali.
- Você mandou Gabrielle ser amiga das duas? 
- Não exatamente. - disse Lily, comendo purê. - Na verdade, Narcisa é afim do Severus. E sabe como a Belatriz gosta de armar planos maquiavélicos contra mim. 
Lily encarou de relance a parte da mesa onde os Marotos se encontravam. Sirius e James estavam devorando o pudim como dois monstros e Remus e Peter riam dos amigos assim como as garotas em volta. Lily voltou a encarar sua própria comida, com nojo. 
- Você realmente gosta do Snape? - Tonks fez uma careta. 
- Ele é legal comigo. 
- Argh! Como você CONSEGUE gostar do Ranhoso tendo um GATO como o Potter arrastando um caminhão de unicórnios por você? 
- Potter me dá nojo. 
De repente, os Marotos surgiram ao lado delas, com sorrisos de orelhas a orelhas. James se adiantou: 
- O assunto era eu? 
- Exatamente. - Lily sorriu com ironia. - Estavamos discutindo de como você é nojento, Potter. 
- Oh, é uma pena. - ameaçou sentar-se. 
- Como você vê... - Lily ergueu a varinha. - Multicorpus. - lançou um feitiço que fez seu corpo multiplicar-se em cinco Lilys. - ... não tem lugar aqui. 
- Ah, tem sim. - James tirou a varinha das vestes. - Finite Incantatem. 
- Protego! - Lily mandou. 
- Protego Horribilis! - James mandou novamente.
Dessa vez, o feitiço acertara Lily e suas gêmeas haviam desaparecido. Todos em volta olhava horrorizados os Marotos se acomodarem nos lugares enquanto Lily se levantava e empunhava a varinha contra James. 
James riu, apertando a varinha: 
- Eu não vou lutar com você. 
- Mas eu vou. - Lily rosnou, apertando os dentes. - Alarte Ascendare! 
James deu um pulo para o lado. Lily quase botara fogo nele! Olhou para ela incrédulo: 
- Quer me matar?!
- Ah... Hmmm... Talvez. - ela deu uma pausa. - Minto. É uma boa opção.
James sorriu e provocou: 
- Pois venha, beleza. 
- Aqu... 
- Everte Statum! 
O feitiço atingiu Lily e a mesma foi arremeçada para o alto. Mas antes dela atingir o chão Snape interferiu na aglomeração e mandou: 
- Levicorpus! 
O corpo de Lily flutuou no ar e ela deu um suspiro de alívio.
- Liberacorpus! - Severus disse e Lily desceu levemente para o chão. 
- Ninguém te chamou na conversa, Ranhoso. - James disse, meio bravo, mas também meio aliviado por Snape ter salvado Lily de seu feitiço. 
- Eu tenho que concordar com o Potter. - murmurou Lily. - Eu estava dando umas boas lições nele. 
- Ah! Não fui eu que tive que ser salvo no ar pelo Ranhoso!
- SILENCIO!
Um feitiço atingiu Lily e James em cheio. Eles não conseguiam falar. Encararam o Professor Dumblendore parado ali e abaixaram a cabeça quando o mesmo desfez o feitiço do silêncio. 
- Potter e Evans! Eu tenho que repetir que lutas são proíbidas no Salão Principal nas horas das refeições? - Dumbledore pigarreou e acrescentou. - Apesar da de vocês ter sido muito bem travada, devo acrescentar. 
- Desculpe, Professor Dumbledore. - James e Lily disseram em coro. 
- Cinco pontos a menos para cada um. Acho que nunca aconteceu da Casa começar com menos dez pontos. - Dumbledore pareceu pensativo. - Os dois estão banidos do banquete a partir de agora, podem retirar-se. 
Lily e James caminharam até o final do Salão e, quando chegaram na porta, James gritou sem virar-se: 
- Almofadinhas, traga um pouco de pudim para mim!
Os dois deixaram o Salão e James bocejou, sentando-se na escada, enquanto Lily brigava com ele: 
- Viu o que você fez, Potter? 
- Quem começou tudo, Evans? - James sorriu, bastante tranqüilo. 
- É incrível como você é insuportável. - Lily disse, rindo de uma forma incrédula. 
Lily começou a subir as escadas em direção à Sala Comunal, mas James a deteve: 
- Por um acaso você sabe a senha? 
- Claro que sei. Ao contrário de você, eu costumo me informar antes que chego. 
- Linda. - James riu, juntando-se a ela. - Vou com você. 
- Encosto. - murmurou Lily para si mesma. - Preferiria o Barão Sangrento. 
Lily tentava ir a frente de James, mas ele conseguia alcançá-la muito rápido. Era alto e suas pernas compridas davam passos largos. 
- Juba de Leão. - Lily disse à Mulher Gorda. 
- Bem vindo, grifinórios. - a Mulher Gorda encarou James. - Ah, olá James. 
- Oi. Como está bonita hoje. - James sorriu, deixando a Mulher Gorda encabulada. - Com licença.
James entrou com Lily na Sala Comunal. A garota logo se livrou do cachecol e puxou a varinha, apontando-a para a lareira: 
- Até os quadros você tem que cantar? - Lily apontou a varinha para a lareira. - Incendio! 
Faíscas saíram da ponta de sua varinha e Lily guardou a varinha nas vestes quando a lareira estava totalmente acesa. Virou-se e notou que James tinha se apoderado do sofá inteiro. Ele dirigiu seu olhar ao dela e mandou: 
- Ciúmes, linda? 
- Até parece, Potter. - Lily se jogou em uma poltrona e tirou os sapatos.
James levantou a varinha e rapidamente Lily puxou a sua. Pontas riu, colocando-se na defensiva: 
- Eu nunca te machucaria... 
- E o que quis fazer hoje? 
- ... se não fosse extremamente necessário. - Pontas completou. 
- Você é estúpido. - Lily riu, passando a mão no rosto. 
- Mas você adora garotos estúpidos, não é Evans? Ranhoso, sim, é um bom exemplo. 
- Ele é legal comigo. - Evans balançou a cabeça, negando a si própria. - Por que estou falando com você? 
- Porque você não agüenta ficar longe de mim. 
Lily balançou a cabeça. Ainda não sabia porque continuava ali. Não havia nada de melhor para fazer em um castelo vazio e pra onde fosse, Potter iria atrás. 
James levantou a varinha novamente e conjurou dois copos e uma garrafa. Lily aceitou o copo e o conteúdo da garrafa: 
- Cerveja Amanteigada? 
- Da melhor. - sorriu Pontas, servindo seu próprio copo. - O que vamos fazer agora, Evans? 
- Sei lá. - Lily admitiu, bebendo um grande gole. 
- Pois eu não sei. - James tirou a gravata bem lentamente e abriu os primeiros botões da camisa. 
Por um segundo, Lily ficou vidrada nos movimentos dele. Mas após sua mente alertá-la, ela desviou o seu olhar para o fogo. Lembrou-se de algo e disse: 
- Ah! Eu sei de algo que podemos fazer. 
James a seguiu com o olhar e a viu subir para os dormitórios. Em um momento ficou apreensivo com o que ela iria trazer e em outro pensou que ela não voltaria e o deixaria plantado ali. 
Mas logo Lily desceu as escadas, com os cabelos ruivos dançando no ar. Ela mostrou um baralho. 
- Comprei na Zonko's ano passado. Snap Explosivo. Ainda não tive oportunidade de jogar. - Lily sentou-se na mesa circular. - Aceita um desafio, Potter? 
- E quando foi que recusei um, Evans? 
Foi o primeiro sorriso verdadeiro de Lily aquela noite, porém James não o notou. 
Não notava nada quando alguém o desafiava. 
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- Acho que eu vou ver o James. - Aluado levantou-se, preocupado. 
- Ah, vai ver o Pontinhas, é? - Sirius fez voz de gay, porém Remus ignorou-o. 
- Conhecendo a Lily e o Pontas, eles devem estar se matando. - Remus murmurou. - Com licença.
Remus saltou seu banco, mas uma voz logo o alertou:
- Hey, Lupin. Posso ir com você? Eu já acabei... - Tonks indicou o prato. - ... e quero falar uma coisa com a Lily. 
- Tudo bem. Vamos? 
- Sim! 
Tonks também saltou seu banco. Sirius os observou deixar o Saguão e logo depois encarou as costas de Gabrielle. Sem tirar os olhos dela, disse para Rabicho: 
- Hey, Rabicho, você não se importa se eu te deixar aqui um minutinho, né? - não deixou ele responder. - Que bom! 
Sirius saltou seu banco e caminhou em direção a mesa da Corvinal, onde Gabrielle conversava animadamente com outras garotas e garotos. 
Rabicho disse para si: 
- Parece que sobrei. 
E voltou a comer.
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- Quando eu começei aqui... esse castelo me dava arrepios. 
- É estranho conhecer uma bruxa que tem medo de castelos. - Remus sorriu. 
Tonks deu uma risada sonora que ricocheteou nas paredes de pedra. Remus encarou a lua no céu e, instintivamente, se contorceu. Tonks ergueu as sobrancelhas e murmurou, tocando-lhe o braço: 
- Tudo bem?
- Sim... - Remus pousou a mão na testa. - Só me senti meio tonto. 
- Espera. 
Tonks procurou algo no bolso das vestes e tirou de lá algo embrulhado em um papel dourado. Empurou para as mãos de Lupin que a encarou, assustado. 
- É chocolate. - disse Tonks. 
Lupin não recusou e, após morder o chocolate, sentiu-se extremamente feliz e recuperado. Sem Tonks perceber, esquivou-se para onde o brilho da lua não entrasse em contato com sua pele e disse: 
- Obrigado. 
- Que nada. - Tonks riu. - Sempre carregue um. 
- Farei isso.
Os dois encararam em volta. Haviam se distanciado do caminho da Sala Comunal e estavam em um corredor desconhecido. 
- Añh... Aonde estamos mesmo?
- Não faço a mínima idéia. - Lupin olhou em volta e murmurou entre dentes. - Se o James tivesse deixado o Mapa comigo... 
- O que disse? 
- Nada. Parece que tem uma porta ali. - Remus indicou uma porta de madeira.
- Será que leva a Torre? 
- Sei lá... - Lupin empurrou a madeira da porta e os dois foram entrando. - Se ao menos tivéssemos um mapa. 
Quando entraram na Sala, se depararam com um cômodo coberto de pergaminhos nas paredes. Mal podiam ver as paredes e de imediato Tonks notou que eram mapas. 
- Engraçado. - Lupin disse, sorrindo. - Estávamos bem precisando de mapas. 
Enquanto Lupin procurava o mapa da Sala Comunal, Tonks franzia a sobrancelhas. Fora muita sorte. Sorte demais. Logo, lembrou-se que Gabrielle havia comentado algo sobre uma Sala... Precisa.
- Essa é a Sala Precisa. - afirmou Tonks. 
- Quê? 
- É uma sala que se modifica de acordo com o que estamos precisando no momento. - Tonks deu de ombros. - Ou algo assim.
- Uau. 
Lupin, de imediato, pensou: "Tenho que dizer para os Marotos adicionarem ela no Mapa. Pode ser útil."
- Bom... Subindo a próxima escada a direita... - Remus checou um mapa. - ... esperamos ela trocar de lugar para sudeste e estaremos na torre. 
Tonks e Lupin deixaram a sala e percorreram o caminho que Remus havia narrado. O silêncio tomou conta dos dois até chegarem no quadro da Mulher Gorda. 
- A sen... - Mulher Gorda foi iterrompida por uma explosão vinda de dentro da Sala Comunal. - Mas que diabos eles estão fazendo aí?!
Tonks e Lupin se entreolharam, espantados. 
- Lily e Pontas estão se explodindo! - Tonks soltou, desesperada.
- Juba de Leão! - Remus disse, exasperado. 
Os dois entraram na Sala Comunal. O suspiro aliviado foi ritmado quando cortou o ar. Lily estava rindo enquando James apagava uma fagulha de seu próprio cabelo. Apesar de tudo, estavam apenas jogando cartas. 
- Hey! - Lily acenou. - Querem jogar? 
Remus relaxou os ombros enquanto se sentava, sorrindo. Apesar de Pontas e Lily não estivéssem se explodindo, seria apenas uma questão de tempo para o Snap virar uma arma. E, é claro, o Aluado tinha que estar ali para impedir.    
Entretanto, não deixou de rir com Tonks e Lily quando James se explodiu mais uma vez. 
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As meninas da mesa pararam de rir quando Sirius se aproximou. Os garotos, por sua vez, o encararam com antipatia. Sirius era o garanhão da escola. Todas as garotas babavam por ele, mesmo sem ter a oportunidade de conhecê-lo. 
- Posso falar com você um minuto, Gabrielle? 
- Claro. 
A loira levantou-se. E os risinhos continuaram. Sirius meteu as mãos nos bolsos e começou a caminhar tranqüilamente com a menina para fora do Salão Principal. Gabrielle estaqva atrás dele, e Siriu pigarregou: 
- Você parece meio tímida. 
- Hnft... Você não me conhece, Black. - a menina sorriu. - Apesar de eu ser sua prima. 
- Quer dizer que você não é assim... tímida? 
A menina assentiu rindo. Black acompanhou o riso. 
- É que eu não stava muito bem sabe?
- O que você tinha? 
- Añh... - Gabrielle pareceu pensar um pouco. - Hm... Eu não gosto muito de viagens de trem. 
- Ah, sim! O Remus também não gosta muito. 
- O Lupin? 
- É, você conhece? 
- Só de vista. 
- Pois vou apresentar você. - Sirius sorriu. - E ao Pontas e ao Rabicho. Ah, tem a Lily também... 
- A Lily eu conheço. - Gabrielle riu. - Nós somos bem amigas. Ela... me mandou aproximar de nossas primas. 
- A Narci e a Bella? - Sirius arregalou os olhos. - Cuidado, a Bella é fogo. Se ela descobrir que você tá espionando ela... 
- Pode deixar, Black. 
Sirius gostou do tom de voz da garota, pigarreou e resolveu mudar de assusto: 
- E por que você não está na Sonserina como os outros Malfoy? 
- Pelo mesmo motivo que você está na Grifinória. - Gabrielle deu um sorriso. - Sou esperta. 
Almofadinhas explodiu em risadas. Com os olhos úmidos, apontou para o lago: 
- Quer dar uma volta por ali? 
- Er... não... valeu, Black. - Gabrielle encarou o céu. - Está... parecendo que vai chover. A gente se vê!
Sirius não conseguiu dar nenhuma palavra antes da menina voltar para o Salão Principal. Enquanto caminhava para a Sala Comunal, Sirius encarava o céu, confuso:
- Mas tá uma noite linda. A lua tá iluminando tudo... 
- Falando sozinho, Black? 
Sirius encarou Snape parado em frente ao retrato da Mulher Gorda. Com uma cara de poucos amigos, murmurou: 
- O que você quer, Ranhoso? 
- Que você chame a Lily para mim. 
- Sabe que o Pontas pode vir no lugar dela e te arrancar a cueca, né?  
- Só chame a Lily, Black. - grunhiu Snape. 
- 'Cê' que sabe. 
Sirius disse a senha para a Mulher Gorda e assustou-se com uma explosão: Lily, Tonks e Lupin estavam rindo de Pontas conberto de fuligem.
- Hey, Sirius. - Lily acenou. 
- Lily o Ran... ou melhor, o Snape está te esperando lá fora. 
- Ah, tá! - Lily se levantou. 
- O QUEM? 
Pontas que antes estava cinza de fuligem agora estava vermelho de raiva. Lupin levantou-se, receoso que ele pudesse partir para cima da porta e atingir Snape. 
- O Snape, Potter. - Lily resmungou. - Não é nada da sua conta. 
- Nunca é "nada da minha conta"! - Pontas rugiu. - Esse cara não é legal! Veja as pessoas com quem ele anda!
- Pare de fingir que se preocupa comigo! - e Lily deixou o aposento. 
James desabou na cadeira, com os punhos cerrados e a mandíbula travada. Para amenizar o clima, Tonks lançou: 
- É Pontas... Todos sabemos que você não gosta é de imaginar a língua do Snape se enrroscando com a da Lily. 
Sirius fingiu ânsia de vômito e Lupin riu junto com Tonks. Entretanto james continuou encarando o nada. Naquele momento, invejava Snape. Repentinamente, algo invadiu sua cabeça. 
Tinha tido uma idéia fantástica. 
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N/A : Aí está!
Aguardem o Cap 3 amanhã! 
 
                    
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