E as aulas começam



Hermione acordou melhor no outro dia, uma noite de sono tinha o poder de fazê-la esquecer todos os problemas.

Pegou um de seus livros e foi para o salão principal. Apoiou o livro em uma jarra dourada e pos-se a comer torrradas. Harry não demorou a chegar.

- Bom dia Hermione.

Um flash de lembranças passou diante dos olhos de Hermione

- Bom dia - respondeu ela contra a vontade.

Harry se sentou ao lado dela.

Rony chegou logo depois. Se sentou do outro lado de Hermione e bocejou, havia dormido mal.

- Bom dia povo

- Bom dia - responderam os dois em um tom monótono.

Rony encheu a boca de omelete e começou a falar de boca cheia

- Hoje nós vamos conhecer o resto da escola né?

- É... - respondeu Hermione entediada.

- O que houve com vocês? estão com umas caras que dá até medo. Cara de quem comeu e não gostou. - reclamou Rony

- O problema é esse, eu não comi - falou Harry fazendo Hermione enrubescer.

Logo a mesa estava lotada de alunos vestidos com o devido uniforme. A mesa dos professores estava cheia e todos conversavam animadamente.

2 de setembro, Salão Principal, 7:34 AM

Bem, não dormi bem e neste exato momento estou sentada na mesa da grifinória, tentando comer e com o Harry de um lado e o Rony de outro. Depois de ontem a noite o Harry caiu nos meus conceitos, não deixa de ser lindo, mas é um cafajeste. O Rony... Bom... Ele é diferente né... Eu fico tão descontrolada quando chego perto dele... Aiai...

Bem, acho meio impossível que seja amor, conheci ele ontem. Éé... Bem, agora eu to indo, o gatinho do irmão do Rony chamou a gente, vamos conhecer o castelo.

Beijinhos.




Hermione fechou o pesado livro e colocou dentro de sua bolsa, que com um ajuste aqui, um ajuste ali, acabou ficando gigante por dentro, grande o suficiente para colocar todos os livros de Hermione e não ficar pesada. Ela era realmente esperta.

O ruivo alto passou no meio dos alunos e saiu pela porta do Salão Principal, guiando todos eles por longos corredores. Foram visitar as masmorras, onde teriam aula de poções. Depois a torre de astronomia, as estufas, as salas de aula, a biblioteca, os banheiros e tudo mais. Hermione ficou simplesmente encantada com a biblioteca. Logo depois de conhecer o castelo, foram para a primeira aula.

Aula de tranfiguração, com a professora McGonagall.

Hermione estava quase dando pulinhos de felicidade, esquecendo completamente de Harry e seus foras. Eles entraram na sala e se sentaram nas mesas de trio, Harry Hermione e Rony sempre juntos.

- Bom dia alunos, sejam bem vindos. Meu nome é Minerva McGonagall, sou professora de transfiguração. Bem, a transfiguração é a arte de transformar um objeto em outro, assim - disse ela pegando uma pena e transformando numa maçã.

Muitos alunos soltaram exclamações mas Hermione não pareceu nem um pouco surpresa, já sabia transformar animais em colheres. Era tão fácil.

- Alguém quer tentar? - perguntou Minerva olhando diretamente para Hermione que balançava a mão freneticamente.

- Srta. Granger? Poderia transformar esse livro em um... pássaro?

- Perfeitamente professora.

Hermione balançou a varinha algumas vezes e tocou o livro. Um lindo pássaro amarelo saiu voando pela sala fazendo os alunos o acompanharem com os olhos e quase gritarem entusiasmados.

- Muito bem Srta. Granger. 10 pontos para a Grifinória.

Hermione a olhou com cara de "hã?"

- Ah, sim, creio que o prof. Dumbleodore tenha esquecido de avisar vocês sobre a pontuação das casas. Bem, todos os anos os alunos pontuam em suas casas. Se infringirem as regras, perderão pontos. E no fim de cada ano, temos uma casa vencedora.

Todos os grifinórios abriram sorrisos enormes enquanto os corvinais fechavam a cara para Hermione. É, parece que ela estava fazendo mais inimigos do que gostaria.

Hermione se sentou constrangida e olhou apreensiva para Harry que a encarava com cara de "exibida"

- Olha Harry, se não gostou não tenho culpa, o importante é que ganhamos 10 pontos - ela falou num sussurro quase inaudível como se lesse os pensamentos dele

- Eu não falei nada... - Harry sussurrou

- Mas pensou - ela sussurrou novamente

Rony chutou a perna de Hermione para que ela ficasse quieta. Ela o olhou irritada e voltou a prestar atenção na aula.

- Bom, agora que vocês viram uma demonstração de como transformar um objeto em outro, vamos aprender a transformar essa folha que está sobre suas mesas - todos olharam espantados, não havia folha alguma. De repente todos levaram um susto, uma folha verde apareceu sobre a mesa - em aranhas

- ... Aranhas...? - perguntou Rony com a voz tremida

- Sim Sr. Weasley, aranhas, algum problema? Você tem medo de aranhas? - perguntou a professora o encarando séria.

- Claro que não professora... - mentiu ele ao perceber que mais de metade da sala o encarava curiosa.

- Ótimo, vamos, tentem, é assim - disse ela empunhando a varinha e sacodindo a varinha em movimentos circulares.

Muitos alunos repetiram sem sucesso, enquanto Hermione transformava a folha em aranha e a aranha em folha.

- Exibida... - ralhou Rony no ouvido dela

Ela estremeceu, nunca havia sentido essa sensação estranha de... arrepio...

O sinal tocou, a fazendo despertar daquele transe que o perfume dele a havia provocado.

- Vocês estão dispensados.

Hermione guardou seu material na mochila rosa e preta e saiu apressada, queria sair de perto daqueles dois antes que eles percebessem o quanto ficava abalada com a presença deles.

- Hermione, espera - Harry gritou fazendo a garota virar.

- Tenho poções com aquele mal encarado do Snape - falou Hermione rindo da expressão de nojo que Rony e Harry fizeram juntos - e vocês?

- Defesa Contra Artes das Trevas - falaram os dois juntos

Hermione olhou curiosa.

- Nós já comparamos os nossos horários, são iguais. - falou Harry

- Ah, claro, vai ser um tédio a aula, bom, to indo, depois a gente se encontra

Hermione se encaminhou para as masmorras enquanto Harry e Rony sumiam do outro lado do corredor.

- Aff, que coisa, vai ser tão chata a aula sem eles... - ela suspirou longamente

Continuou andando pelos corredores escuros e chegou na sala do professor mal encarado.

Todos os alunos estavam sentados de duplas, ela foi a última a chegar.

- Está atrasada Srta. Granger.

- Me desculpe professor, me perdi.

Ela se sentou com uma garota da Sonserina. Sim, ela fazia defesa contra as artes das trevas com a Sonserina

Sim, ela fazia defesa contra as artes das trevas com a Sonserina.

O professor mal encarado passeou pela sala, olhou no fundo dos olhos de cada um e se voltou para a lousa. Alguns alunos sentiram a sensação de ter sua mente invadida por alguém. Hermione estava até com medo do professor, percebeu que ele não foi com a cara dela desde o início.

"Que napa, eu heim, Deus me livre de ter um nariz assim!" pensou Hermione, justo na hora que o professor largava o giz e a encarava.

- Então quer dizer que a Srta. acha que o meu nariz é muito grande? - perguntou o professor a encarando, como sempre fazia com os alunos grifinórios.

Alguns sonserinos abafaram risinhos e Hermione ficou vermelha.

- Não professor...

- Não minta Srta. Granger.

- Não estou mentindo.

- Ok, ok; Bom, o meu nome é Snape, Severo Snape, como podem ver na lousa, sou professor de defesa contra artes das trevas e coordenador da casa Sonserina.

O professor andava de um lado pro outro, com as mãos atrás das costas, fazendo perguntas as quais Hermione sempre sabia, mas ele nunca a deixava responder, ela estava perdendo a paciência.

- Professor?

- O que foi dessa vez Srta. Granger?

- Porque o Sr. nunca me deixa responder?

- Porque não busco sabichões que decoram livros inteiros.

Hermione fechou a cara, realmente, aquele seboso não foi com sua cara.

A aula terminou, Hermione arrumou os materiais na mochila o mais rápido que pode e saiu correndo da sala, estava com fome e de saco cheio daquele seboso.

Rony e Harry estavam indo para o salão principal e Hermione os alcançou.

- Oi, como foi a aula de vocês? - perguntou Hermione se juntando a eles.

- Bem... Pelo menos pra mim... - falou Harry lançando um olhar cúmplice a Hermione.

Hermione olhou rapidamente para Rony e ele tinha manchas roxas por todo o rosto.

- O que houve Ron? - perguntou Hermione aproximando a mão do rosto de Rony

- Não toque no rosto dele! - advertiu Harry agarrando o pulso de Hermione e esbarrando no nariz de Rony

- Ai! Por quê? - reclamou Hermione.

- Por isso! - falou Harry mostrando a mão para Hermione.

Ela olhou aterrorizada para as manchas roxas que tomavam conta do braço de Harry.

- Ahh, eu li sobre isso, poção da uva, que deu errado né?

- É, o Rony se atrapalhou e colocou muita perna de aranha.

Eles entraram juntos e sentaram na mesa. Os professores chegaram. Dumbleodore bateu duas palmas. Pratos e talheres de ouro apareceram na frente dos alunos que suspiraram surpresos, o do jantar do dia anterior, havia sido de prata.

Rony fez uma montanha de comida no prato.

- Caramba Rony, você come muito - comentou Hermione se servindo de suco de abóbora.

As pontas das orelhas dele ficaram vermelhas rapidamente.

- Ah Hermione, não faça esse tipo de comentários, ele fica com vergonha, ele é tímidozinho - falou Harry rindo.

- Cala boca Harry Potter, ou você quer que eu conte o seu segredinho pra toda Hogwarts?

- Não não, não precisa, eu fico quieto

Hermione olhou intrigada

- Que segredinho?

- Não, nada Hermione, é brincadeira dele né Rony! - disse Harry chutando Rony por debaixo da mesa.

- Ai!

Harry o fuzilou com o olhar

- É, é brincadeira - completou Rony.

Eles terminaram de almoçar e juntos seguiram para as margens do lago.

- O que vocês tem agora? - perguntou Hermione para os garotos.

- Adivinhação - falou Harry

- Ahh, eu também.

- Que bom... - completou Rony meio cabisbaixo.

- Que foi Ron? - perguntou Hermione

- Ah Hermione, você é mó sabichona, responde tudo e nem deixa os outros pensarem

- Ok Ronald, não respondo mais nada.

Ela apertou o passo e foi para a sala de aula, cheia de livros nas mãos e com uma mochila nas costas.

- Espera Hermione! - gritou Harry, mas a garota já tinha desaparecido nos corredores - Tá vendo o que você fez Rony! - ralhou com o amigo.

- Eu não fiz nada, ela que é metida.

- É, tem razão, vamos deixar ela sozinha, vamos andar só nós dois, algo me diz que ela não é confiável - completou Harry

Estava decidido, iam se afastar de Hermione.

Hermione andava apressada para a aula, depois disso, não ia mais responder as perguntas, estava farta de ser chamada de sabichona e perder amigos por isso, iria se isolar.

Sentiu uma imensa vontade de chorar, mal entrara já tinha feito inimigos na corvinal, na lufa lufa e seus únicos, digamos, colegas, que antes eram amigos, acabaram de a abandonar.

Hermione entrou na sala já com os olhos vermelhos, mas sem soltar uma única lágrima, não queria demonstrar sua fraqueza na frente de professores, e pior, de alunos da sonserina.

Ela se sentou e arrumou os pertences ao lado da cadeira, não queria que Harry e Rony sentassem ali com ela, mas não podia impedir.

Harry não demorou a chegar, seguido de Rony. Hermione os olhou pelo canto do olho. Harry passou ao seu lado e largou um papel na mesa dela. Ele e Rony se sentaram no fundo da sala.

Hermione suspirou, mas no fundo odiou aquilo. Ela ficou sozinha na carteira até que Draco Malfoy entrou e procurou por um lugar com os olhos. Aquela mesa lá no fundo, era a que ele ia sentar. Não teve escolha se não se sentar com Hermione.

- O que você está fazendo aqui Malfoy? - perguntou Hermione sussurrando porque a professora já começava a explicar o que era adivinhação.

- Ora sangue ruim... Claro que me sentei aqui porque não tem outro lugar, ou você acha mesmo que eu ia me misturar com gente da sua laia?

O sangue de Hermione ferveu, mas ela se controlou, iria mostrar a sangue ruim para ele mais tarde.

A professora falava e falava, mas Hermione estava absorta em seus pensamentos, pensava em como daria um jeito no Malfoy, e o que faria em relação ao Harry e ao Rony.

- Alguém sabe me dizer como alcançamos o poder mental absoluto para obter uma adivinhação perfeita?

Hermione voltou a realidade nessa hora e levantou a mão

- Srta. Granger?

- Nada professora, eu tava com soluço, me desculpe.

- Que desculpa esfarrapada heim Granger? - comentou Malfoy abafando um risinho - eu sei que você não responde mais nada porque brigou com o seu namoradinho pobretão por causa disso.

- Cala sua boca imunda Malfoy, eu não briguei com ele e ele não é meu namorado e tá bem, bem longe de ser - respondeu ela fechando a cara.

- Oh, que dó, ela ficou com raivinha... - provocou ele.

- Draco Malfoy, pode me responder porque a adivinhação sai imprecisa quando não olhamos nos olhos da pessoa?

- Er... Bem... Porque... Porque nós precisamos ter contato visual.

- Sim Sr. Malfoy, mas eu acabei de falar isso, pode nos explicar melhor?

- Não...

- Muito Bem, você não estava prestando atenção enquanto eu explicava, menos 10 pontos pra sonserina.

Malfoy olhou para trás de relance e pode ver vários olhares furiosos de seus colegas de casa. Crabbe e Goyle eram os únicos que o encaravam com aquele olhar de total submissão.

A professora continuou falando e falando. O sinal tocou

- 20 centímetros de pergaminho sobre como uma pessoa pode adivinhar objetos. Para a próxima aula. Podem ir

Hermione colocou os livros na bolsa e saiu apressada. O próximo tempo dela era livre. Iria fazer os deveres.

- Srta. Granger?

Hermione girou o corpo, olhando para professora.

- Sim?

- Posso dar uma palavrinha com você?

- Claro professora.

Rony saiu esbarrando no ombro de Hermione e Harry acenou com a cabeça pra ela. Ela se lembrou do papel, ainda não tinha lido.

- Por que você não respondeu nenhuma das minhas perguntas e não prestou atenção a aula inteira? todos os professores falam maravilhas de você. Com excessão do Snape, claro, que só fala bem dos sonserinos.

- Er... Professora, me desculpe, mas eu prefiro não falar sobre isso com ninguém, aula que vem prometo que presto atenção na sua explicação.

- E vai responder as perguntas?

- Não sei professora, já perdi meus dois únicos amigos por causa disso, eles acham que eu não dou tempo para ninguém responder, que eu quero ser melhor que todo mundo.

- Hermione, você é jovem e tem que aprender muitas coisas ainda, mas se eles pensam assim, não eram amigos de verdade, não se ofenda ou fique triste com isso, seja você mesma. Só isso. Bons estudos - encerrou a professora.

As palavras daquela professora, como era mesmo o nome? Alex? Acho que sim. Fizeram efeito na cabeça de Hermione, ela tinha razão.

Hermione saiu apressada, queria logo termina os deveres e ficar livre o resto tarde, por mais que soubesse que ia ficar sozinha e no mínimo triste, queria ficar livre de deveres e mais deveres.

- Bolo de unicórnio.

O retrato da mulher gorda girou e ela entrou, tirou alguns livros de dentro da mochila e se sentou em uma das grandes mesas do salão comunal. Começou a fazer a lição de adivinhação.

Rony chegou logo atrás de Harry. Hermione levantou a cabeça para ver quem é que ria e falava tão alto. Viu Harry olhando pra ela, num ar de súplica. Porque ele estaria a olhando daquele jeito? O que Rony tinha feito dessa vez? Ela voltou a atenção para os livros, tinha lição para fazer. Harry foi até ela.

- O que você tá fazendo Harry? - gritou Rony do outro lado da sala.

Harry olhou para trás e voltou a caminhar na direção de Hermione.

- Leu o papel que eu te dei hoj mais cedo?

- Ainda não - respondeu Hermione sem tirar os olhos do livro.

- Olha pra mim

Hermione continuou escrevendo.

- Caramba Hermione, pára, olha pra mim - disse ele levando o dedo indicador ao queixo dela e levantando seu rosto com leveza.

Hermione estremeceu.

- O que você quer? Não vê que estou ocupada pra ser humilhada de novo?

- Não vim te humilhar.

Rony observava tudo de longe, irritado.

- Veio fazer o que então?

- Ver se você estava bem. Parece triste, não falou nada a aula inteira.

- Sabe Harry, aulas não são feitas para se falar, temos o resto do dia inteiro para fazer isso, é melhor você prestar mais atenção nas aulas porque logo chegam os N.O.Ms e os N.I.E.M.s. E quanto a parecer triste, quem é você pra falar isso se quem me deixou assim foi você e aquele ruivo sem graça?

Harry se calou, estava com expressão de dúvida, não sabia o que era um N.O.M.

- Níveis Ordinários em Magia Harry.

- Ah, como sabia que era isso que eu queria saber?

- Seus olhos.

Harry estava boquiaberto, como ela já podia decifrar seus olhos se a conhecia há apenas um ou dois dias?

- O Harry, chega, se não se importa tenho lição para fazer, se eu fosse você faria logo a sua, quando estiver acumulada não vou poder fazer nada.

Harry assentiu e voltou para a outra extremidade da sala, junto com Rony.

Hermione continuou fazendo a lição. Terminou. Arrumou as coisas na mochila e a deixou no dormitório, ao lado de sua cama. Pegou o diário e uma caneta. Não estava adaptada as penas ainda. Eram estranhas.

Saiu em direção ao lago, em uma extremidade mais afastada do castelo, queria paz, queria poder deitar na grama e escrever o que desse vontade. Achou um lugar calmo, cheio de flores minúsculas, lá se sentou e colocou o livro na grama.

2 de setembro, na beira do lago

Bom, hoje foi terrível ok. Eu fui rejeitada, o Rony brigou comigo --' só porque eu sempre respondo tudo o que os professores perguntam... se eles não respondem alguém tem que responder não é? Diz que eu não dou tempo pra eles pensarem... --'
Na aula de adivinhação o Malfoy sentou comigo; Como ele consegue ser tão bonito e tão insuportável ao mesmo tempo?
Ah, que coisa, eu vou parar por aqui, tem gente vindo, pensei que ia ter paz.




Hermione fechou o diário e o envolveu com a fita de cetim e se levantou, limpando as roupas. Olhou para trás. Era Harry

- Ai Harry, o que você quer agora? - perguntou ela revirando os olhos.

- Você não leu o papel né?

- Não, esqueci

- É, eu percebi, tava pedindo pra você me encontrar na frente da cabana do Hagrid enquanto o Rony tem aula de trato das criaturas mágicas.

- Pra que?

- Pra isso.

Harry segurou o rosto de Hermione e a beijou com leveza. Hermione entreabriu os lábios automaticamente, não era mestre nisso, nunca tinha beijado, mas aquela era sua chance de perder o BV. Harry a enlaçou pela cintura e Hermione estremeceu. Ela se tocou do que estava fazendo. E o empurrou.

- Você está louco? - ela gritou passando a mão na boca.

- Não gostou?

Hermione se calou, pegou o livro que havia caido no chão e saiu correndo de volta para o dormitório. Harry ficou lá, parado algum tempo, a observando, enquanto ela voltava com a mão na boca para o castelo.

- Essa menina é estranha, primeiro eu leio nos olhos dela que ela quer isso, e quando consegue, me trata assim.

Harry olhou ao redor como se procurasse algo e correu para o castelo.

Hermione subiu as escadas correndo, a aula estava para começar, mas aquele era um momento de vida ou morte, era mais importane que tudo.

- Meu Deus... O que... Harry Potter... acabou... de fazer? - ela falava soziha, ofegante, enquanto corria para seu dormitório.

Abriu a porta com tudo e correu para seu malão, puxou o livro do fundo do baú rapidamente e arrancou a fita. Pegou a pena mais próxima que encontrou e molhou no tinteiro.

2 de setembro, no dormitório, quase morrendo de falta de ar

meldels, me fala que isso num aconteceu! Harry Potter acabou de ME BEIJAR meldels meldels meldels, mil vezes meldels, logo o povo vai estar comentando e eu to ferrada, já tenho inimigos por natureza, agora então, milhares de meninas dariam o braço esquerdo para estarem no meu lugar. O que eu vou fazeeeeeeeeeeeeeer? Ah, me ajuda ;(
to ficando atrasada pra aula, mas dane-se sabe, quero que a aula se exploda. Pera, não, meu Deus, to perdendo a sanidade, a verdadeira Hermione jamais falaria isso, deleta deleta deleta, estou indo pra aula, depois escrevo mais aqui

beijinhos.



Hermione correu pelos corredores e seguiu para a estufa. Trombou com Dino, Lilá e Pansi Parkinson.

- Com licença professora, eu me perdi nos corredores - desculpou-se Hermione ao entrar na estufa.

- Acalme-se Hermione, isso é normal nos primeiros dias - vamos, sente-se ali do lado do Potter e ponha um fone de ouvido. Bem, como eu ia dizendo, as mandrágoras são plantas muito perigosas, quando adultas, gritam tão alto a ponto de ensurdecer alguém... - Hermione se ajeitou na cadeira ao lado de Harry.

- Onde você estava? - quis saber Harry sussurrando

- O que você tem a ver com isso? - respondeu Hermione friamente.

- Hermione, onde você tava? - perguntou Rony depois de receber um olhar cúmplice de Harry.

- No dormitório das meninas, estava escrevendo UMA CERTA COISA - explicou-se ela enfatizando as últimas 3 palavras e revirando os olhos.

- Hum... o que? - perguntou Rony dando uma de curioso porque Harry havia pedido.

- Nada Rony, um dia você ainda vai saber, agora volte a prestar atenção na aula. Se é que você estava prestando...

Hermione tornou seu olhar para a professora que continuava explicando a matéria

- No mundo dos trouxas, a mandrágora é uma planta que DEVE se colhida a noite, puxada por um cachorro preto, caso contrário, a pessoa que puxou, fica surda. Mas aqui, é só segurar bem as raízes e puxar assim! - disse ela arrancando uma madrágora de dentro do vaso.

- ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! - foi o que a mandrágora gritou.

- Essas são bebês, portanto não precisam se preocupar, o máximo que pode acontecer é alguns de vocês perderem a consciência.

Rony desmaiou.

- Levem-no para a enfermaria!

Vários alunos tiraram as mandrágoras dos vasos e as largaram em cima da mesa, a fim de ajudar Rony.

Hermione seguiu para os jardins de Hogwarts, talvez ali tivesse paz. Mas errou. Quando chegou perto do lago pode ouvir burburilhos cada vez mais altos e muitas pessoas apontando para ela.

- Que foi? eu to cagada!? - gritou ela para o bando de seres que a cercavam.

- Não, você foi a garota que o Harry beijou! - falou Colin fazendo a multidão que ali se juntou exclamar.

- CACETE! Será que dá pra vocês pararem de se meter na minha vida! Se ele me beijou é porque ele quis, porque ele me acha linda e se sentiu atraido ok! Saiam daqui! - explodiu.

- Eu heim, nem vou mais falar com ela, credo, menina grossa! - falou uma das corvinais que se infiltrara ali.

- Hey! Você! - a garota da corvinal se virou - é, você mesma. Você nunca falou comigo mesmo, não vai fazer diferença!

Hermione saiu afundando os pés na grama e seguiu para o banheiro feminino. Onde existia a murta; Hermione entrou e foi mal recebida.

- Quem é você garota? O que você quer no meu banheiro? - perguntou Murta com aquela voz estridente.

- Olha aqui, se esse banheiro está dentro de Hogwarts, não é só seu! E eu não tenho culpa se mataram você aqui dentro!

Murta começou a gemer. Hermione revirou os olhos e entrou numa das cabines, jogou feitiços protetores ao redor da cabine e se sentou no vaso sanitário, abraçou os joelhos e começou a chorar.


voltei com o meu hábito de postar coisas incompletas, mas esse tá completo, logo eu posto mais USAUSASASAHSAHAUHSUAHSUAIHSA
bom, estou com um bloqueio mental \\o
beijosmeligaecomenta :*

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