Capítulo 13



Capítulo 13


Hermione caminhava calmamente pelo corredor do St. Mungus quando encontrou alguém que não via há alguns anos.


-Por Merlin, Hermione! – exclamou a jovem mulher de cabelos pretos.


-Anne! – respondeu Hermione sorrindo, antes de abraçar a mulher.


Hermione e Anne eram amigas desde a época em que elas eram residentes no St. Mungus.


-Como você está?


-Estou ótima e você?


-Também estou ótima, obrigado. E então o que faz aqui?


-Voltei para Londres e estou trabalhando aqui novamente.


-E como eu não te vi antes?


-Eu comecei apenas alguns dias atrás.


-Eu estava de férias, voltei hoje. Eu fico tão feliz que você tenha voltado para Londres. Foi uma pena você ter ido para Paris, você era nossa melhor medi-bruxa.


-Obrigado Anne.


-Tenho tanta coisa pra te contar, você nem imagina.


-Eu também tenho muita coisa pra te contar.


-Que tal nós almoçarmos juntas? Eu conheço um restaurante ótimo e fica perto daqui, podemos ir caminhando e assim colocamos a fofoca em dia.


-Seria ótimo.


-Então vamos, já esta na hora do almoço.


Rony estava sentado no sofá de sua casa assistindo televisão, já estava acostumado com alguns utensílios trouxas. Havia acabado de arrumar sua casa com apenas alguns gestos de sua varinha, mas ele precisava reconhecer, ele não estava cuidando muito bem da casa, talvez fosse bom contratar um elfo doméstico. Assitiu TV por meia hora até que se lembrou do almoço com Adam e Natalie. Aparatou rapidamente ou chegaria atrasado. Caminhou um pouco do local onde havia desaparatado até o restaurante. Entrou no restaurante e procurou Adam e Natalie, mas não os encontrou. “Provavelmente eles não chegaram ainda”, pensou ele. Sentou-se em uma mesa perto da porta, uma das poucas que ainda estava desocupada e assim seria mais fácil que Adam e Natalie o localizassem. Esperou por alguns minutos até que Natalie entrou no restaurante, rapidamente o localizou e caminhou em direção a ele. Usava uma roupa provocante e que destacava suas formas, Rony não pode deixar de notar esse detalhe.


-Olá Naty. Onde está o Adam?


-Ele não pode vir, teve alguns problemas urgentes para resolver.


-Está tudo bem com ele?


-Está, só alguns problemas de família. Então vamos almoçar só nós dois, espero que você não se importe. – disse Naty com um enorme sorrindo.


-Não, por mim tudo bem. – respondeu Rony.


Hermione e Anne caminhavam em direção ao restaurante. Haviam acabado de deixar o St. Mungus.


-E então Hermione, conheceu algum francês charmoso durante o tempo em que morou lá?


-Conheci alguns, mas nenhum que realmente me interessa se, eu estava ocupado com o trabalho e... – hesitou Hermione - bem... Eu também estive ocupada com meus filhos.


-O que? – Anne parou de andar e olhava Hermione abobada, enquanto esta apenas ria. – Mentira! Você tem filhos?


-Tenho gêmeos, Arthur e Ashley.


-E por que você não me contou? Você não mencionou nenhuma palavra sobre filhos naquela carta que me enviou pouco depois de ir embora, apenas falou que havia se separado do Weasley e que estava na França.


-O Rony é o pai dos meus filhos.


-Sério? Olha, chegamos você vai poder me contar tudo durante o almoço.


-Tudo bem, eu te conto tudo – respondeu Hermione sorrindo – Feitiço mágico – disse ela enquanto lia a placa – é bom esse restaurante?


-É ótimo, os donos são bruxos, mas tanto bruxos como trouxas vem aqui. – respondeu Anne entrando no restaurante sendo seguida por Hermione.


-Deve ser bom mesmo, tem poucas mesas vazia, tem uma ali e... – disse ela apontando para uma mesa vazia. Calou-se ao perceber quem estava na mesa ao lado. Rony estava com uma mulher loira ao seu lado. A conversa parecia realmente muito boa, pois eles riam bastante. Ela se insinuava para ele, mas Rony parecia não notar ou fingia não notar. Hermione sentiu as lágrimas chegaram rapidamente em seus olhos, era melhor sair dali enquanto Rony não a visse.


-Anne – cochichou Hermione, para que apenas a moça a ouvisse. – Vamos a outro lugar, por favor.


-Mas aqui é ótimo e...


-Por favor – interrompeu Hermione – aqui está meio cheio.


-Tudo bem – concordou Anne, notando a urgência na voz de Hermione.


Hermione e Anne foram até um restaurante trouxa que havia há algumas ruas do Feitiço Mágico. Hermione permaneceu calada durante todo o trajeto. Sentaram-se numa mesa mais no fundo do restaurante e pediram a comida.


-Hermione você está bem?


-Eu? Estou ótima, por quê?


-De repente você ficou tão calada e parece em outro mundo.


-Impressão sua. E quais as novidades que você tem pra me contar? – perguntou Hermione, mudando os rumos da conversa.


-Você se lembra do Michael, meu namorado?


-Sim, eu me lembro dele.


-Então, nós nos casamos. – disse Anne contente.


-Que ótimo e vocês já têm filhos?


-Ainda não, o Michael acha que ainda não estamos preparados para ter filhos e...


Hermione não estava realmente prestando atenção ao que Anne falava, apenas ouvia algumas palavras. Ela pensava na cena que havia presenciado: Rony almoçando com uma mulher, e eles pareciam bem íntimos.


-Hermione você ainda está aqui?


-Que? Hã?


-Você não estava prestando atenção no que eu estou falando.


-Desculpa, é que eu tenho algumas coisas na cabeça, mas do que você falava?


Anne olhou atentamente para Hermione e suspirou antes de dizer:


-Deixa pra lá, eram coisas sem importância, mas me conte de você e dos seus filhos.


Hermione contou a Anne tudo o que havia acontecido, desde sua briga com Rony até o momento em que ela lhe contou a verdade.


-Nossa Hermione, como você conseguiu criar dois filhos sozinha e ainda por cima trabalhar?


-Não foi tão complicado, eu apenas soube conciliar as coisas, mas é bom saber que eu não preciso mais fazer isso sozinha.


-E você e Rony como estão?


-Estamos... Hum... Digamos que estamos tentando retomar nossa amizade.


-Amizade? – perguntou Anne antes de gargalhar – Você e Ronald Weasley amigos?


-É, nós fomos amigos por muito tempo e sempre deu certo.


-Ah claro sempre deu certo, vocês só brigavam às vezes. – disse Anne irônica.


Hermione ficou calada, sabia o motivo das brigas com Rony: os ciúmes. Anne consultou o relógio e disse:


-Vamos, acho que já está na hora.


-Não vai você, eu vou ficar aqui mais um pouco, tomar um café.


-OK, se depois você quiser conversar é só me procurar.


-Obrigado.


Rony e Natalie ainda almoçavam no restaurante, ou melhor, Rony almoçava enquanto Natalie falava sem parar. Rony já estava ficando cansado de toda aquela “ladainha” e não prestava atenção ao que ela falava, até que finalmente Natalie notou.


-Rony, você ta prestando atenção em mim?


-Ah? To, claro.


-Já falei muito de mim, me fale um pouco mais de você.


-O que você quer saber sobre mim?


-Tudo, já que naquela noite em Paris você só falou sobre o seu relacionamento com a Hermione. – falou Natalie com desdém


-Se eu for lhe contar sobre a minha vida – respondeu Rony friamente – pode ter certeza que você vai ouvir muito o nome da Mione, porque ele faz parte da minha vida.


-Desculpa Rony, eu não quis ofender.


-Tudo bem, você não ofendeu. Você que saber sobre mim certo? Então tudo bem, vou me resumir pra você: tenho 6 irmãos, minha mãe se chama Molly e meu pai Arthur, sou goleiro e capitão do Chuddley Cannos, time que torço desde sempre, tenho dois amigos muito especiais Harry Potter e Hermione Granger, conheci os dois no trem para Hogwarts e somos amigos desde então, adoro sapos de chocolates, na realidade adoro qualquer comida, especialmente da minha mãe e tenho dois filhos de 4 anos chamados Arthur e Ashley. Pronto. Contente?


-Uau! Dois filhos? Eu não sabia.


-Pois é, até ontem eu também não.


-Como?


-A verdade é que quando Hermione foi embora para a França, ela estava grávida de gêmeos.


-Quando ela foi pra França... hum...E você tem certeza de que eles são seus?


-O que você quer dizer com isso?


-Bom, ela foi embora e depois de anos volta com duas crianças dizendo que são seus filhos...


-Eu tenho certeza que são seus filhos – disse ele rancoroso – Desculpa Natalie, mas tenho que ir.


-Mas já? Quando nós vemos novamente?


-Não sei, depois marcamos algo, tenha uma boa tarde então. – disse Rony já se levantando


Deixou dinheiro suficiente para pagar a conta, acenou com a cabeça e saiu deixando uma Natalie desapontada para trás.


Anne já havia ido embora e Hermione tomava seu café quando uma pessoa conhecida se aproximou.


-Olá Hermione.


-Uau...Córmaco?


Córmaco McLaggen estava em pé ao lado de Hermione, sorrindo lhe agradavelmente, continuava corpulento, porém seu corpo era mais definido e o cabelo já não eram mais crespos e armados, estavam perfeitamente assentados em sua cabeça. Ele trajava um paletó e estava bastante elegante.


-Posso me sentar? – perguntou apontando para a cadeira.


-Claro – respondeu Hermione prontamente.


-Como tem passado Hermione? – perguntou ele.


-Muito bem e você?


-Bem, obrigado. Já faz anos desde a última vez que nos vimos.


-Você tem razão, faz alguns anos já. Você está diferente.


-É verdade, mudei um pouco.


-E o que você tem feito?


-Eu trabalho no Ministério. E você?


-Eu trabalho no St. Mungus, mas acabei de voltar, eu estava morando na França.


-A França é um lugar adorável. Já que trabalha no St. Mungus o que faz em um restaurante trouxa? – disse ele sussurrando a última palavra.


-O Feitiço Mágico está um tanto cheio, então preferi vir aqui e você?


-Eu também, pelo mesmo motivo. – disse ele, então continuou – Hermione, você está encantadora.


Hermione sentiu seu rosto esquentar, provavelmente estaria corada.


-Desculpa ser assim tão direto, mas não puder me conter. Será que nos poderíamos nos encontrar outras vezes? Um jantar, um café... Mas claro, sem compromisso. – disse McLaggen sorrindo para Hermione.


-Seria ótimo.


-OK.  Preciso ir.


-Eu também. Foi ótimo revê-lo.


-Igualmente – disse ele pegando a mão de Hermione e dando um beijo delicado.


-Até mais.


Hermione pagou a conta pegou sua bolsa e saiu do restaurante trouxa. No momento em que ela saiu, Córmaco voltou para a mesa em que estivera sentado observando Hermione antes de se aproximar.


-Como foi? – perguntou um rapaz de cabelos escuros.


-Moleza, é só ser delicado e gentil com as mulheres e elas caem aos nossos pés.


-E o que você vai fazer?


-Vou cumprir o eu disse que faria – respondeu McLaggen com um sorriso no rosto e os olhos brilhando.


Hermione não notou o passar do dia, quando viu já eram 07:30 da noite, seu expediente havia terminado.


Deu uma última olhada em alguns pacientes que estavam em estado mais delicado, deu instruções aos outros curandeiros, pegou sua bolsa e foi embora. Desaparatou perto de sua casa, só precisou caminhar alguns metros. Entrou em casa e deitou no sofá da sala, estava cansada, a tarde fora bastante movimentada.


-Oi mamãe – disse Arthur entrando na sala.


-Oi meu filho – disse Hermione sentando e depositando um beijo no filho. – Onde está a Ashley?


-Na cozinha com a Marie. – respondeu o garoto.


-Vou subir pra tomar um banho e já desço pra jantar com vocês – deu outro beijo no filho e subiu as escadas em direção ao seu quarto.


Deixou sua bolsa em cima da cama e foi para o banheiro. Tirou a roupa e entrou em baixo do chuveiro quente. Ficou lá por um bom tempo, sentindo a água quente cair em suas costas. Terminou o banho, foi para o quarto e colocou uma camisola bem confortável, penteou os cabelos molhados, deixando eles soltos. Desceu as escadas em direção a cozinha, mas notou a presença de um estranho na sala.


-O que você esta fazendo aqui? – perguntou terminando de descer as escadas.


-...e foi assim que eu conheci a mãe de vocês – disse Rony antes de olhar para Hermione e dizer – Olá Hermione.


Rony estava sentado no sofá da sala com Ashley e Arthur sentados com ele e aparentemente estivera contando uma história.


-Ashley e Arthur vão à cozinha perguntar a Marie se a comida está pronta enquanto a mamãe conversa com o Rony.


Ashley e Arhtur saíram da sala deixando apenas uma Hermione não muito contente e um Rony sorridente para trás.


-O que você faz aqui? – repetiu a pergunta.


-Mione, eu sei que disse que viria aqui à noite, mas isso não quis dizer que iria rolar mais alguma coisa – disse Rony olhando Hermione de cima a baixo e dando um sorriso inclinado.


Hermione notou que estava vestindo apenas uma camisola preta de alcinhas. Corou levemente e cruzou os braços.


-Eu tinha esquecido que você viria – respondeu ela friamente. A imagem de Rony almoçando com aquela mulher ainda estava viva em sua cabeça.


-Tudo bem. Eu estava contando a eles como foi que a gente se conheceu.


-Cuidado com o que você diz para os meus filhos, eles são espertos e podem acabar percebendo alguma coisa.


-Nossos filhos, você quis dizer – disse Rony sorrindo calmamente – Fique tranquila, eu não falei nada demais.


Hermione nada disse apenas mordeu o lábio sem encarar Rony, que a observava descaradamente. Há muito tempo ele não a via assim, cabelos molhados e camisola preta, uma combinação perfeita, na opinião dele.


-Mamãe, está pronto – disse Ashley voltando à sala. – O Rony pode jantar aqui?


Hermione olhou de Ashley para Rony, olhou novamente para a filha e sorriu ao dizer:


-Pode – acrescentou olhando friamente para ele – claro, se ele não tiver outro compromisso.


-Não, não tenho.


-Vamos então – disse Hermione caminhando pela cozinha acompanhada por Rony e Ashley.


O jantar ocorreu normalmente. Rony contou aos filhos tudo sobre Hogwarts, enquanto Hermione se limitara a apenas concordar com o que ele falava, permancendo calada a maior parte do jantar. Após o jantar foram para a sala de TV, assistiram um desenho que passava até que Ashley e Arthur já não agüentavam mais e foram dormir.


-Tchau Rony, até amanhã.


-Tchau Ashley e Arthur – respondeu Rony.


-Eu já vou subir – disse Hermione.


Assim que os filhos subiram as escadas e sumiram de vista, Hermione virou-se para Rony, as mãos na cintura em uma clássica imitação da Sra. Weasley, os olhos faiscavam na direção de Rony.


-Como assim até amanhã?


-Bom... É que eu prometi leva-los ao Beco Diagonal – respondeu Rony.


-E você pretendia me dizer isso quando? – perguntou Hermione um pouco mais alterada.


-Logo, eu ainda não tinha tido oportunidade.


-Mas era pra ter me tido antes! – berrou Hermione – Você poderia levar ele para algum lugar que eu não aprovasse ou estivesse com outra pessoa.


-O que você quer dizer com isso? – perguntou Rony desconfiado.


-Nada, Ronald. – disse ela sem encará-lo.


-Ei Hermione, qual o seu problema? – perguntou Rony.


-Nenhum – respondeu ela friamente – Não tenho problema nenhum. Na verdade tem um problema sim Ronald! Você não pode aparecer assim do nada e dizer que vai levá-los a algum lugar sem pedir minha autorização.


-Aparecer assim do nada – repetiu Rony e acrescentou – Eu não apareci do nada Hermione, foi você que não me deu oportunidade de ser uma pai de verdade para eles.


-Vai ser sempre assim? – perguntou Hermione, o rosto já tão vermelho como o de Rony – Na primeira oportunidade você joga tudo na minha cara! Ótimo Ronald, isso só mostra que você não mudou nada! Nada durante todo esse tempo.


-Você também não, continua a mesma teimosa de sempre. Qual o problema em levar meus filhos para passear?


-O problema é que eles acabaram de te conhecer, você é quase um estranho para eles. E eles precisam da minha autorização para sair afinal eu sou a mãe deles!


-Que coisa engraçada não? – perguntou Rony sinicamente - Pois eu sou o pai deles! E eu sei que você não se esqueceu disso afinal, eu também tive participação já que mesmo que você quisesse, não tem como fazer sem um homem.


-Eu sei muito bem a participação que você teve Ronald Weasley, não precisa me lembrar!


-É bom saber que você lembra – disse Rony já mais calmo.


-É melhor você ir embora Rony, eu estou com um pouco de dor de cabeça. – disse Hermione com uma aparência cansada – Você pode levá-los amanhã à tarde.


-Obrigado Hermione.


-Eu só peço – falou ela acompanhando Rony até a porta – que da próxima vez, fale comigo antes de falar com eles.


-OK, desculpa.


-Não tem problema. Amanhã você pode vir buscá-los por volta das 4 da tarde, está bom pra você?


-Está ótimo.


-E traga-os até as 7 da noite.


-Sem problemas Mione. Fique tranquila, eu vou cuidar deles direitinho – disse Rony com um sorriso no rosto.


-Eu sei que vai – respondeu Hermione não podendo conter um pequeno sorriso.


-Boa noite Mione.


-Boa noite Rony.


Hermione estava em uma das muitas enfermarias que havia no St. Mungus. Conversava com outro curandeiro sobre um paciente.


-Ainda não sei o que ele tem. Os sintomas são estranhos, talvez ele estivesse fazendo algo ilegal – disse ela. Vestia roupas brancas e os cabelos estavam  presos em um coque firme, dando-lhe um ar profissional.


-Você tem razão Srta. Granger, talvez seja bom usamos oclumência nele. – respondeu Owen, o jovem curandeiro.


-Não, é melhor perguntar para ele, se ele não quiser nos contar, então utilizamos outros meios.


-OK – disse Owen sorrindo – Quando ele acordar, eu vou pedir que me conte o que provocou esses sintomas que ele apresenta.


Hermione e Owen analisavam os prontuários dos outros pacientes quando algo lhes chamou a atenção.


-Srta. Granger, aquilo na janela não é uma...


-Coruja – completou Hermione.


Ele adiantou-se até a janela onde a coruja castanha dava bicadas. Tirou a carta da coruja que continuou no parapeito da janela.


-Acho que é pra você.


-Pra mim? Que estranho. Não reconheço essa coruja.


Ela pegou a carta das mãos de Owen e a leu rapidamente.


 


Hermione,


Desculpe pela inconveniência, mas desde o nosso encontro ontem, não consigo para de pensar em você. Gostaria de saber se você aceitar jantar comigo esta noite? Podemos ir a um restaurante trouxa ou bruxo de acordo com a sua preferência. Apenas um jantar, só isso que lhe peço assim poderemos conversar mais tranquilamente. Mande a resposta pela mesma coruja.


Atenciosamente,


Córmaco McLaggen


 


Hermione estava supresa. Córmaco a convidando para jantar? Iria recusar certamente, não poderia simplesmente sair pra jantar com Córmaco depois de anos sem vê-lo. Ou será que poderia? Ele estava diferente, não era arrogante como costumava ser e nem falava o tempo todo sobre quadribol. Ela era solteira e poderia sair com quem quisesse afinal.


-Srta Granger – disse Owen  – Acho que ela está esperando pela resposta.


-Você tem perna e pergaminho?


Owen pegou pena e pergaminho em uma cômoda que havia na enfermaria. Ela rapidamente escreveu a resposta, dizendo que aceitava o convite e que poderia lhe buscar 8 hrs, escreveu seu endereço no final do pergaminho. Prendeu a carta a coruja que abriu vôo e sumiu no céu de Londres.


Rony caminhava calmamente, já era quase 3 horas da tarde. Estava contente, afinal iria passear com os filhos. Finalmente alcançou a casa de Harry e Gina e sem cerimonais, abriu a porta e adentrou a casa. Gina que estava na sala, lendo o jornal, assustou-se com a entrada repentina do irmão e deu um grito.


-Ronald Weasley, você quer me matar de susto? – perguntou Gina irritada. – E pare de rir.


-Desculpa Gi, – respondeu ele limpando as lágrimas que caiam devido às gargalhadas – mas você precisava ver a cara que você fez.


-O que foi Gina? – perguntou Harry descendo as escadas rapidamente – Eu ouvi um grito.


-Foi o idiota do Rony que me assustou.


-O que você faz aqui uma hora dessas Harry? Ninguém mais trabalha nessa casa não?


-Eu vou pro Ministério só à tarde.


-Assim ta fácil trabalhar – disse Rony enquanto sentava-se no sofá.


-Cala a boca Rony.


-E você o que faz aqui? – perguntou Gina inquisitoramente.


-Vim visitar minha irmã e meu melhor amigo. Por que não posso mais? – perguntou ele com um sorriso brincando nos lábios.


-Ah, por favor, Rony. Como é que você chega aqui e abri a porta sem ao menos bater antes. – disse Gina. Ela sabia como tirar aquele sorrisinho do rosto dele – E se por acaso eu e o Harry estivéssemos fazendo algo aqui na sala? Você não iria gostar de ver.


-Como assim algo? – perguntou Rony desfazendo o sorriso e olhando de Gina para Harry.


-Sabe como é irmãozinho – disse ela com um sorriso vitorioso no rosto. Sabia o que deixava Rony irritado: ciúmes. – Aquilo que marido e mulher fazem...


-Chega Gina. Eu prefiro pensar que o Harry ainda não botou as garras dele em você.


-E como você acha que o Tiago nasceu?


-Pode ter certeza Rony – disse Harry que até então se mativera calado apenas observando a conversa – eu já botei minhas garras nela.


-Você dois podem até tentar, – falou Rony, enquanto Harry e Gina riam – mas nada vai tirar meu bom humor.


-Rony de bom humor? Para tudo! É o apocalipse – disse a ruiva


-Muito engraçado. Eu ‘to de bom humor porque hoje eu vou sair pra passear com os meus filhos – disse sem poder conter um enorme sorriso.


-Que bom cara! – disse Harry.


-Você já falou com a Mione?


-Claro Gi, você acha que eu iria sair com eles sem pedir autorização? Apesar de eles também serem meus filhos – respondeu o ruivo, dando uma ênfase na plavra “meus”.


-Apesar de eles serem seus filhos, você sempre vai ter que pedir autorização pra Mione.


-Eu sei. Mudando de assunto, eu falei com a mamãe hoje pela manhã e ela me disse que irá fazer uma festinha sábado a noite para a Ashley e o Arthur, para que toda a família os conheça.


-Nós estaremos lá, você já falou com a Mione?


-Ainda não, mas vou falar hoje. – Ficou calado por um tempo, até que percebeu que faltava alguém.


-Ei, cadê o Tiago?


-Nossa agora que você veio perceber que ele não está? Realmente você é um ótimo padrinho – disse Gina sarcástica.


-Ele está na loja do Fred e Jorge, já deve estar voltando– falou Harry.


-Ah – respondeu simplesmente – Eu já vou, preciso passar em casa para tomar um banho.


-E onde você pensa em ir com eles?


-Ainda não sei depois eu decido – respondeu sorrindo.


 


Rony tocou a campainha da casa de Hermione. Estava parado na soleira da porta, as mãos enfiadas nos bolsos, aguardando que alguém abrisse a porta. Passado pouco tempo, a elfa doméstica Marie abriu a porta.


-Olá – disse Rony.


-Boa tarde Sr. Weasley.


-Onde eles estão?


-Lá em cima meu senhor, Marie vai buscá-los agora, com licença – respondeu a elfa pouco antes de desaparatar.


Rony caminhava de um lado para o outro pela sala. Folheou alguns livros que estavam na estante até que finalmente a elfa retornou acompanhada de Arthur e Ashley.


-Aqui estão eles Sr. Weasley – disse Marie.


Ashley e Arthur já estavam devidamente arrumados para o passeio com Rony.


-Olá Rony – disseram.


-Então vamos? – perguntou ele animado.


Rony pediu que eles lhe esperassem lá fora enquanto ele falava com Marie. Virou-se para a elfa e perguntou:


-Creio eu que a Hermione já lhe explicou tudo.


-Sim senhor. A minha senhora disse que o senhor irá trazer as crianças 7 horas, nem um minuto a mais nem um minuto a menos. – disse a elfa com um olhar sério – O senhor não deve se atrasar, Sr. Weasley.


-Pode ficar tranquila, Marie. Eu não vou seqüestrar eles – disse ele, então sussurrou, com um sorriso no canto dos lábios – Afinal eles são meus filhos, eu acho que seria meio estranho, e mesmo que eu tentasse a Hermione saberia onde me encontrar.


Rony riu enquanto Marie apenas lhe lançava um olhar sério.


-Credo, você parece a Hermione. Eu prometo que trago eles na hora. Boa tarde então.


Saiu e encontrou os dois esperando por ele.


-Vamos? A gente vai caminhar um pouco até o Caldeirão Furado, já que lá fica a entrada pro Beco Diagonal. Tem uma loja que eu tenho certeza que a Mione nunca levou vocês e quero que vocês conheçam essa loja.


Enquanto caminhavam pelas ruas, Rony contava várias histórias aos filhos.


-E por que você chamou a mamãe de pesadelo? – perguntou Ashley, assim que Rony terminou de contar a história sobre o trasgo no Dia das Bruxas.


-Bom... É que às vezes, ela era um pesadelo. Ela era meio autoritária, aliás, ela é meio autoritária – disse Rony sorrindo para os filhos.


-O Arthur também é autoritário – disse Ashley também sorrindo.


-Ei eu não sou não – falou Arthur zangado.


-É sim – respondeu a garota.


-E quando a mamãe deixou de ser um pesadelo pra você Rony? – perguntou Arthur sem dá atenção para a irmã que agora fazia caretas para ele.


-Como assim? – perguntou Rony.


-É que depois você e a mamãe ficaram amigos, então eu acho que ela deixou de ser um pesadelo.


-Depois que eu e o Harry a salvamos do trasgo, acabamos nos tornando amigos. Eu aprendi a conviver com o jeito dela – disse ele com um sorriso calmo – Apesar de que brigávamos muito, mas sempre eram por motivos bobos. Coitado do Harry que tinha que aguentar nossas brigas. Veja chegamos.


O Caldeirão Furado estava particularmente cheio aquele dia. Passaram rapidamente e logo foram para o muro que dava no Beco Diagonal.


O Beco Diagonal estava igualmente cheio. Bruxos e bruxas caminhavam pelas ruas entrando de loja em loja, muitos estavam carregados de sacolas. A primeira loja em que pararam foi na loja de quadribol. Tanto Rony como Ashley queriam dar uma olhada na nova vassoura que tinha sido lançada, a cloud 2.0. Deram uma passada rápida na Floreios e Borrões e foram para a Florean Fortescue tomar um sorvete. Tomavam os sorvetes enquanto olhavam algumas lojas. Rony era um jogador famoso, por vezes, alguns fãs se aproximavam pedindo um autográfo. Chegaram em frente a uma grande loja. Tinha cores berrantes e cartazes chamativos e uma grande placa dizendo: “Gemialidades Weasley”. Quando estavam prestes a entrar, alguém os chamou atenção.


-Olha Rony, aquele menino tem o cabelo roxo! – disse Ashley apontando para um garoto.


Rony imediatamente os reconheceu. Lupin, Tonks e Ted também avistaram Rony e logo se aproximaram.


-Eae Rony beleza? – exclamou Tonks que estava com os costumeiros cabelos rosa.


-Beleza e vocês?


-Estamos bem – respondeu Lupin – E como estão todos?


-Estão bem. Foi uma pena vocês não terem ido à festa do Tiago.


-Nós estávamos visitando a minha mãe, ela agora mora em uma cidade do interior.


-Nossa, o Ted já está desse tamanho?


-Já tenho 8 anos – respondeu Ted.


-E quem são esses dois Rony? – perguntou Tonks curiosa.


-Ah me deixaeu apresentar, Lupin e Tonks esses são Arthur e Ashley – disse Rony.


-Olá Arthur e Ashley – falou Tonks.


-Eles são filhos da Hermione – disse Rony.


Tonks e Lupin rapidamente trocaram um olhar rápido.


-Ted, leva a Ashley e o Arthur para conheceram a loja.


Ted obedeceu ao pai e levou os dois para dentro da loja.


-Então eles são filhos da Hermione – disse Tonks.


-São – concordou Rony.


-E seus também – disse Lupin.


Rony suspirou antes de dizer:


-São, eles são meus filhos também.


-Uau Rony!Isso é legal. Eu não sabia que vocês tinham filhos.


-Eu descobri há pouco tempo. Quando a Mione foi embora ela tava grávida de gêmeos.


-E vocês dois voltaram? – perguntou Tonks, levando um cutucão de Lupin.


-Não, nos não voltamos – disse ele rindo.


-É uma pena, vocês formam um casal tão bonitinho.


-...


-Eu lembro como vocês brigavam.


-Acho que ninguém agüentava nossas brigas.


-O que ninguém agüentava era o fato de vocês não assumirem logo o que sentiam – disse Lupin – Vamos Tonks, ainda preciso passar no Ministério.


Lupin entrou na loja e voltou acompanhado por Ted.


-O Arthur e Ashley ficaram lá dentro porque eles ainda querem dá uma olhada na loja.


-‘Tá OK. Foi bom ver vocês.


Rony se despediu deles e entrou na loja. A loja dos gêmeos, que desde sua abertura crescera bastante e já tinha até filiais em outras cidades e até países, estava apinhada de gente e ele demorou algum tempo para encontrar os filhos. Eles estavam com os gêmeos que lhes mostravam alguns produtos.


-Essa seção aqui – disse Fred apontando para algumas prateleiras a sua direita – é dos nossos produtos especiais. Foram os primeiros que nos produzimos e são um sucesso.


-O que é isso aqui? – perguntou Arthur curioso.


-Isso é Vomitilha.


-Vomitilha?E pra que serve?


-Faz você vomitar – disse Rony se intrometendo na conversa.


-Rony, meu caro irmão. A que devemos a honra da sua presença? – perguntou Jorge.


-Eles são seus irmãos Rony? – perguntou Ashley.


-Infelizmente são – respondeu Rony.


-Isso não são modos Roniquinho. Então quer dizer que essas adoráveis crianças estão com vocês?


-Eu os trouxe para conheceram a loja.


-Oi eu sou a Ashley e o meu irmão é o Arhtur.


-Eu sou o Fred e este é o Jorge.


-Eles são filhos da Hermione – disse Rony.


-Filhos da Hermione é? – disse Jorge – Daphne – chamou ele e logo uma jovem apareceu.


-O senhor chamou?


-Leve eles dois para darem uma volta na loja e eles podem pegar o que quiserem por conta do Tio Jorge. Nós vamos estar lá no escritório conversando com o nosso irmãozinho aqui.


-Sim Sr. Weasley.


Rony seguiu os gêmeos até o escritório que ficava no andar superior. Sentou-se em um sofá confortável que havia na sala, enquanto os gêmeos sentaram ao seu lado.


-A loja está cheia – comentou – vocês devem estar faturando um bocado.


-A mamãe já nos contou – falou Fred.


-Contou o que?


-Não seja idiota Rony, ela nos contou sobre eles. Sobre a Ashley e o Arthur.


-A gente sabe que eles são filhos da Hermione, mas que são seus filhos também – disse Jorge.


-A mamãe já contou pra vocês?


-Claro maninho. Você acha que a mamãe não ia contar a notícia pra família toda. Agora que você já soube, ela tratou de contar para todo mundo.


-E ela ‘ta planejando um almoço pra esse final de semana pra todo mundo conhecer eles. Será que ela já falou com a Hermione?


-Não. Vou falar com ela hoje.


-E por falar em Hermione... – começou Fred.


-Vocês dois se acertaram? – perguntou Jorge.


-Por que todo mundo pergunta isso?


-Porque é o que todo mundo quer saber, idiota.


-Isso não é da conta de vocês – respondeu Rony mal-humorado.


-Pelo visto não – comentou Fred.


-Que dureza, cara – disse Jorge, dando um tapinha no ombro de Rony.


-Mas é bom você se apressar, ou você vai acabar perdendo ela de novo para outro búlgaro famoso.


-Ou desde vez pode ser pra um inglês mesmo.


-Não enche. Eu vou procurar meus filhos – disse Rony ainda mal-humorado.


Rony saiu do escritório e desceu as escadas para achar os filhos.


Eram 7 horas quando ela chegou em casa.Encontrou Marie na cozinha preparando o jantar.


-Boa noite Marie.


-Boa noite senhora.


-Já falei pra me chamar de Hermione. Cadê a Ashley e o Arthur?


-Ainda não chegaram. Marie falou para o Sr. Weasley que ele não deveria trazer as crianças muito tarde e ele garantiu que não iria sequestrá-los.


Hermione riu e disse:


-Tenho certeza que ele não seria doido de fazer isso. O cheiro está ótimo, Marie.


-Marie está fazendo uma sopa de batatas.


-Tenho certeza que está deliciosa, mas eu não vou jantar em casa está noite.


-A senhora vai sair?


-Vou. Tenho um encontro esta noite. Não é ótimo?


-Marie acha que o Sr. Weasley não irá gostar de saber – comentou a pequena elfa.


-O Sr. Weasley tem que aprender a cuidar da vida dele. Vou subir pra tomar banho.


Pouco depois que Hermione subiu para tomar banho, Rony, Ashley e Arthur chegaram.


-O senhor está atrasado – ao abrir a porta.


-Boa noite Marie – disse Rony rindo do cometário da elfa – Desculpa pelo atraso, mas eles estão inteirinhos. A Hermione já chegou?


-Chegou. A senhora está lá em cima tomando banho.


-Vou esperar ela sair então. Tenho que falar com ela.


-Sim senhor. Vamos crianças, a Marie vai colocar vocês pra tomar banho.


A elfa subiu as escadas acompanhas pelas duas crianças. Rony decidiu então ir pra sala de televisão ver se tinha algo de interessante passando até que Hermione terminasse o banho. Estava sentado no sofá, mundando de canal. Procurou em todos os canais, mas não tinha nada de bom passando. Deixou em um canal de seriados e sem perceber acabou cochilando. Acordou com alguém lhe sacudindo e chamando seu nome.


-Rony – chamou Hermione.


-Só mais um pouquinho mãe – disse ele.


-Rony acorda!Eu não sou sua mãe – disse Hermione indo até a televisão para desligá-la.


-Desculpa Hermione, eu... Uau! – disse ele assim que a viu.


Hermione vestia um vestido tomara-que-caia vermelho que até pouco abaixo do joelho, calçava sandálias vermelhas, os cabelos estavam soltos e levemente ondulados, a franja caindo levemente sobre os olhos, e a maquiagem estava suave. Rony a analisou da cabeça aos pés, estava linda.


-Rony, para de ficar me medindo – pediu ela com a voz entediada.


-É que você está linda. Não precisava se arrumar assim pra mim, na realidade bastava uma lingerie vermelha e...


-Sem gracinhas Ronald, nos não somos mais casados, eu não me arrumei assim pra você.


-E foi pra quem então?


-Eu voi sair pra jantar – respondeu ela.


-Você vai o quê?


-Jantar Rony, vou sair pra jantar.


-Com quem? – perguntou ele com o rosto já vermelho.


-Eu não tenho porque te contar com quem eu vou sair.


-Eu tenho o direito de saber!


-Você tem o direito de saber?Francamente Ronald!Quantas vezes eu preciso te lembrar que não somos mais casados?


-Eu preciso saber se a pessoa que você vai sair é apropriada.


-Agora você vai agir como se fosse meu irmão mais velho? – perguntou ela zangada.


-E se por acaso você... Sei lá... tiver algo sério com ele, eu preciso saber se ele é uma pessoa adequada pra conviver com os meus filhos.


-Ronald, por favor, é só um jantar. Ele não vai me pedir em casamento. E mesmo que fosse eu sei escolher bem com quem eu saio.


-Ainda acho que eu devia saber com quem você vai sair! – retrucou ele igualmente zangado.


-Francamente Rony, você não é meu pai e muito menos meu irmão.


-Mas sou seu ex-marido e seu amigo.


Herminou olhou para Rony com a expressão séria. “Amigos?”, pensou ela. Quando ia retrucar a campainha tocou.


-Deve ser o seu príncipe encantado – falou Rony sério.


Hermione apenas lhe lançou um olhar zangado e saiu sem dizer nada. Abriu a porta e deu de cara com um buquê de rosas vermelhas.


-Uau! – exclamou ela.


-Boa noite Hermione, você está linda. Posso entrar? – pediu McLaggen.


-Obrigado. Claro, entra.


-As flores são pra você – disse ele lhe entregando o buquê.


-Obrigado, elas são lindas – disse ela enquanto conjurava um vaso com água para coloca as flores – Tem algo que eu acho que ainda não te contei, mas que você precisa saber antes de sairmos pra jantar.


-Pode me contar.


-É que... eu tenho dois filhos.


-Sério?Que legal! – exclamou McLaggen.


-Desculpa não ter contado antes, eu não tive oportunidade.


-Sem problemas Hermione. Desculpe perguntar, mas quem é o pai?


-Sou eu – disse outra voz.


Rony já não tinha o rosto tão vermelho, mas não parecia muito contente quando entrou na sala.


-Acho que talvez você se lembre dele, Ronald Weasley.


-Eu me lembro sim. Como vai? – perguntou McLaggen estendendo a mão para Rony.


-Vou bem – respondeu Rony friamente mantendo as mãos dentro dos bolsos.


-Então... hum...vocês dois eram casados?


-Eramos – respondeu Rony com um olhar de poucos amigos.


-Eramos, mas nos separamos há 5 anos. Eu vou até lá em cima me despedir dos meus filhos e já volto. Fique a vontade.


Hermione subiu as escadas sendo observada atentamente por McLaggen. Rony observava McLaggen olhar Hermione e aquilo estava lhe tirando do sério. Quando ela terminou de subir as escadas foi que ele desviou sua atenção.


-Rosas – comentou Rony olhando para o buquê dentro do vaso.


-Eu dei para ela o buquê – disse McLaggen calmamente.


-Ela prefere lírios – desdenhou Rony.


-Eu não sabia – respondeu McLaggen.


-Que pena. Tem muitas coisas sobre a Hermione que você não sabe – disse o ruivo.


-Fique tranquilo. Eu pretendo descobrir tudo sobre ela hoje à noite – respondeu ele calmamente – tudo sobre ela, se é que você me entende.


 -Como é que é? – Rony já tinha não só o rosto vermelho, mas as orelhas também.


-Voltei – disse Hermione, descendo as escadas – Já me despedi deles. Vamos então?


-Claro.


-Você vai ficar aqui Ronald?


-Não eu já vou embora. Só vou me despedir deles.


-OK. – respondeu Hermione.


Ela saiu pela porta sendo acompanhada por McLaggen que antes de fechar a porta disse para Rony:


-Boa noite – deu um sorriso cínico e fechou a porta, deixando Rony ainda mais zangado.


 


Assim que entrou no restaurante, Hermione notou que McLaggen tinha um bom gosto. Ele a levara a um restaurante trouxa muito elegante, a decoração era refinada e era um local freqüentado por pessoas ricas. Sentaram-se em uma mesa mais reservada.


-Esse restaurante parece ser ótimo – comentou Hermione.


-A comida daqui é excelente – concordou McLaggen.


Depois que fizeram o pedido, ficaram em silêncio por um tempo. Hermione, que olhava tudo ao seu redor enquanto Córmaco a observava, estava começando a fica irritada pelo fato de ele não tirar os olhos de cima.


-Então, o que você fez depois Hogwarts? – perguntou ela.


-Passei um tempo viajando com um tio – contou McLaggen – depois passei dois anos estudando e consegui um trabalho como estagiário no Ministério no Departamento de Execução das Leis da Magia, trabalho lá desde então. Como o Harry é chefe dos Aurores e eu trabalho na Seção de Serviços Administrativos da Suprema Corte dos Bruxos, já nos encontramos algumas vezes, mas não foram muitas.


O silêncio novamente reinou entre eles. Aquele silêncio estava começando a deixá-la irritada. “É tão mais fácil conversar com Rony”, se pegou pensando “Para com isso Hermione Granger! Você não pode simplesmente ficar comparando todos os homens com quem sai ao Rony“. Balançou a cabeça como que pra afastar aqueles pensamentos.


-Você está bem Hermione? – perguntou McLaggen quebrando o silêncio.


-Estou, estava pensando em algumas coisas, nada demais.


-O Weasley não parecia muito feliz quando eu fui te buscar em casa – observou ele.


-O Rony sempre foi meio ciumento, desde os tempos de Hogwarts.


-E o que aconteceu entre vocês?Se é que eu posso saber.


Hermione suspirou antes de dizer:


-É uma longa história.


-Sou todo ouvidos – respondeu McLaggen com um sorriso no rosto.


Hermione retribuiu o sorriso e contou a ele sua história com Rony. McLaggen, para espanto de Hermione, se mostrou um ótimo ouvinte. Hermione nem vira o tempo passar, apenas quando consultou o seu relógio reparou que horas eram.


-Nossa está tarde, é melhor nos irmos.


Terminaram de comer a sobremesa, pagaram a conta, entraram no carro de McLaggen e foram para a casa de Hermione. Córmaco a acompanhou até a porta.


-Obrigado pela noite Córmaco.


-Eu é que agradeço pela noite incrível e pela sua adorável companhia – respondeu ele aproximando-se dela vagarosamente.


Hermione assustou-se com o movimento dele e notando o que ele estava prestes a fazer, falou:


-Desculpa, é melhor eu entrar.


-OK – disse McLaggen.


Pegou a mão dela e depositou um beijo suave. Hermione acenou levemente com a mão antes de entrar. Córmaco observou ela entrar e assim que a porta se fechou, um sorriso presunçoso passou por seus lábios.


A sala estava completamente escura e ela logo procurou ligar a luz. Assim que o fez tomou um susto ao encontrar um homem dormindo em seu sofá.


-Hã?Que? – disse Rony assustado, acabara acordando com o grito de Hermione.


-O que você ainda faz aqui Ronald Weasley? – perguntou Hermione estreitando os olhos.


-Por que você berrou desse jeito Hermione? – perguntou ele zangado.


-Porque eu entro em casa e encontro um homem dormindo no meu sofá!


-Ah – respondeu ele encabulado – eu acabei pegando no sono de novo.


-Eu notei Ronald. Você ainda não me respondeu o que faz aqui!


-Bom, é que eu queria ver se você ia chegar bem – respondeu ele coçando a cabeça.


-Ah francamente Ronald!Quantos anos você acha que eu tenho?Cinco?


-Eu só queria saber se você estaria bem depois desse jantar. Eu não confio nesse McLaggen – disse ele defendendo-se.


-Ronald, por favor, com quem eu saio ou não é problema meu!


- ‘Ta Mione – respondeu ele carrancudo – depois não diga que eu não avisei.


-E pra sua informação, Córmaco é uma pessoa muito agradável.


-Agradável? – repetiu ele caindo na gargalhada logo em seguida.


-Francamente!Ashley e Arthur já estão dormindo? – perguntou Hermione enquanto Rony limpava algumas lágrimas que caiam de seus olhos.


-Já, eu mesmo os coloquei na cama – respondeu ele sorrindo.


-OK.


-Hermione, na verdade eu fiquei aqui por dois motivos. Um você já sabe e o outro é um convite.


-Um convite? – perguntou Hermione intrigada.


-É Hermione um convite. Esse final de semana vai ter um almoço na Toca e eu queria que você, a Ashley e o Arthur fossem.


Hermione mordeu o lábio, pensou um pouco antes de responder:


-Não sei Rony. Conhecer a família Weasley assim de uma vez pode ser meio assustador para eles.


-Eu sei – concordou Rony sorrindo – mas a mamãe ‘tá fazendo o tal do almoço pra que todos os conheçam e ela ficaria desapontada se vocês não fossem – finalizou ele tocando em um ponto que sabia que a faria concordar em ir a Toca: o fato de Hermione não gostar de deixar alguém desapontado com ela.


-OK Rony, nós vamos – rendeu-se ela.


-Ótimo!Eu sabia que iria te convencer – disse ele sorrindo e ficando de pé.


-Hahaha não é tão fácil assim me convencer – disse Hermione emburrada.


-Mione eu te conheço há anos, eu sei exatamente como te convencer.


-Ah é?E como? – perguntou ela.


-Bom – disse ele se aproximando dela – é que tem algumas coisas que você não gosta, é só apelar pra isso.


-Como o que, por exemplo?


-Você não gosta de desapontar as pessoas – respondeu ele ficando cada vez mais perto.


-Hum – mordeu o lábio novamente – acho que nisso você tem razão.


-‘Ta vendo Mione como eu te conheço bem. E quando você morde o lábio do jeito que você acabou de fazer significa que você está pensando – disse ele calmamente aproximando-se dela ainda mais. Estavam perto suficiente para que ela sentisse o cheiro amadeirado que seus cabelos exalavam. 


-É Rony você me conhece bem e eu também te conheço muito bem – disse Hermione tentando manter a calma em vista da aproximação do ruivo – Estou com fome, será que tem algo pra comer?


Afastando-se dele subitamente. Tinha medo de não aguentar ficar tão próxima a ele.


-Hermione – exclamou Rony – você acabou de chegar de um jantar!


-Eu sei, mas o restaurante tinha uma comida muito chique então não comi muito – explicou ela.


-Mione, um momento – pediu Rony refletindo – você não está grávida, está?


-Quê? – exclamou Hermione.


-Bom – começou Rony – é que... sabe... você com fome assim, sei lá eu pensei que, talvez...


-Ronald, não existe a menor possibilidade de eu estar grávida – disse ela exasperada.


Ao ver o sorriso que Rony abriu, ela soube exatamente onde ele queria chegar.


-Francamente Rony!


-Ué eu só queria, sabe como é, saber se você e o McLaggen fizeram você-sabe-o-que.


-Não era mais fácil perguntar?


-Era mais fácil eu perguntar e mais difícil você responder – explicou ele como se fosse o óbvio.


-Rony, primeiro: eu não saio com um cara e durmo com ela na 1ª noite, acha que talvez você saiba disso, segundo: se tivesse acontecido algo a mais com o Córmaco eu não seria burra a ponto de engravidar dele e terceiro: mesmo que eu ficasse grávida, os sintomas de gravidez só apareceriam mais pra frente, não é assim tão rápido – enumerou ela.


Hermione olhou atentamente o homem a sua frente antes de acrescentar:


-E se tivesse acontecido algo entre nós, não seria da sua conta!


-Seria sim! Eu partir a cara dele em mil pedacinhos, e depois eu iria...


-Por favor, Rony! O que eu faço não é da sua conta!


-Mais Hermione, ele só quer se aproveitar de você!


-Ronald, eu posso me cuidar sozinha, obrigado.


Sem dizer mais nada, ele encaminhou-se para a porta. Quando já havia alcançado esta, virou-se para ela e disse:


-Boa noite, Mione.


E saiu fechando a porta atrás de si.


 


 


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N/A:Tentei postar o mais rápido possível!!!Vou tentar adiantar o próximo cap.!(:


Por favor não deixem d comentar!estou muito contente pela quantidade de votos,m as eu gostaria que vcs comentassem tb, dando a opinião d vcs sobre a fic, para eu poder saber o q vcs tão axando e pra tentar sempre melhorar! Obrigadoo pelos votos e comentáarios!!!


;*


06 de junho de 2009

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