Capitulo 11



Obs1:Capitulo dedicado a Andréa Pismel da Silva!!!Parabéns pelo aniversário querida!!!Bjux!!!!


CAPITULO XI


" Hermione está me evitando", pensou Harry. "E isso não me agrada nem um pouco".
Lançou um olhar na direção do outro lado do salão lotado de gente sofisticada, onde ela conversava com algumas pes­soas. Estava linda, toda de branco, como sempre. Era o mesmo vestido do primeiro dia, mas ele nunca se cansava daquela encantadora visão.
Putman e Cecília tinham feito um belo trabalho, orga­nizando a festa. Tudo estava impecável. Era o cenário per­feito para os convidados, gente da alta sociedade, atrizes e atores do cinema, políticos e grandes empresários. A reunião seria comentada por todos os colunistas sociais de Los An­geles, que não achariam nada para criticar.
Se tudo estava perfeito, por que ele se sentia aborrecido? Pelo fato de Hermione tê-lo abandonado no momento em que tinham entrado, misturando-se aos grupos, conversando descontraidamente com todos? Isso não deveria perturbá-lo. Afinal, levava pelo braço a mulher que ia ser sua noiva, deslumbrante num vestido cor de champanhe. E o futuro sogro, um homem poderoso e de grande prestígio, acompanhava-os, enquanto os dois cumprimentavam, um por um, os amigos e conhecidos.
Mas estava perturbado. Irritado, mesmo.
No momento em que um senador foi falar com eles, Hewrmione desapareceu no meio de um grupo e Harry não con­seguiu prestar atenção ao que o homem dizia, preocupado em localizá-la novamente. Ela apareceu, por fim, e seus olhares encontraram-se. Ele sorriu, mas o sorriso murchou, quando Hermione desviou o olhar.
Os dois não tinham se visto desde a noite do jantar no restaurante. Ela fora para o quarto e só saíra de lá nos momentos em que ele não estava em casa. Deitava-se cedo, muito antes de ele chegar do trabalho, e só naquela noite aparecera na sala, pronta para a festa.
O que mais deixava Harry perplexo era notar que per­dera a capacidade de concentrar-se no que fazia. Lia um processo duzentas vezes e não chegava a conclusão nenhu­ma, como se tivesse ficado com a mente embotada. Só con­seguia pensar em Hermione e desejar que ela estivesse a sua espera, quando ele chegasse em casa.
Hermione separou-se do grupo e caminhou na direção da mesa de refrescos, onde as irmãs Lisa Ann e Clara serviam-se. Harry viu-a conversar com elas por breves minutos e afastar-se, como que enfadada. Não podia culpá-la. Ele próprio, cerca de uma hora antes, não as suportara muito tempo, pois as duas mulheres só sabiam falar do infeliz envolvimento da mãe com o "patife" do Herbert Granger.
Em seguida, Hermione foi até Helen Adamson e Walter e conversou tanto com a mulher que Harry ficou curioso, desejando saber que assunto seria de tanto interesse para as duas. Quase foi até lá para descobrir, mas Hermione dirigiu-se para um grupo de mulheres, sem importar-se com o jeito frio com que elas a receberam.
Devia ser inveja, raciocinou Harry. Apesar de não usar nenhuma jóia e de estar envergando um traje simples, Hermione era mais linda que qualquer outra mulher na festa e chamava a atenção de todos os homens presentes. Ele viu que ela dizia alguma coisa, fazendo um gesto delicado com as mãos. As mulheres riram e a cercaram, aceitando-a. Aquela era a Hermione que ele conhecia, graciosa e à vontade em qualquer lugar.
Um garçom distraiu-o, oferecendo-lhe uma taça de cham­panhe, e quando ele procurou Hermione com os olhos, viu-a sozinha perto de uma das portas abertas para o jardim. Observava-o e daquela vez não desviou o olhar. Ele chamou-a com um gesto, pois naquele momento um financista acabara de abordá-lo, impedindo-o de ir falar com ela.
Hermione não se moveu do lugar, mas continuou a fitá-lo.
"Diabo de mulherzinha teimosa", pensou Harry. No mes­mo instante, sentiu um beliscão na nádega e saltou para trás, esbarrando num garçom que fez verdadeiros malaba­rismos para não derrubar a bandeja que carregava.
— Desculpe -— murmurou.
— Não foi nada, senhor.
Cecília olhou-o com ar de censura e Putman pigarreou. O financista olhou-o desconfiado, mas começou a conversar e por ali ficou durante algum tempo. Quando se retirou, Cecília passou o braço pelo de Harry.
— Não se esqueça, querido, de que prometi uma surpresa de aniversário para você.
— Eu disse que não precisava incomodar-se, Cecília.
— Não diga nada, antes de saber o que é — ela aconselhou com um sorriso estudado, encostando-se nele.
— E já posso saber?
— Já. Pensei que poderia deixar seu carro aqui em casa e nós dois iríamos no meu até o Quatro Estações.
— O hotel? — ele admirou-se.
— Claro. Para passar a noite.
— Mas pensei que você quisesse esperar até o casamento — ele observou em tom seco.
— Mas agora estamos noivos e acho que isso justifica certas intimidades. Ninguém nos censurará.
— Faltam apenas dois meses para o casamento — co­mentou Harry. — Quem esperou até agora pode esperar mais um pouco.
Sabia que seu comportamento estava sendo absurdo, mas a verdade era que ele não se sentia nem um pouco atraído pela idéia de fazer amor com Cecília.
— Como quiser, querido — ela concordou em tom gélido. Nesse instante, Putman foi até o microfone junto ao piano, que até ali fora usado por um cantor romântico e pediu a atenção de todos.
— Tenho algo a anunciar — preludiou, chamando a filha e Harry com um gesto.
Harry olhou para a porta perto da qual Hermione esti­vera. Ainda a viu por um segundo, antes que as pessoas que se movimentavam para chegar mais perto do piano a escondessem.
— Como todos sabem — continuou Putman — um jovem e promissor advogado juntou-se à firma que tenho a honra de dirigir e...
Harry sentiu uma espécie de vertigem e por um momento tudo girou a sua volta. Lutou contra a estranha sensação e virou-se para Cecília, que lhe sorriu.
— Agora, esse jovem conseguiu conquistar algo que me é mais valioso que tudo no mundo. Tenho a honra e o prazer de participar o noivado de minha filha, Cecília, com Harry Potter!
Uma onda de aplausos ecoou pelo elegante salão. Harry olhou em volta, mas só viu rostos que para ele não signifi­cavam nada. Hermione desaparecera.

Hermione fora para o jardim assim que Putman preparara-se para anunciar o noivado. Não suportara mais ver os sorrisos falsos nos rostos de Harry e Cecília.
Falhara. Não tivera a capacidade de fazê-los apaixonar-se. Um anjo fracassado. Como faria para relatar o fiasco a Bud? Mas isso não era o pior. O que doía mesmo era pensar naquele casal que ficaria unido, mas sem amor, ligados ape­nas por interesses materiais.
Irritada, ela chutou uma pedrinha para fora da estreita alameda. Se ao menos alguém a ajudasse, dizendo-lhe o que fazer...
— Hermione! Ei! — uma voz sussurrada chamou-a. Ela olhou em volta, assustada.
— Bud, é você? — perguntou, olhando para o céu.
— Não, Hermione. Sou eu, seu tio Herb.
— Tio Herb! O que está fazendo aqui? — ela indagou, olhando ao redor.
O homenzinho saiu de trás de uma moita de exuberantes samambaias só para que Hermione o visse, pois tornou a esconder-se depressa.
— O que você está fazendo aqui, menina? Não sabia que, sé encontrava em Los Angeles. Por onde andou?
— Por aí... hã... trabalhando.
— Para James Putman?
— Não. Para Harry Potter.
— Aquele cínico sem coração? O que está fazendo para ele?
— Sou uma espécie de guarda-costas.
— Bem que ele precisa de guarda-costas, se trata todo mundo como me tratou. Sabe, Hermione, estou apaixonado por uma mulher e nós queríamos casar, mas...
— Eu sei de tudo, tio.
— Sabe?
— Sei e acabei de falar com Helen Adamson e também com as filhas dela. Como pôde, tio Herb? Sempre soube que você faria qualquer coisa para enriquecer, mas aproveitar-se de uma mulher confiante e boa é demais! Helen me disse que você não a ama, que a envolveu num negócio...
— O quê? Hermione, você não sabe o que está dizendo, não entende...
— Entendo muito bem — ela resmungou.
— Não entende, não. Eu amo aquela mulher. Fale com Harry Potter. Diga que Helen e eu nos amamos e...
— Não. Não vou ajudá-lo desta vez, tio Herb — declarou Hermione com dor no coração, mas decidida. — Você magoou Helen e a mim também.
Ele não disse nada.
— Tio Herb? Não vai argumentar?
— Com quem está falando? — perguntou uma voz de mulher atrás dela.
Hermione pulou de susto e virou-se, deparando com Cecília.
— C-com nin-ninguém — gaguejou, ainda perturbada. — Só estava... pensando em voz alta. E um hábito que tenho.
— Hábito estranho, não?
— E, sim. Quer falar comigo Cecília?
— Quero. Não acha que já ficou tempo demais na casa de Harry? Ele é um homem ocupado e, para ser franca, sua permanência lá está se tornando um transtorno.
Hermione apertou as mãos, constrangida.
— Só vou ficar mais um ou dois dias e depois voltarei para... para o lugar de onde vim. E agora, já que estamos falando de Harry, gostaria de dizer o que ele realmente quer.
— Como assim?
— Ele quer ser juiz, Cecília. Você, com sua influência, poderia ajudá-lo. Talvez possa falar com alguém que...
— Você só pode estar brincando — a elegante loira interrompeu-a. —- Não tenho a menor intenção de ajudar Harry a tornar-se juiz. É uma carreira idiota.
— Mas é o que ele gostaria de ser. Ficaria feliz se...
— Não pode dizer o que o faria feliz, ou não — Cecília tornou a interrompê-la. — Quanto a mim, eu sei o que quero e posso afirmar que não desejo ter um marido juiz. Meu pai e eu temos grandes planos para Harry. Mas isso não é da sua conta.
Girou nos calcanhares e caminhou de volta para o salão, enquanto Hermione a seguia com os olhos, reprimindo a von­tade de chorar.

Depois do anúncio do noivado, Harry foi obrigado a ficar no salão por mais de meia hora, recebendo os cumprimentos. Por fim, esgueirou-se por uma das portas e foi para o jardim a procura de Hermione.
Encontrou-a perto do pequeno lago quase totalmente en­coberto por plantas aquáticas. Ela estava pálida, parecendo etérea, quase sobrenatural à luz da lua, que punha reflexos prateados no vestido branco e transformava o cabelo castanho numa auréola luminosa.
— O que está fazendo aqui, Hermione? — perguntou, segurando-a pelo braço.
— Pensando.
— Em quê? Em novos conselhos sobre o que devo fazer para me apaixonar por Cecília? Ou está planejando ajudar outra pessoa?
— Não. Desisti.
— Desistiu? Por quê?
— Descobri que estava errada.
Ele soltou-a e pôs as mãos nos bolsos.
— Está finalmente admitindo que não é um anjo?
Ela sorriu com tristeza.
— Não. Estou admitindo que não sou um anjo muito bom. Não percebi certas coisas, até esta noite.
— O quê, por exemplo?
— Que você e Cecília não foram feitos um para o outro.
Harry encarou-a, incrédulo.
— Ah, é? Aí, então, decidiu que não devemos nos casar.
— Isso mesmo — ela respondeu, fitando-o com seus olhos límpidos.
— E o que sugere que eu faça? — ele perguntou, come­çando a ficar com raiva. — Que eu volte lá para dentro e diga que o anúncio do noivado foi uma piada?
— Não, mas você não pode estragar sua vida mais do que já fez — ela respondeu baixinho. — Será infeliz, se casar com Cecília. Não a ama e ela certamente não ama você. Acho que ela não se importa com ninguém.
Fez uma pausa, pegando-o pelo braço como se o gesto o ajudasse a compreender.
— Você é diferente — prosseguiu. — É bondoso e justo. Importa-se com as pessoas. Se não fosse assim, não alugaria seus apartamentos por preço baixo. Mas aluga, e aquela gente vive bem por causa disso.
— Bobagem.
— Não, não é. E, se não fosse uma pessoa justa e decente, não teria trabalhado tanto tempo na promotoria, pondo cri­minosos atrás das grades, não teria tanta vontade de ser juiz. Não é com dinheiro que você se importa, mas com as pessoas.
— Não sabe do que está falando, Hermione.
— Sei, sim. Quando vai reconhecer que tem muito amor para dar? Que não deve casar com Cecília? Todo mundo percebe que vocês não se amam. Acho até que você não tem vontade de fazer amor com ela.
— Acabou? — ele perguntou com voz gelada. — Então, deixe-me dizer umas coisinhas. Transpirei sangue para me tornar sócio da firma e para conseguir uma esposa que me ajudará a alcançar certos objetivos. Não vou desistir de tudo por algo que chamam de "amor", mas que na minha opinião não passa de uma ilusão, de um mito.
— Você acredita no amor, sim! — declarou Hermione, erguendo o queixo numa atitude desafiadora. — Mas tem medo de se machucar. Você é um covarde, Harry Potter!
— Covarde?! — repetiu Harry, furioso. — Quem é você para me chamar de covarde? Julga-se um ser superior, mais evoluído e sábio que os outros mortais?
— Não, mas...
— Você é que é covarde. Não pára mais de seis meses num mesmo lugar. Tem medo de criar raízes, de envolver-se em relacionamentos duradouros. Quando é que vai encon­trar esse famoso amor de que tanto fala?
Ela fitou-o com uma expressão indefinível e, então, baixou a cabeça, sem responder.
— Agora, se me dá licença, moça, vou embora. Minha noiva e eu vamos sair da festa mais cedo. Disse que eu não queria fazer amor com Cecília, não disse? Pois fique sabendo que vamos passar a noite juntos no Quatro Estações.




Obs2:Oiiii pessoal!!!!Desculpem a demora!!!!Sei que tinha dito que ia postar na quinta, mas não tinha me lembrado na hora que teria prova de anatomia na sexta e que teria que estudar!!!!hehehehe....Espero que tenham gostado do capitulo!!!!Logo logo tem mais atualização!!!!Bjux!!!!Adoro vocês!!!

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