Um Aviso de Morte



No dia seguinte, todos já sabiam da morte de Draco Malfoy. Alunos, não só da Sonserina, ficaram arrasados com a notícia, e mais mortificados de saber de uma morte misteriosa.
Na Torre da Grifinória não era muito diferente. Apesar de Gina, Harry, Rony e Hermione tivessem visto o corpo do garoto, nenhum deles admitiu isso; nem queriam falar sobre. Alguns da Casa os olhavam aflitos, talvez a fim de reconhecer algo que pudesse culpá-los; se talvez tivessem algo a ver com a morte.
- Ninguém sabe o que causou. – falou Hermione baixinho, perto de Harry. – Sabe que não temos nada a ver com isso...
- Sei disso – disse Harry, sentindo muito desconfortável – Mas viu só como eles nos olham?
- Só por que nós tínhamos um pouco mais de inimizade com ele, pensam que fomos nós que fizemos qualquer coisa – falou Gina bem inconformada. – Sempre culpando os inocentes.
McGonagall entrou, como e quando Harry não pôde saber; estava indisponível para esses detalhes no momento.
- Potter – disse se dirigindo particularmente a ele – preciso de você e seus amigos comigo um instante. Podem me acompanhar?
Com um gelo de temor, eles foram para fora da Sala Comunal, juntamente com Mcgonagall, e os olhares insistentes dos colegas.
Ali, a professora parou para que eles a ouvissem com mais atenção:
- Queria interrogá-los um pouco pelo incidente que tivemos...
- Professora, não fomos nós...! – adiantou-se Rony, desesperado.
- Sei que não foram vocês – falou a mulher, com um tom bem calmo. – Só queria perguntar algumas coisas bem simples, que não irão culpá-los por nada, posso assegurar.
Então, os quatro se calaram, mesmo sem não admitir medo.
- Sabem se algo já vinha incomodando Malfoy há algum tempo? – perguntou McGonagall.
Eles se entreolharam por um momento, e Hermione respondeu:
- Nunca conversávamos com ele. Ele não era muito chegado conosco.
- Certo... então, além de vocês, têm o conhecimento se havia alguma outra pessoa... que talvez não gostasse tanto do Malfoy?
- Bom, para ser sincero, a escola toda. – explicou Rony, olhando para os outros três. – Sabe, era amigo só de sangues-puros, além de não gostar de ninguém a não ser de sua própria Casa.
A Professora olhou-os um pouco, parecendo mais chocada que todos.
- Tudo certo - falou um pouco rouca - Podem ir para sua Sala... obrigado...
E ela saiu andando um pouco absorta pelo corredor.
- Ei - sussurrou Rony - Por que não vamos para a Sala Comunal da Sonserina?
- Quê? - falou Gina - Para quê?
- Poderíamos dizer que íamos lá para "investigar" o que tinha acontecido, e aproveitamos para conhecer...
- Que idéia idiota - disse Hermione olhando-o feio.
- Mas faz algum sentido - falou Harry - Se nós fossemos lá e encontrássemos algo que ajudasse na apuração do que aconteceu?
- Mas nós vamos escondidos? – perguntou Gina.
- Não nos deixariam entrar de qualquer maneira.
- Não sei... – falou Hermione – Gente, não é meio arriscado?
- Vamos – disse Rony, pouco ligando para a preocupação da amiga, e que a mesma olhara-o zangada.
Descendo discretamente até as masmorras, os quatro, novamente, se arriscaram para saber mais sobre esse mistério.
Ali estava silencioso e nada se movia. Eles temiam que Snape talvez pudesse estar rondando pelos corredores escuros, à procura do que fazer. Para a sorte deles, chegaram até a entrada da Sala Comunal, sem dar as caras com o professor.
- É aqui. – disse Harry, indicando uma parede aparentemente sólida no muro de pedra das masmorras.
- Certeza? – perguntou Hermione.
- Absoluta! – exclamou Rony, que também já havia visitado a Sala há três anos.
- Então tá. Como entra?
- Ah, é fácil! – falou Rony, chegando perto da parede.
O garoto olhou o sólido um pouco confuso. Tocou, como se isso fosse resolver. Tentou de novo, batendo com um murro na pedra, se segurando para não gritar de dor.
- Quanto progresso. – disse Hermione, cruzando os braços pelo fracasso do amigo.
- Aí, não viu que eu me machuquei! – gritou Rony.
- Shiuuu! – fizeram todos, tentando manter o colega em silêncio.
Harry tentou lembrar o que Malfoy havia feito no dia em que visitara a Sala secretamente. Simplesmente não se recordava.
- Certo, estamos entalados nessa! – murmurou Gina para si.
- Tenham calma! – disse Harry.
Havia passos arrastados chegando aos seus ouvidos. Sabia que era Snape, pelo som da capa farfalhando.
- Entrar! Entrar! – murmurou Rony nervoso.
- Nessas horas eu queria ser uma Puro-Sangue! – cochichou Hermione.
De súbito, a porta de pedra curvou para o lado, possibilitando que os quatro Grifinórios pudessem correr para dentro da Sala Comunal da Sonserina, sem serem vistos por ninguém.
Não havia ninguém para presenciá-los: uma ótima notícia. A luz verde incidia por todo o lado, causando a impressão de estarem debaixo d’água. Não era por menos: a Sala se localizava por baixo do Lago Negro.
- Ok, ok. – resmungou Hermione – Não devíamos ter entrado aqui!
- Relaxa preocupada! – falou Rony – Vamos dar uma voltinha, já que estamos aqui.
- E se... eles... eles pegarem-nos aqui?
- Fica jogando praga. – disse Gina, mas não menos preocupada que Hermione. – Devíamos ver se tem algo por aqui... não íamos... “investigar”?
Chegando perto do sofá verde esmeralda, com almofadas pratas, Harry olhou por baixo, procurando indícios... perto da lareira... por cima da escada... próximo ás gárgulas de pedra... rachaduras no muro...
- Ham... encontraram qualquer coisa?
- Não. – disseram todos à Harry, em resposta.
- Devíamos dar o fora. – disse Hermione ficando cada vez mais neurótica. - Quem sabe Snape pensa em dar uma visitinha, como nós, por aqui?
- Huu... tá bom, Hermione! OK. Como quiser! – falou Rony enfurecido, indo para a porta da Sala Comunal. – Vocês vem...?
Sua voz foi abafada por um grito, vindo a centímetros de Harry. Quando o garoto olhou, Gina estava caído no chão, com as mãos na cabeça, gemendo alto, como se estivesse sendo torturada sem maldição.
- Gina! Que...?
- Ah... ela... a garota!
- Quê?
- De cabelos negros... ela vai vim me buscar... sete dias... eu não quero morrer... sete dias... – e caiu no colo de Harry desmaiada.
- Sete... dias? – perguntou Harry para si próprio, congelando por completo. Sabia que aquilo era perigoso. Gina só podia estar condenada à morte.


EM BREVE NOVO CAPÍTULO "ALUCINANTE"!

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