Beco Diagonal



Mais uma vez, Harry se encontrava na calorosa casa dos Weasley. Para ele, era o melhor lugar para se estar, depois de Hogwarts. Sentia como se tivesse nascido no castelo com seus pais ao seu lado o ajudando a dar os primeiros paços, mas de repente, a lembrança de que tinham sido os Dursley que o ensinaram a andar vinha e acabava com todo o mundo perfeito que gostava de criar. De vez em quando, ficava imaginando se seu pai, quando era jovem, gostava de ir à Hogsmeade com seus amigos tanto quanto ele ou se era bom em Poções. No almoço do dia seguinte ao da sua chegada, ficou pensando em como ele conheceu sua mãe.

– Você está bem, Harry? – perguntou Rony – parece chateado.

– Não… só estava pensando em quando meus pais ainda eram da nossa idade, como eles deveriam ser…

– Ah Harry… não fique triste – disse Sra. Weasley – Sirius era um dos melhores amigos do seu pai. Ele pode te contar tudo que você quiser saber. Agora vamos, coma sua comida enquanto está quente e assim que acabar - disse ela olhando para cada um dos filhos - iremos ao Beco Diagonal. Estão todos com suas listas de livros?

Todos balançaram a cabeça dizendo que sim.

– Você já sabe quem vai ser o nosso novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas? – perguntou Harry.

– Papai sabe, mas não quis me contar. Falou que é surpresa, mas que vamos gostar. Espero que sim...

– E eu que ele consiga ficar pelo menos uns dois ou três anos com o cargo – disse Fred.

Quando já estavam todos na sala à espera da Sra. Weasley, ela desceu as escadas e se juntou aos demais. Pediu as listas de livros dos filhos, que a entregaram. Ao lê-las, levou um susto com os preços. Estava tudo muito caro. Seu sorriso habitual foi varrido por uma expressão de medo, ou mesmo, de constrangimento, Harry não conseguiu definir bem. Ele sabia que os Weasleys não eram ricos e, todo ano se sentia mal por não poder ajudar nas compras, já que seu cofre em Gringotes estava cheio de pilhas de Galeões que ele praticamente nem usava. Tinha pena deles, mas preferia evitar o olhar de Sra. Weasley, porque pensava que isso a faria se sentir menos mal.

Todos se agruparam em frente à lareira e um a um foram pegando o pó de flú e desaparecendo atrás de uma chama verde-esmeralda. Quando chegou a vez de Harry, ele fez o mesmo que os outros:

– Beco Diagonal! – e tudo começou a girar como sempre.
Depois de alguns segundos, Harry se encontrava na lareira da Floreios e Borrões, onde os outros o esperavam.

A livraria estava cheia de alunos de Hogwarts comprando seus exemplares das mais variadas obras. Eles encontraram com Lino, um amigo de Fred e Jorge, Angelina, uma das artilheiras do time de Quadribol e com Neville, um amigo, desastrado de com bochechas grandes, de Harry e Rony.

– Oi Harry! – disse o garoto que tinha no ombro um sapo marrom.

– Boas férias? – perguntou Harry.

– Uhum. Pensei que vocês estivessem com a Hermione. Ela ainda não voltou da viagem?

– Não sei, ela falou que iria estar voltando anteontem – respondeu Rony ficando vermelho.

– Eu nem sabia que ela tinha viajado – disse Harry.

– Ela foi visitar o Vítor Krum, na Bulgária – disse Neville enquanto Rony ficava ainda mais vermelho  ela deve estar se divertindo muito para adiar as compras dos livros.

– Não, a Hermione não se atrasaria só por diversão com nenhum garoto. Eu acho que deve ter acontecido alguma coisa – disse Harry tentando diminuir o ciúme que Rony sentia do Krum.

– Quem se importa? – disse Rony mal-humorado.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.