A gravata reluzente



Harry se recompôs e imediatamente sacou sua varinha:
— Expelliarmus! – Lança ele o feitiço em direção a voz que responde:
— Protecto!
O vulto se aproximou de Harry, e aos poucos a luz verde iluminou o dono da varinha que a sustentava.
— Professor Snape – Sussurra Harry consigo mesmo.
— O que acha que está fazendo Potter? Ahh... – geme Snape como se tivesse uma lâmina em seu pescoço.
Harry se calou e seguiu Snape, como ordenado. Porém, o professor aparentemente ferido parece não agüentar e libera Harry do castigo:
— Não pense que estou sendo bonzinho Potter. Teria o prazer de lhe punir agora, mas tenho assuntos mais urgentes a resolver.
Harry, mais do que rapidamente corre para seu dormitório e deita com a roupa da enfermaria na sua cama, mas não consegue dormir pensando no que teria acontecido nas masmorras, e o que teria acontecido com Neville.
No dia seguinte, Harry levanta de sua cama e corre para a de Neville, que parece uma pedra de tanto sono.
— Neville, Neville! Acorde! Preciso saber o que aconteceu ontem a noite!
— Anh!? – responde Longbotton – Do que está falando Harry?
Harry entendeu no mesmo momento que Neville não tinha idéia da noite anterior, e que não adiantaria fazer perguntas.
Harry senta em sua cama, e com um olhar nada fixo, vê seu baú e o pacote que Hagrid havia lhe dado. Mais do que depressa, Harry abre o pacote e tira dele uma gravata brilhante, da cor da prata, que reluzia os raios de sol que adentravam a janela de seu quarto e refletiam com extrema intensidade na parede de seu quarto.
Rony chega neste exato momento de fascínio de Harry, e se fascina também.
— Nossa Harry! Queria eu ter uma sorte como a sua... O máximo que eu consegui para a festa da copa Quidditch foi mais um terno com minha inicial gravada! Mas estou feliz por você meu amigo! Hermione vai adorar!
Harry olha para Rony com espanto, pois não havia lembrado da festa da copa, e não havia convidado ninguém. Ele coloca a gravata por debaixo do casaco e corre com Wesley para a sala comunal onde estaria marcada uma apresentação de dois novos membros do corpo docente de Hogwarts.
Com todos os estudantes acomodados nos assentos e fartos de comida, o professor Dumbledore se põe de pé, bate palma duas vezes chamando a atenção dos alunos e pede que entrem os professores.
Entra o primeiro membro, que não parece muito aplaudido, e espanta a todos. Na entrada do segundo, que é mais bem recebido, vários aplausos são ouvidos, mas no rosto de Harry se via ao mesmo tempo uma expressão de alegria e de espanto.
— Não acredito que vamos ser ensinados por ele!

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