Era Uma Vez



Capitulo III - Era Uma Vez...


O barulho de um espelho sendo quebrado ecoou no quarto.
- Droga! – murmurou Hermione, observando os pedaços de espelho no chão do quarto. Seu coração parecia estar tão quebrado quanto aqueles espelhinhos que a circundavam. Eram tantos momentos que apareciam em sua cabeça e não tinham nexo algum, quando seria a hora em que eles se juntariam e formariam a sua história? Ela estava agachada no chão recolhendo os pedaços do espelho e se encarou no maior pedaço que tinha. “Quem é você?”, perguntou uma voz na cabeça de Hermione, com raiva, pegou a parte do espelho que encarava e jogou na parede mais distante, uma lágrima única e grossa rolou por seu rosto, que ela logo secou com violência. Nada fazia sentido, aquelas fotos, aquelas histórias, aquilo tudo que estava acontecendo, aquelas pessoas ao seu redor, nem mesmo seus pais, que passaram uma semana com ela, conseguia reconhecer. Sentia que ia explodir de raiva, seu coração palpitava forte, a eletricidade do seu corpo a mil, os sentidos misturados, mordeu o lábio com força, segurando para não chorar. Estava cansada de todo aquela atenção extra que lhe davam, casada demais tentando reconhecer a si mesma.
- Hermione? – a voz de Rony soou do outro lado da porta, assustando-a.
- Sim... – respondeu ela.
- Está tudo bem? – sentia que ele estava preocupado.
- Sim... Sim, está tudo certo. – Hermione limpou com um aceno de varinha os cacos de espelho no chão. Tinha aprendido isso em um dos livros que leu.
- Tem certeza? Nós ouvimos um barulho de vidro se quebrando... – percebendo que Rony não sairia dali resolveu abrir a porta, dando de cara com Rony, e para sua surpresa, Harry.
- Foi só o meu perfume que caiu. Não se preocupem, como podem ver, estou bem.
- Não está não, tem sangue no seu rosto. – Harry apontou pro seu rosto. Ela se lembrou de ter enxugado o rosto com a mesma mão que jogou o espelho na parede, devia ter machucado sem querer.
- Não é nada. – ela limpou o rosto com a outra mão. – Devo ter machucado com o perfume.
- Não foi aquele perfume que eu te dei não né? – perguntou Rony, Hermione fez uma cara confusa. – Ah! Deixa pra lá. A mamãe quer se despedir de você, ela vai ter que voltar para a Toca hoje. – ela assentiu e disse que ia dali a pouco.
- GINA! – gritou a Sra. Weasley, pela segunda vez, fazendo a garota sobressaltar-se e tropeçar. – Presta atenção por onde anda! – depois passou a mão pelo rosto da menina. – Tem certeza de que quer ficar aqui querida?!
- Tenho mamãe! Aqui fica mais perto do Beco. – Gina respondeu, dando um abraço na mãe. Agora que a ruiva estava trabalhando com os gêmeos era realmente mais fácil continuar em Londres.
- Tudo bem então! Mas não pense que é dona do seu próprio nariz ainda. – e apontou o dedo pra ela.
- Mamãe! Já basta o Fred e Jorge! – disse Gina impaciente. – Eu já tenho 20 anos! Não sou mais bebê!
A Sra. Weasley já tinha ido embora há muito tempo quando resolveram jantar. Hermione tinha passado a tarde no novo aposento que antes era um quarto inutilizado do segundo andar, e Dobby tinha transformado em uma pequena biblioteca, para agradar a ‘pequena Srta. Hermione’ segundo ele, Hermione porém duvidou que houvesse um pequeno dedo de Harry nessa idéia. Agora jantava calmamente com Harry e Gina. Os dois discutindo ainda que a idéia de Rony em fazer os elfos colocarem barras de chocolate no seu travesseiro antes de dormir era completamente incabível.
- Hermione! Eu achei outro álbum nosso! – disse Rony chegando à cozinha com o álbum nas mãos. Ele depositou ao seu lado na mesa. Hermione olhou para o álbum com uma certa impaciência.
- Rony... Hoje eu não quero ver álbum algum. – desculpou-se, voltando ao seu prato de salsichas com purê.
- Mas Mione, o médico falou que você precisa ver esse tipo de coisa para ativar a sua memória.
- Pois até agora não ‘ativou’ nada. – respondeu uma Hermione grossa, se levantando da mesa e subindo as escadas. Estava tão de saco cheio de tudo aquilo. Sabia que as pessoas queriam seu bem, e se sentia mal, na maioria das vezes, de sentir isso. Ela escutava a chuva forte que estava caindo lá fora, e parou no meio das escadas ouvindo um sussurro. Olhou para trás e encontrou um par de olhos verdes. Um forte trovão fez a casa inteira tremer e ela fechou os olhos.

“Muito bom Ha... – Hermione sentiu uma dor forte como se cortassem-na no peito de lado a lado. Olhou surpresa para o comensal a sua frente e depois voltou seu olhar para Harry, tendo como última visão o par de olhos verdes olhando enquanto sentia o chão gelado as suas costas”.

- Hermione?! – a voz de Harry soou distante e baixinha e quando ela reabriu os olhos ele estava parado a sua frente. – Está tudo bem? Você tá pálida... – Ela se ajeitou um pouco.
- Não... Deve ser a chuva. – e deixando um Harry completamente confuso pela resposta evasiva dela, subiu as escadas e se trancou no quarto. Ela acabara de ter uma visão? Estava vendo o futuro? Ou talvez ela estivesse revendo seu passado. Ela suspirou. Nesses últimos dias ela andava tendo muito disso. Só não sabia se era algum medo, sonho, ou o próprio passado.
Não parou de chover na semana seguinte e Hermione passou novamente a maior parte do tempo na pequena biblioteca, ás vezes Dobby ia até lá levar um suco ou qualquer coisa, e ela desconfiava que tinha sido ordens de Harry pra ver como ela estava. Suspirou depois que Dobby deixou o aposento pela décima vez naquele dia. Tinha feito bastante proveito aquele dia, praticara bastantes feitiços e achava que estava pronta para encontrar Alberfort no dia seguinte, o que ela tinha adiado bastante já, falando para só Harry e Rony ir, pois não estava pronta ainda. Ela fechou o livro e descansou a cabeça na poltrona. Tinha tido um sonho esquisito aquela noite. Parecia estar no Egito ou coisa parecida. Sorrindo para ela mesma, fechou os olhos. Estava melhor que semana passada, começava a se acostumar com a casa e as pessoas, não gostava definitivamente dos elfos tratando-a como rainha, mas escondida de Harry e dos outros da casa, dava um presente para cada um deles. Às vezes enfeitiçado outras vezes apenas um bolinho de chocolate, mas fazia se sentir bem, os elfos em geral gostavam dela, e só quando ela começava a falar em liberdade e seus direitos que eles evitavam-na, conhecia agora cada um por seu nome. Sorriu novamente suspirando, e Harry estava sendo tão agradável com ela, ficava dificil acreditar que eles realmente não tiveram nada, e por vezes se pegava pensando se deveriam ter. Até os pensamentos dela o moreno parecia saber. Talvez ela ficasse mais à vontade com ele, pois era o único naquela casa, morador ou não, que não ficava forçando-a a se lembrar de alguma coisa, tá, era verdade que ela própria sentia que a falta de memória dela às vezes o incomodava de certa forma, e sentia também que ele estava cada dia mais preocupado, mas ainda assim, sentia uma vontade enorme de ficar ao seu lado. Gina contou que ela sempre ficara do lado de Harry, não importasse a circunstância, e que ele contava tudo a ela, até o que não contava para Gina na época que eles namoravam. Hermione suspirou, na hora que Gina lhe havia contado isso se sentiu feliz, mas a felicidade logo se evaporou quando sentiu a resistência dele em lhe contar as coisas que se passavam. Nessas ocasiões sentia-se de lado, e isso lhe fazia mal. Não sabia explicar o porquê, apenas sentia falta de alguma coisa.

No dia seguinte levantou cedo para o café da manhã. Teria seu primeiro treinamento com Alberfort e estava ansiosa. Quando chegou na cozinha encontrou apenas Harry, e seu coração, o que dera pra fazer sempre ultimamente, deu um pulinho quando ele sorriu.
- Hoje você vai com a gente? – ela assentiu a cabeça sentando-se a sua frente. Em pouco tempo estava sendo servida pelo Rednes, um dos elfos. – Ele é meio rude, o Alberfort, mas sabe de coisas interessantes.
- Aonde vamos encontrá-lo? – perguntou ela, engolindo bacons fritos.
- No Javali. Fica em Hogsmeade, perto de Hogwarts. – explicou o moreno.
- Mas Hogwarts fica longe daqui não fica? – Harry assentiu com a cabeça e engoliu seu suco depressa.
- Normalmente Rony e eu aparatamos lá. Mas como você vai hoje, vamos de noitebus.
- Falando nele... Ele não vai hoje? – agora Rednes enchia o copo de Harry novamente de suco.
- Nah, vai sim. Deve estar dormindo ainda. – os dois deram sorrisinhos.
- Você acha que vai ser muito dificil pra mim? – ela percebeu o leve enrijecimento que ocorreu no rosto de Harry e se culpou por ter dito aquilo, mas inesperadamente ele pegou em suas mãos e disse a coisa que mais a confortou em todo aquele mês.
- Eu acho que você vai ser dar melhor do que pensa. Não fique se pressionando como todos dessa casa estão fazendo. Você foi, e é a minha Hermione de sempre. – e ela poderia ter ficado mergulhada nos olhos dele se não fosse por uma companhia que chegara.
- Bom d-d-dia... – bocejou Rony entrando na cozinha. – Olha o que temos aqui... Vai junto com a gente hoje Mi? – ele sentou-se ao lado dela, sem perceber que Harry e Hermione afastaram as mãos bruscamente.

O noitebus estava lotado, só um lugar embaixo e dois em cima. Rony nem sequer deu escolha aos dois, puxou Harry para o andar de cima, deixando Hermione a poltrona do fundo. Quando sentou-se na poltrona percebeu que o lugar ao seu lado estava vago, como a outra poltrona do outro lado do corredor também estava. Bufou com raiva. Harry e Rony poderiam ter ficado com ela. Ela começou a olhar a vista, mas logo que o noitebus começou a andar, não conseguia prestar mais atenção em lugar nenhum a não ser evitar ir ao encontro do chão. Estava começando a se acostumar com ritmo quando em uma das paradas uma voz grossa e melodiosa chamou sua atenção.
- Posso me sentar ao lado dessa bela senhorita? – Ela reconheceu ser o mesmo loiro que haviam encontrado no Caldeirão, o qual Harry e Rony haviam falado poucas e boas, quer dizer, poucas e más.
- Desculpe, mas tem um lugar vago ali naquela poltrona... – e quando foi apontar viu já estar sendo ocupada por um senhor de cabelos brancos e os olhos incrivelmente verdes.
- Acho que não vai conseguir se livrar de mim, Mione. – como ele estava certo o que ela conseguiu fazer foi ir pro lado da janela, se afastando o máximo que podia. – Sabe, eu não mordo. - e riu da própria piada.
- Pelo que eu ouvi falar de você, faz bem pior. – disse ela, não sentindo a menor graça, principalmente de estar sentada ao lado desse estranho.
- Águas passadas. – ele falou simplesmente, dando de ombros. – Seus amigos não devem ter mencionado que eu pedi perdão depois do que eu fiz. E se o ministério mesmo me perdoou, e a maioria dos bruxos também, não vejo porque eles ainda estão assim. – Hermione começou a pensar em tudo que eles falaram, sobre a traição de Malfoy, e os dois amigos desconfiavam muito ainda para acreditarem que ele realmente estava arrependido. – Olhe, eu já paguei minha divida com essa sociedade. Já fiz todos os tipos de serviços que tinha que fazer, perdi tudo o que tinha, sofri muito mais do que seu amiguinho Harry Potter, porque se ele acha que perder a família é uma grande coisa, imagine nunca ter tido uma de verdade. – Explodiu ele. Hermione não sabia o que dizer. Ele suspirou e olhou para frente.
- Sabe, eu posso ter perdido a memória, mas o que eles me disseram... Quero dizer, não tem justificativa para o que você fez. – Harry e Rony falaram pra ela que ele também era um maravilhoso mentiroso.
- E não é uma desculpa! – ele suspirou e fechou os olhos. – Você pode não perceber agora, mas um dia vai perceber. Todos erram, eu errei, confesso que bastante, mas o seu heroizinho também vai errar. Um dia você vai ver que eu tenho razão. – ela o encarou, brava. Ele havia chamado Harry de heroizinho?
- Pois tente passar por tudo que ele passou! – retrucou ela nervosa. – Tenta ser perseguido pelo maior bruxo das trevas, perder toda a família, e ainda a única pessoa que ele tinha como pai, e ainda ter que seguir em frente? – Draco olhou com interesse.
- Você não tinha perdido a memória? – mas sua voz não soou como se a acusasse. Hermione parou estática, com a boca ainda aberta.
- Eu não sei como eu... Lembrei disso. – ela virou o rosto, confusa. Sirius! Era esse o nome do padrinho de Harry, lembrou vagamente de um cachorro peludo. Mas agora que estava concentrada, não conseguia mais ver nada. Nem um rosto, nem um nome, nem sequer uma voz.
- Vocês gostariam de uma bolacha? – perguntou o senhor da poltrona do outro lado. Draco balançou a cabeça indicando que não. – Nem a Srta. Granger? – e o velho se aproximou mais com o tronco do corpo para enxergá-la. Hermione olhou para ele com um certo receio. Será que o conhecia? Olhou atentamente para os olhos verdes do homem e seus olhos de repente reconheceram uma marca nele, uma cicatriz igualzinha a de Harry em sua testa. Ela balançou a cabeça indicando que não, ele deu um sorriso e encostou-se novamente na poltrona, mas ela continuou encarando-o. Ela parou de encará-lo quando o noitebus deu mais um solavanco e parou.
- Hermione! – ela reconheceu a voz de Harry lá na frente. – É a nossa parada. – mesmo que não conseguisse vê-lo, sabia que ele estava procurando, avançando o corredor, até encontrar ela, e nesse momento o rosto de Harry enrijeceu e ela nunca vira aquela expressão assustadora nele.
- Acho que é a sua parada, querida. – disse Draco se levantando para dar passagem a ela. Por um breve momento pareceu a ela que Harry iria saltar no pescoço do loiro. Hermione, se levantou rápido e já estava do lado de Harry quando este disse.
- Se eu souber que você chegou a mais de uma milha perto dela, vai se ver comigo. – os olhos de Harry incendiando, Draco meramente sorriu, sarcástico.
- Tenha bons sonhos, donzela. – Hermione se virou para ele, ao mesmo tempo que seu cérebro pareceu dar uma volta completa, e fechou os olhos, sentindo sua cabeça formigar. Mas quando os reabriu ela já não estava mais naquele mesmo corredor. Ela olhou para os lados, assustada. Então sentiu uma mão encostar em seu ombro, ela virou-se alerta.

- Quantas vezes eu já te disse que não era para sair de seu quarto? – era um homem já de idade, os olhos castanhos brilhosos, o cabelo já branco, e a impressão de grande poder. Ela olhou para os lados. As paredes pareciam ser pintadas a ouro. Desenhos na parede lembravam-na o Egito. Ela ouviu um farfalhar distante, parecia vir de uma janela próxima. – Já é o bastante que você esteja doente assim. Ficar saindo do quarto não irá fazer bem, segundo seu curandeiro. – parecia-lhe que ele não parecia concordar. Hermione reparou que ele falava francês. Ela não sabia se sabia ou não a língua. Ela ouviu outra voz se manifestar.
- Hermione! – ela virou-se. Parecia ser Malfoy, mas ele vestia-se de um modo totalmente diferente. Parecia usar roupas antigas e pesadas, que pessoas normais já haviam parado de usá-las há muitos séculos. – Andei te procurando por todo castelo, donzela. – ele virou-se para o senhor que estava ao lado de Hermione. Sua postura tornou-se mais respeitosa. – Sr. Willian. – Malfoy se curvou em respeito ao senhor. O Sr. Willian olhou de Hermione para Malfoy.
- Acho que agora estou seguro para deixá-la andar pelo castelo, na presença do Sr. Malfoy. – disse ele, já se afastando. Malfoy virou-se para Hermione, parecia aborrecido.
- Por onde foi que você se meteu?
- Eu... Eu não sei. – disse ela confusa.
- Por que você está falando inglês? – questionou ele assustado. – Já devo até imaginar com quem aprendeu! Vocês dois não se separam nunca. Imagino que ele tenha vindo aqui novamente não? – disse irritado.
- Ele quem? – perguntou Hermione, tão confusa que sua cabeça voltava a adormecer.
- Por que você se irrita tanto com minha presença... hm... Sr. Malfoy? – perguntou uma voz atrás de Malfoy. Ele virou-se dando espaço para Hermione ver quem era. Os cabelos pretos e os olhos verdes não a enganavam.
- Não é sua presença. É tudo em você. – disse ele, com profundo desprezo na voz. – Tudo o que você faz. E todas as pessoas que você se mistura.
- São pessoas exatamente como nós. – os olhos de Harry faiscaram levemente.
- Era de se esperar que uma pessoa de uma família tão renomada se misturasse com gente mais... Limpa. – disse Malfoy, um pouco grosso.
- Seja lá de quem você fala, você não é digno de usar a palavra limpa. – Harry parecia começar a se irritar profundamente.
- Você sabe bem de quem falo. São porcos. – ele pausou um pouco. – Sangues-ru... – mas ele não chegou e terminar a palavra. Harry se voltou contra ele, os olhos pareciam chamas de fogo. Ele segurou Malfoy pelas vestes.
- Nunca mais torne a insultar pessoas de quem você não é digno nem de falar. E saia da minha frente. – disse Harry soltando-o. Malfoy ajeitou as vestes e saiu pela direção contrária, ainda com postura. – Eu ainda não sei como sua família o suporta. – disse ele virando-se para Hermione. – Ele deu um sorriso meio bobo. – Vamos andar um pouco. Faz tanto tempo que não fazemos isso. – convidou ele, os olhos agora brilhavam de uma forma mais suave.
- Harry... Eu não estou me sentindo muito bem. – disse ela, levando a mão à cabeça
- Mas é claro que não. Há quanto tempo você não toma um ar fresco? – perguntou ele, aborrecido. – Com todas essa coisa de elementos... Importantes. – sua voz mostrou-se irritada. – Você não tem tempo nem de respirar mais. Venha... – Harry pegou-lhe a mão. – A noite está tão bonita... – disse ele suplicando-lhe. Hermione não viu o porque de não ir, talvez ele até pudesse lhe dizer o que estava acontecendo.
- Tudo bem... – disse ela. Harry abriu um sorriso grande para ela. Ele a puxou para a porta no fim do corredor. Eles saíram para um campo aberto. A cabeça de Hermione parou de adormecer quando sentiu o ar puro encher-lhe os pulmões. Harry a levou para um lugar um pouco longe de onde eles haviam saído. Hermione percebeu que agora não estavam à vista de ninguém.
- Você se lembra daqui Hermione? – perguntou Harry olhando em volta. – Quando nós três corríamos por aqui. – Seu olhar entristeceu. – Não ligávamos se estava ou não em vigia? Lembra? – Harry olhava-a de tal forma que Hermione concordou. Mesmo sem lembrar de nada que ele lhe falava. Ela queria saber como fora parar ali. Olhava atentamente para o lugar onde estavam. Era perto de um lago grande. Ela estava encostada a uma pedra grande. E Havia árvores por todo lugar. Tinha certeza que não estava no Egito, apesar das paredes serem idênticas ao que ela se lembrava do Egito. Ela olhava admirada pela beleza do lago, meio que hipnotizada. – Hermione... – Harry chamou-lhe atenção, por um instante Hermione se surpreendeu de quão perto estavam. Harry ia se aproximando cada vez mais dela. Até que algo lhe chamou atenção. Uma estrela cadente passou pelo céu, no mesmo instante que a cabeça voltou a adormecer. Ela fechou os olhos com a dor, quando os reabriu estava no mesmo corredor do noitebus. No mesmo momento que havia deixado.
- O pessoal! Eu tenho que seguir com o ônibus, por favor, desçam logo! – gritou o motorista, impedindo Harry de prosseguir com o que iria falar.
- Calma! Já estamos indo. – respondeu um Rony, lá da frente também. – Porque a demora Harry? – mas ele ainda encarava Draco.
- Nos encontraremos novamente, Malfoy. – virou-se de costas, guiou Hermione pela cintura e deixou o Noitebus, com Rony perguntando o que tinha acontecido.






Confuso? Relaxaaa.. tudo vai ser explicado em uma questão de dois capitulos! ;)
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