Cliodne Granger Malfoy



Quem atravessa o quadro ligeiramente estreito da Veela não consegue imaginar a beleza e austeridade existente naquele aposento. Parecia uma miniatura do salão comunal da Grifinória só que decorado também com as cores da Sonserina. Logo da entrada via-se uma sala de estudos aconchegante, no canto esquerdo uma grande mesa redonda com quatro cadeiras, no centro uma mesinha baixa entre dois sofás grandes, um pouco além uma lareira com duas aconchegantes poltronas e várias almofadas espalhadas por perto. As paredes eram de uma tonalidade escura, somente a da direita era inteiramente coberta pelos brasões da Sonserina e Grifinória. Tudo no salão foi decorado em vermelho e verde com detalhes prata e dourado.
- É realmente muito bonito – Hermione estava impressionada com o local. Era extremamente acolhedor.- É incrível!!
- Verdade Mi é maravilhoso – Harry ainda tentava se recuperar – Até o Malfoy parece impressionado. – disse debochando.
- Eu estou feliz por não precisar mais dormir na Sonserina Potter – Falava com um sorrisinho no canto dos lábios – Esse lugar não me impressionaria nem em dez vidas. São apenas acomodações aceitáveis.
- “AFF! Como ele consegue ser tão arrogante? Será que não consegue nem ver beleza nas coisas?” –Hermione foi tirada de seus devaneios pelos berros de Rony.
- Por Merlin venham ver o que eu achei! – Todos correram até a parede onde estavam os brasões.
Rony tocou entre os dois brasões e uma parte da parede afundou, quando ele soltou a parede girou magicamente revelando sua outra face.
- Incrível Weasley! Você descobriu o álbum dos Monitores. – Disse Malfoy observando as fotos.
- Eu já li sobre ele em Hogwarts, Uma História – A excitação tomava conta de Hermione – Nele está à foto de todos os monitores de Hogwarts desde a sua criação.
- Olhem é o Dumbledore! – falava um Harry surpreso.
- E o Gui também – Ron parecia assustado.
- O álbum foi enfeitiçado para proporcionar uma busca rápida – Malfoy parecia ter um grande conhecimento, isso deixava Hermione impressionada. – Já que é grande o número de fotos pode-se procurar por ordem alfabética, pronunciar alto o nome da casa, família ou o nome da pessoa mesmo.
- Potter! – Harry parecia extremamente ansioso – Quero ver se tem alguém da minha família – Nesse momento os outros quadros desapareceram restando apenas dois.
- Sempre em busca da família não é Potter? – Malfoy ironizava.
- Cala a boca Malfoy! – Falaram Rony e Hermione ao mesmo tempo. 
Harry estava emocionado. Conhecia muito bem as pessoas nos dois quadros. Eram de Thiago e Lílian Potter. 
- Emocionado Potter? – Draco se aproximou mais da parede e tocou o dedo na base da moldura da foto da mãe de Harry – Tocando aqui aparecem informações importantes sobre eles.
Nesse momento frases foram aparecendo sobre a imagem da bruxa.
INFORMAÇÕES SOBRE LILI POTTER...
- Ela foi uma grande bruxa Cicatriz – Disse Draco pousando a mão no ombro de Harry que instintivamente se afastou.
- Agora vamos ver o do seu pai Harry – Hermione não entendeu o jeito de Malfoy consolando Harry. – “Acho que estou tendo alucinações”.
Harry assentiu e tocou na base do quadro do pai – Logo também apareceram inscrições sobre a imagem.
INFORMAÇÕES SOBRE THIAGO...
- Vamos ver o da minha família – Rony se aproximou e gritou desnecessariamente – WEASLEY – Nesse momento os dois quadros dos potter’s sumiram dando lugar a inúmeras fotos de pessoas com cabelo vermelho. Todos ficaram impressionados com o número de Weasley que chegaram à monitoria.
- A família Weasley é a que mais tem membros que já passaram pela monitoria. Fica difícil competir com coelhos com cabelo de fogo – Malfoy falava contrariado e todos caíram na risada.
- Como você sabe tudo isso Malfoy? – indagou Harry curioso – Parece um especialista em Hogwarts.
- Talvez ele tenha devorado um exemplar de “Hogwarts, Uma História” como fez a Mione – Rony falava debochado.
- Muito engraçado Ronald – Hermione fingiu estar aborrecida.
- Malfoy! – ao som da voz de Draco os retratos dos Weasley sumiram dando lugar a inúmeros retratos de pessoas loiras com um ar imponente e esnobe. – Minha mãe sabia tudo sobre Hogwarts. Era fascinada por este local. – Ele tocou no retrato de uma mulher loira de pele muito alva, Narcisa Malfoy. – Conhecia cada palmo do castelo e me ensinou tudo que eu precisava saber para servir como um elo para o Voldemort.- uma nuvem escura pareceu surgir em seus olhos – no mundo das trevas é necessário ser útil todo o tempo para permanecer vivo. Ela sabia disso mais que todos.
- Tsc! Tsc. – Rony fez um barulhinho estranho com a garganta, todos estavam desconsertados com o que malfoy dissera. A guerra ainda era um fato recente e doloroso para todos.
- Tente achar algum Granger – Harry falava olhando para Mione – Já imaginou um parente seu perdido aqui em Hogwarts?
- Isso é uma loucura Harry. Sou a primeira bruxa da minha família – disse ela rapidamente – Não tem a menor chance.
- Tem chance sim Sabe-Tudo – Malfoy voltou ao seu jeito debochado – Aposto que a Murta-Que-Geme pode ter algum parentesco com você – Hermione ficou vermelha nesse momento.
- Não ligue Mi. Esse cara é um idiota – Ron segurou a mão da menina passando-lhe confiança deixando um malfoy furioso – Não custa nada tentar e ver o que aparece ai.
- Você tem razão Ron – Ela deu um passo em direção a parede e disse com voz tremula – Granger.
O quadro de Narcisa e de vários outros Malfoy’s desapareceu como fumaça, restando no lugar um único. Todos se aproximaram curiosos para ver quem era a pessoa naquele retrato. 
- Por Merlin! Isso é impossível. – Hermione se deparara com uma imagem muito parecida com a sua no retrato. Uma mulher bonita, de pele clara, cabelos castanhos, olhos também castanhos e muito espertos. Em uma plaqueta dourada estava grafado o nome da mulher – Cliodne Granger Malfoy.

Todos ficaram ali por muito tempo olhando para o nome daquela mulher e tentando entender como, em alguma época, a família Granger poderia ter tido alguma relação com os Malfoy’s. A família Malfoy sempre se orgulhava em dizer que nunca tinham misturado seu sangue “puro” com sangue “ruim”.
-Isso é alguma brincadeira? – o loiro parecia extremamente nervoso e falava com o olhar vidrado na mulher do quadro – porque se isso for alguma piada vocês vão pagar caro – Tocou na base da moldura e informações começaram a surgir.

 “Cliodne Granger Malfoy, 1760 – 1788. Nascida trouxa na cidade de Manchester. Aos 11 anos recebeu a carta de admissão na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. No seu primeiro ano (1771) suas notas já eram as melhores de toda a escola. Em 1772 ganhou o premio interno de realização de feitiços, em 1773 dominava perfeitamente a arte da transfiguração se tornando uma animaga se transformando em uma lontra, 1774 escreveu artigos contra a caça aos gigantes para o Profeta Diário, artigos estes premiados após sua morte, 1775 e 1776 se preparou para o Torneio Tribruxo de 1777 em que se tornou a primeira mulher de Hogwarts a ganhar o torneio. No mesmo ano Cliodne granger tornara-se Cliodne Granger Malfoy. Casara-se com Eduardo Malfoy, filho mais novo do então ministro da Magia Rodolfo Malfoy. No ano de 1781 Cliodne Malfoy teve um filho. No ano de 1788 a casa de Cliodne e Eduardo Malfoy pegou fogo mas nenhum corpo foi encontrado. Depois de incessantes buscas os três malfoy’s foram dados como mortos.”

- Isso que é uma história louca – disse Rony com grande agitação – Uma Granger e um Malfoy... Se me contassem não acreditaria.
Draco e Hermione agora se olhavam de uma maneira estranha, como se um quisesse ler o pensamento do outro procurando uma explicação. Era como se essa descoberta elucidasse uma única questão dentro deles e colocasse milhões de outros pontos de interrogação naquela história.
- Essa foi uma revelação no mínimo confusa para vocês dois – disse Harry um pouco nervoso – na verdade para todos nós. É melhor irmos conhecer nossos quartos e dormir um pouco. Amanhã será outro dia.

Subiram em silêncio um jogo de escadas e andaram por um corredor em penumbra. Do lado esquerdo puderam ver uma porta com uma placa fluorescente com o nome Harry Potter escrito nela, e logo depois uma porta igual com o nome Rony Weasley. Do lado direito, em frente às outras duas portas, lado a lado, com os nomes de Hermione e Draco estavam mais duas portas, os dois se olharam tristemente ao entrarem em seus aposentos.

Hermione sabia que não conseguiria dormir aquela noite, ainda estava absorvendo todas as informações que recebera. Quem seria Cliodne afinal? Nunca tinha escutado esse nome em sua casa e em nenhuma reunião chata de família. Ela vivera há muito tempo, era normal que seu nome não fosse lembrado pela família, porém fora uma grande bruxa, seu nome com toda certeza está em algum livro da biblioteca.
 “Como o Malfoy deve está se sentindo com essa revelação? A cara dele era um misto de confusão e decepção por ter seu sangue misturado com o de trouxas. POR MERLIN! Eu não sei o que passa na cabeça daquele loiro de farmácia.” – escuta alguém batendo na porta e se assusta, mesmo assim vai abrir –” Será é que ele? ”
A morena abriu a porta e parece não ter conseguido esconder sua decepção.
- Achou que fosse algum loiro Hermione? – O moreno na porta tinha um sorriso amistoso, era a única pessoa que conseguia acalmá-la no mundo, estava muito feliz em poder sentir sua proteção.
- Estou feliz que seja você – ela fez sinal para ele entrar – veio dormir comigo? 
No ano anterior, quando estava tendo sonhos estranhos com Voldemort e sua cobra, Harry teve que dormir em um quarto separado dos outros garotos e Hermione era a única a quem Dumbledore permitia ficar perto do garoto durante as madrugadas. Segundo o diretor a menina tinha a mente extremamente fechada às influencias externas. Então durante quase um ano ela velava o sono do garoto e o ajudava a se livrar da influência de Voldemort quando necessário. 
- Achei que você talvez precisasse conversar- o moreno deu um leve selinho na garota – ou de um ombro amigo apenas – disse segurando sua mão e se deitaram confortavelmente na cama.
- Minha cabeça ainda está muito confusa- ela disse se aproximando mais para sentir o calor que Harry emanava – Uma Granger casada com um Malfoy parece impossível não é?
- Você esta apaixonada pelo Malfoy – disse Harry como se fosse a coisa mais óbvia do mudo o que deixou a morena levemente corada – a história esta se repetindo Hermione Granger.
- Você está louco Potter – ela disse sentando inquieta na cama – nunca me apaixonaria por um Malfoy.
- Você beijou um Malfoy no chão da cabine – o moreno disse com firmeza e se sentou na cama olhando profundamente nos olhos dela – Não minta para mim Mih. Esta apaixonada.
- Não paro de pensar nele – Não conseguia mentir para Harry. Ela fixou o olhar em um ponto distante com vergonha de encarar o amigo – nunca senti isso por ninguém.
- Fiquei com ciúme agora Granger – fez um muchocho para a amiga e virou as costas para ela.
- Desde quando você senti ciúmes de mim Potter? – abraçou o moreno por trás e mordiscou levemente seu ombro nu.
- Fico preocupado – ele disse voltando a olhar nos olhos da morena com seriedade – o caráter do Malfoy é duvidoso. Tenho medo que ele faça minha melhor amiga sofrer.
- Ele não vai fazer, tenho meu grande Harry Potter para me proteger. – olhou para o moreno com olhar malicioso – Você veio sem camisa de propósito neh?
- Só para te ver assim louquinha – segurou a morena pela cintura e lhe deu um beijo ardente – adoro quando você usa essa camisola – ele já demonstrava sinais de excitação.
- É para te ver louquinho assim – disse olhando maliciosamente para o membro do rapaz.
- Somos amigos mais não quero “fazer” com você com a cabeça no quarto ao lado.
- Ei Harry - ela acariciou o cabelo liso do garoto – somos amigos e por isso quando estamos juntos nos entregamos plenamente – o garoto sorriu de satisfação – nossas mentes ficam aqui. Nem você pensa na Gina, nem eu no Malfoy.
- Você me convenceu... Vamos esquecer o resto do mundo agora. – encostou seu corpo no da morena – Já disse que você fica linda com essa camisola? – a morena fez sinal que sim – E que você fica bem melhor sem ela? – a morena sorriu e ele retirou delicadamente sua roupa e os dois se entregaram com intensidade como muitas vezes ocorrera em um passado para esquecer a iminência de uma guerra.


 


 


 


 

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