A CABINE DOS MONITORES



-Tudo bem eu me cuido mãe! Disse Lílian observando a Estação aflita pra vê se encontraria um rosto conhecido
-Olhe bem pra mim. Disse Sra. Evans a chamando a atenção. –Seu Pai também ficou muito orgulhoso de você ser monitora querida, mas sabe como é o seu trabalho né? Teve que sair as pressas e aqueles homens que exploram ele, mas faze o que? Ele disse que senti muito por não te ver embarcando no trem como todo ano, ele foi ao seu quarto ontem à noite, mas você devia estar dormindo.
Lílian assentiu com a cabeça e recebeu mais diversos beijos da mãe que secava as lagrimas com um lenço. –Não chora mãe! Eu vou ficar bem.
-É que é tanto tempo. Choramingou a Sra. Evans. –Eles deviam diminuir isso, e querida não fique triste pela sua irmã, não ligue para as coisas que ela diz, bem você sabe é apenas ciúmes, mas ela te ama.
Lílian a olhou chateada, às vezes sua irmã realmente pegava pesado e cada vez mais sentia que Petúnia a odiava, mas não quis dizer aquilo a sua mãe pelo menos não naquele momento; o sorriso apareceu em seu rosto ao ver uma garota loira de cabelos muito cumpridos e os olhos de um azul muito vivo se aproximando com um sapo na mão.

-Fleury!! Gritou Lílian ao correr em direção à amiga deixando sua mãe falando sozinha que quando ia reclamar vira o motivo e se calou.
-Lili que saudades! Disse Fleury a abrasando calorosamente. –Olá Sra. Evans! Sorriu Fleury simpaticamente.
-Olá querida! Cadê seus pais? Questionou a Sra. Evans olhando pro lados.
-Ah estão logo ali! Disse Fleury apontando para um casal desengonçado que vinha adiante.
A mulher era magra, e seus olhos eram de um azul muito claro, usava vestes verde musgo e uma charpe preta, seu rosto era delicado e seu cabelo batia nos quadris assim como os de sua filha.-Bom dia Sra. Evans! Disse ela ao chegarem – e você Lílian, nossa como cresceu!
O homem veio logo atrás era magro também, tinha a aparência de abatido e cansado, seus cabelos eram lisos e castanho claro, usava um terno azul escuro com botões que giravam de um lado para o outro soltando gritinhos, alguns bruxos o fitavam se afastando um pouco. –Lílian Querida, porque não foi desta vez em casa hem? Estava ansioso pra lhe contar como foi a minha viagem na Austrália...Brilhante...Brilhante um lugar excepcional!! –Os olhos do bruxo brilharam por um momento, mas logo voltou a si notando a mãe de Lílian-...ah olá Sra. Evans e onde esta seu marido? Disse ele sorrindo.
-Ah ele teve que ir a uma reunião de trabalho muito importante! Explicou a Sra. Evans chateada.
-Ah entendo!..Mas que pena queria dar uma palavrinha com ele sobre as algas marinhas dos trouxas estou fazendo uma pesquisa realmente interessante, nunca pensei que....
–Meninas vão logo o trem está para sair –Disse Sra. Thomas interrompendo o marido e lhe dando um olhar de reprovação- Paul já está lá dentro, acho que entrou primeiro que todos de tanta ansiedade.
O grupo riu menos Fleury. –Idiota! Resmungou sem a mãe ouvir.
A Sra. Evans concordou deu mais um beijo na filha e um em Fleury se despediu das meninas que entraram apressadas no grande trem vermelho que soltava uma enorme quantidade de fumaça.

-Calma Godô! Disse Fleury pro sapo que coaxava sem parar
-O que ele quer? Perguntou Lílian andando pelos corredores e procurando o carro dos monitores com o olhar.
-Ele está com fome, está fazendo dieta, olha como está gordo. Disse Fleury pegando nas banhas do sapo. –Vejo que ta procurando o carro dos monitores né? Continuou Fleury tristemente.
-Estou sim! Disse Lílian evitando o olhar da amiga, também estava triste pela separação.
-É no primeiro carro, já passamos por ele tem um M bem grande na porta, eu sei porque entrei primeiro que todo mundo por causa do Paul aquele imbecil.
-Ah Obrigada, e não fala assim do seu irmão é normal a ansiedade já passamos por isso também.
-Mas não fomos tão idiotas de chegar 3 horas mais cedo na estação, o malfoy até tirou sarro de mim, perguntou se eu tinha chegado mais cedo para fazer a limpeza.
-Não ligue pro Malfoy, aquele sim é um imbecil, mas o que ele fazia aqui tão cedo.
-Ele fez questão de me explicar. Fleury fez cara de irritação e guardou o sapo no bolso. –Ele é monitor também! Chegou mais cedo para vistoriar a cabine dos monitores para ver se são adequadas, essas foram as palavras dele, mas não deve ter sido só isso.
Lílian estava em choque, à felicidade de ser monitora sumiu.- Não acredito que vou dividir a cabine com ele! –Disse Lílian levando a mão à cabeça.-
-Também estou muito infeliz com a noticia. -Disse um menino alto com vestes meio surradas e cabelos castanhos claro muito bem penteados que vinha em direção as duas.- –Vejo que você também é monitora hem Lílian! Menos mau.
-Oi Lupin! Exclamou Lílian com a surpresa. –que bom que é monitor também, legal vamos trabalhar juntos...Talvez agora segure aqueles seus amigos. –disse Lílian terminando a frase com um tom de azedume na voz-
-Acho que essa foi à intenção do diretor Dumbledore, coitado de mim..Até parece aqueles ali ninguém segura. Disse Lupin rindo e desviou o olhar pra Fleury que fazia cara de desespero. –O que foi Fleury?
-Lílian a olhou de imediato.-
-O GODÔ!! O GODÔ!! Gritava Fleury com o sapo murcho na mão. –ELE.ELE TA MORTO, AI MEU DEUS MATEI MEU SAPINHO!! MEU SAPINHO...MATEI ELE DE FOME.
Lupin a olhou sem saber o que fazer, Lílian pegou o sapo da mão da amiga que agora chorava desesperada, colocou as pontas do dedo no sapo e sentiu o pulsar.
-Calma ele ta vivo! Está apenas desacordado. Disse Lílian entregando o sapo nas mãos da amiga que agora parara de chorar, mas ainda respirava rapidamente.
-O que faço? O que faço Lili? Pobre Godô como fui má não o alimentando.
-Porque não o alimentou? Indagou Lupin que se calou ao ver o olhar significativo de Lílian.
-Já sei! Vou..vou da suplemento à ele, acho que tenho um pouco no meu malão. Disse Fleury já correndo pelo corredor, tropeçando nos tapetes com seus longos cabelos balançando loucamente.
-Sua amiga é meio maluquinha né? Disse Lupin rindo caminhando com Lílian em direção a cabine dos monitores.
-Um pouco! Riu Lílian. – e é também um doce de pessoa e tem um coração muito grande também.
-Estou vendo. Francamente uma garota ter um sapo de estimação é estranho.
-Pro seu bem nunca fale isso na frente dela, ela vira realmente uma fera...Ela é muito feminista sabe, ela achou esse sapo bem no dia que ia comprar o seu bicho, ele estava quase falecido, a sorte do sapo foi ela o ter achado.
-Realmente parece que ela tem um grande coração. Assumiu Lupin
Os dois chegaram até a porta do vagão dos monitores, Lupin a abriu deixando Lílian passar na frente ao entrar Lílian ficou maravilhada com o lugar, era realmente diferente das demais cabines, era todo forrado com um veludo vermelho sangue, a janela era maior e as cortinas eram pretas e aveludadas também, o tapete era de madeira e muito brilhoso, os bancos eram fofos e macios e eram pretos também combinando com as cortinas. Mas o olhar contente de Lílian desapareceu ao ver Malfoy logo adiante sentado ao lado da janela conversava com Rosier também monitor da Sonserina casa na qual os dois pertenciam. Malfoy viu os dois na porta e os mediu dos pés a cabeça com cara de nojo, ele era alto e loiro seu rosto era branco e pontudo e seus olhos azuis.
-Não sei como nomeiam certas pessoas a monitores. Disse ele os fitando ainda.
Os dois ignoraram a provocação e se sentaram o mais distante possível, ao lado de Malfoy Lisa Strul a olhava atentamente com seus olhos castanhos profundos, ela tinha a pele clara, seus cabelos eram cacheados e castanhos, mesmo com o volume do cabelo se via uma pequena pena atrás de sua orelha a menina observava atentamente um bloco de notas em sua mão, Lílian lembrava dela, era da Corvinal ao lado de Lisa um garoto gorducho com a face rosada tentava chamar a atenção da menina, usava óculos de armação preta grossa e as lentes eram como fundos de garrafa fazendo seus olhos ficarem muito pequenos, devia ser da Corvinal também, mas Lílian não se recordou dele, ao lado de Lupin uma garota morena com os cabelos muito lisos e negros conversava alegremente com a outra garota ruiva e sardenta ao seu lado, também não conhecia mas supôs que eram da Lufa Lufa.
-Bem imagino que vocês sejam os monitores da Grifinória. Disse Lisa guardando o bloco no bolso de suas vestes e observando os dois com um olhar astuto.
Lílian e Lupin confirmaram. –E você da Corvinal? Afirmou Lílian
-Sim. Respondeu a menina orgulhosamente
Malfoy virou os olhos, e os fitou por uns segundos, mas voltou a conversa com Rosier.
O trem agora fazia barulho, o motor fora ligado estavam saindo naquele momento da estação King’s Cross , após 1 hora lendo as instruções de um imenso livro e ouvindo o monitor chefe falar ainda mais instruções.
Lupin e Lílian conversavam alegremente com Lisa e o menino gorducho que descobriram se chamar Estor.
-A minha mãe trabalha na edição do Profeta Diário! Disse Lisa mais uma vez muito orgulhosa.
-Uau! Que demais. Disse Uma das meninas da Lufa-Lufa ao ouvir
-Vocês viram a primeira pagina na ultima edição? Disse Lílian olhando todos atentamente.
-Sim sobre o Lord das trevas! Disse Estor meio tremendo
Malfoy desviou o olhar do amigo e ficou atento à conversa.
-Eu acho que é tudo verdade, não são apenas boatos, minha mãe também é da mesma opinião assim como a maioria das pessoas que trabalham pro profeta.
-Esta mais que claro, que é verdade! Como sempre o ministério fica tentando encobrir as coisas. Disse Lupin convicto.
-E esses tais comensais da morte? Indagou Lílian. Malfoy se mexeu um pouco parecendo agora incomodado, mas ainda não tirava os olhos dos outros.
-Outro fato verdadeiro. Disse Lisa muito cheia de si – minha mãe disse que á muitas testemunhas! Tantas que o ministério ta tentando silenciar elas.
-Silenciar? Que absurdo. -Disse Lupin revoltado- Mas, como? Pagando?
-Suponho que sim. Respondeu Lisa
-Então deve ser mentira que não apareceu nenhum registro de ataque a trouxas. Disse Estor erguendo as sobrancelhas grossas pensativo.
-Com certeza. Afirmou Lupin
-Sim, Devem estar tentando encobrir. Disse Lílian.
Lisa olhou pra janela pensativa, puxou sua pena de trás da orelha, enfiou a mão no bolso das vestes, tirou o bloco de notas e começou a escrever rapidamente.
Lílian observou Malfoy e reparou que ele estava quase curvado para ouvir o que diziam, franziu a testa e cutucou Lupin que logo percebeu também.
-Interessado na conversa Malfoy? Disse Lupin derrepente
o garoto quase deu um pulo e olhou com raiva e desgosto para Lupin
-Mas claro que não! Respondeu ele com rispidez – Mas eu tenho um assunto melhor, que tal falarmos sobre aberrações. Disse ele dando ênfase a ultima palavra.
Lupin ficou pálido e nervoso, não respondeu nada ficou calado a partir daí e Malfoy pareceu muito satisfeito, Lílian não entendeu o que ele quis dizer com aberrações, mas agora pensara em Fleury. Franziu a testa preocupada e sentiu um alivio quando um supervisor apareceu na porta e disse que podiam ir para outras cabines se quisessem, Lílian logo se levantou com Lupin se despediram dos demais saindo porta á fora.
-Tchau Lílian. Acho que agora vamos ter muito contato. Até mais! disse Lupin andando apressadamente. Lílian sorriu e acenou com a mão, agora andava olhando cabine por cabine e nada de Fleury, estava começando a ficar preocupada quando uma voz que ela enojava a chamou, se virou e viu malfoy evitando a olhar.
-Severo esta te chamando. Disse a voz fria dele. –Me acompanhe se quiser... e saiu andando rápido
Lílian não teve escolha, mas realmente não entendia como seu amigo podia andar com gente como Malfoy, ao entrar na cabine se deparou com Rosier no canto da janela a medindo, Crabbe se encontrava logo adiante e ao lado dele estava Severo a olhando sorridente, Malfoy passou por ela e se sentou ao lado de Rosier que balançava a cabeça cochichando com o amigo dando pequenas olhadelas na garota, Lílian logo se tocou que estavam falando dela, sua vontade era de sair dali naquele instante, mas pelo amigo resolveu retribuir o sorriso com muito esforço e se sentar ao seu lado.
-Ah Finalmente!..Não nos vimos desde a semana passada, eu disse para que assim que você chegasse na cabine dos monitores Luciu dizer que eu a estava esperando aqui, mas ele esqueceu (severo olhou firme para Malfoy que desviou o olhar) e ai como você está? Disse Snape ainda sorridente.
-Muito bem! Mas nossa meio preocupada com tanta responsabilidade que vou ter a partir de hoje, já chegando lá tenho que ir com Lupin ajudar os alunos dos Primeiros anos. (severo crispou a boca ao ouvir o nome de Lupin) a amiga percebeu. – Nem começa Severo! Reprovou a amiga.
Snape virou os olhos, mas fingiu não ter ouvido. –Mas tenho certeza que você vai tirar tudo de letra, não se preocupe.
-Espero que sim! E você como estão as coisas na sua casa? Perguntou Lílian olhando discretamente para os braços de Severo já procurando a resposta.
-Não, estou sem marcas! Disse Snape levantando as mangas ao ver o olhar da amiga
-Mas que bom! Então ele parou de te bater. Disse Lílian sorridente
-Não é bem assim! É que ele anda meio doente e então esta meio sem forças. Disse Severo rindo maldosamente.
-Você...você não tem nada haver com essa doença não é? Perguntou Lílian preocupada
-Cla..cla..claro que não! Gaguejou Snape ao responder
Estava Claro pra Lílian aquilo era um sim, conhecia o amigo como a palma da mão e sabia do ódio pelo pai e se lembrou de um pequeno juramento que seu amigo fez um dia em sua frente.

~~Flash Back~~

Severo e Lílian caminhavam pelo pequeno parque do bairro, estava frio e a nevoa caia sobre os dois que acabavam de se sentar num gramado embaixo de uma árvore.
-E as coisas na sua casa? Na mesma? Perguntou a pequena menina com o olhar piedoso sobre o garoto de expressão dura que ao ouvir a pergunta estendeu os dois braços e deixou a mostra enormes manchas roxas. A menina abriu a boca de espanto e pegou um dos braços do amigo e ficou a observar analisando.
-Mas isso ta muito feio Sev. Já sei vou lá em casa mamãe tem uma pomada ótima para machucados assim e...
O garoto a interrompeu segurando seu braço. –Não, não precisa Lílian! Disse friamente
-Gelo pelo menos? A menina enfureceu ao ver o garoto balançar a cabeça negativamente. –Francamente Severo não seja tolo.
O menino a olhou assustado e a observou juntar com as pequenas mãos um montinho de neve do chão e passar cuidadosamente sobre seus ferimentos.
-menina teimosa! Disse Snape agora sorrindo
-Aquele..aquele monstro! Desculpe, mas isso que seu pai é Severo. Disse a menina de cabeça baixa ainda analisando e passando mais neve no braço do amigo
-Eu sei! Mas um dia ele me paga, juro pela minha alma que ele paga.
A menina parou e o olhou assustada.
-...E vou fazer ele sofrer aos poucos, vai pagar pelo que faz eu e minha mãe passar, aquele bêbado nojento. Continuou a dizer Severo com ódio na voz e no olhar
-O que pretende fazer? Perguntou Lílian meio aflita.
-nada! Esquece..pensei alto, vamos andando já esta ficando tarde e muito frio.

~~Fim do Flash Back~~~


-Já te falei que não se resolve as coisas assim não é? A vingança não se leva a nada. Disse Lílian com ar de desapontada.
-Mas não fiz nada. Disse Severo ao ver a expressão da amiga.
-Severo não minta pra mim, comigo não funciona é melhor me contar logo o que está aprontando. Disse Lílian firme
Snape abaixou a cabeça. –Eu to dando uma poção pra ele, to misturando nas bebidas dele.




Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.