Uma razão...



The Reason – [HG]


“I'm not a perfect person
There's many things I wish I didn't do
But I continue learning
I never meant to do those things to you
And so, I have to say before I go
That I just want you to know


(Eu não sou uma pessoa perfeita
Tem tantas coisas que eu gostaria de fazer, mas não fiz
Mas eu continuo aprendendo
Eu não pretendia fazer aquelas coisas com você
E então eu tenho que dizer antes de ir
Que eu apenas quero que você saiba)”



“- Me desculpe...” Foi a última coisa que ela ouviu antes Harry Potter finalmente decidir partir, ele parecia magoado, e Gina quase viu um índicio de uma lágrima no seu rosto, mais ele partiu, sem se importar com as que caíram no rosto de Gina, molhando muitas vezes as suas vestes.

Se ela o desculparia? Deu de ombros muitas vezes pensando nessa possibilidade, estava tão magoada tão machucada que não sabia se conseguiria perdoar, se sua dor estava ou não acima desta capacidade. Ela chorou e sangrou de mais, um simples “me desculpe” não seria muito pouco?

Harry lutou, como sempre fazia, sofreu como sempre fazia, se machucou como sempre fazia. Ele sempre soube que era esse o seu papel, e seu trabalho necessário. Mais porque então ele tinha essa aparência tão drepimida? Tão arrependida em seu desgosto? Algo amargurava na garganta de Harry Potter, O eleito menino-que-sobreviveu.

Essa angústia tão interna que lhe atormentava, lhe machucava mais do que qualquer feitiço poderoso. Essa dor, vinha de um remorso, afinal ele mesmo quebrou o coração e o sorriso daquela que foi a única que ele pode e ainda poderá jurar amor eterno. Ele fez brotar lágrimas nos olhos que mais o cativaram, fizera o corpo e a alma da sua única amada destruir-se em tristezas.

Tantas coisas e tempos que ele devira ter aproveitado, tantas delícias e alegrias que ele poderia ter vivido ao lado dela. Tudo substituído por dor, e porque? Pelo medo, pela covardia de amar. Ele talvez por falta de experiência ou mesmo por receio, abandonara a única que lhe proporcionou esse tipo de felicidade, achando que asism poderia protegê-la. Talvez de fato o fizesse, mais tudo salvo seria uma carcaça, porque a alma da pobre ruivinha sempre estaria incompleta e adoecida sem a dele.

“I'm sorry that I hurt you
It's something I must live with everyday
And all the pain I put you through
I wish that I could take it all away
And be the one who catches all your tears
That's why I need you to hear


(Eu sinto muito ter te magoado
É algo que eu devo conviver todos os dias
E toda a dor que eu te fiz passar
Eu gostaria de poder retirá-la completamente
E ser aquele que apanha todas as suas lágrimas
É por isso que eu preciso que você escute).”


Ele voltou... Ela tentava ignorar a reação do seu coração, do seu corpo, ao perceber, ao ouvir isso. Só essa idéia já lhe atormentava, e não sabia o que iria acontecer na hora que visse aquela esmeraldas outra vez, brilhando para ela. Foram meses de mais pura reclusão, um época sombria, escura, onde o mal e a tristeza imperiava. Mais Harry, assim como todos esperavam e confiavam, conseguiu junto com a Ordem por o fim nisso tudo.

Gina negava, mais aquilo que ela mais temia era que Harry não voltasse, apesar de não saber o que faria se voltasse. Seu coração parecia se aquietar um pouco quando ela se lembrava do seu sorriso, dos seus braços quentes lhe envolvendo, do seu beijo apaixonado... A dor da saudade era grande, mais não mais agonizante e destruídora do que a do abandono...

E era assim que a ruivinha Weasley se sentia, abandonada. Como podia continuar amar tanto alguém que lhe virara as costas? Que não dera um notícia sobre sua vida? Talvez Harry nem se lembransse da sua existência! Essa idéia lhe atingiu como um balde de água fria... Mais ela teria que pensar nessa possibilidade. Tinha que pensar em todas, mais nenhuma das que eram “viver sem Harry” lhe agradava.

Eles iam chegar daqui à alguns dias. Harry seu irmão, Hermione e os demais. Gina mesmo que sabia que não era certo (e sua razão lhe alertava para isso), sentia o coração palpitar e estava cada vez mais ansiosa quanto a alguma coisa, ou qualquer coisa. Sempre se desesperava e sorria só com o tocar da campainha, e estava agitada como nunca. Sua mãe estava até um tanto aliviada, porque Gina todo esse tempo mais parecia um sonâmbulo, ou um zumbi do que uma pessoa sóbria ou completamente viva.

Harry estava voltando para o Grimmauld Place, nunca gostou muito daquele lugar, até porque tudo ali o fazia lembrar, de um jeito muito triste, seu padrinho, e ainda era ruim porque ele se lembrava porque tudo ou quase tudo ali Sirius detestava. Mais não importa, depois de tanto sangue derramado nessa guerra, esse cansaço o fazia pensar que estava voltando para casa, e era uma sensação reeconfortante.

Mais a angústia e o pensamento que não lhe abandonou um dia enquanto esteve fora, tinha nome sobrenome e lindos cabelos vermelhos. Harry se quisesse transferia toda a dor e a mágoa que causou para sua ruivinha para seu prórpio peito, nunca se sentira tão péssimo e arrependido com uma decisão. Como fora capaz? Nunca se perdoaria, se alguma coisa a acontecesse, e poderia muito bem ter morrido, a idéia de morrer sem pedir desculpas, a idéia de morrer sem beijá-la e abraça-la mais uma vez era o que mais lhe assustava, mais por Merlin e por ele mesmo, estava vivo.

Harry devia desculpas, explicações. Tinha um grande trabalho, porque afinal para machucar alguém que se ama são necessários poucos segundos, mais para curá-la talvez uma vida toda. Percebera que já estavam perto da próxima parada, haviam pego um trem trouxa, mais Edwiges estava nos pés de Harry dentro de uma gaiola, mesmo que eles chamassem a atenção por isso. Ele pegou um pedaço de pergaminho, escreveu e depois entregou a Edwiges, que voou longe.

Quando a carta chegou nas mãos de Gina, Harry estava muito perto do seu destino, perto demais. Ela começou a tremer ao ver Edwiges ainda longe da sua janela, mais quando a carta estava em suas mãos todo o seu corpo tremia e suas mãos suavam frio, ela desceu até o jardins, e lá abriu a carta e leu:


“I'm not a perfect person
I never meant to do those things to you

Eu não sou uma pessoa perfeita
Eu nunca quis fazer aquelas coisas para você

I've found a reason for me
To change who I used to be
A reason to start over new

Eu encontrei uma razão para mim
Para mudar quem eu costumava ser
Uma razão para começar de novo

I've found a reason to show
A side of me you didn't know
A reason for all that I do

Eu encontrei uma razão para mostrar
Um lado meu que você não conhecia
Uma razão para tudo que eu faço...”


Uma lágrima desceu esquadrinhando seu rosto. Seu coração bateu mais rápido em resposta, seu corpo reagia como se tentasse convencer sua razão de que o certo era perdoá-lo. “Mudar quem eu costumava ser”, Harry estava de fato mudado, ele deixara de ser tão estupidamente egoísta, e cego, tinha amadurecido com tudo. “Eu nunca quis fazer aquelas coisas para você” Ele se desculpara, está nas mãos de Gina decidir se ela aceitaria ou não. “Uma razão para começar de novo, Uma razão para tudo que eu faço...” Uma razão?.

Ela fechara o pergaminho com carinho, ainda com as mãos trêmulas. Ouviu um barulho que vinha da parte da frente da sua casa. Agora suas pernas estavam enfraquecidas apesar de seu coração bater enlouquecidamente. Ela abriu a boca no intuito de chamar por Harry mais a voz não saiu, ela estava extinta, e oclusa em algum ponto obscuro da garganta. Ela ouviu um farfalhar da grama, alguém estava vindo até o jardim, isso acontecia em rápido e curto período de tempo, mais era como se durasse uma eternidade.

Finalmente, a imagem de Harry apareceu, ele ainda estava a alguns metros de Gina, mais para ela tudo ao redor pareceu ter mais cor, mais calor. E ao mesmo tempo tudo era insuficientemente belo se comparado a Harry. Ela sofreu, mais ele se arrependeu, e seria muito pior ficar sem ele, a idéia do perdão agora era quase óbvia para Gina... “Uma razão...” Ele não dissera qual... E quase como se adivinhasse seus pensamentos ele gritou:

- É você Gina! A razão da minha vida... é você! – ele disse, Gina sorria e chorava e corria tudo ao mesmo tempo, sem ter noção de nada disso. Seu coração lhe comandava agora, e ele ordenava a ela que se aproximasse da única alma que era compatível a sua. Gina correu jogou-se aos seus braços, e beijou Harry como se o mundo fosse acabar... Mais para ela, tudo agora não passava de um doce e romântico começo...




Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.