O plano (finalmente)



Capitulo 7 – O plano (finalmente)

Estávamos todos reunidos em uma sala de aula vazia, tinha pergaminhos espalhados pela mesa dos professores, cheios de anotações e estatísticas.
-O plano é o seguinte: eu atraio Malfoy para uma clareira na Floresta Proibida e vocês estarão lá para o atacarem, mas sem matá-lo. Vamos mandá-lo para Azkaban.
Todos concordaram com a cabeça, Hermione continuou a explicar alguns detalhes, mas a minha cabeça estava no perigo disso tudo. E se tudo desse errado, e acontecesse o pior e ela morresse por minha causa, eu não ia me perdoar nunca.
-Hermione. – a chamei em um sussurro, enquanto os outros conversavam sobre esse plano. – Não vai ser perigoso? – talvez eu tivesse deixado transparecer meus temores na minha voz, mas eu só sei que a garota assumiu um ar serio.
-Harry, é um risco que temos que correr. – ela pousou a mão em meu rosto e acariciou-o.
-E se der tudo errado. – disse num tom de suplica, deixando uma lagrima escapar de meus olhos.
-Nada dará errado. – respondeu ela com segurança enxugando minha lagrima. – Voce confia em mim?
-Confiaria a minha vida a você. – e voltei a encará-la.
-Então acredite que tudo dará certo, eu te prometo que nada vai sair errado. – concordei com a cabeça e a abracei demonstrando todo o meu carinho e ternura por aquela garota.
Deixamos a sala um pouco antes do almoço, Luna e Rony desapareceram misteriosamente, Gina não estava com fome e foi descansar um pouco. Eu e Hermione fomos almoçar como parte do nosso plano eu e ela iríamos encenar uma briga daquelas, para que Malfoy não suspeitasse de nada.
-Você é um tremendo idiota sabia?! – Hermione começara a gritar no meio do salão principal.
-E voce é um grande sabe-tudo! – isso não era ensaiado, faríamos o que viesse as nossas mentes na hora.
-Voce não presta Potter.
-Olha quem fala, fingiu ser minha amiga, para me apunhalar pelas costas depois.
-Eu... – ela não tinha mais argumentos, então restou a ultima alternativa, ela avançou em cima de mim e me desferiu um forte tapa, assim como ela fez com o Malfoy no terceiro ano, mas dessa vez foi mais forte. Enquanto todos gritavam, ela me pediu desculpas num sussurro e saiu indo em direção aos dormitórios.
Eu esperei um pouco para segui-la, o tapa que ela me dera foi bem forte, antes de entrar no salão da Grifinória eu dei uma passada rápida no banheiro e estava uma marca vermelha onde Hermione me atingira. “Ela tem força”. Pensei comigo.
Chegando a frente ao retrato disse a senha e ela girou para me admitir lá dentro. Procurei Hermione e ela estava sentada em uma poltrona olhando para fora da janela.
-Voce tem força sabia?! – e involuntariamente coloquei a mão sobre o local onde ela me bateu.
-Desculpa Harry, não era pra ser tão forte assim. – disse a garota em um tom suave e mais calmo, diferente daquele do salão principal. Ela passou a mão pelo lado do meu rosto avermelhado e repousou ali um beijo. – Vai sarar logo.
Eu sorri para ela, eu adorava quando ela fazia coisas que só uma mãe seria capaz de realizar com tanto êxito. Eu me sentei ao seu lado e fiz meus deveres. Já estava de noite quando Rony chegou, ele parecia muito feliz e animado.
-Noite. – disse à Hermione quando fiquei com sono.
-Noite. – ela respondeu, sem tirar os olhos do meu dever inacabado que ela se ofereceu em terminar, porque eu já estava bocejando.
Quando eu subi para o meu dormitório Rony estava sentado na cama dele e exibia um sorriso de ponta a ponta. Me deitei na cama e olhei para a cara de bobo do meu amigo.
-Rony, você vai me contar o que aconteceu ou vai continuar sorrindo pras paredes. – eu disse da minha cama.
-Eu... – as orelhas de Rony estavam vermelhas. – Eu fiz com a Luna!
-Você o que?! – me levantei rapidamente da cama e andei em direção a ele a fim de encará-lo. – É serio?
-Claro, porque você acha que eu voltei só agora e todo feliz. – Rony admirou a noite lá fora, provavelmente pensando na relação que tivera a pouco com Luna.
-E como foi? – eu estava curioso, só isso.
-Muito bom, mas você só vai realmente saber o que é isso quando você experimentar.
-Espero que não demore. – eu já estava nos imaginando na sala Precisa. – Ei, vocês fizeram isso aonde?
-Onde mais, na Sala Precisa. Agora boa noite, eu estou muito cansado. – e o ruivo se deitou na sua cama me deixando ali sozinho com meus pensamentos a mil.
-Noite. – sussurrei em resposta. E me voltei para a minha cama onde me deitei e pensei em como seria isso, eu teria que preparar tudo com o maior cuidado, não queria que esse momento “mágico” não desse certo.
Me virei para o lado e adormeci quase que instantaneamente, meus sonhos foram rodeados de uma Hermione linda, nós estávamos sozinhos na Sala Precisa, os beijos estavam urgentes e apressados e minhas mãos escorregaram para sua blusa, e quando eu ia tira-la. Uma voz me acordou.
-Harry, acorda logo. Já esta quase na hora das aulas, e você perdeu o café da manha. – Rony saia do quarto, mas que droga se não fosse por ele... Enterrei minha cara no travesseiro com a intenção de voltar a sonhar. Mas falhei, e admiti minha derrota. Até isso realmente acontecer eu vou ter que continuar sonhando.
Perder o café da manha não foi bom, eu estava morrendo de fome e atrasado para a minha primeira aula: Poções, ainda bem que o professor não era mais o Snape, e sim o professor Slughorn. Eu sabia que ele me adorava e não ia brigar comigo por eu chegar atrasado.
-Me desculpe pelo atrasado professor. – eu estava ofegante.
-Está desculpado Sr. Potter. Bom como eu ia dizendo a tarefa de hoje será preparar uma poção do amor, quem a fizer corretamente não terá dever de casa.
Eu procurei uma mesa vazia ou a Hermione, mas ela estava fora do meu alcance agora, ela e o Malfoy estavam atracados. Fui então em direção ao Rony, que tentava arrumar o seu caldeirão para começar a tarefa. Como ela conseguia fingir tão bem para o Malfoy? Perguntei pra mim mesmo.
-Harry, como ela consegue fingir tão bem para o Malfoy? – Rony fizera a mesma pergunta que eu me fiz há pouco.
-Não sei, mas por incrível que pareça eu não estou com ciúmes. – era verdade eu não estava sentindo nada sobre a Hermione estar fingindo namorar o Malfoy, porque eu confio nela.
-O livro do príncipe dá alguma dica sobre essa poção do amor? – Rony se esticava todo sobre a mesa para dar uma olhada no meu livro.
-Acho que não, talvez ele não tenha se interessado por essa poção. – não tinha nenhuma anotação nas bordas do livro. – Acho que vamos ter que fazer sozinhos. – conclui.
Rony apenas bufou e se virou para o seu caldeirão a fim de conseguir pelo menos completar a tarefa mesmo que esta não fique excelente. Me aprumei na cadeira e comecei a ler as instruções. Era difícil fazer uma poção do amor, e muito!
No fim da aula poucos alunos tinham terminado suas poções, a de Rony estava exalando um cheiro horrível, a do Simas ficou preta que nem carvão, a minha?!
-Harry, o que temos aqui. – ele deu uma longa olhada no meu caldeirão e cheirou um pouco de seu conteúdo. – Certo como sempre. Só perdeu para a Srta. Granger.
Hermione tentava em vão disfarçar e fingir uma certa modéstia. Ate parece que ela consegue não parecer convencida, ao perceber que todos olhavam para ela, a garota se virou e provavelmente deve ter corado pras paredes.
A sineta tocou e seguimos para mais uma aula. O resto do dia passou muito rápido, quando dei por mim já estava na hora do jantar. Desci para o salão Principal e me enchi de coxas de frango e torta de abóbora. Fiquei muito sonolento e Rony já tinha sumido com Luna, mas eles não estavam na sala Precisa, porque essa noite ela seria só minha e de Hermione.

Querida Hermione,
Encontre-me na sala Precisa exatamente às oito horas do dia de hoje. Temos muito que fazer.

Com amor,
Harry.

Eu cheguei cedo, ainda era quinze para as oito. Esperei dentro da Sala Precisa e não demorou muito até ouvir uma batida na porta. Quando abri a porta me deparei com Hermione que parecia preocupada.
-O que aconteceu Harry? – ela nunca mudava.
-Nada, eu só queria te ver. – e me aproximei dela. – Estava com saudades. – depositei um beijo em seu pescoço e a segurei pela cintura.
Nós estávamos nos beijando intensa e apaixonadamente, mas nesse beijo estava a urgência do passo a mais que eu esperava fazia muito tempo. Acabamos na cama, ela por cima de mim fazendo pressão com seu peso no meu corpo.
Nós estávamos colados um no outro e minhas mãos escorregaram facilmente da sua cintura até o primeiro botão da sua blusa, como a minha primeira experiência com ela não foi lá essas coisas eu me separei e a olhei com profundidade e com um sorriso ela respondeu a minha pergunta.
Então eu fui depositando entre cada botão um beijo em seu pescoço arrancando gemidos da garota, quando cheguei ao ultimo botão ela se encarregou de tirar a blusa e minha camisa, ela se sentou no meu colo e desabotoou os botões e jogou longe a minha roupa.
Ela deitou sobre mim novamente e nos beijamos de novo. Eu já estava pronto, ela só ela dar o sinal verde para mim que eu avançava. Ela se separou de mim e me abraçou.
-Harry, eu estou com medo, é a minha primeira vez. – a sua voz estava tremula e ela falava baixo.
-Calma você esta comigo. Também é a minha primeira vez, e eu sempre quis que fosse com você. – ela parecia mais tranqüila. – Eu te amo.
-Eu também. – e talvez a tranqüilidade da minha voz a fez entender que eu estava pronto.
Ela desceu as mãos para a minha calça e abaixou o zíper, confesso que eu estava ficando nervoso. E com um único movimento me deixou só de cueca. Eu me sentei ainda com ela em meu colo e a beijei. Ela saiu de cima de mim e tirou a própria saia que usava.
Na pressa ela ficou nua e assim como eu havia se prevenido. Não queríamos ter um filho agora.
-Esse é um método trouxa, mas deve adiantar. – e mostrei um preservativo.
-Eu ando tomando aquela poção anti-concepcional também, só por precaução. – ela estava corada, mas ainda sim era linda!
Passada uma hora nós dois estávamos esgotados e Hermione estava deitada sobre o meu peito. Quase dormindo.
-Harry ainda bem que foi com você! – ela falava baixo e demonstrava seu cansaço.
-Eu digo o mesmo, mas agora eu acho que já é hora de voltarmos para o salão comunal. – já era mais de nove e meia, e nós só podíamos ficar ate as nove pelo castelo.
Nos vestimos em silencio cada qual com seu pensamento, sua lembranças dessa noite mágica e eterna. Tentando reter todos os momentos que passamos dentro da Sala Precisa.
Eu havia pegado a minha capa da invisibilidade, para caso nós saíssemos depois do horário permitido. Quando terminamos de nos vestir eu sinalizei para a Hermione que era para ela se juntar a mim debaixo da capa.
Saímos sorrateiramente da sala e fomos em direção à sala comunal da Grifinória. Ao chegar a frente do retrato da mulher gorda despimos a capa e dissemos a senha. A sala comunal estava vazia exceto pelos irmãos Weasley. Rony ao perceber que nós tínhamos chegado largou seus deveres no chão e se virou para mim.
Antes que o ruivo pudesse dizer qualquer coisa eu sinalizei para irmos ao dormitório, lá eu poderia explicar tudo. Seguindo o exemplo do irmão Gina se adiantou em nossa direção.
-Onde é que vocês estavam? – ela tinha uma expressão que lembrava a Sra. Weasley.
Ninguém falou nada a passados alguns minutos nesse silencio, Hermione decidiu que era hora de falar alguma coisa.
-Gina vamos subir. Já esta tarde. – ela se virou para mim e me beijou dando depois um sorriso culpado.
-Noite gente. – e depois as duas subiram para os dormitórios das garotas deixando eu e Rony sozinhos no salão comunal.
Rony olhou para mim como se esperasse que eu dissesse alguma coisa sobre o que aconteceu nessa noite. Vendo o meu silêncio ele mesmo tratou de perguntar e tirar suas próprias conclusões.
-E ai Harry, me conta como foi? – o ruivo estava ansioso para saber da minha versão sobre fazer sexo.
-Foi bom. – as palavras pareciam ter desaparecido da minha boca, eu não sabia explicar o que aconteceu hoje e preferia levar para o tumulo as minhas sensações e sentimentos com relação a isso.
-Só isso? Vai, me diz. A Mione é boa de cama? – como Rony era insensível. Onde já se viu fazer uma pergunta dessas?!
-Eu... – na verdade ela era sim, mas eu não sabia como dizer isso sem ser grosseiro. – Ela é sim, e muito boa por sinal. – como eu pude dizer uma coisa dessas?!
-Pena que eu não aproveitei quando ainda namorava com ela. – disse Rony pensativo.
-Como você pode dizer uma coisa dessas? Bom agora já era ela é minha. – e sorri para o meu amigo.
-Calma não vamos brigar, eu estou muito bem com a Luna. E para caso você esteja com duvida ela é muito boa de cama também. – e o ruivo passou a apreciar a noite lá fora.
Enquanto nós conversávamos lá em baixo, duas garotas trocavam papos lá em cima. Hermione já ficara vermelha antes mesmo de começar a contar o que tinha acontecido.
-Bom tudo começou assim: ele me mandou uma carta dizendo que eu me encontrasse com ele na sala precisa as oito. Então eu fui. Depois que eu cheguei lá, não era nada de mais, e ele só queria me ver. Quando dei por mim nós estávamos nos beijando e aconteceu. – concluiu Hermione que de corada não tinha nada, ela mais parecia um tomate.
-Que inveja amiga. – Gina estava bem pensativa. – Você já sabe como é e eu ainda nada.
-Mas Gina, você ainda tem tempo, e eu sou um ano mais velha... – comentou a morena que já estava sem graça agora estava pior.
-Bom que tal irmos dormir. Afinal amanha tem aula. – e dizendo isso a ruiva saiu do quarto e foi para o seu próprio dormitório.
Hermione estava exausta depois do que aconteceu na Sala Precisa, de tão cansada ela até pensou em faltar no dia seguinte, mas como uma monitora chefe não pode fazer isso ela se conteve em dormir bem essa noite para enfrentar as aulas amanha.
E por falar nisso eu também estava cansado, afinal eu participei dessa historia também. Depois de dar boa noite ao Rony eu deitei na cama e sem me despir adormeci e sonhei, logicamente, com Hermione, ela sempre povoava meus sonhos.
Na manha seguinte eu acordei quase em cima da hora e me troquei correndo para não perder a primeira aula. No caminho esperava encontrar com Hermione, mas provavelmente ela já devia estar chegando à sala agora, mas uma voz me chamando me fez perceber que a noite de ontem foi realmente cansativa não só pra mim quanto para Hermione.
-Harry, me espera. – Hermione vinha correndo, ela estava arrumando a gravata e seus olhos estavam cheios de olheiras.
-Achei que era só eu que tinha me atrasado. – a continuei caminhando com a “minha namorada” ao meu lado.
-Você me cansou ontem sabia?! – a morena pareceu ter lido meus pensamentos.
-Você também não é nada fácil. Mas afinal, você vai ou não vai me contar quando vamos agir com o plano?
-É mesmo, sabe... É que todos esses acontecidos me fizeram esquecer temporariamente do plano. – ela estava um pouco corada e isso a deixava mais linda ainda.
-Bom o quanto antes agirmos melhor não é? – eu queria o quanto antes liquidar o Malfoy.
-Certo, vamos repassar o plano hoje à noite e o atacamos amanha tudo bem?!
Eu apenas concordei com a cabeça e passei a andar mais rápido sem encará-la. “Se tudo desse errado? Não, vai dar tudo certo. Hermione me prometeu que nada sairia errado.” Pensei comigo mesmo.
O dia passou e eu não vi nenhum sinal da Hermione, provavelmente ela devia estar com o Malfoy, pensei com desgosto.
-Se ele fizer alguma coisa com ela... Eu juro que o mato. – pensei em voz alta.
-O que disse? – Rony estava fazendo seus deveres e me ouviu sibilar algumas palavras.
-Nada, Hermione ainda não chegou? – e virei para a porta da sala, onde ela combinou de nos encontrar.
-Ainda não, mas ela já deve estar chegando. – e o ruivo voltou suas atenções para o pergaminho na sua frente.
Passados uns quinze minutos as garotas chegaram, todas juntas e dando aquelas risadinhas que me deixavam alarmado. Típicas risadas que parecem que alguma delas falou algo engraçado sobre nós, os garotos.
-Todos aqui? – Hermione conferia pela sala se todos estavam lá, como se tivessem muitas pessoas. – Então, o plano vocês já conhecem. – e todos concordaram com a cabeça. – Vamos fazer assim: vocês ficam naquela clareira perto do Lago, eu levo o Draco até lá e nós simplesmente o imobilizamos e chamamos os aurores. – novamente todos concordaram com a cabeça.
-E quando vai ser isso? – Rony levantou a mão como se estivesse em uma aula qualquer.
-Amanha. – dessa vez fui eu que falei. – O quanto antes melhor. – respondi para a cara de espanto do ruivo.
-Ta tudo combinado então. O plano vai ser executado às oito horas da noite. – e dizendo isso Hermione sinalizou que todos já poderiam ir.
Todos saíram só sobrando eu e Hermione. Sem mais demora eu andei até ela e a beijei com grande intensidade, talvez esse poderia ser o nosso ultimo beijo. Só nos separamos quando ficamos sem ar.
-Harry, eu te amo. – sussurrou a garota em meu ouvido.
-Eu também. – e a desencostei do meu peito e a fiz me encarar. – Mione, tome cuidado amanha ok?! Eu não me perdoaria nunca se algo acontecesse a você.
-Eu sei me cuidar. – a nas pontas dos pés Hermione se levantou para me beijar.
Ficamos assim por mais meia hora. Quando saímos da sala o castelo estava silencioso e calmo. E a cada passo aumentava em mim uma sensação de alivio e de preocupação.
-Você está tenso amor, o que foi? – “Amor, ela me chamou de amor.” Pensei comigo. – Harry?
-Hã? – eu não tinha prestado a mínima atenção ao que ela me perguntou depois.
-Você parece preocupado.
-Não é nada. – mentir para ela não era bom, mas se e contasse a verdade ela iria achar que eu não confio nela.
-Você não consegue mentir para mim, fala a verdade. – ela parara de andar e me encarava no fundo dos olhos.
-Está bem, eu estou preocupado com você, é isso. – desabafei.
-Vai dar tudo certo. Pra falar a verdade eu também estou com medo. O Malfoy vem dando indícios de que já descobriu que eu não estou mais com o imperius. – ela ainda me encarava e dava pra ver em seus olhos lagrimas querendo sair.
-Pode chorar, não reprima. Você só vai se sentir pior depois. – e automaticamente ela se debulhou em lagrimas, eu fiquei ali parado apenas lhe dando um ombro amigo. Sentia a dor de Hermione juntamente com seu medo de que tudo poderia dar errado.
Acabei por deixar uma lagrima escorrer de meus olhos, não por mim, mas sim por ela. Tantas preocupações e colocando a vida em risco para tentar amenizar o sofrimento da minha.
-Harry, você esta bem? – essa lagrima caiu bem na hora em que ela me soltou.
-Eu só estou com medo de te perder. – a mais uma lagrima escapou e foi enxugada pela mão doce da Hermione.
-Não chore, vai dar tudo certo.
A noite foi inquieta, sonhos e pesadelos povoaram a minha mente e acordei muito cedo no dia seguinte. Aceitando a minha derrota eu desci para o salão comunal para tentar fazer algum dever.
Fiquei ali sentado pensando no dia que me esperava, não vi o tempo passar e quando acordei do transe já estava na hora do café da manha. Fui sozinho para o Salão Principal. Depois de começar a comer Hermione e Rony se juntaram a mim na mesa.
Fomos para a primeira aula e eu não conseguia pensar em mais nada senão na hora em que realizaríamos esse plano. O dia passou e chegou a hora da execução.
-Hermione cuidado. – recomendei e dei um rápido beijo nela enquanto os outros se preparavam.

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