O Velho Testamneto



Harry observava atentamente ao longo da rua. Mais um relapso de atenção e ele estaria propenso a um ataque cardíaco.

-Vamos Harry, pegue aqui sua mala e suas co...- Mas Tonks não terminou a sentença, estatelara-se de cara no chão.- Eu tô legal! Não se preocupem! Sabe, minha mãe sempre dizia que eu tinha uma perna menor que outra.

O show de Tonks animou Harry mais um pouco.Confiante, ele pegou sua mala com Edwiges e subiu nos degraus da soleira da casa que havia se materializado do nada, empurrando as casas vizinhas para o lado.

Ele estranhou o barulho de pessoas rindo e conversando tão alto (dava pra ouvir mesmo do outro lado da porta) no meio do corredor da entrada. Normalmente todos sussurravam no local, por causa do quadro da Sr. Black que berrava e xingava quando a pintura estava acordada.

-Sim, nós conseguimos tirar o quadro de lá - Explicou Lupin.- Aliás, toda a casa foi totalmente “esterilizada” e... Bem... Sabe como é...

-Sim?- Perguntou Harry, desconfiado. Agora ele reparou: todos estavam agindo estranhamente. Meio vagos.

-Sabe como é Potter...- Grunhiu Moody - Não pudemos te contar nada por carta...

Harry estava cada vez mais desconfiado e cada vez mais furioso também. Novidade! Ninguém contava nada pra ele. Estava acostumado!

-Contar o quê?!-exclamou Harry cada vez mais bravo.

-Você verá.-falou Lupin pacientemente - é melhor entrarmos, vai saber de tudo lá dentro.

Incrédulo, Harry passou pela porta, mas empacou no meio.O corredor, antes escuro e mofado, agora estava iluminado com luzes douradas que pareciam vaga-lumes flutuantes pairando sobre a cabeça das pessoas.No chão havia um brilhante piso de madeira, as paredes estavam da cor vermelha bem forte e cobertas com fotos em preto e branco. Olhando atentamente, Harry percebeu que as fotos exibiam os seus amigos e conhecidos: Hermione, Rony, Hagrid, Gina e todos os membros da Ordem. Quase todos acenando para ele.

-Mas o que...

-Agora não, vamos para a cozinha - Apressou-se em dizer, Lupin - Estão todos lá.

O garoto foi em direção á cozinha.No caminho, reparou que todos os tapetes foram retirados e os degraus das escadas modificados.Toda a decoração do lugar mudara, deixando-o habitável e mais agradável também.Entrando na cozinha o seu queixo caiu. O lugar estava igualmente iluminado, não havia mais frias paredes de pedra, elas estavam pintadas de amarelo e havia quadros de frutas espalhados pelo cômodo. No entanto, o que mais o surpreendeu foi uma pessoa desconhecida, mais ou menos de sua idade sentada ao lado de Hermione e Gina, conversando descontraída.Auror ela não podia ser... Mas que seja! Harry queria saber o que estavam escondendo dele até agora.

Todos pararam de conversar de repente e vieram cumprimentar Harry com muitos “Alô” e “Como vai, Harry?”.

-Gente, ‘peraí!- berrou ele.-Antes de qualquer coisa eu quero saber o que está acontecendo!!!

-Só há duas pessoas que podem te explicar tudo - Falou a Sra. Weasley.

-Eu nem sei o que há para ser explicado exatamente!-admirou-se Harry.

-Vá para a sala de estar com Remo... E Lizzie, vá com eles se quiser. Você explicando ajuda um bocado.- Adicionou ela.

-Ok!- falou a desconhecida.

“Sala de estar? Que sala de estar?” Pensou Harry. Isso estava ficando cada vez mais esquisito.

Eles saíram da cozinha e passaram pelo hall da escada. Harry logo avistou uma porta com uma plaqueta escrita “Ninho da Fênix”.

-Entre aqui Harry.- Falou Lupin.

Ele entrou junto com o ex-professor e a menina desconhecida. O recinto parecia a sala comunal da Grifinória, cheia de pufes e uma lareira crepitante, mas isso não desviava a atenção de Harry para o fato de que havia uma coisa muito esquisita nessa história toda, principalmente aquela garota desconhecida. Ela aparentava ser maior que Rony, tinha cabelos cor de cobre lisos e desiguais até o meio das costas, seu nariz era pontiagudo e seus olhos tinham uma cor amarelada com um olhar audaz. Ele achou que ela lembrava uma raposa astuta, mas não terminou a linha de pensamento porque Lupin estava prestes a começar a explicação.

-Sabe Harry, desde a morte de Sirius... – Ele parou de falar como se de repente perdesse o ar -... Há um burburinho sobre quem irá administrar os, digamos, “negócios” da família Black.

-Negócios?- Indagou Harry.

O professor encontrou dificuldades para terminar o relato:

-Hmmm... Como vou te explicar. – Ele pensou por uns instantes e retomou a fala. – A família de Sirius financiava algumas ações dos Comensais da Morte...

- Que tipo de ações? – Interrompeu Harry. – E o que isso tem a ver com o Sirius?

- Tudo a ver, deixe-me explicar. Os Comensais atuam em todo tipo de área, como você sabe Voldemort tem espiões em toda parte, no Ministério e tudo mais. No entanto, para serem discretos e para conseguirem informações sem levantarem suspeitas, eles precisavam usar galeões e mais galeões para tal. – Agora Lupin respirava bem fundo, como se o ar da sala não fosse o suficiente para seus pulmões. – Aí que entra a família Black, o desejo do irmão mais novo de Sirius era ser comensal, mas como sabemos que ele era um total incompetente o Sr. Black ofereceu o financiamento das espionagens de Voldemort em troca de uma “vaga”.

O garoto estava tentando processar toda a informação, mas estava difícil. Seus pensamentos estavam sendo interrompidos a toda hora, pois seus estomago protestava por comida. Assim que tudo fosse explicado iria cair de boca no jantar e aproveitar para tirar satisfações com Rony e Hermione.

- O Sr. E a Sra. Black fizeram um pacto com ele. O pacto dizia que enquanto o sobrenome Black existir, uma generosa quantia de dinheiro seria automaticamente transferida para a conta de cada um dos Comensais mais importantes e esse dinheiro seria usado para as missões. – Lupin parecia desgastado e Harry imaginou se foi por causa da lua cheia ou por causa de toda essa informação. Mesmo assim ele continuou a falar. – Sirius tentou desfazer o feitiço do pacto, mas Dumbledore achou perigoso.

- Então agora que o sobrenome Black não existe mais eles não são mais financiados, certo? – Harry temia a resposta.

- Certo. Dumbledore achou que era difícil eles tentarem retomar o dinheiro, porém agora há mais chances...

-Por que?

-Porque eu apareci. – A voz da desconhecida ressonou forte na sala e prendeu a atenção de todos ali presentes.
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N/A: Se preparem para o fato mais surpreendente do mundo mágico... Será que Harry vai suportar?

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