O Sonho do Arco




Na Rua dos Alfeneiros o silêncio era total, todas as luzes das casas quadradas e idênticas estavam apagadas. A rua estava adormecida até mais tarde, pois era sábado. Mas Harry Potter, um menino de dezesseis anos, mais alto, não tão magricela e extremamente descabelado abriu seus olhos verdes, de repente. O garoto havia sonhado mais uma vez com aquele velho arco do departamento de mistérios, onde Sirius havia...É...Doía até pensar na palavra...Morrido.

Ele havia sonhado com aquele arco muitas vezes naquele verão, desconfiou que fosse mais uma armadilha de Voldemort. Mas não. O sonho não parecia real desta vez, era como um sonho comum: difuso, enigmático e confuso. Toda vez que ele sonhava com o arco as mesmas vozes ecoavam pelo ar, mas era impossível distingüi-las e Harry procurava em vão a voz do padrinho no meio de todos os sussurros penalizados.Após verificar que horas eram (7:14) vestiu-se, olhou-se no espelho e analisou a cicatriz. Nada de mais, fazia um tempo que ela não dava uma formigadinha sequer "Ou ele está muito longe, ou muito fraco”.Pensou Harry, ele gostaria que as duas suposições estivessem certas.

Pela competição de roncos entre tio Valter e Duda, ele supôs que os dois estavam em um sono ferrado. Então Harry desceu as escadas sem fazer barulho até a cozinha, abriu a geladeira e bebeu água direto da jarra, com a gostosa sensação de rebeldia. Não era por que estava preso naquela maldita casa, que ia obedecer a todas as regras idiotas da germofóbica tia Petúnia.Assim que matou a sede ele pôs a jarra de volta, mas quando se virou deu de cara com a própria, encarando-o com uma cara de quem tem bosta embaixo do nariz.

-Moleque desgraçado!-berrou ela, mais assustadora do que um trasgo (e mais feia que um também)-Sai da minha cozinha, idiota!

-Com prazer!!!-retrucou Harry com selvageria.Ele andava muito mal-humorado ultimamente e uma briga daquelas a essa hora da manhã era o que ele menos precisava.

Com pressa subiu as escadas, não mais se importando em fazer barulho. Entrou no quarto e bateu a porta, acordando Edwiges bruscamente.

-Preciso que você leve uma cara a Rony e Hermione imediatamente!-disse Harry ofegante.Mas ele não chegou a completar a ação, pois uma voz rouca falou mansamente:

-Isso não vai ser preciso garoto!-Ele jurou que estava tendo um derrame.

-Calminha Potter, pelo visto você não anda tão vigilante como eu mandei, não é?-o rosto talhado já conhecido encarou-o e o alívio invadiu-o, era Olho-Tonto Moody. O que ele estaria fazendo no quarto dele as sete e meia da manhã?

-Prof...Professor?-o coração dele ainda pulava - O que o senhor está fazendo aqui?
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N/A: Leitores, este foi um capítulo de iniciação bem típico de HP.No próximo capítulo descobriremos como Moody foi parar aí, bem no primeiro capítulo. Bom...É isso aí...Comentem!!!

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