Confusões no vilarejo




Capítulo 2 – Confusões no vilarejo

Gina já tinha tentando de tudo com a amiga, e nada de descobrir de quem Harry gostava, nem qualquer novidade sobre a profecia. Ela então resolveu dormir, depois de se convencer de que a amiga não falaria nada.
Logo pela manhã Dino veio saber o porquê dela não o procurar após o treino, e porque não tinha ido jantar. Ela descontou a raiva que estava sentindo toda no coitado, que não entendeu nada. A única frase que ele compreendera foi “está tudo terminado, foi um erro e eu não gosto de você”. Ele ficou ali parado, de boca aberta, enquanto uma Gina enfurecida subia as escadas do dormitório feminino.
A notícia rapidamente se espalhou pelo castelo, muitas vezes aumentada, até chegar aos ouvidos de Rony e Harry.
Parvatti chegou na mesa da Grifinória de manhã e já destilou o veneno:
- Sabe, Rony, o que aconteceu com sua irmã foi de dar dó, coitada, ela não merecia.
Rony, sem entender nada, perguntou assustado:
- O que aconteceu com Gina? – Harry, até então no seu canto, fingiu não prestar atenção na conversa e continuou a tomar seu café da manhã. No entanto, sua atenção estava toda na conversa
– Ora, você ainda não soube o que Dino fez com ela?
Rony quase gritou:
– Fala logo pelo amor de Merlin o que aconteceu com ela!!!
Pavarati, na maior calma do mundo, bebia seu suco de abóbora, o que demorou alguns segundos, mas se demorasse mais um pouco Harry seria capaz de azará-la ali mesmo.
– Ah, não devia contar, já que ela não te disse, mas como você é o irmão dela tem que saber sim, pra pôr aquele safado do Dino no lugar dele.
Rony já estava vermelho de raiva, Harry nem tentava mais fingir que não era com ele e falou com uma voz grave, que mostrava a raiva que estava sentindo, e fez Pavarati ficar morrendo de medo:
– Pára de enrolar e fala logo o que ele fez pra ela antes que sobre para você, garota!
Ela, mais que rápido, contou o que tinha escutado:
– O Dino namorava Gina há quase 3 anos, e como não rolava nada mais ‘quente’, sabe, ele estava pressionando a Gina a... como se diz... fazer com que o relacionamento ficasse mais adulto
Nessa hora Dino entrava no salão. Harry nem esperou Pavaratti terminar de falar que a Gina terminou com ele por causa disso. O garoto só via sangue na sua frente. Rony estava tão consumido de raiva que não prestou atenção em quem entrou, ou em Harry, que voou ao encontro de Dino. A raiva era tanta que quando ele ia passando pelas mesas os copos estouravam do nada, e uma aura negra estava envolta nele, era uma cena assustadora. O único professor presente no café da manhã era Snape, que estava na mesa dos professores e correu para pegar o garoto, mas Harry chegou em Dino primeiro e deu-lhe um soco que quebrou seu nariz, e outro, e outro, e em menos de um minuto Dino estava estendido no chão, e Harry não parava. Queria matar ele com as próprias mãos. Era ódio puro que ele exalava. Quando Snape chegou, gritou:
– PÁREM AGORA! ESTUPEFAÇA
O raio atingiu Harry, mas sua aura negra bloqueou o feitiço e ele só levantou a cabeça e viu da onde veio. Retirou sua varinha das vestes e a mirou bem no peito do seu odiado professor:
- Sectusempra!
O feitiço acertou em cheio Snape, que foi pego de surpresa e sangrava do canto da testa até a cintura, como se uma espada invisível o tivesse cortado profundamente, tamanha a força com que Harry tinha conjurado o feitiço, deixando o Professor sangrando no chão. Harry apontou a varinha para Dino estirado no chão quando sentiu o salão rodar e o corpo ficar duro. Foi Rony quem estuporou o amigo para que ele não fizesse mais nenhuma besteira. Quando Dumbledore chegou e viu a cena, soltou um suspiro cansado. Ele sabia que mais cedo ou mais tarde Harry iria se descontrolar, mas nunca pensou que seria na frente do colégio todo, e estava pensando num meio de encobri-lo .
Gina ficou sabendo por Pavarati que Harry quebrara a cara do ex-namorado, e quase quis matar o odiado ranhoso quando soube que este se pôs entre ele e Dino. Ela estava confusa. Por quê de tanto ódio, mesmo com o que a Pavarati lhe tinha contado? Harry nunca se mostrou interessado nela para defendê-la assim. Se tivesse sido o Rony quem batesse em Dino e Snape por causa das mentiras que contaram a eles, ela entenderia, mas não. O irmão parou o amigo, tamanha era fúria deste, que tinha até feito magia involuntária, quebrando os vidros das janelas e os copos que estavam nas mesas. Ela ficou pensando por um tempo até que bateu a mão na testa e se lembrou da briga de seu irmão e Harry: “Harry, seu cabeça dura! Eu já te falei, ela é louca por você. Você tem que falar que a ama”.
Ela então pensou que era sou louca por ele e isso não era novidade prá ninguém – Cara, eu e a Mione temos a mesma opinião. Nós temos certeza que ela não vai te deixar, mas vai te odiar se no fim de tudo souber que você gosta dela e nunca deu chance a vocês dois – Eu nunca deixaria ele, mas se no final ele me dissesse que foi pra me proteger que me afastou, eu mesma mataria ele - Ela tem namorado, seu idiota. E outra, ela merece ser feliz. Do meu lado ela vai morrer - eu tinha namorado na época. Ela não cabia em si de felicidade. O Harry, seu Harry, podia gostar dela. Gostar não, amar. Foi o que Rony tinha falado, e ele estava com medo de me pôr em perigo, aquele filho da mãe. Mas se ele realmente gosta de min, quero ver ele conseguir se afastar. Vou deixar ele doidinho, ele não perde por esperar.
Hermione tinha acabado de entrar e perguntou:
– Quem não perde por esperar, Gina?
– Ah, Mione, que susto! Não tinha visto que você estava aqui, eu pensei alto, estava pensando no Snape. Ele tá querendo expulsar o Harry, não está? Mas o Dumbledore não vai deixar, né?
Hermione estava tão aérea que aceitou a desculpa esfarrapada da amiga:
– Claro que não, Gina, mas ele ficou muito decepcionado com o Harry, que não vai sair dessa fácil. Vai cumprir um bom tempo de detenção. Ah... ele foi cortado do time de quadribol, e, de Hogsmade, nem perto vai passar
Gina ficou desapontada, porque o chamaria para ir com ela no próximo passeio e não ia deixá-lo escapar. Estava pensando quando viu a cara da amiga, estava pior que de Luna, parecia estar em outro mundo
– Mione, agora me conta: viu passarinho verde, ou será ruivo ?
Com o comentário a garota ficou mais corada ainda:
– Como Harry não vai poder ir, o Rony meio que me chamou pra ir com ele
Gina caiu na gargalhada e disse:
– O legume do meu irmão te chamou pra um passeio? O que será que aconteceu, você por acaso não deu uma porção do amor pra ele, deu Mi ?
Hermione ficou mais sem graça ainda e indignada com o comentário da amiga e retrucou:
– Gina, você sabe muito bem que eu nunca faria isso, e ele não me chamou pra um encontro eu disse que ele meio que me convidou, e contou como aconteceu .

Flash-back
Hermione estava corrigindo a tarefa de poções de Rony, esperando Harry voltar da detenção do dia. Eles já sabiam que ele ficaria de detenção até o fim do ano letivo e não participaria dos passeios e do time de quadribol. Quando viu, Rony estava ao seu lado pensativo. Ela achou que ele estava até criando coragem pra fazer alguma coisa, mas quando ela ia perguntar ele disse:
– Sabe, o Harry não vai amanhã no passeio para Hogsmade, então... eu estava pensando... se você vai?
Ela o conhecia muito bem, mas aquele olhar... ela não conseguiu entender o que ele queria, e simplesmente disse:
- Acho que sim
Ele pareceu aliviado com a resposta e disse, meio que depressa:
- Sevocêvaieuvoujuntocomvocêestábem ?
Ela até então não tinha percebido que ele estava criando coragem para convidá-la para ir com ele a Hogsmade, e Hermione nunca ficou tão vermelha. Se alguém passasse ali pesaria que era Gina com vergonha de algo, se esse não reparasse que ela não era ruiva. Ela sentiu suas bochechas queimarem e percebeu que deveria estar corada como nunca ficou, e respondeu se levantando e indo para o dormitório quase que correndo:
– Claro
Foi a única coisa que conseguiu disser antes de quase sair correndo de lá.

Fim do Flash-back

Gina gargalhava da cara da amiga e disse:
Não sei quem é o mais lento, você ou se o meu irmão.
Mione não falou nada, apenas entrou no banheiro para tomar seu banho, deixando uma Gina rindo a se acabar da cara dela.
Na manhã seguinte Gina não conseguiu falar com Harry, ela ainda nem tinha se encontrado com ele e pensou que ele talvez a estivesse evitando, não tinha outra explicação. Harry estava com Rony e Mione no jardim do castelo, e ela foi lá se despedir de Rony e Hermione na esperança de encontrar Harry, mas quando chegou, os dois estavam falando sobre o sumiço repentino do amigo. Eles o ficaram esperando voltar, mas nada desse aparecer para dar um alô. Quando a última carruagem que ia para o passeio estava de saída, Rony e Mione subiram nela e foram preocupados com o amigo, que desde cedo ninguém tinha notícias.
Gina estava voltando para o castelo atrás de Harry quando viu de relance um pedaço da perna de uma pessoa, que logo ficou invisível. Ela na hora pensou em Harry, ele estaria com sua capa de invisibilidade. Lembrou-se que Rony tinha contado para ela da passagem da casa dos gritos e seguiu para lá, quando se deparou com pegadas na neve. Ela deu um sorriso e continuou chegando perto do salgueiro lutador, que estava diferente do normal, estava paralisado. Ela nem pensou duas vezes, correu para a entrada no pé da árvore. Depois de uns 20 minutos estava em frente a uma porta quando escutou a voz dele:
– Professor Lupin, é você? Eu recebi sua carta e só conseguir vir agora.
Mas quem estava lá não era Lupin, e sim Bellatrix. Gina escutou a maldição cruciatus sendo lançada por uma voz de mulher, e Harry gritando de dor. Ela abriu a porta com a varinha levantada e foi chegando de mansinho, quando viu Bellatrix rindo como uma louca, e Harry no chão. Sua varinha tinha rolado para os pés da comensal, que parou de rir e disse:
– Garoto idiota, você veio direto para a minha armadilha. O Lorde vai ficar muito feliz com o presente que vou levar para ele. É uma pena ele querer matá-lo pessoalmente.
Gina mirou bem nas costas da comensal e gritou com muita raiva:
– Estupefaça!
Bellatrix caiu desacordada com o feitiço. Ela correu até Harry, que estava caído sem forças no chão de madeira, e o ajudou a se levantar. Abraçou-o ainda tremendo de raiva daquela mulher:
– Harry, você está bem ?
- Harry respondeu com uma voz fraca:
– Agora estou, graças a você.
Mesmo naquela situação, não pode esconder o sorriso de felicidade com o abraço dela, mas se levantou pegando sua varinha e amarrou a comensal com um feitiço e disse:
- Vamos chamar alguém para prender essa aí
Os dois deixaram Bellatrix no chão desacordada e amarrada e foram para o vilarejo atrás de algum professor.

Hermione e Rony foram do castelo até o vilarejo calados. Eles não sabiam quem estava mais sem graça. Como estavam na última carruagem, todos já tinha ido na frente, deixando-os sozinhos. Rony passou o caminho todo pensando em como iria se declarar a ela sem que começassem uma briga, ou pior, sem que ela o considerasse apenas um amigo e acabasse com a amizade deles. Ele nem percebeu quando chegaram, e foi só então que se deu conta que ainda não havia falado com ela Sentiu um ódio profundo de si mesmo por isso. Ótimo começo, ele pensou, e disse:
- Hum, Mione, estava pensando em irmos ao Três Vassouras, o que você acha?
Ela apenas concordou com a cabeça. Estava com os pensamentos a mil. Também estava pensando o porquê dele estar tão calado. Ela sabia que ele estava pensativo; será que ele gostava dela também? Que outra razão ele teria para ficar assim com ela, oras, eles eram amigos de longa data.
Chegando ao Três Vassouras, sentaram em uma mesa no canto. Rony pediu duas cervejas amanteigadas, e quando tomou o primeiro gole reuniu toda a coragem que possuía e disse:
- Mione eu tenho uma coisa pra te falar, eu te peço que não me interrompa até eu terminar, porque não sei se terei coragem de falar de novo, certo?
Ela concordou com a cabeça – Mione, nos somos amigos há muito tempo, e eu nunca gostaria de perde sua amizade. Isso eu te falo do fundo do meu coração. Mas eu também não posso mais...
No meio da frase ouviram um barulho de gente gritando e correndo nas ruas pedindo por socorro. Rony ficou revoltado por ter sido interrompido, mas saiu junto com Hermione para ajudar .
Chegando lá, viram inúmeros dementadores e comensais, e os professores e alguns moradores estavam lutando contra eles. Conjuraram seus patronos: um leão de Rony e um golfinho de Hermione e correram com alguns dementadores, mas eles eram muitos e os amigos já estavam ficando fracos. Rony não estava conseguindo ficar mais em pé quando viu um comensal lançar um feitiço roxo em Hermione. Ele então, com suas últimas forças, pulou na frente do feitiço, caindo desacordado no chão. Quando Hermione viu o que ele fizera ficou em choque, e depois de quase um minuto correu ao encontro dele e o arrastou de volta aos Três Vassouras.

Harry e Gina, chegando no vilarejo, viram que os professores lutavam com vários dementadores e alguns comensais. Harry, vendo que a batalha estava difícil para o lado deles disse a Gina:
– Você fica aqui e eu vou ajudá-los com os dementadores.
Gina não aceitou e disse:
– Você está muito fraco, não vai conseguir ajudar, só vai atrapalhar.
- Mas ele não a escutou, já estava indo para batalha e ela em seu encalço. Quando ele alcançou os professores e os moradores, sentiu-se fraco com a presença dos dementadores e pensou que Gina estava certa. Ele não seria de muita serventia ali. Quando ia voltar, deu de cara com ela. Eles estavam cercados e muitos dos que combatiam os dementadores estavam desacordados. Pelo esforço ele não poderia correr, mas também não poderia deixar eles chegarem perto dela. Lembrando-se do último jogo de quadribol, ele disse com uma voz fraca:
- Expecto Patronum
Mas apenas um fio de luz prateada saiu de sua varinha. Ele tentou novamente e nada. Foi quando ele não tinha mais esperanças de conseguir sair dali que ela o abraçou e disse em seu ouvido:
- Você vai conseguir, eu confio em você.
Com aquele abraço e aquelas palavras, ele não precisava pensa em mais nada. Disse agora com uma voz firme:
- Expecto Patronum
Um enorme cervo saiu de sua varinha e correu com todos os dementadores que estavam ali.

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