Capítulo VIII



A expectativa aumentava entre os hóspedes da Casa dos Gritos com a mesma proporção com que a claridade ganhava o dia. E junto dessa expectativa, crescia também o silêncio entre eles.

Todos os presentes já haviam vivido pelo menos uma guerra e sabiam que a aproximação da batalha deixava a todos tensos, de tal modo que Hermione não estranhou a frieza com que Rony a tratou naquele dia, apesar de notar que os olhos do noivo estavam mais opacos que de costume.

Eles saíram da Casa antes do meio-dia e procuraram uma trilha na floresta que os levaria até a única clareira onde Bellatrix poderia realizar o ritual. Seria o ponto exato no qual a luz da Lua Cheia, que se levantaria logo mais, atingiria o solo de Hogwarts.

Precisariam chegar ao local antes dos comensais, pois qualquer barulho após a chegada deles chamaria atenção e colocaria o plano em risco.

Armaram um acampamento improvisado, longe o bastante para se camuflarem entre as folhagens espalhadas pela floresta e aguardaram.

Hermione tentou se aproximar de Rony várias vezes durante o dia, mas ao menor gesto em direção ao noivo, ele levantava sob o pretexto de rememorar o plano. Não conversou com Harry, Gina ou qualquer outro ali presente.

E a mulher de cabelos fartos e castanhos sentiu que parte de sua força começava a sumir. Não contar com a mão de Rony entrelaçando seus dedos antes da batalha, como ele sempre fez em todas as vezes que enfrentaram o mal juntos, minava sua vontade de lutar.

Sem que ela notasse, outra coisa acontecia ali perto. Malfoy observava os olhares furtivos que ela lançava para o ruivo. Observava com raiva. Dela, por ainda querer ao goleiro mais do que a ele, mesmo depois da noite que passaram juntos e do momento de confissão na Casa dos Gritos. Dele, por ignorá-la com uma frieza tão grande, capaz até de congelar o aroma que ele lembrava desprender da pele dela.

Agora Malfoy tinha certeza de que o que a fazia florescer e frutificar com aquele perfume perturbador era aquele maldito Weasley. E ele parecia não dar a mínima para isso. Parecia não dar a importância que ela merecia.

Assim como Draco, Hermione e Rony, cada um ali pensava em suas vidas e se lamentava de que a paz tivesse durado tão pouco. Gui pensava em Fleur e no pequeno Louis, seu filho de dois anos que ainda não sabia o que significava uma guerra. Charlie lembrava da mãe e dos irmãos que não foram lutar, além da nova adestradora de dragões que ele havia acabado de conhecer na Romênia. Arthur também pensava na família, nos amigos e nos poucos anos de paz que teve a oportunidade de viver.

O céu ganhou um tom alaranjado intenso, indicando que o sol se punha em algum lugar além da Floresta. Em poucos instantes, o laranja escureceu, assumindo um tom que lembrava uma imensa bacia de sangue no firmamento. Talvez um presságio do que fosse acontecer em seguida.

A Lua Cheia, que já havia subido no céu, começava a brilhar e iluminar a todos com uma luz etérea, quase espectral. Em pouco menos de duas horas o eclipse aconteceria. Era hora de procurar a clareira. Tonks foi quem lembrou a todos que deveriam ir, e logo o grupo formava uma fila, que seguia em silêncio.

Não foi difícil localizar o ponto escolhido. Harry conhecia aquele lugar quase tão bem quanto Hagrid e em poucos minutos eles já estavam escondidos atrás das árvores, observando a movimentação dos 13 comensais restantes.

Bellatrix comandava tudo. Ordenava como cada um deveria fazer e onde depositar os objetos. A capa preta que ela trajava havia sido bordada com fios prateados que formavam uma velha inscrição rúnica.

Hermione forçou os olhos para enxergar e traduzir o que estava escrito ali, e sentiu um arrepio lhe correr o corpo quando entendeu que se tratava de palavras de invocação.

- É um ritual satânico – murmurou receosa atrás de Harry e Rony.

Os dois a olharam, espantados. E nem a mágoa que Rony sentia o fez perder a curiosidade e o medo diante daquelas palavras.

- Tem certeza? – perguntou Arthur, que também estava por perto.

- Tenho – respondeu convicta – É muito pior do que imaginávamos. O ritual vai abrir um portal não apenas de comunicação com o mundo dos mortos em si, mas uma comunicação direta com o inferno. Se a gente falhar, não só Voldemort irá retornar, como também todas as legiões de demônios e bestas voltarão a habitar a Terra.

- O que a gente precisa fazer para conseguir? – perguntou Bill, aproximando-se mais do grupo.

- Ela precisa fazer a primeira invocação – explicou Hermione – O ritual só inicia quando o Guardião é chamado. Ele deve sair do espelho e cobrar o tributo, em sangue, dos treze comensais.

- E se ela não entregar o sangue dos treze? – perguntou Malfoy tendo uma idéia.

- O Guardião não aceita o pagamento. É preciso sangue de treze, o número maldito.

- Então, se impedirmos um dos comensais de doar o sangue, o ritual não vai acontecer – concluiu o loiro.

- Sim. É uma possibilidade. Mas se não tivermos sucesso, vai ser preciso mais que feitiços para detê-los.

- O que você quer dizer com isso? – perguntou Gina, alarmada.

- O Guardião é um demônio, ele impõe medo a quem quer que seja. Apenas aquele que não teme a morte pode escapar de um demônio. Se você lançar qualquer feitiço que seja e estiver sob o efeito do medo que ele emana, não vai obter sucesso, apenas conseguirá alimentá-lo e deixá-lo mais forte.

- Ouçam – disse Harry fazendo um gesto para que todos se calassem.

Bellatrix estava de pé diante do espelho deitado sobre o chão, murmurando um encantamento. Depois de pronunciar as palavras de evocação, começou a chamar pelo Guardião:

- É a ti que eu invoco senhor dos portais dos infernos e das terras sórdidas. É a ti que eu me prostro em sinal de obediência e admiração. É a teus feitos e teu poder que eu recorro para alcançar meu objetivo. É com a alma repleta de ódio e maldade que me ajoelho diante de ti e ofereço o pagamento justo pelo teu precioso e amargo auxílio.

A comensal levantou a barra da capa e ajoelhou, encostando, em seguida, a testa na moldura do espelho. Os outros doze comensais, que formavam um semicírculo, acompanharam a líder no gesto e se ajoelharam.

As cabeças baixas não atentavam para o grupo que se aproximava sorrateiro por entre as árvores.

Harry e seus companheiros tiveram que segurar um grito assustado quando o espelho brilhou, lançando para o alto um clarão vermelho, e de dentro dele subiu uma criatura com feições humanas.

O Guardião tinha a altura igual à de Hagrid, mas seus músculos eram definidos e não havia pele sobre eles. Os olhos pretos, sem pupila, os dentes afiados e amarelados, os sete chifres pontudos enfileirados sobre a cabeça também sem pele e sem cabelo.

Vestia apenas um saião de couro negro batido, botas altas enfeitadas com pregos, pulsos cobertos por braceletes de ferro e trazia nas mãos uma espada que parecia ser feita de fumaça negra.

Olhou os presentes com desdém, e falou numa voz rouca e grave, sem precisar abrir a boca:

- Vejo a maldição corroendo tua alma, mortal. És bem vinda à minha presença e tem a minha atenção.

Bellatrix, ainda ajoelhada, encarou o demônio e explicou o motivo do ritual.

- Hoje é o dia da Lua Negra, e uma antiga profecia avisou da possibilidade de trazer o meu senhor de volta do inferno quando esse dia chegasse.

- Sim, a profecia existe e pode ser cumprida hoje. Mas eu só permitirei a saída dele se receber um pagamento em troca.

- Estamos dispostos a pagar o preço que for.

- Eu exijo o sangue de 13 mortais.

- Que assim seja – declarou Bellatrix.

A comensal tomou a Taça de Merlim que estava sobre o espelho e, com um pequeno punhal, cortou a palma da mão esquerda, despejando o líquido quente e viscoso que escorria da ferida.

O olhar do demônio brilhou com uma fome e um desejo quase animal, como se há muito ele não visse sangue fresco..

A líder dos comensais andou de um em um, cortando-lhes alguma parte do corpo e recolhendo o sangue pacientemente. Ainda tinha tempo. A lua tinha apenas começado a escurecer.

A um sinal de Hermione, Harry lançou o feitiço no último comensal do semicírculo, petrificando-lhe o corpo e o sangue.

Quando Bellatrix se dirigiu a ele, o comensal não respondeu, ela tentou cortar-lhe a mão, mas a pele rija a impediu.

O demônio se impacientou vendo o olhar doente e desesperado da mulher e bradou sua espada no ar, emanando frio e medo, enquanto sentenciava:

- Sem o valor total do pagamento, não há passagem.

Ela tentou mais uma vez cortar a pele do homem que agora estava de borco no chão e vendo que não conseguia, puxou a varinha para tentar desfazer o feitiço, dando ordens aos outros para revistassem as imediações.

- Alguém nos descobriu. Vamos, achem quem quer que seja e tragam para mim.

Ela andava descontrolada de um lado para o outro, enquanto o demônio a instigava a conseguir a 13ª parte de sangue logo, pois se o sangue não fosse fresco ele não aceitaria.

Um clarão cortou a floresta e um dos comensais foi arremessado longe, caindo com as costas no espelho que, assim como explicou Hermione, não se partiu.

Bellatrix o chutou, irritada, e, pegando a lança com mão ferida, molhou a ponta no sangue da taça e traçou símbolos mágicos no espelho. Era melhor adiantar o ritual, enquanto os outros inúteis, que só serviram para doar seu sangue para a causa maior, lutavam com quer que fosse.

Entre raios e explosões, gritos de dor e feitiços berrados às pressas, ela continuou o ritual:

- Dizem que não Amas, que o Teu Reino é de morte, que por onde Passas tudo se torna dor e vício, que Envenenas os dias e as noites, mas eu vejo-Te na Tua Glória, na Tua Luz Alta, com as Tuas Asas de Lume que abraçam o mundo, com a Tua Coroa Esmeraldina que incendeia a Lua e os astros.

“Brindarei ao teu sangue, pois tu és Aquele Que A Noite Guarda. Brindarei ao teu sangue, pois tu és Pai e Mãe. Brindarei ao teu sangue, pois tu és o Veneno Negro. Em ti não terei frio, não terei falta, não conhecerei a ignorância e a fome dos homens e serei liberta da miséria e da morte.”

A escuridão avançava e engolia a luz da Lua. Apenas uma fresta brilhava sobre o espelho. Quando o eclipse estivesse completo, Bellatrix só teria 10 minutos para completar o ritual.

Com algum esforço, ela tornou a colocar o espelho de pé enquanto a clareira era invadida por Hermione, Rony, Draco e Harry. Gina ficou para trás duelando com dois comensais, mas os alcançou em seguida. Os comensais avançaram também, e transformaram a clareira num campo de batalha.

O demônio olhava a tudo com indiferença. Aquelas batalhas não significavam nada para ele, acostumado a guerras mais sangrentas entre os trouxas ou mesmo em outros mundos.

Bellatrix abandonou o ritual e entrou na briga. Sabia ser a mais poderosa ali e no auge de sua arrogância, imaginou ser capaz de derrotar sozinha aquele “bando de imundos”.

Sacou sua varinha e começou a lançar sua série de feitiços preferidos. Seu primeiro alvo foi Arthur Weasley e só não o matou de dor porque Gina a atingiu com uma azaração perfeita.

Sem ver de onde veio o feitiço e notar que a Lua já estava de todo coberta, ela ficou ainda mais irritada. Partiu com tudo para cima do primeiro que viu em sua frente, agarrando-o com força e puxando o punhal para cortar o pescoço de sua vítima.

O grito de Hermione cortou a floresta antes que a faca de Bellatrix realizasse seu intento. Rony estava preso pelos braços finos, porém fortes, da comensal mais leal a Voldemort.

A ponta do punhal fincava a garganta do rapaz e um filete de sangue já começava a escorrer.

Hermione olhava a cena apavorada e ia, sem notar exatamente o que estava fazendo, tirando do caminho quem quer tentasse impedi-la de se aproximar de Bellatrix e seu refém.

Rony não reagia. A varinha estava caída ao chão e, estranhamente, havia uma expressão quase contente em sua face. Lançou a Hermione um olhar apaixonado que deixou a morena ainda mais desesperada.

Ela tentou lançar o feitiço paralisante mais forte que conhecia em Bellatrix, mas além de estar nervosa demais para fazer jus ao título de melhor pontaria em feitiços do curso de aurores, a mulher de cabelos negros e sorriso macabro já havia recuperado suas forças, minadas em anos e anos em Azkaban.

Num movimento rápido, desviou do feitiço, usando Rony de escudo. O ruivo gemeu e caiu desacordado. O peso do corpo inerte foi demais para Bellatrix e ela o deixou desabar no chão. Hermione entrou em choque e não sabia o que fazer.

Seria ela responsável pela morte do próprio noivo?

- Obrigada mocinha – comentou com cinismo a comensal – Isso vai facilitar o meu serviço.

Ela ajoelhou colocando a taça próxima à cabeça do rapaz e já se preparava para cortar-lhe uma veia do pescoço, quando a voz arrastada de Draco sobressaiu entre a confusão.

- Que coisa feia, Tia Bella. Usar o sangue de um qualquer, um traidorzinho do sangue para um ritual desse porte? Não creio que o Lorde ficará feliz ao saber à custa de quê ele voltou a vida.

Os olhos de Bellatrix saíram lentamente do pescoço do ruivo e foram para a cara de zombaria do sobrinho. Draco a encarava erguendo uma das sobrancelhas, uma das mãos segurando a varinha abaixada e a outra dentro do bolso da calça.

- Você tem razão, meu sobrinho – respondeu a mulher deixando a cabeça de Rony pender novamente no solo. – Seria mais interessante se ele retornasse só com sangue puro, assim como o seu.

Ela pulou sobre ele, com o punhal já na direção de qualquer parte vital que pudesse extrair o máximo de sangue possível. Draco desviou como pôde, mas a lâmina afiada atingiu seu braço.

Com um feitiço ligeiro, Bellatrix conjurou a taça e colheu o sangue do rapaz, que em vão tentava estancar o machucado. Com o sangue de 13 pessoas na Taça de Merlim, Bellatrix correu para o Guardião.

Só precisava que ele bebesse o conteúdo da taça para que o portal fosse aberto, e com mais uma última frase, a alma de Voldemort sairia do inferno e reinaria novamente, usando o corpo dela como morada. Ela seria a Senhora que o Mundo bruxo ia temer e respeitar.

O guardião já virava o líquido viscoso pelos lábios, deixando escorrer uma gota ou outra, que eram rapidamente absorvidas pela carne de seu queixo. A comensal olhava, fascinada, o modo como aquele demônio se aprazia com o pagamento dado em troca da abertura do portal.

Agora faltavam minutos para tudo estar perdido.

Harry anda tentou lançar um feitiço na criatura ou mesmo na comensal, mas foi bloqueado. Gina estava caída, com um corte na testa e os outros, Arthur, Bill e Charlie ainda combatiam com o que restava dos comensais.

Draco levantou com alguma dificuldade. O braço machucado não conseguia reter a varinha e ele abandonou-a. Olhou para a tia e para o demônio se saciando graças ao sangue dele. A frente deles, o Espelho de Ojesed esperava, impassível, que o mal fosse feito.

Seu reflexo, apesar da escuridão, ainda podia ser divisado e logo a imagem da noite que passou com Hermione se formou. E depois dela, o beijo na praça da realeza, as mãos dadas num passeio a tarde, o abraço depois de um dia de trabalho e tudo o que ele insistia em esconder de si mesmo, de sua própria consciência, apareceu como numa avalanche.

Agora entendia porque Hermione disse que seria difícil destruir um item tão valioso, que era capaz de lhe proporcionar aquilo que mais desejava. Pelo menos ali, no Espelho, Hermione era dele, e não havia nenhum Weasley ou comensal que pudesse estar entre eles.

O Guardião virava a taça acima da boca e a última gota de sangue balançava incerta na beira da taça, oscilando entre cair ou não.

- Draco! – gritou Hermione ainda com a cabeça do noivo apoiada no colo, enquanto tentava reanima-lo. – O espelho!

O loiro olhou do demônio para a auror e vendo-a ali, temerosa pela vida do ruivo, encheu-se de indignação e raiva de si mesmo e de seus desejos. Ela havia falado que um Malfoy sempre conseguia o que queria. Mas daquela vez seria diferente, e o que ele queria, e o espelho lhe mostrava, seria não só impossível como desumano.

Para ficar com Hermione precisaria tirar o Weasley do caminho e isso ele não estava disposto a fazer. Não depois de ver a dor nos olhos dela quando o viu refém de Bellatrix.

A gota decidiu abandonar a taça e pingou diretamente na língua do demônio no mesmo instante em que Draco retirou a adaga de prata do bolso da calça e correu para o Espelho, atingindo-o com a ponta da arma.

Não foi preciso um golpe muito forte para que uma pequena trinca se fizesse visível e começasse a se alastrar pelo objeto. O demônio, que precisava daquilo para voltar, urrou enfurecido e mergulhou no reflexo, antes que nada mais existisse e ele ficasse preso à Terra.

Bellatrix enlouqueceu vendo a chance de trazer seu mestre de volta e recuperar o reinado de horror ao lado dele ser destruída. Aproveitando-se de que o loiro estava desarmado, partiu para cima dele, conjurando o primeiro feitiço que lhe passou pela cabeça:

- Sectumsempra!

Draco gritou com o corte feito em seu rosto, mas mesmo com o sangue pingando por todo lado, continuou golpeando o Espelho, para ter certeza de que havia destruído a única chance de Voldemort retornar.

Bellatrix se preparava para conjurar outro feitiço, quando foi atingida por uma Maldição Cruciatus.

Hermione havia saído de perto do noivo e agora torturava a comensal com um ódio que jamais havia sentido antes. Primeiro ela atacara Rony e depois atingira Malfoy covardemente.

Quando a bruxa arfou, deixando uma lágrima lhe escorrer pelo rosto, Hermione suspendeu o feitiço. Encarou a mulher com desprezo, mas foi logo surpreendida com o mesmo feitiço que havia cortado o rosto de Draco.

Seu peito ardeu com o ferimento, mas ela não se intimidou. Avançou ainda mais, travando um duelo perigoso, de vida ou morte, com a comensal mais perigosa de todos os tempos.

Os outros tentavam entrar na briga, mas eram facilmente desarmados pela seguidora de Voldemort. Apenas Tonks conseguiu algum resultado, dando tempo para Hermione limpar o sangue que teimava em escorrer pelos seus olhos, fruto de um machucado bem grande na testa.

Quando desarmou a sobrinha, Bellatrix notou que Hermione estava de cabeça baixa, puxando um pedaço da capa para secar os cortes. Sorriu vitoriosa e atingiu a jovem auror com um Crucio. Hermione se contorceu, com um grito aterrador e caiu desmaiada.

A comensal se aproximou da moça e ergueu a varinha, pronunciando a Maldição da Morte. Mas não teve tempo para terminar o feitiço. Muitos jatos, cada um de uma cor, a atingiram no peito.

- Sectumsempra!

- Expelliarmus!

- Estupefaça!

- Crucius!

- Lacarnum Inflamarae!

Bellatrix caiu a quase cinco metros de distância tamanha a força dos feitiços que a acertaram. E o silêncio voltou a habitar a Floresta proibida, enquanto Tonks, Harry e Arthur socorriam Hermione, Charlie puxava Draco de cima dos cacos do espelho, com os quais ele havia se cortado ainda mais, e Bill reanimava Rony e Gina.

Enquanto Hermione e Draco eram levados para o St. Mungus por Arthur e Harry, os demais ficaram na Floresta para prender o que havia restado dos comensais e remover dali os restos do espelho e de Bellatrix, cujo corpo foi incendiado pelo feitiço de Arthur.

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