Declarações
Eu to acabada, eu não consigo acreditar, é horrível, monstruoso, horripilante, esmagador, eu, Hermione Jane Granger não consegui pensar em nada, nada, nadinha.
Nada que me vem a cabeça é uma idéia decente de como poder ajudar o Harry e a Sam a se firmarem, já se passou um mês desde aquela tarde de pura humilhação e as idéias ainda não me encontraram, ou eu que não encontrei as idéias? Ah, que seja , está havendo grande desencontro e ponto final, o fim de do outono ta começando a incomodar, e....será que é isso? Tem que ser isso, o frio congelou as minha idéias, alguém ai tem um fósforo, preciso dar um jeito nisso.
Ta certo que congelou meus neurônios, mas os dos dois morreram faz séculos, como não se tocam que um ta caidinho pelo outro? Ai Merlin clareie a minha cabeça para que eu possa clarear deles.
Um mês faz muita diferença na vida de todos, em um mês Harry e Sam viraram o terror da Umbridge, sempre que tinham chance aprontavam alguma com ela, seja para atrapalhar a aula ou fazer ela ficar nervosa.
Não importava quantas detenções eles levavam, mais eles ficavam piores, Dumbledore achava que ela deveria resolver isso sozinha, pra desespero de Dolores, ela já estava pensando em interferência do ministro.
Não só Dolores sofria com a nova face de Harry e Sam, Snape também não ficava atrás, a cada dia as aulas do morcegão ficavam mais bagunçadas pelos dois, nisso Dumbledore viu-se obrigado a interferir, chamou ambos para conversar e mostrar que aquilo estava errado e que se não mudassem ele teria que tomar alguma medida drástica.
Após a conversa eles melhoram um pouco, mas duas semanas depois agiam do mesmo jeito. Já estavam conhecidos na escola como baderneiros ou heróis por alguns poucos.
- Mais uma linda manhã de aula, hoje temos Snape e Umbridge. – Disse Harry enquanto levantava-se da mesa da Grifinória, após um reforçado café da manhã.
- Exatamente Potter, o que faremos hoje? – Perguntou Sam sorrindo.
- Não sei Madison, na hora improvisamos. – Harry agora ria abertamente.
- Vocês não têm concerto mesmo. – Hermione ralhou com eles.
- Qual é Mione, relaxa, que graça tem a vida se não podemos tirar uma com o Snape e a Umbridge? – Brincou Harry.
- To avisando, essa Umbridge não e flor que se cheire e quanto a Snape, Dumbledore vai acabar dando um serio castigo aos dois. – Hermione olhava feio para eles.
- Ele não pode fazer nada mais que dar uma detenção ate o nosso 7° ano em Hogwarts, nada de mais. – Retrucou Sam.
- Vai pensando assim que vocês vão acabar se ferrando de verdade. – Disse Mione ainda seria.
- Duvido muito, o tio Dumby só ta irritado, e nos ainda nem explodimos nada – disse Harry sorrindo.
- Sabe que você acabou de me dar uma idéia meu caro Potter? – Sorriu Sam.
- Opa! Explodir algo e uma boa idéia cara Madison. – Harry sorria de forma travessa.
- Ai meu Merlin, ponha juízo na cabeça desses dois antes que eles ponham Hogwarts abaixo. – Mione juntou as mãos de forma a parecer que estava rezando.
- Será que vocês podem explodir o Malfoy, seria realmente um feito heróico – Rony disse tímido.
- RONALD WEASLEY! – Berrou Hermione.
- Eu e minha boca. – Reclamou o pobre Weasley.
- Não da idéia que eles podem segui-la. – Ralhou Mione.
- Olha aqui Hermione Granger – falou Sam apontando para a cara da garota – somos pivetes bagunceiros, não assassinos.
- Mas você tem que concordar que a idéia foi boa – Harry riu.
- Realmente, a idéia foi excelente, agora só precisamos saber como excuta-la. – Sam sorriu.
- Sinto cheiro de plano no ar. – Harry fez cara de quem sentia um agradável perfume.
- Merlin por favor, escute as minhas preces, mande alguém que ponha esses dois na linha. – Hermione ainda parecia rezar.
- Eu não entendo pra que tanto desespero minha cara Mione, estamos apenas nos divertindo, você deveria fazer isso também sabe? – propôs Samantha enquanto seguia em direção a sala de aula.
- Mas eu me divirto sim senhora, ler livros é maravilhoso e... – olhou para a dupla de amigos, mas percebeu que eles não prestavam mais atençao nelas, já discutindo entre si qual seria sua nova pegadinha. Irritou-se imediatamente, a tempos não conseguia nem mesmo tentar controlar aqueles dois, preparou-se para berrar o que pretendia falar antes mas nessa hora um grande grupo de segunistas atrasados passou entre eles fazendo barulho, evitando qualquer tipo de contato entre eles, Harry e Sam não podia mais ouvi-la e ela não podia mais ouvi-los o que se tornou frustrante, naquela momento, aprisionando qualquer tipo de pensamento civilizado, a única coisa que Hermione queria era trancar todos aqueles pirralhos num grande armário e deixa-los lá ate que eles aprendessem a não atrapalhar a conversa dos outros e depois...perae? Grande Armário? Por algum motivo uma idéia brilhando estava surgindo na cabeça de Hermione, ela olhou de relance pra uma das poucas partes visíveis dos amigos perdidos no meio daquela multidão e deu um sorriso maroto que assustaria a qualquer um...Hermione Granger finalmente pensara em seu plano, e logo, logo o estaria ponto em pratica.
- Você acha? – perguntou Sam a Harry enquanto seguiam pra mais umas das aulas planejando mais um de seus planos malignos – mas isso machucaria muito o Malfoy, não podemos fazer nada que nos prejudique.
- É, tem razão, isso seria muito ruim pra gente, temos q mudar os planos, mas o q vamos fazer? – falou Harry passando por uma porta trancada.
- Ei ainda não sei e ...- mas antes que Samantha pudesse completar a frase um feitiço a atingiu em cheio fazendo a voar batendo na porta que abriu com o impacto e ‘aterrissar’ no chão da sala.
- SAM! –gritou Harry assustado, puxou a varinha e apontou pra lugar nenhum, procurando o autor do feitiço – Sam, você está bem? – perguntou Harry olhando de canto de olho pra onde a menina tentava se levantar.
- Harry, cuidado! – mas já foi tarde demais, um feitiço saiu do nada atingindo Harry e fazendo voa para junto de Sam naquela sala vazia.
- Ai, ai, ai, ai...- gemeu Harry alisando a barriga e tentando se levantar, foi ai que viu, uma sombra andava devagar na direção deles, mas não chegou a entrar, simplesmente parou em frente a porta e a fechou.
- Mas o que... – começou Sam, mas quando ouviu um ‘click’ conhecido de uma tranca se fechando correu em direção a porta e tentou abri-la, trancada. – alorromora -nada - EI, ABRE, ABRE ESSA PORTA AGORA! – mas quem quer que tivesse feito isso parecia não estar disposto a obedecer, e Harry pode ouvir os passos da pessoas indo embora por trás do barulho dos socos que Samantha dava na porta.
- Não tem jeito Sam, estamos trancados – Harry concluiu o obvio.
- Porque... – Sam perguntou tristonha enquanto deslizava ate o chão.
- Parece que alguém nos pregou uma peça, mas porque apenas nos trancar numa sala vazia.
- Nos matar de fome? – tentou Sam, o olhar desacreditado de Harry em sua direção mostrou o que ele pensava sobre sua opinião – é, tem razão, o Malfoy não seria tão burro!
- Malfoy?
- Quem mais seria Harry? Quem é a única pessoa que nos odeia tanto assim?
- Mas também tem o Umbridge e o Snape. – pensou Harry.
- Eles podiam simplesmente nos aplicar uma detenção, não faz sentido nos prender numa sala.
- É, tem razão.
Depois disso, o silencio reinou, ninguém se atrevia a falar nada, cada um muito perdido em seus devaneios.Ficaram assim, ate que Samantha levantou num pulo olhando em todos os cantos.
- Deve ter uma janela por aqui... – Harry a ouviu sussurrar.
- Atrás de mim – ele disse apontando com o dedão – eu também já pensei nisso, não tem como sairmos voando, a janela é pequena demais –um rápido olhar pra direção que Harry apontava foi o suficiente pra confirmar o que ele disse, dava pra passar tranqüilo uma vassoura por ali, mas a mesma nunca conseguiria sair carregando duas pessoas, a janela era estreita demais pra isso – quem quer que tenha feito isso, ele pensou em tudo.
- Droga – xingou Sam sentando-se ao lado de Harry. O garotou tirou a mochila das costas e começou a fuçar lá dentro, enquanto procurava algo calmamente.
- Não é hora pra fazer dever de casa Harry, temos que arranjar um jeito de sair daqui – esbravejou Sam.
- E enquanto não fazemos isso...toma! – falou ele enquanto jogava algo em sua direção, Sam agarrou agilmente o que quer que fosse e olhou pro pequeno pacote em suas mãos assustada.
- Sapos de chocolate?
- Esta obvio que vamos ficar presos aqui por um bom tempo, não podemos morrer de fome aqui – Sam olhou impressionada como o menino permanecia calmo mesmo numa hora dessas e sorriu, seria bom que pelo menos um deles ainda mantesse sua sanidade ali – acho que tenho uma garrafinha de água comigo também, sempre ando com uma pra me hidratar no intervalo das aulas, mas essa vamos ter que racionar, não sabemos por quanto tempo vamos ficar presos aqui.
- Obrigado, Harry – falou ela enquanto comia um dos sapos de chocolate.
- Nada.
Novamente o silencio, o único barulho ali era o do atrito dos dentes com o chocolate .
- Guarde uns pra mais tarde, temos poucos e vamos precisar nos alimentar de novo.
- Ta. – então, antes que pudesse se controlar, Samantha se viu encostando a cabeça no ombro de Harry. O menino se surpreendeu com isso.
- Sam?
- Deixe-me ficar assim...por um tempo – a voz da garota saiu falha e rouca, como se tivesse medo de falar, ou como se chorasse. Harry hesitou por um tempo, mas logo sua mão começou a fazer um carinho no topo da cabeça da menina.
- Tem um lado bom em tudo isso não é? – ela perguntou com a voz ainda rouca – podemos ficar juntos, como antigamente.
- Como assim?
- Ah, você sabe – disse ela levantando a cabeça e enxugando as lagrimas – juntos como ficávamos nas férias, na Mansão dos Black, podíamos passar horas sozinhos, escondidos na biblioteca, lendo um bom livro, rindo de nossas piadas, confidenciando nossos pensamentos mais íntimos, ou apenas ficando ao lado um do outro, num silencio confortável...
- Bons tempos....
- Quando viemos pra cá eu pensei que nada mudaria, que poderíamos fazer as mesmas coisas, dessa vez ainda melhores, poderíamos explorar o castelo no meio da noite, andando de mãos dadas como costumávamos fazer, mas não foi isso que aconteceu, mal toquei o pé no castelo e estava soterrada de deveres atrasados, o Ron e a Mione não desgrudam da gente e quase todo tempo livre que você tem é ocupado com o quadribol, alem de garotas é claro, você sempre parece ter tempo para elas. Eu sinto sua falta Harry.
- Sam...eu também, muita – o menino confessou abraçando forte a companheira de brincadeiras.
- É por isso que é bom estar aqui hoje com você –ela continuou – assim, tão perto, poder sentir seu cheiro e o calor que emana de você, eu me sinto segura em seus braços, mesmo que saiba que isso é errado, porque depois de um tempo minha saudade começou a dar lugar pra outra coisa, ciúmes, ciúmes das garotas que podiam ficar em seus braços, braços que antes eram meus, e que agora estão aqui de volta, ao meu redor...
- Sam...
- Não me interrompa Harry, me deixe continuar antes que eu sufoque com isso, como eu disse antes, quando chegamos no castelo muita coisa mudou, principalmente em torno de mim mesma, de meus sentimentos, isso já vinha das férias, mas agora eu percebia que estava mais forte, mais intenso, eu percebia como parava algumas vezes, apenas pra te admirar, me deslumbrar com o brilho que saia dos seus olhos, e muitas vezes quando eu me via longe de você eu pensava ‘deixa ele, o Harry não vive em minha função, ele também pode se divertir sozinho’, mas eu sentia o ciúmes me corroendo por dentro, era terrível, eu queria me livrar daquilo, mas parecia impossível, e quando eu via alguém te olhando demais eu me aproximava, como se precisasse mostrar que você era meu, era idiotice, eu pensava, mas era o que eu fazia. Quando eu parei pra pensar sobre isso eu alto deduzi que era carinho de fã que agora tinha seu ídolo perto demais e tinha medo de se afastar, eu já tinha lido tudo sobre você e te adorava antes mesmo de te conhecer, e quando conheci apenas descobri que você era muito melhor do que eu imaginava, era carinho de fã, tinha de ser, mas era intenso demais, e depois de um tempo eu descobri, era amor, puro e devastador, todo amor que eu sentia por você! É errado eu sei, mas eu não posso evitar e hoje, aqui com você eu entendi que precisava lhe contar.
- Seria errado se você mantesse isso dentro de você – falou Harry depois de um tempo, atraindo a atenção de Samantha, que permanecia de cabeça baixa desde que acabara de falar – e seria errado se eu não correspondesse.
- Tá tudo bem Harry, não precisa se forçar a nada.
- Não estou me forçando a nada, não estaria falando nada se não quisesse fazê-lo, não sou assim, só estou feliz porque me disse todas essas coisas porque cada palavra foi como um balde de água fria que me acordou depois de meses de dormência, eu ouvi cada coisa que você me disse e fui percebendo que sentia o mesmo, que entendia e correspondia, eu também queria te proteger, eu também sentia ciúmes e o melhor, eu também te amava, eu odiava cada olhar que mandavam para você e no expresso eu adorei quando você disse ‘meus amigos e Harry’, porque de alguma maneira eu não queria ser só seu amigo, eu queria ser mais, muito mais, eu não entendia porque ficava com vontade de voar a sua janela durante os treinos de quadribol, que saudade doentia era aquela, porque eu perseguia o pomo com tanta determinação como se fosse você que estivesse fugindo de mim e como eu me sentia culpado ao beijar outra garota e porque eram em você que eu pensava,eu queria lhe segurar pela cintura, lhe beijar e erguer a cabeça orgulhoso e apontar pra você e dizer ‘essa é minha namorada’, não te mostrando como uma medalha, um troféu, mas como minha própria luz, como minha própria luta, minha própria vida. É por você que eu daria tudo sem pensar duas vezes e ainda faria sorrindo, eu nunca entendi direito o que era esse sentimento, mas ouvindo você falar assim tão abertamente eu compreendo agora, era amor, o tempo todo, e só agora eu sei como fui um burro ao não perceber isso antes.
Samantha sorriu em meio as lagrimas e aquele foi seu sorriso mais doce, meigo, satisfeito e brilhante que Harry já tinha visto, ainda agachado se aproximou de Sam e envolveu seu rosto com as mãos, seu coração batia forte e sua mãos suavam, como se todo seu corpo chamasse por aquele menina, beijou primeiro sua testa, depois seus olhos e foi seguindo o rastro que as lagrimas deixaram até as bochechas e quando finalmente não conseguiu mais agüentar, fez o que queria desde que se descobriu apaixonado por ela, beijou seus lábios.
N/A: SAIIIIIIIIIIIIIUUUUUUUUUUUUUUUUUU, uhu, finalmente hein? foi mo trabalhao pra escrever esse cap e no final saiu tao pequenininho, mas eu tava loka pra postar logo uns dos capitulos mais importantes da historia, quando Harry e Sam finalmente ficam juntos *saltitando de felicidade*, bjinhos bjinhos e bye bye
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