Prólogo



Mares Revoltos - Prólogo






Era uma noite fria, apesar disso, o céu estava límpido e as estrelas brilhavam fortemente ao redor da imensa lua cheia que se estendia ao alto. Uma bela mansão, localizada perto do principal porto da Inglaterra, era banhada pelo luar. Poucos cômodos estavam sendo iluminados. Em um deles, dois homens conversavam. O mais velho andava pelo cômodo, enquanto o outro, mais novo, estava sentado numa poltrona.

-Eu já disse que vou! –Afirmou um homem com cabelos negros e olhos azuis. Sirius Black, um dos comandantes da Marinha Inglesa. Vestia uma roupa digna de seu posto, e prendia o cabelo comprido em um rabo de cavalo baixo.

–Você não pode ir até lá! –Um jovem disse, quase gritando. Este também possuía cabelos negros, mas ao contrário do outro, seus cabelos eram curtos e espetados. Era Harry Potter, que possuía olhos intensamente verdes, herdados de sua mãe, pele branca não muito marcada pelo sol e vestes simples, mas bonitas. - Isso é loucura, Sirius!

-Não pra mim Harry. Eu sei o que estou fazendo e com quem estou lidando. Eu vou invadir as Águas Piratas, quer você queira ou não. –Sirius disse firmemente, e Harry o olhou inconformado. –Eu gostaria que você me apoiasse.

-Isso é suicídio, padrinho! Como você quer que eu te apóie? –O mais novo disse, angustiado. –Você é minha única família, e eu não quero perder você também. –O garoto disse desanimado, e o adulto sorriu tristemente, parando de andar.

-Você ainda tem o seu avô. Ele não vai com a minha cara, mas que poderá te ajudar se acontecer algo comigo. –O adulto disse, e então sorriu marotamente. –Mas daqui a dois anos, quando você completar 21, você também vai formar a sua própria família. Você teve sorte em conseguir uma noiva tão linda quanto a Fleur. –Harry fez uma careta.

-Ela é bonita, mas irritante! “Arrrrrry querrrrido, eu pedi gerrrrânios, não rrrrosas!” - Sacudiu vigorosamente a cabeça. –Ela é fútil demais pro meu gosto.

Sirius gargalhou, sua risada parecida com latido de cachorro ecoou pela sala.

-Mas dá pra viver com isso. –Sirius fez uma careta. - Mas se ela fosse gorda e fedida seria bem pior.

-Bem, talvez, mas... –Parou e piscou os olhos. –Você está desviando do assunto! Eu detesto quando você faz isso Sirius! -O mais velho sorriu.

-Você também detesta quando eu faço coisas que você não aprova garoto, mas nem por isso eu deixo de fazer. –Sirius ficou sério. –Eu preciso ir, Harry. Se eu for, vou provar que não é impossível vencer os piratas. Será melhor para todos.

-Será melhor apenas pro rei e para os burgueses, Sirius. E você não é um burguês, tampouco gosta do rei. E o que você está fazendo só beneficiará a eles, mesmo que você saia vitorioso dessa batalha.

-Os motivos que me guiam não são esses, Harry. Não me interesso somente no dinheiro que minha vitória poderá acarretar. –Sirius disse, com um sorriso melancólico, e um olhar triste e misterioso.

-Então me fale a razão dessa sua decisão maluca! –Harry disse, irritado.

-Não ainda. Quando eu voltar, eu lhe direi tudo o que sei. Se eu contar agora, você vai insistir até que eu deixe você vir comigo, mas se não souber ainda, ficará aqui mesmo a contragosto. Seus pais me matariam se eu deixasse você ir comigo, garoto. –Harry franziu a testa.

-Você sempre fala dos meus pais quando o assunto é grave. –Harry suspirou. –Tudo bem, eu não tentarei ir. Mas isso não quer dizer que aprovo essa loucura.

-É isso aí, garoto! –Sirius disse sorrindo, dando tapinhas no ombro de Harry. –Obedeça ao seu padrinho como um cãozinho!

-Vá se danar!




Pouco depois do almoço, Harry andava de um lado para outro, num quarto bem pequeno, decorado com tons laranja. Um jovem, aparentando a mesma idade de Harry, ruivo e uma cabeça mais alto que o primeiro, estava sentado numa cama. Vestido com roupas surradas, Ronald Weasley, ou Ron, era o melhor amigo do jovem Potter, e tinha sardas no rosto, além dos olhos azuis.

-Harry, dá pra ficar parado? –O ruivo reclamou. –Você já está me deixando tonto!

Harry parou de andar, e se sentou na cama do amigo.

-Eu não consigo parar de pensar que Sirius é um maluco, e que está se metendo no ninho das cobras. –Disse o moreno, apreensivo. –Cada vez que penso nisso, sinto uma sensação ruim. Ele já foi há dois dias, e até agora nós não temos notícia alguma! –Ron deu tapinhas solidários no ombro do amigo.

-Só o que você pode fazer agora é esperar. Logo alguém chega com notícias. –Foram ouvidas três batidas foram ouvidas na porta. –Bem, eu espero que seja alguma agora. –Ron se levantou e abriu a porta. –O que foi mãe?

A Senhora Weasley, uma mulher rechonchuda e tão ruiva quanto o filho, entrou no quarto. Torcia o avental nas mãos, e parecia bastante nervosa.

-São notícias do Sirius. Eu vim aqui avisar Harry. –O moreno levantou a cabeça rapidamente, e se ergueu em pé.

-Diga senhora Weasley, quais são as notícias? –Ele disse rápido e agitado.

-Oh, meu querido. Não são boas notícias, mas acho que no momento eu sou a pessoa mais indicada para te contar. –Ela respirou fundo, segurando as lágrimas. –O navio se Sirius, Bella Dama, foi encontrado hoje de manhã por pescadores. Remus está desaparecido. Sirius e quase todo o resto da tripulação estão, bem, mortos. Eu sinto muito, querido.

-Sirius está... Morto? –Harry perguntou, como se não tivesse entendido o que Molly havia dito. Ela afirmou com a cabeça e, em prantos, saiu do quarto. Ele sentiu sua cabeça rodar, processando a informação, e então a realidade caiu como um raio na sua cabeça. –Ele não pode... Ele disse que não ia... Sirius. SIRIUS! NÃAAAO!

Harry caiu de joelhos no chão, chorando com as mãos no rosto. Ron apertou o ombro de Harry com uma mão, enquanto com a outra tentava não deixar as lágrimas caírem. Por ser muito próximo de Harry, ele conheceu Sirius, e gostava imensamente dele.

-Eu sinto muito, Harry. Eu sei também o que é perder um parente nas mãos de piratas, embora eu fosse muito novo pra lembrar. –O ruivo fungou alto. –Mas não deixe a sua vida acabar com isso, ‘tá? Sirius não iria gostar disso.

O moreno parou aos poucos de chorar. Ficou alguns minutos de cabeça baixa.

-Você tem razão. Sirius não ia gostar disso. –Levantou a cabeça, e com um brilho de ódio no olhar, disse. –Eu vou me vingar, Ron! O maldito que matou o meu padrinho vai pagar caro por ter arrancado o que me restava de família.

Ron sentiu sua nuca arrepiar.




N/A - Olá! Depois de ler algumas fanfics, resolvi fazer uma também. É sobre piratas, mas não pretendo copiar Piratas do Caribe, qualquer livro ou fanfic. A história saiu da minha cabeça, e parte da cabeça de uma amiga. Ela meio que desistiu da fic, então pretendo continuar mesmo sozinha. Minha irmã vai me ajudar com algumas coisas, e tenho uma outra amiga pra betar. Não vou desistir da fic, mesmo estando sem inspiração. Pretendo continuar até o fim. E sim, eu ovu encher um bocado o saco de vocês, leitores, pedindo reviews. Vou tentar responder todas, okey? Não sei quando sai o primeiro capítulo, mas talvez demore uma semana ou duas. Agradeço a todos que têm paciência de ler isso. Até mais!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.