O Funeral



Cápitulo 4 – O funeral

Harry como havia prometido, foi com Hermione ao enterro dos avós dela, Ginny também foi, porque obrigou a morena a levar. A ruivinha era uma ótima amiga, nunca deixaria sua amiga sozinha numa hora dessas... Hermione havia pegado um vestido preto que nunca tinha usado, apesar de te-lo comprado há muito tempo.

A morena foi até perto dos caixões dos seus avós e começou a sussurrar baixinho e a chorar.

-Nunca vou esquecer vocês... Nunca... Espero que estejam em um lugar melhor agora... Sentirei falta de vocês... Adeus – sussurrou ela, enquanto Harry e Ginny vieram ao seu encontro como se quisessem a consolar, mas nada mudaria o fato de seus avós estarem mortos.

Meia hora depois, o enterro aconteceu e Hermione quis assistir toda a cerimônia, mas não agüentou até o fim pois tinha desmaiado. Ela não quis levar a cadeira de rodas até o enterro, sabia que conseguiria agüentar o peso de suas pernas, mas Harry a ficou segurando todo o tempo. Então a morena foi levada para casa, onde Harry a levou até a sua cama e a ficou admirando pó um tempo, alisando seus cabelos cacheados, sorrindo.

“Ela é tão linda... Imagina ela com um vestido de noiva,vindo para o altar e... Hei, para de pensar nisso! Não sou só eu que estou pensando nisso, você também está! Eu? Claro que não... Não se finja de inocente...”. Aquela voz chata na cabeça de Harry, começara a atormentar ele de novo.

Saiu do quarto dela, em direção a sala e viu Draco e Ginny, então resolveu sair de fininho e deixar os dois sozinhos.

-Ginny... – começou Draco a olhando.

-Sim...?

-Preciso te contar uma coisa...

-Fala...

Draco não usou palavras e sim apenas um gesto: a beijou, mas não um beijo qualquer... Um beijo cheio de amor, ternura e carinho. Ginny só imaginava isso em seus mais belos sonhos, mas não pensava que era tão bom na realidade.

-Mas... Como? – perguntou ela confusa.

-Eu te amo, Ginny, sempre te amei desde Hogwarts – antes que ela perguntasse alguma coisa, se apressou em continuar – Naquele tempo, eu obedecia meu pai, pensando que pertencer ao outro lado era melhor... Mas eu me enganei! E agora posso te contar isso, sem medo Ginny... Mas vou entender se você não me amar...

-Você está maluco! É claro que eu gosto! – disse ela se jogando em seus braços e o beijando novamente.

Um casal da casa já estava junto... Só faltava mais um, ou... Quem sabe, mais de um?

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Hermione estava tendo o mesmo sonho esquisito de antes: a caverna mal-iluminada e a pedra brilhante, mas o que seria tudo aquilo?

A pedra brilhante brilhava mais e mais e estava indo em sua direção. A pegou em suas mãos, fascinada com tamanho brilho, então como em um clique, foi jogada para longe e só viu um vulto de capa do outro lado rindo. Acordou de seu sonho, respirando com dificuldade.

Isso já estava ficando estranho... O mesmo sonho duas vezes?

Levantou de sua cama e andou até a porta, o que os médicos disseram que ela ainda não podia fazer por causa da fraqueza, não estava conseguindo se sustentar em pé. Ela não sabia como, mas Harry apareceu na porta, como se sentisse que ela precisava de ajuda.

-Hermione! O que você está fazendo em pé? – perguntou ele a ajudando a apoiar-se.

-É que eu não queria ficar aqui no quarto, sozinha... – respondeu ela o olhando.

-Venha, vou te levar até a sala, você precisa tomar sua poção – disse ele a levando até a sala.

Draco e Ginny ainda estavam lá, mas só conversando... E quando viram Hermione se apoiando em Harry ficaram preocupados.

-O que aconteceu Harry? – perguntou Draco o ajudando a colocá-la no sofá.

-Eu estava entrando no quarto dela e a vi de pé, quase caindo... – respondeu ele olhando Hermione preocupado – Vou pegar a poção para ela. – se levantando e indo até a cozinha.

Hermione estava com uma das mãos na cabeça, não olhando para ninguém. Tudo estava rodando tão rápido... O que estava acontecendo com ela?

Harry voltou correndo para a sala com a poção nas mãos e sentando do lado da morena.

-Beba, Mi – disse ele levantando sua cabeça e a ajudando a segurar o copo.

-Eu sabia, não foi uma boa idéia leva-la no enterro! – disse Ron aparecendo na sala e ficando frente a frente com Hermione.

-Você está bem, amor? – perguntou ele a olhando preocupado.

-Estou... – disse ela acabando de beber a poção, não muito alegre com esse “amor” que o Ron falou.

Sirius entrou no apartamento muito sério e vendo que todos estavam ao redor de Hermione, logo perguntou:

-Ela está bem?

-Está, só foi uma leve fraqueza... – respondeu Draco.

-Que bom... Preciso falar uma coisa muito séria com vocês, vou chamar os outros...

Sirius foi chamar Luna e Tonks e as duas fora até a sala e sentaram-se no sofá. Todos estavam muito curiosos com que Sirius ia falar afinal ele tinha entrando em casa muito sério...

-Teremos que viajar para uma missão, todos nós... – começou ele os olhando.

-Do que você está falando, Sirius? – perguntou Tonks confusa.

-Vou explicar para vocês: o Ministério da Magia comprovou que aqueles exploradores que sumiram e o assassinato dos avós de Hermione têm ligação mágica... E acham que Voldemort está atrás disso...

-Mas por quê? – perguntou Draco.

-Por que ele está atrás do cristal... – disse Sirius parecendo pensar nisso.

-Que cristal? – perguntou Hermione, agora lembrando de seu sonho.

-Um cristal tão poderoso que decidirá o futuro do mundo bruxo, se cair em mãos erradas, estaremos perdidos... –disse ele, tomando fôlego e continuando – Dos exploradores que sumiram, apenas um conseguiu voltar e relatar o que tinha acontecido na caverna. O mundo trouxa rio dele... Mas nós sabemos que pode ser verdade, não é um ataque de loucura... Procurei em livros antigos de bruxaria e vi que realmente existe isso que ele relatou e é um cristal: ele fica guardado em uma caverna antiga, foi guardado lá por antigos sábios que não sabiam onde mais guarda-lo do mal... Então o colocaram nessa caverna e construíram muitos obstáculos para ninguém o achar... Mas Voldemort está interessado nele e fará de tudo para pega-lo, e nós fomos qualificados para ir até essa caverna e impedir Voldemort de consegui-lo.

-Não será arriscado demais? – perguntou Cho, com medo.

-Não posso lhes assegurar que não será... Pois será, talvez alguns de nós nem voltem vivos, mas é um risco que teremos que correr se queremos salvar o mundo bruxo... Quem está comigo? – perguntou ele estendendo a mão.

-Eu estou – disse Hermione colocando sua mão na dele, enquanto todos a olhavam espantados, ela ainda nem tinha se recuperado e já estava querendo ir para a batalha? - Não me consideraria uma boa bruxa se não participasse disso...

Harry foi o segundo a por a mão ali, depois Ginny, Ron, Draco, Luna, Tonks e por último Cho.

-A nossa amizade é o que vai nos unir nessa última batalha... – disse Hermione sorrindo, vendo todos sorrirem.

-Quando partiremos, Sirius? – perguntou Tonks.

-Daqui a um mês, até menos, tudo vai depender do Ministro...

-Já que vai demorar tanto, podíamos fazer um baile não acham? – perguntou Luna sorrindo.

-Boa idéia! – concordou Ginny e Tonks ao mesmo tempo.

-Mas e a Hermione? Ela não vai poder dançar... – disse Ron.

-Só daqui a uma semana eu poderei andar...

-Então faremos o baile daqui a uma semana! – disse Ginny sorrindo – Para você poder dançar bastante!

Todos riram o comentário de Ginny, ela levantava o astral de todo mundo naquela casa. Como já era tarde, todo mundo foi dormir, menos Cho e Hermione que ficaram na sala.

-Querida, você está tão pálida! Vou fazer um chá de ervas para você... – disse Cho se levantando.

-Não, não precisa eu estou bem... – disse Hermione a segurando pelo braço.

-Não aceito um não como resposta! – disse ela indo até a cozinha, impedindo a morena de fazer alguma coisa.

Chegando à cozinha, Cho pegou o chá de ervas e misturou com um remédio para dormir com alta dose. Sorriu maleficamente e voltou para a sala com a xícara nas mãos.

-Aqui está, querida... – disse Cho entregando à ela a xícara – Beba tudinho...

-Obrigada Cho... – disse Hermione achando muito estranho essa gentileza dela.

Bebeu tudo e Cho foi até a cozinha lavar a xícara, para não deixar nenhum vestigio de remédio.

Do nada, Hermione começa a sentir tontura e a sua visão começa a ficar escura... Tentou levantar para pedir ajuda, mas caiu no chão da sala.

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Harry estava tendo um sonho esquisito, como se alguém tivesse feito alguma coisa para Hermione, mas não poderia ser verdade, afinal ela estava a salvo, não é? Acordou e saiu do seu quarto rumo a cozinha para pegar um copo de água, quando a viu estendida no chão.

-Hermione! – gritou Harry a pegando no colo.

-Harry...eu não...quero...morrer... – disse ela com os olhos marejados de lágrimas e se agarrando no pescoço dele, colocando sua cabeça no ombro dele.

-Você não vai morrer, princesa... – disse ele a levando para o seu quarto e a colocando na cama. – Já volto, vou chamar a Ginny.

Harry chamava Hermione de princesa, às vezes quando estavam sozinhos, não sabia porque tinha inventado esse apelido para a morena, mas ela nunca reclamou e adorava ser chamada de princesa, pelo seu “príncipe” Harry.

Harry correu até o quarto da ruivinha e logo ela estava no quarto da morena.

-Meu Deus – disse ela correndo até a morena. – O que você está sentindo, Mi?

-Tontura e...a visão está escurecendo... – respondeu ela virando a cabeça para o lado, perdendo os sentidos.

-Hermione, você tem que resistir! – disse Gina batendo no rosto dela. – Você tem que ficar aqui conosco! – levantou-se e foi até Harry – Harry, a mantenha acordada, por favor... Eu já volto

-Rápido Ginny, por favor, rápido... – suplicou ele com os olhos marejados. – Ela não pode morrer, Ginny...

-Eu sei Harry, vou ir o mais rápido que posso – disse ela deixando o quarto, enquanto Harry sentava na cama do lado da morena.

-Vamos Mi, você precisa reagir! – disse ele a balançando.

-Harry...eu...te...amo... – disse ela o olhando.

-Ama?

-Eu te amo desde... Hogwarts... – começou ela, mas parou sem forças para continuar.

Ginny chegou com tudo o que precisava, era uma mediabruxa formada. E sabia o que Hermione tinha: remédio para dormir em excesso. Então, a ruiva aplicou uma injeção na morena.

-Pronto, amanhã ela vai estar melhor... – disse Ginny sorrindo.

-Ainda bem que temos uma médica em casa... – disse Harry sorrindo e olhando para Hermione, que estava sonolenta.

Não pensando, duas vezes, Ginny se retirou do quarto, deixando os dois sozinhos.

-Eu também te amo Hermione... – disse ele saindo do quarto com um sorriso de orelha à orelha na boca.

A morena apenas sorriu, vendo ele ir embora. Agora tudo começou a se encaixar...

Na manhã seguinte, Hermione estava novinha em folha, mas ainda não podia andar, só mais alguns dias e pronto, estaria andando novamente! Mas é claro, não achava nada chato Harry a levar para todo o lugar e estar sempre com ela. Seu coração agora estava mais leve, sabendo que Harry a amava, mas ainda não tinha contado para Ron, sobre ela e Harry... Que mantinham seu amor em sigilo.

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-Mi Lorde, descobrimos o que o senhor pediu...

-E então? É ela sim, ela é a detentora do cristal...

-Eu sabia...

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Oi genteeeeee, aff esse cápitulo foi curto né? Desculpem, eu estava pretendendo fazer maior, só que eu vou deixar o suspense para o próximo xD Muahauhaha!

Esse cápitulo, é o que explica muita coisa né?

Beijossssss

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