Volta ao antigo lar.

Quando deu a hora do almoço Harry caminhava na direção do salão principal quando encontrou com Alexia e Draco num corredor, como eles estavam sozinhos, Alexia sorriu para Harry.
Este disfarçou e retribuiu, mas a vontade dele era correr e abraçar aquela mulher maravilhosa que ele tanto amava, mas não podia, pois ela estava com Draco, e para Harry ela não sabia que eles eram amigos, então se conteve. Já Draco fingiu que não percebeu.
Quando Harry chegou ao salão principal, ele já encontrou Rony e Mione sentados juntos com Gina e Neville.

- Nossa você demorou com a Prof. McGonagall. – disse Rony.

- A demora compensou Rony, depois do almoço eu deixo vocês a par dos acontecimentos.

Todos concordaram e Harry comeu muito, pois estava faminto, tanta informação e revelações parecia ter sugado toda a sua energia. As aulas seguintes transcorreram normalmente e logo já estavam no salão comunal conversando.

- Caracas! É impressionante a ousadia dele – disse Rony após ouvir tudo o que Harry tinha pra contar.

- Nem me fala. – concordou Harry

- Bom, pelo menos não teremos que procurara as relíquias da corvinal. – disse Hermione.

-E mesmo, bom e tem outra coisa, amanhã eu não vou ficar aqui, tenho que ir à ordem, a Professora disse que irei destruir a taça – disse Harry quase aos sussurros aos amigos.

Hermione fez uma cara de assustada, Rony parecia apavorado.

- Amanha? – perguntou Hermione.

- Sim amanha. – respondeu Harry.

No dia seguinte Harry levantou mais cedo do que o costume, e logo estava na sala da Professora McGonagall.

- Bom dia Potter, você quer comer algo antes de irmos?

- Obrigado, não estou com fome Senhora.

- Vamos então, você come quando chegarmos a Ordem.

- E como vamos para lá?

- Vamos com uma chave de portal.

A professora pegou uma taça bem surrada e disse.

- Se segure Harry, no três... Um... Dois... Três...

Harry sentiu que estivesse sendo puxado pelo umbigo. Aquela sensação que ele odiava, e logo já estavam na grande sala da bela casa de Tonks.

- Venha Harry, Moody te espera na cozinha.

Harry acompanhou a Professora e entrou numa grande cozinha, aquela com certeza era a cozinha dos sonhos da Sra Weasley, era impecável.

- Olá Harry, como tem passado? – cumprimentou Moody.

- Vou bem.

- Tudo preparado Minerva – disse Moody à professora – quando quiser poderemos começar.

- OK, Harry coma alguma coisa antes, você vai precisar de toda energia possível.

Depois de Harry tomar o café da manhã, este se dirigiu a uma sala com Moody e a professora McGonagall.

- Bom Harry, eu deixo você agora na companhia de Alastor, está em suas mãos, boa sorte. – disse a professora se despedindo do garoto.

- Obrigado professora. – agradeceu.

Harry e Moody adentraram a sala, e logo Harry percebeu que não era uma sala qualquer, ela era um tipo de portal, estavam parados em frente a uma casa em ruínas, Harry sentiu sua cicatriz pegar fogo.

- Ai! Que dor! Onde estamos Moody? – perguntou esfregando a testa.

- Estamos no local onde foi a sua casa Harry, onde seus pais enfrentaram Voldemort para te proteger.

Harry olhava abismado para o local, estava totalmente destruído, sentiu um aperto no coração, pois aquele poderia ter sido o lugar mais feliz da vida dele, se nada tivesse acontecido há dezesseis anos atrás.

- Vamos Harry.

Adentraram as ruínas, Harry sentia doer cada vez mais forte a cicatriz, subiram uma escada totalmente destruída.

- Cuidado Harry, estas tabuas estão velhas.

- Pode deixar Moody.

Harry olhava tudo, não queria perder nenhum detalhe, mesmo estando em ruínas aquele lugar fora seu lar por mais de um ano, tempo que Harry sabia que fora amado e feliz.
Pararam em frente a uma porta, nela ainda dava pra ver uns desenhos apagados, onde estava escrito “Quarto do pequeno Harry”, Harry sentiu seu estomago virar.

- Meu quarto? – perguntou a Moody tentando obter coragem para entrar.

- Sim Harry, local onde sua mãe deu a vida pela sua. – disse Moody dando um tapinha nas costas de Harry.

Moody apontou a varinha para a porta e disse.

- Aparecium.

Nada aconteceu a porta.

Tudo limpo Harry, vamos entrar.

- Como vou destruir a taça Moody?

- Isso só você poderá descobrir Harry, terá que seguir o seu coração.

O quarto estava totalmente destruído, num canto Harry avistou o que fora seu berço, viu também alguns brinquedos espalhados pelo chão.
Moody tirou a taça do bolso e colocou bem em cima de dos destroços do berço.

- Agora é com você Harry.

Este se aproximou e sentia que a sua cicatriz ardia cada vez mais, “o que eu tenho que fazer? Como eu posso destruir a taça?”.

Harry estava cada vez mais próximo da taça, quando esta de repente brilhou intensamente era uma luz amarela muito forte, parecia querer se proteger do garoto.
Harry pensou firmemente em seus pais, no amor que eles tinham por ele, “irei destruir por eles, pelo amor que eles tem por mim”.

Harry apontou sua varinha e disse.

- Aparecium – mas nada aconteceu, Harry olhou para Moody e disse – está protegido com magia negra.

Harry se aproximou tirou o canivete que ele tinha ganhado de Sirius e cortou o próprio braço. Seu sangue manchou a taça, então ele percebeu que ela mudou a cor do brilho, de amarela ficou um tom verde claro. Harry apontou novamente sua varinha para a taça.


- Deletrius!

A taça tremeu e perdeu o brilho.

- Bombarda!

A taça explodiu, nisso ela liberou uma luz muito mais forte, que fez com que Harry ficasse cego momentaneamente com o brilho e com a dor que sentiu na cicatriz.. E a taça se fez em pedaços, levando consigo a luz e a dor na cicatriz do menino.

- Harry! Você está bem? – perguntou Moody ajudando o menino a se levantar.

- Estou Moody, agora estou bem melhor.

- Férula! – disse Moody apontando a varinha para o ferimento de Harry.

- Obrigado Moody.

- Por nada Harry, venha vamos embora, não temos mais nada pra fazer aqui.

Harry concordou com Moody, mas quando estavam saindo do quarto algo chamou a atenção do menino, no chão ele avistou um porta-retratos quebrado, nele havia uma foto dele bebê com os pais, eles acenava felizes. Harry sentiu uma lagrima descer pegou a foto guardou no bolso e retornaram à casa de Tonks.

Prof. McGonagall estava ansiosa, esperando por noticias, já passava das duas da tarde e nada dos dois, quando os avistou sentiu um grande alívio.

- Por Merlin!, vocês voltaram, você esta bem Harry? – disse a professora abraçando o garoto – você está ferido?

- Não foi nada grave Minerva, ele está bem.

- Não se preocupe Professora, foi só um corte pequeno, o que realmente interessa é que a taça foi destruída.

- Ótima noticia vocês me trazem – disse a professora aliviada – venham vocês devem estar famintos.

Enquanto Harry comia, perguntou a professora.

- Sra, por que tive que destruir a taça na minha antiga casa?

- Por que lá está concentrado todo o amor que seus pais tinham por você, foi lá que eles se sacrificaram pela sua vida. – respondeu.

Harry ficou pensativo, depois de recuperar as energias, voltou ao castelo acompanhado da Prof. McGonagall.

- O Sr. vai para enfermaria, madame Pomfrey vai cuidar do seu ferimento, depois vá direto pra salão comunal e descanso hem. – ordenou a professora.

- Sim Senhora, estou indo. – concordou Harry – ate mais.

- Ate mais Potter, estou orgulhosa de você.

Harry sorriu para a professora e foi para a enfermaria.
Um pouco mais tarde Harry entrou no salão comunal, este esperou para que estivesse mais vazio, para poder contar aos amigos.

- Harry! – Hermione e Gina correram e abraçaram Harry ao mesmo tempo.

- Você está bem? – perguntava Gina muito nervosa

- Estou sim Gina.

- Você se feriu? - perguntava Hermione apavorada.

- Deixem ele respirar meninas – pedia Rony – e ai cara foi tudo bem?

- Foi sim Rony, de certa forma tranqüila, mas bem difícil de fazer.

Esperaram ate que todos saíssem da sala e Harry contou em detalhes tudo o que tinha acontecido.

- Na saída eu encontrei uma coisa. – disse tirando o retrato do bolso.

- Harry é uma foto sua com seus pais! – disse Gina sorrindo.

- É sim, uma foto de quando eu era apenas uma criança sem tem que carregar esse fardo nas costas – disse Harry com os olhos marejados.

- Logo isso vai acabar Harry, e ai todos nós iremos viver tranqüilos, e construir nosso futuro onde haja paz. – disse Hermione quase chorando.

- É isso mesmo Harry, não demora muito agora. – completou Rony.

- Vocês têm razão, vamos viver tranqüilamente – disse Harry sorrindo.

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