Beijo de neve



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Naquela noite nenhum dos amigos viu mais os pais. Todos foram dormir anciosos pelo dia seguinte, onde receberiam seus presentes. Luize foi a primeira a acordar. Ela subiu para o quarto dos meninos, abrindo a porta rapidamente e acordando os dois amigos que eram os únicos no quarto.

- Matt! George! Acordem, vamos, olhem a carta que nossos pais mandaram.

- Ham? Que que tem a carta? – disse o moreno ainda meio sonolento.

- Leia você mesmo priminho. - ela entregou a carta para o garoto.

- Eu-não-tô-acreditando. Eles deixaram...Matt olha aqui. – ele balançava a carta. – Matt, meu pai e a sua mãe deixaram a gente ter a banda. Ele entenderam. Mas se a gentre baixar as notas, já viu né. E também o meu pai exige que continuemos com os treinos de quadribol. Ou seja, a banda em terceiro lugar.

- Mas o que interessa é que eles deixaram. A gente vai poder tocar.

- Mas pessoal, e a Mel, como será que ficou a história dela com o avô? – perguntou Matt.

- No café a gente pergunta. Mas me contem o que vocês ganharam. – perguntou Luize.

- Deixa eu ver. Do papai e da mamãe ganhei um jogo novo de xadrez bruxo, do tio Ron e da tia Mione um kit pra vassouras e do tio Fred e o Jorge um kit mata aula. Da vovó... adivinha.

- Um suéter – disseram os outros dois. – pra variar.

- E você Matt?

- Bom dos meu pais um livro e um kit vassoura, do Tio Harry e da Tia Gina...George não acredito, seus pais me deram uma vassoura! A minha já tava um caco. Dos tios Fred e Jorge, kit mata aula também e da Mel uma caixa de chocolates. Ela que deve ter feito. E da vovó...

- Um suéter..eu sei. – disse Luize como se falasse o óbvio.

- E a minha irmãzinha querida o que ganhou?

- Uma blusa dos pais do George, dos nossos um livro sobre quadribol, dos tios Fred e Jorge a da vovó mesmo que vocês.

- Vamos comer, tô com fome. – disse Matt.

- Vamos. Também quero comer. – concordou Luize.

Os três desceram, lá encontraram Olga, uma garota sonserina, que estava no mesmo ano que eles, falando com Melina. Assim que os amigos se aproximaram, ela se afastou.

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- O que aquela garota estava falando com você Mel?- perguntou Matt

- Nada. – Mentiu a garota. – ela só estava, só estava... aff esquece. Ela não tava falando nada de mais. – na verdade ela estava falando mal dos amigos de Melina, ela disse que Matt, Luize e George, mas principalme te Matt estavam com ela pelo sobrenome que a garota tinha.

- Eu não gosto daquela garota. Desde o primeiro ano ela olha torto pra gente. – o comentário de Luize fez Melina sair de seus pensamentos. – Não é Mel?

- Ham? Que? Sim, sim.

- Mel, você tá legal? Desde o show você tá estranha – perguntou Matt, sentado ao lado da garota e a abraçando por trás quando Jun passou em direção a outra mesa.

- Essa tal de Olga não me entra! Você tem certeza que ela não falou nada pra te atormentar Mel?

- Sim, sim tenho. Mas Matt, gostou dos chocolates?

- Adorei. Você que fez? – ela balançou a cabeça concordando. – E você gostou do meu?

- Amei. – ela sorriu e deu um beijo no rosto do namorado.

- Desculpa interromper o lindo casal, mas a diretora tá falando. – informou George.

O discurso foi breve, ela só agradeceu a todos, principalmete ao integrantes da banda, o que deixou os q quatro muito envergonhados. E desejou feliz natal para todos.
Melina continuou quieta o café inteiro, quando todos já haviam acabado, os amigos foram para os jardins, mesmo sendo inverno. Caminhavam em direção a cabana de Hagrid, quando uma das artilheiras da Grifinória veio em direção a eles.

-Matt, Luize, George. O Luud tá chamando a gente.

- Mas agora? – reclamou Luize.

- Ele disse JÁ! Parece que quer aproveitar que somos o único time completo que ficou aqui para treinar. – a garota também não parecia estar muito contente.

- Mas é natal! – disse George.

- Eu sei. – respondeu a artilheira.

- OK! Estamos indo.

- Mel, tudo bem pra você? – perguntou Matt.

- Tudo, vou aproveitar pra fazer os deveres.

- Então tá. – e ele saiu com os outros.

Melina ia subindo para a sala comunal quando é parada por Jun.


- Oi Mel!

- Oi.

- O que faz sozinha em pleno Natal? Devia estar com seu namorado.

- Ele está treinado. Agora se me dá licença...

- Ele não te merece.

Ela parou, suspirou e reuniu toda a paciência que conseguiu.

- Eu pensei que tinhamos conversado sobre isso Jun. Se ele me merece ou não, quem decide sou eu.

- Ele só quer seu nome. Uma Fudge ia dar uma bela linha na lista de namoradas dele, não acha?

- Escuta aqui Jun: apenas por que você me namorou não quer dizer que você pode se intrometer na minha vida.

- Só estou colocando meu ponto de vista. E avisando pra você ficar de olhos abertos. Só falo por que me importo com você.

- Aviso dado. Feliz Natal Jun.

Ela seguiu para a sala comunal da sua casa. Na verdade nem fez os deveres, foi para o dormitório e ficou pensando na conversa com Jun. Não que ela desse bola para o que ele falava, mas já era a segunda pessoa que falava que o Matt não prestava, naquele dia. E ainda tinha o avô, ele disse a mesma coisa. Será que eles tinham razão? Três pessoas totalmente diferentes acharem a mesma coisa dos amigos dela. Seria só uma coincidência?

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Ela acabou adormecendo, só acordou quando uma coruja rajada batia desesperada na sua janela. Era a coruja de Matt, provavelmente eles estava procurando ela. Ela abriu a janela e retirou o pequeno bilhete que estava preso na pata da coruja.

Mel
Estamos esperando pro almoço.
Beijos Matt.

Ela ajeitou o cabelo e desceu ao encontro dos amigos. No caminho encontrou duas meninas da Lufa-Lufa comentando sobre o show da noite passada.

- Você viu o vocalista, o tal George, não é nada mal... E ele canta muito.

- E o baterista? Aquele é lindo!

- Que bom que vocês gostaram da nossa música meninas. – a garota se virou para elas. – o George tudo bem, mas o baterista vocês fiquem longe, ok? Por que ele já tem namorada. Tchau! – e ela saiu.

- Nossa, que metida! Era só um comentário! – disse uma das meninas.

- Quem será a namorada dele? – perguntou a outra.

- Nada que uma poção do amor não resolva.

- Você está falando sério Katherin? Ai! olha por onde anda! – um garoto sonserino de franja cobrindo os olhos esbarra nas duas amigas.



- MEL AQUI! – Luize a chamava do outro lado do salão. Assim que ela chegou até eles se sentou como de costume ao lado de Matt.

- Puff! Imaginem só! – começou ela com cara emburrada. – Eu vindo pra cá e uma garota da Lufa-Lufa chamou o Matt de lindo e não sei o que! Elas não sabem que ele tem namorada!

- HUM!!! Melina Fudge, a garota exemplo em postura e classe, tá dando piti, por ciúmes. – brincou George.

- Ai, George, não enche! Matt Weasley, se eu sonhar que você tá dando corda pra uma garota, eu não respondo por mim!

- Nossa que violenta, nem parece a minha namorada meiga e delicada. – disse o garoto, fingindo estar assustado.

- Você também? Tenha paciência! Mas me contem como foi o treino?

- Desculpe Mel querida, você nesse ponto é adversária, não podemos contar nossas táticas. Sabe, espionagem. – disse George enfiando um pedaço de frango na boca.

- Até parece que eu vou querer usar a táticas de vocês, sempre fui melhor apanhadora.

- Aí que você se engana pequena Melina. – George apontava o garfo em direção a garota.

- Parem vocês, nem comer em paz não podemos !? - brigou Luize. – Melina, não estou te reconhecendo.

Nesse momento, um garoto de vestes verdes conversa com uma garota de amarelo.

- Entendeu, é só entregar isso pra ele.

- Entendi.

- Vai dar certo, você vai ver. Nós dois vamos lucrar com isso.

- Pro seu bem, espero que dê certo.

Após um tempo, a cabeça de Melina estava um caos: os amigos tinham que chama-la algumas vezes para prestar atenção em algo. Jun, Olga, o avô, os sorrisos, as lágrimas, tudo dava voltas em sua cabeça como se estivesse rearquivando todas as informações. Todos agora eram pessoas neutras.

Agora acabaram-se as férias, hora de voltar a ter aulas. George, Matt e Luize estavam praticando quadribol em vários momentos do dia, Matt vivia tacando objetos para que seu primo agarrasse. A banda começara a discutir sobre a nova música principal, no qual Mel seria a vocalista.

Olga, no qual menosprezava Jun, começara o observar, mas como muita suspeita no olhar. Garotas e garotos comentavam sobre o show do Asas Prateadas, os invejosos criticavam, outras pessoas falavam empolgadas. O grupo, claro, adorava escutar os boatos sem sentido que inventavam. A neta do ministro por vezes ficava isolada, e até conversava mais com garotas de sua casa.

Luize estava estudando boa parte do tempo, para mostrar para sua mãe que sim, poderia fazer três coisas ao mesmo tempo. Seu irmão não levava isso muito a sério, estava mais interessado em quadribol e o desempenho de sua nova vassoura. George aproveitava a fama e ficava com garotas.

-Ah, primo! Cuidado para não ganhar outra fama, a de galinha. – Luize fechava um livro, na mesa da biblioteca.

-Bah, tenho que aproveitar a vida e seus privilégios!

-Cadê meu irmão?

-Aquele lá está é dormindo, depois que acordar vai comer os biscoitos que a Mel fez pra ele. Ai como eu queria uma namorada assim...

-Do jeito que você ta indo, não vai conseguir nunca.

-Vê se não me enche!

Matt se espreguiçava e olhava a neve caindo lá fora. Embaixo da cama, biscoitos artesanais o aguardavam. Ele pegou um e se deliciou com o sabor. Eram com gotas de chocolates e nozes, poderia ousar dizer que eram melhores que os da avó Molly. Comeu um atrás do outro, até que acabara. Uma vontade imensa de visitar os jardins gelados na frente do castelo subiu sua cabeça. Ao descer, olhava as garotas da Lufa-Lufa e Katherin estava só, na beira do lago agora congelado. A menina olhou-o e deu um sorriso. Eles se encontraram e se beijaram.

Melina estava entrando no castelo quando vira a cena. As emoções e pensamentos deram um nó. Jun e Olga tinham razão. E mais uma vez, seu avô. Por instinto, vai até o casal e dá um tapa no namorado.

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- Nunca mais... fale comigo! E vou deixar bem claro para os outros também. – e se retirou para a biblioteca, onde estavam os outros dois.



-Oi, tudo bem amiga, onde você esta...

-Eu nunca quero falar de novo com seu irmão, ok?

-Que... aconteceu? – George já se arrependia de desejar uma namorada.

-Aquele.... idiota... um galinha, uhnf, ousa a beijar outra garota nos jardins, pra todo mundo ver! Eu o odeio!

-Mas, ele te ama, deve ser poção do amor! – Lu via o desejo de ser madrinha ir por água abaixo nessas condições.

-Verdade, desde que vocês começaram, ele mudou muito, deve ser poção.

-Ah é, vão protege-lo? Só porque vocês queriam uma vaguinha no ministério não é? Ser amigos da garota tímida e com um sobrenome bom descoberto após a seleção. Adeus. – se virou e foi para a sala comunal.

Bom, os planos dela eram ir sem conversar com ninguém, porém Jun estava em seu caminho, parado, a esperando.

-Que é? Veio rir da minha cara? Dizer “eu te avisei”? Sai!

-Mel... espero que tenha visto quem pode ser seu amigo de verdade... – e abraça a garota – eu quero que saiba que... ainda te amo.

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N/As: WAAA! Não nos matem! Sorry a demora, é muito rolo aqui ._.~ Comentem, pleaaaase, pra motivar a gente =D E... éeeeee... isso aê.
Beijinho, beijinho,
tchau tchau =D *sai correndo*

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