A Cozinha da Sra Weasley



- Warning: É extremamente necessário que vocês tenham lido a descrição dos personagens para que não se percam por aqui!

Capítulo 1 – A Cozinha da Sra Weasley

- Mamãe, você não acha que já é hora de trocar essas cortinas? – disse um Ron alegre adentrando a cozinha, seguido por sua esposa, Pansy.

- Já chegou, querido? – começou a Senhora Weasley carinhosamente ao abraçar o filho, e em seguida cumprimenta sua nora. – Como vãos as crianças? Elas vieram?

- Você acha que a gente realmente perderia a chance de passar alguns dias n’A Toca, vó? – disse um rapaz alto e ruivo que adentrava a cozinha no momento; praticamente idêntico ao seu filho Ron.

- Oh, Ewan, que saudade eu senti de vocês! Como você cresceu! E como está magro, querido! Andam regulando comida pra você, é? – ela disse séria, com as mãos na cintura.

- Claro que não, né mãe! – se intrometeu Ron, ligeiramente nervoso.

- Pode ficar tranqüila, vó! – respondeu Ewan, calmamente, enquanto abraçava a mãe pela cintura. – E você, dona Pansy, porque não disse nada até agora?

- Pois é, até parece que nunca veio aqui, querida! – sorriu a Senhora Weasley, enquanto observava a mulher loira corar ligeiramente.

- Só estou lembrando da primeira vez em que vim aqui. – ela sorriu. – Foi um dos dias mais felizes e mais estranhos de toda a minha vida!

- Assim eu fico lisonjeada! – disse a avó coruja, enquanto guardava alguma coisa no armário - Bom, mas onde estão minhas netinhas?

- Netinhas? Você nem imagina o quão pequenas elas estão, mamãe! – disse Ron brincalhão.

- Elas foram escolher os quartos antes que os outros chegassem! – disse Ewan, calmamente. – Aliás, acho que eu também preciso fazer isso. A Tia Hermione vai vir também, vó?

- Acho que esse ano sim, querido. – respondeu a Senhora Weasley, pensando seriamente na dificuldade que seria reuni-los novamente enquanto Ron e Pansy seguiam em direção a sala. – Só não quero muitas brigas, você é o mais crescidinho e precisa mostrar responsabilidade, por favor.

- Claro, vó. – ele concluiu, um pouco pensativo. - Até mais tarde!

A Família Weasley era uma família grande. Molly Weasley possuía ao todo dezoito netos, alguns já formados e morando longe, outros que ainda seguiam para lá todo ano antes de irem para Hogwarts. Claro que, além dos netos de sangue, também havia os de consideração. Vinte e um, ficavam então. Hermione não vinha há dois anos, já. Talvez fosse por causa de seu marido, ou talvez pela briga que seu filho teve com o filho de Ginny. Mas esse ano ela viria, e Molly estava sinceramente muito preocupada com o que poderia acontecer.

Duas garotas já crescidas adentraram a cozinha timidamente, observando cada mínimo detalhe do lugar. Na verdade elas o conheciam tão bem quanto a palma de suas mãos, mas a cozinha da vovó é sempre um lugar que traz boas lembranças. Exceto por aquela vez... Enfim, elas gostavam da cozinha d’A Toca.

- Vovó! – gritou Melissa nas costas da Senhora Weasley, assustando-a e a fazendo derrubar alguns pratos que segurava. – Opa...

- Reparo! – disse Molly em seguida, e virou para cumprimentá-las. – Nunca mais faça isso, querida! Você quase me matou do coração! – arfou com as mãos no coração, e em seguida foi abraçar a neta.

- Que saudade da Senhora, vó! – disse Felicity, a mais nova, a abraçando logo depois de Melissa.

- Também senti saudades! Vocês cresceram demais, céus! – ela sorriu ao olhar as netas de cima a baixo.

- A Felicity? Crescer? Tem certeza que a Senhora não tá precisando de óculos, vó? – riu Melissa, brincalhona.

- Sua babaca! – gritou a irmã, enervada. – Não liga, vó! Eles adoram me encher o saco, só porque eu sou a mais baixinha...

- Tudo bem, querida. – sorriu Molly. – Eu acho que daqui a pouco a Ginny e a Hermione vão chegar, acho melhor as duas irem se aprontar para o jantar!

- Certo vó! – elas disseram em uníssono e se olharam enquanto saíam da cozinha, mostrando a língua uma para a outra.

A Senhora Weasley sorriu. Tinha uma família linda. E ninguém podia negar isso. Era realmente estranho ver algum parente loiro como Melissa, ou mesmo com os cabelos pretos como os de Matthew, mas ela se sentia orgulhosa. Muito orgulhosa.

Um estalo. Seguido de Outro.

- Olá, Senhora Weasley! – disse Harry Potter, que seguia em sua direção para dar-lhe um abraço. – Como estão as coisas?

- Boas, querido! Quanto tempo! – ela sorriu o abraçando de volta. – Ginny, que saudades! – disse ao seguir e abraçar também a filha, que mesmo após tantos anos continuava cheia de vida como sempre havia sido.

- Também tive saudades, mamãe! E esse lugar, não mudou nada! – ela sorriu ao observar as mesmas cortinas rasgadas que Ron citara assim que chegara.

- Ah, você sabe que Arthur gosta desse lugar do jeito que é... – ela sorriu, timidamente. – Mas e o Matthew e a Sarah? Eles não vêm?

- Chave de portal, mamãe. Eles devem estar a caminho! – disse Ginny, calmamente.

- AAAAAAAHHHHHHHH! – um grito histérico vindo da sala denunciava que alguma coisa havia acontecido. Ginny, Harry e a Senhora Weasley correram até lá para checar o que ocorrera.

- Mãe! Eu esqueci a Sarah em casa! – disse um garoto muito alto para sua idade e extremamente parecido com Harry, desesperado.

- O quê?! – disse Harry também se desesperando, enquanto Ron e Pansy começaram a gargalhar no sofá ali por perto.

- É, eu esqueci! Ela... Aquela imbecil não pegou na chave de portal! E agora, pai?! – ele dizia olhando para todos os lados, procurando inutilmente a irmã.

- Ai meu Merlin! – disse Ginny, enquanto a Senhora Weasley começou a rir, também. Aquilo tudo era um barato, definitivamente. – Eu vou buscar ela, esperem um pouco!

Todos então observaram Ginny pegar a chave de portal e aparatar em seguida.

- Você pode ficar tranqüilo, Matt... Não foi culpa sua. – disse Ron, entre risos.

- É, foi apenas uma distração. – complementou Pansy, ainda rindo que nem uma retardada.

- Já passou a graça, vocês não acham?! – perguntou o moreno, ainda um pouco estressado, enquanto até seu próprio pai começava a rir da situação. – Vó, faz alguma coisa! – ele lembrou então que não havia cumprimentado a avó. – Vóóó! Vem aqui, deixa eu te dar um abraço!

- Ai querido, você podia ser um pouquinho menos cabeça dura de vez em quando, né?! – sorriu a Senhora Weasley enquanto abraçava o garoto, e voltou pra sua cozinha em seguida, deixando-os a sós na sala.

Ewan desceu as escadas correndo, preocupado.

- O que aconteceu aqui? Eu ouvi gritos! – ele disse, arfando.

- Ah, nada querido! – disse Pansy, sorrindo. – Seu primo esqueceu a Sarah em casa!

Ewan caiu na gargalhada, e Matthew sorriu, dessa vez.

- Só você mesmo, rapaz! – disse Ewan, indo cumprimentar o primo. – E aí, como tá?! Jogou muito nessas férias?

- Nem joguei, cara! Esqueceu que eu moro no centro da cidade e não tem nenhum lugar onde eu possa treinar? – respondeu Matt, um pouco desanimado.

- Ah, relaxa então! A gente treina na escola! A temporada de Quadribol desse ano vai ser demais! – começou Ewan, mas Sarah apareceu em seguida com uma bota grotesca na mão.

Ela lançou um olhar mortífero para Matthew. E em seguida começou a rir.

- Você não me esperou pegar no livro, seu idiota! – ela sorriu para o irmão, não conseguia ficar brava com ele nem por mais de cinco minutos. – Ah! Oi Ewan! Oi tio Ron, tia Pansy!

- Oi, Sarah. – eles disseram juntos, e segundos depois Ginny apareceu.

- Eu tive de trocar a chave de portal, só encontrei essa coisa velha... – disse a ruiva mais velha divertida apontando para a bota que jazia largada no chão. – Vocês estão bem? Oi Ewan!

- Estamos mãe. – disse o mais velho, Matt.

- Oi, tia! E oi tio Harry, que falta de educação a minha! – disse Ewan, virando-se para o tio um pouco depois de cumprimentar Ginny.

- Que nada, rapaz! Onde estão suas irmãs?! – ele perguntou, curioso.

- Se enfiaram lá em um quarto, tio! E eu tava fazendo algumas contas, parece que você vai ter que ficar com elas, Sarah. – ele virou para a prima, que reagiu indiferente ao fato.

Matt a olhou profundamente. Sabia que a garota no fundo não havia gostado muito da idéia. Ela subiu e seguiu na direção dos quartos, para que pudesse procurar as outras duas.

- E a gente, cara? – perguntou Matt ao primo. – Com quem a gente dorme?

Ewan hesitou um pouco antes de responder.

- Com os Malfoy.

- Os Malfoy? – ele olhou para os pais que estavam sentados conversando com Ron e Pansy nos sofás em busca de alguma confirmação que no fim, não veio. – Sério mesmo, cara?

- Ahan. Eles vão vir esse ano, e de acordo com a quantidade de quartos, vai ficar desse jeito.

- Merda. Como eu odeio aquele babaca! – rosnou Matt, enervado.

- Qual? O Nathan?

- Qual mais? – respondeu, irônico. – Tá certo que aquele pirralho também é difícil de suportar, mas o mais velho é definitivamente insuportável!

Ewan hesitou. Também não gostava muito do rapaz, mas resolveu que seria melhor não dizer isso ao Matt ou talvez o moreno começaria a bolar alguma tranqueira e afinal, ele prometera a avó que tentaria manter as coisas em ordem.

- Ah, relaxa. É só hoje à noite, amanhã nós voltamos pra Hogwarts e fica tudo bem.

- Não dá pra relaxar! Que droga! – continuou Matt, chamando um pouco a atenção de sua mãe que conversava alegremente com o outro casal Weasley.

- O que foi, filho? – ela perguntou, maternalmente.

- Nada, mãe. Vamos subir, Ewan. – ele respondeu ainda cuspindo fogo pelas narinas, enquanto puxava o primo em direção às escadas. Ewan tentou lançar um olhar de “não foi nada” para Ginny antes de desaparecer nos degraus, mas a ruiva no fundo sabia o motivo de tudo aquilo.

- Querido... – ela começou chamando Harry, que estava extremamente empolgado debatendo com Ron sobre o último jogo dos Chudley Cannons. – Eu acho que vamos ter problemas com o Matthew e os Malfoy novamente.

- O que aconteceu, amor? – ele perguntou, já a todo ouvidos para a esposa.

- Matthew estava completamente estressado porque ficou sabendo que vai ter que dividir o quarto com Nathan. – Ginny continuou, preocupada.

- Eu vou ter uma conversa com ele mais tarde. – ele disse, voltando a conversar com Ron.

- Agora, Harry. – ela ordenou, autoritariamente.

Harry bufou.

- Certo. Estou indo, saco. – ele concluiu, se levantando e seguindo em direção ao quarto dos garotos.

- Sabe Ginny, é incrível a capacidade que você tem de controlar os homens. – disse Pansy, sorrindo com Ron.

- Ah, depois de um tempo eles aprendem a obedecer. – ela sorriu de volta, quando ouviram um barulho na lareira.

A família Malfoy estava chegando.

Um garoto muito, mas muito alto apareceu ao lado de uma garota sorridente, no mínimo uns quinze centímetros menor que ele. Ele passou a mão pelos cabelos, para tirar o pó, e em seguida passou também a mão nos dela. Nathan e Genevieve Malfoy, gêmeos idênticos e no entanto muito diferentes. O garoto caminhou até uma poltrona e se sentou ali, esperando pelo resto da família, enquanto Genevieve foi cumprimentar os presentes.

- Oi gente! – ela sorriu alegremente, balançando os cabelos loiros tipicamente Malfoy antes de se sentar no braço da poltrona em que o irmão havia sentado.

- Oi! – disseram todos.

- Como vão vocês? E os outros? – perguntou Pansy também sorridente: costumava lembrar de si mesma sempre que via a filha de Draco.

- Estamos bem! Daqui a pouco o resto do pessoal chega! – ela respondeu, dando uma olhada em volta.

- E você, Nathan? Não diz nada não? – perguntou Ginny, que, por mais que achasse os filhos de Hermione um pouco pretensiosos, gostava deles. Era madrinha de Nathan.

- Oi, tia. – ele disse, com um leve sorriso transparecendo em seu semblante.

- Ah, agora sim está melhor! – ela sorriu. – Você cresceu demais, sabia?

- É, eu sei. – ele continuou, tranqüilo. – Tio Potter, onde está?

- Você e essa sua mania de chamar o Harry de Potter, Nathan! – disse Genevieve, repreendendo o irmão.

- É costume, o pai o chama assim. – ele respondeu, indiferente.

Ron e Pansy observavam os gêmeos encantados. Eles eram padrinhos de Genevieve, e tinham orgulho disso. A menina era realmente muito bonita.

- Não tem problema, Vieve. – concluiu Ginny. – Ele está lá em cima conversando com os garotos, por que não vão lá dar um oi para todos?

- Boa idéia, tia! – disse a gêmea alegremente, puxando o irmão pelo braço.

- Eu vou esperar o Adrian, Vieve... Depois eu subo lá. – ele disse simplesmente, puxando o braço das mãos da irmã.

- Mas... – ela começou, intrigada. Nathan sempre achara o irmão mais novo um babaca que não liga para nada. Mas captara a mensagem um pouco depois. – Certo, a gente se vê. – e subiu as escadas que seguiam para os dormitórios, deixando três adultos felizes olhando para o seu irmão gêmeo esperando que ele falasse alguma coisa.

- O que foi? – ele finalmente disse, depois de algum tempo sendo observado.

- Nada, querido. – disse Pansy, carinhosamente. – Você é a cara de seu pai quando mais novo.

- Não gostei do jeito como você disse isso, Pan. – começou Ron, desgostoso, enquanto Ginny sorria levemente.

- Você precisa de terapia, Ronald! Eu tinha dezesseis anos, que porcaria! – disse a loira irritadiça, e deixou a sala seguida por um Ron desesperado.

Ginny e Nathan sorriram. Ele até gostava da madrinha.

- Draco é sempre motivo de brigas entre os dois, sabe? – a ruiva começou, tranqüilamente. – Ron é muito ciumento, e você sabe, seu pai e Pansy eram namorados em Hogwarts antes do sétimo ano.

- É, minha mãe me contou isso uma vez. – ele começou, olhando incessantemente para a lareira. – Eu só não sabia que isso ainda é motivo de intrigas.

- Pois é. Seu pai ficaria orgulhoso em saber disso. – ela concluiu, desgostosa. – Eles estão demorando, você não acha?

Escutaram barulhos. Ginny sorriu e Nathan se levantou, para esperar os pais e o irmão.

Hermione apareceu e cumprimentou Ginny aos pulinhos, como sempre faziam. Nathan sabia que sua mãe era uma mulher séria, mas com a Tia Ginny era realmente diferente.

- Está tudo bem, filho? Vocês chegaram bem? – ela perguntou, toda preocupada; arrumando a roupa do filho e passando a mão em seu cabelo.

- Relaxa mãe, eu já fiz isso muitas vezes. – ele disse, desgostoso.

Mais barulhos. Era a vez de Adrian. O caçula apareceu com os cabelos encaracolados cheios de pó e fuligem. Hermione se prontificou a retirá-los o mais rápido que pode, e em seguida o garoto cumprimentou Ginny.

- Mamãe tinha esquecido das nossas malas, sabe? – disse em seguida para Nathan, com um sorriso cínico nos lábios.

Hermione corou e Ginny riu.

- Eu não tinha esquecido! – ela disse, atrapalhada. – Eu só não tinha lembrado de pegar... Droga!

Nathan e Adrian sorriram e Draco apareceu em seguida na lareira, ligeiramente de mau-humor. Carregava três gaiolas de corujas, porém não havia se sujado nem um pouco.

- E as malas, Draco? Onde estão as malas? Você esqueceu das malas? – perguntou Hermione, toda afobada, e Draco sorriu.

- Você fica tão linda assim, bebê. – ele disse tranqüilo, e em seguida colocou as corujas no chão e lhe deu um beijo na bochecha. – Elas estão aqui. – ele continuou, tirando pacotes do tamanho de caixas de fósforo dos bolsos, e Hermione caiu na gargalhada, junto de Gina.

Os garotos não viram onde estava a graça.

- Como você é atrapalhada, Mione! – riu Gina.

- Essa história das crianças irem para Hogwarts sempre me deixa com a cabeça na lua! – ela disse, risonha.

- Eu que o diga, né? – sorriu Draco a abraçando por trás. – Vamos levar as coisas das crianças lá pra cima e jantar logo porque eu preciso ir pra casa, amor. – ele sussurrou no ouvido de Hermione.

Nathan e Adrian estavam sentados no sofá, com suas respectivas corujas. Ginny havia acabado de se dirigir à cozinha para ajudar a mãe a terminar de fazer o jantar.

- Mamãe, os Malfoy chegaram. – a ruiva disse, sentando-se em uma cadeira.

- E não vieram aqui? – respondeu a Senhora Weasley, sentida.

- Eles esquecem, mãe.. Relaxa. – Ginny sorriu, sua mãe ainda tinha aquelas manias de cumprimentar todos e checar se estavam bem assim que chegavam. Ela então deu uma olhada do batente da porta e percebeu que todas crianças e adultos já haviam descido e estavam na sala, esperando a hora do jantar.

Adrian, Nathan e Genevieve se dirigiram à cozinha.

- Olá Senhora Weasley! – disse Genevieve, em seguida Nathan disse, e em seguida Adrian.

- Olá, crianças! Achei que tivessem esquecido de mim! – ela sorriu, abraçando um de cada vez. – O jantar já está quase pronto, peçam para os mais velhos arrumarem as mesas no jardim, por favor.

- Certo! – sorriu a garota e puxou os outros dois paspalhos para a sala, deixando Molly sozinha para concluir o jantar. – Pai, mãe, e todos os mais velhos! – ela gritou chamando a atenção de todos no lugar assim que o adentrou. – A Senhora Weasley está chamando vocês para ajeitarem as mesas no jardim.

Os adultos fizeram cara de toalha. Todo ano sempre sobrava para eles.

- Vamos indo, então. – disse Ron, que se levantou e puxou Pansy com ele. A loira fez uma cara de “Eu não acredito que eu vou fazer essa porcaria de novo” e o seguiu, junto com Harry, Ginny, Hermione e Draco.

Os Malfoy sentaram-se nos lugares que sobraram entre os sofás. Matt lançou um olhar mortífero para Nathan, pouco antes do garoto se sentar. Melissa e Felicity deram lugar a Genevieve – Melissa a contragosto -, e Adrian teve que sentar no chão, maldizendo todos que se encontravam confortáveis nos sofás.

Os adultos não entendiam o porque de tanta discórdia entre os pequenos.

Ewan resolveu quebrar o silêncio. Afinal, ele era supostamente o mais pacífico dos ali presentes.

- E aí, Vieve! Tudo bem? – ele perguntou para a colega de classe, que sorriu graciosamente do sofá ao lado.

- Tudo ótimo! Muito ansioso pra esse ano? – continuou a grifinória, numa tentativa desesperada de não deixar que o lugar ficasse em completo silêncio.

- Ah, um pouco só. Mais pro Quadribol, você sabe, né? – ele sorriu, com uma mão nos cabelos ruivos. – Esse ano a gente acaba com as cobras!

Esqueceu.

Três sonserinos. E de peso.

- Vai sonhando, seu besta! – começou Melissa, desdenhando. – Nosso time esse ano está de longe o melhor de todos!

- Ah é? – se intrometeu Matthew, irritadiço como sempre. – E eu sou o rei da cocada frita!

- Preta, Matt. Frita foi horrível. – disse Sarah, que estava quieta até o momento, sorrindo.

- Mas deu pra entender. – ele desconversou, lançando um olhar desdenhoso para Nathan esperando que o garoto o alfinetasse também.

- Vamos ver então! – disse Adrian, se levantando e encostando-se na parede livre perto do sofá. – A gente vai arrebentar vocês! Não vamos, Nathan?

- Sem dúvida. – respondeu o irmão mais velho, absorto.

- Com essa confiança vocês não passam da primeira fase, capitão. – sorriu Felicity, e recebeu um olhar cortante de Nathan em troca.

- Eu simplesmente não preciso mostrar confiança pra um bando de grifibobos, sabe? – ele sorriu, friamente.

- Grifibobos? Vai se foder, Malfoy! – gritou Matthew, levantando exaltado.

- Ei, parem vocês dois! – gritou Vieve, mais alto que o moreno. – Eu sei que vocês não se gostam, e também sei que nós não somos bem-vindos aqui, mas será que vocês podiam deixar essa rixa infantil de lado pelo menos por uma noite? Ano que vem a gente não vai mais voltar aqui, que droga! – ela completou, e se jogou no sofá extremamente nervosa.

Matthew sentou, calado; e Nathan se levantou.

- Desculpa, Vieve. – ele disse para a irmã, e saiu da sala. Talvez fosse melhor assim. Adrian o seguiu, sem antes lançar um olhar de “você fede” a Matt.

- Os nervos estão a flor da pele. – disse Felicity, com um ar de superioridade que ela sabia que não tinha.

- Cala a boca, vai. – sorriu Melissa para a irmã, e começou a fazer-lhe cócegas. Às vezes a mais nova era realmente uma chatinha, mas mesmo assim a sonserina gostava dela. E muito.

- Pára, sua bobona! – gargalhava a ruiva, sem perceber que o irmão mais velho se aproximava.

Melissa lançou um olhar encorajando Ewan, que agarrou as pernas de Felicity e a colocou de ponta cabeça enquanto a outra ainda fazia cócegas na coitada.

Pansy os gritou da cozinha avisando que já poderiam ir comer.

Ewan se assustou com o grito da mãe e Felicity foi parar no chão, arrancando boas gargalhadas de todos ali. A pequena começou a rir também, e estendeu a mão para que o irmão a levantasse.

- Vocês me pagam! – ela disse entre risos, enquanto os três se encaminhavam para o jardim.

Os outros três presentes seguiram em silêncio: Genevieve um pouco triste com o que acontecera; Matthew refletindo um pouco sobre como ele fazia os Malfoy – traduz-se Vieve – se sentir; e Sarah... Bem, ela era quietinha mesmo.

Seria uma noite longa, sem dúvida.

***

N/A: Eu não resisti, TIVE que fazer esse capítulo logo! Tanto porque é uma coisa extremamente gostosa de escrever... Tá, só pra avisar, eu não sou muito boa com Humor, então não deve estar muito engraçado, mas eu fiz o máximo para que ficasse pelo menos divertido de ler, ok? E bom, eu escrevi considerando que vocês ‘conhecem’ os personagens pelo menos um pouco, por isso a falta de descrições e enfim, aquilo que eu tinha dito antes! Espero que vocês gostem, e se quiserem mais me mandem reviews, senão eu nem continuo... Bom, vou esperar pela opinião de vocês! E aah, outra coisa! Os Malfoy não são tão chatos quanto parecem nesse capítulo, não se enganem... É só o começo! Beijinhos!

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