Capítulo 1



Harry colocou seus livros de lado, indo se sentar na poltrona, uma das preferidas de Hermione, e sem jeito espreguiçou-se, bocejando. Calmamente retirou seus óculos, limpando-os e colocando de volta no lugar.
Sem saber o que dizer, olhou para a sua amiga que havia acabado de descer as escadas do dormitório.

- Imaginei que não seria a única com insônia essa noite. - disse Hermione sem se surpreender, sentando-se ao lado dele. - Mas não pensei que chegaria a ser você.


Harry passou a mão pesadamente pela testa.


- Rony resolveu ter crise de roncaria, e dessa vez ele conseguiu tirar todo meu sono.


Hermione gargalhou e, seguidamente, suspirou.


- Você pode fazer melhor, Harry. – ela disse, repreendendo com o olhar.


Harry passou seu olhar dela para o chão, constrangido.


- Eu não estou preparado para nenhuma guerra, Hermione. – admitiu – O que mais me deixa intrigado é ter todos meus amigos batalhando, e não estou disposto a enfrentar isso.


Hermione agachou-se no chão, a frente de Harry e o fez levantar a cabeça para ela, segurando seu queixo.


- Nossas vontades nem sempre são feitas. – disse Hermione docemente – Nós estaremos lá com você e não há nada para ser feito contra.


Harry suspirou, e desviou seu olhar rapidamente para a chama da lareira, capturando o olhar de Hermione voltando do mesmo jeito que antes, em sua poltrona predileta. Mas os olhos dela estavam lacrimejados dessa vez. Ele arqueou suas sobrancelhas.


- E você? Por que perdeu o sono?


De imediato, ela não respondeu, ficou pensativa, encarando-o, totalmente perdida no olhar dele. Harry aproveitou a pequena distância entre as poltronas para colocar sua mão sobre a dela, apertando-a. Hermione despertou, olhando para as mãos unidas, gostando do contato tão mais íntimo.


- Estou apenas preocupada – disse ela, sem olhar para ele.

- Com o que? – perguntou Harry, sem se convencer. Ela o encarou.

- Como se eu fosse perder algo realmente muito importante, que faz parte de mim. – disse Hermione, com a voz embargada – É um mau pressentimento. Creio que seja por você. – ela deixou escapar uma lágrima na frente dele.

Harry ficou sem ação, o que poderia dizer? Dar uns tapinhas nas costas dela e dizer que tudo ficaria bem? Não poderia ser atrevido, e mentir assim para sua amiga, não havia solução, ela estava chorando, e se achava um imprestável. Quando já viu o desespero tomar conta de Hermione, Harry foi até ela e a abraçou, deixando-a soltar suas lágrimas em seus ombros, tentando acalmá-la.


- Seja o que for, vou tentar fazer dar tudo certo no final. – consolou, pela única alternativa - Prometo a você.

Um pouco mais relaxada, Hermione deu um pequeno sorriso. Desejava mesmo que ele cumprisse




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In the silence of the garden
No jardim silencioso
Moss arizing on the wind
O musgo surge no vento
And the beast is pondering love love love
E a melhor meditação é o amor, amor, amor
'Till the rusty nail grow dim
Enquanto o prego enferrujado cresce turvo (The Clientele - I Can't Seem To Make You Mine)





Hermione abriu os olhos, e ficou contemplando por trás do vidro de sua casa, o lago que nele refletia o nascer do sol, belo e esplêndido. Só de ver seu reflexo, os olhos de Hermione doíam.


Havia dormido pouco durante a noite, e há muito tempo acontecia dela despertar e lembrar sua última conversa com seu melhor amigo. E nela, ela previu que algo aconteceria a Harry, não imaginava o que era e muito menos podia impedir.



I can't seem to make you mine
Eu não posso fazer parecer minha



No dia seguinte da conversa, houve uma invasão aos terrenos de Hogwarts, todos os alunos tiveram que ir batalhar. Hermione jamais tivera a chance de achar Harry entre eles, sua visão somente era preenchida por magias sendo disparadas por todos os lados, a chuva caindo com toda força, a lama espalhando-se e o desespero dos mais novatos, que de toda forma tentavam fugir da maldade dos Comensais, alguns foram fortes o bastante para se esconderem, outros tiveram que pagar com a vida.


Hermione lembrava claramente que em um momento todos batalhavam intensivamente, em outro momento todos estavam correndo na direção de um estrondo enorme vindo da Floresta Negra e no instante seguinte acharam um corpo pálido no chão, pouco a pouco definhando, como se o vento estivesse levando as cinzas do resto de um fogo já inexistente. Ninguém soube com agir ao ver Voldemort, morto. Ela foi a única a ir atrás de quem ela desejava ver, e Hermione sabia que ao correr suas lágrimas de felicidades eram levadas e naquele momento ela queria apenas encontrar seu amigo, contava que encontraria ele vivo. Mas Hermione nunca chegou a encontrar. E suas lágrimas começavam a serem substituídas por puras lágrimas de rancor.



Through the long and lonely night
Uma longa depressão e uma noite sozinha.
And I try so hard, darling
E eu tento o mais dificil, querida
But the crowd pulled you away
Mas a multidão afastou-a
Through the rhythm and the rain
Através do ritmo e da chuva
And the ivy coiled around my hand



Ninguém teve mais notícias de Harry, ele parecia que havia sido sugado pela terra, nenhuma dica, nenhuma pista, nada. Finalmente, depois de dois anos a procura do herói da humanidade, decidiram decretar fim às buscas e deu por desaparecido, a esperança de todos é de que um dia Harry Potter voltasse e festejasse sua vitória, já Hermione apenas o queria ao seu lado e dar-lhe umas broncas por fazê-la passar grandes desesperos ao ouvir alguém dizer que ele estava morto.


Até os Comensais que sobraram, desejavam com ódio e frieza encontrá-lo para destruí-lo. Para o desgosto, também ficaram aguardando a sua volta, para que conseguissem a vingança do que o Menino-que-sobreviveu fizera ao mestre deles, mas nenhuma jura que fizeram foi cumprida, eles cansaram, e resolveram viver escondidos, temendo que o Ministério os pegasse antes de colocarem as garras em Harry Potter.


Infelizmente mais um ano se passou. Harry não apareceu, todos desistiram de esperar, Hermione apenas ficou com suas belas lembranças de seu amigo e decidiu seguir sua carreira, optando por ser advogada, e formou-se em Oxford.

Hermione em um dia avisou a seus pais que recebera uma proposta em uma cidade do interior, dando apoio total a ela e um mês depois foi para uma pequena cidade, onde havia conseguido um novo apartamento.


Uma semana depois, sua mãe apareceu em seu apartamento, tendo algumas malas caídas no chão, chorando, desesperada, abraçando-a fortemente, como se temia a perda dela, quando Hermione soube o motivo, entrou em choque, e seguidamente viu-se chorando junto com sua mãe. E foi assim a noite toda, quando a mãe de Hermione conseguiu se acalmar, ela lhe contou tudo aos detalhes. Com a constante chuva batendo do lado de fora nas janelas, como se o céu compartilhasse da dor das duas mulheres.



Seu pai havia recebido um chamado durante a tarde em seu outro consultório para um paciente que precisava fazer urgentemente a retirada de um dente devido a uma briga que havia se metido na escola. No caminho, a pressa era tanta, ele foi ultrapassar um caminhão e deu de frente com um carro que também vinha a toda velocidade, os danos eram irreparáveis e seu pai morreu a caminho do hospital. Hermione não tinha mais forças, sua mãe lhe fez um chá e para que ela conseguisse dormir.


Uma semana depois do enterro, Hermione decidiu comprar uma casinha simples para sua mãe na mesma cidade, para se sentir melhor, e quando se sentia solitária, sua mãe era seu único refugio. E ela gostava. Mas outro ano havia se passado, e Hermione sentiu-se carente – depois de tanto sua mãe dizer – após um encontro, Rony seguiu ao seu lado, como seu namorado, mas Hermione pôs um fim quando na terceira semana ele a pedira em casamento e planejara os filhos que queria ter com ela. Foi o fim de sua vida social.


E simplesmente um dia, com uma chave que ela recebera pelo próprio Rony dois anos atrás, Hermione foi até a casa do lago, na costa da mesma cidade, lá pode se sentir ela mesma, viver com a natureza, ter um pouco de felicidade, e um novo amigo, para ela e para Bichento, uma gata, batizada como Nina. Mas como sua mãe vinha sentindo-se solitária, a mulher resolveu deixar o velho gato de pernas arqueadas pra fazer-lhe companhia. Hermione, como há muito tempo, havia se encontrado. Como sempre, depois de um tempo, Harry voltou em sua memória, e a solução era levantar durante a noite, esperar o sol nascer, e o ver refletir no lago. Algo que a consolava muito.



So I lingered with the people
Assim eu demoro com as pessoas
In the silent August glade
No período silencioso de Agosto
But the rain has brought the night
Mas a chuva trouxe a noite
And the night has brought the rain
E a noite trouxe a chuva



Hermione somente abandonou o nascer do sol quando não refletia mais nas águas do lago. Ela lhe deu as costas e deixou o aposento da cozinha pegando sua bolsa, a chave Hermione colocou em seu casaco e foi até a porta de entrada da casa. Antes, algo roçou nos seus pés e lhe chamou a atenção com um miado. Hermione olhou para baixo e viu Nina, a gata graciosa, com listras brancas, amarronzada e orelhas pequenas, tendo os pêlos muito afofados, ronrorando e olhando diretamente para ela. Hermione sabia o que aquela pequeno animal queria.


- Você vem ou não? – perguntou Hermione achando graça no jeito que Nina a olhava.


Nina deu uma volta completa em si mesma e pulou para fora da casa, Hermione a acompanhou, suspirando. Em passos largos, as duas chegaram até o carro, Hermione nem precisou abrir a porta, Nina pulou pela janela aberta do carro e permaneceu no banco do carona. Esperando sua dona. Hermione foi até a caixa do correio e colocou uma carta dentro dela e retornou ao carro com as mãos nos bolsos.

Depois de Hermione deixar Nina na casa de sua mãe e foi para o trabalho.


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O carro deslizava sobre o asfalto, do lado neves acumuladas da pequena nevasca que acontecera durante a madrugada. Harry dirigia, sem nenhuma preocupação, respirando o ar frio que vinha de fora da janela.

Harry chegou a uma casa por ele conhecida, feita de vidros, e em parte de sua volta um belo lago, um lugar onde vivia há mais de quatros anos, para poder viver longe do seu passado.


Ele desceu de seu carro e olhou a sua volta, viu a alavanca da caixa de correios levantada, Harry franziu a testa, desde muito tempo não recebia uma carta, muito menos naquele método. Harry saiu de seu carro, com uma caixa e uns pertences que havia conseguido na cidade, caminhou até ela, e pegou a carta que nela havia.


Rapidamente, foi até sua casa, largando a caixa em uma mesa, pegando a carta e abrindo, para ler, uma caligrafia, tão perfeita, e ao mesmo tempo, tão familiar.



“Caro novo morador, seja bem-vindo à sua nova casa. Sou a moradora anterior. E espero que goste tanto de morar aqui quanto eu gostei. Eu pedi para o correio guardar minha correspondência, mas você sabe que nem sempre dá certo...”



Harry se confortou em uma cadeira próxima, lendo atenciosamente, e ele, de alguma forma, tinha a certeza que havia visto essa caligrafia, e por ela, achava ser uma inquilina, sua memória deveria ser muito falha.


“...Se receber algo, poderia enviar para mim? Eu agradeceria muito. Meu novo endereço está abaixo. Muito Obrigada.

Ps.: As marcas de patas na entrada já estavam ai quando me mudei, assim como a caixa no sótão.



Ele levantou-se da cadeira e caminhou novamente para o exterior da casa, Harry andou vagarosamente pela ponte que ligava da casa ao terreno onde as águas do lago batiam e terminavam.


- Marcas de patas? – perguntou para si mesmo, confuso – Do que ela está falando?

Harry procurou por cada canto da pequena ponte, nenhuma marcação de patas foi encontrada. Desistindo, ele voltou para dentro, agora, caminhando até o sótão. E outra vez, nenhuma caixa foi encontrada, abandonou a carta ali mesmo. Seja quem fosse, havia acabado de cometer algum engano.



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Um pequeno toque despertou Hermione e a porta do elevador se abriu, se retirou ansiosa aguardando o encontro com sua nova chefe. Hermione havia sido transferida pela sua dedicatória ao trabalho, e ter ganhado tantos casos.

Caminhou por um corredor, que estava lotado por pessoas, que trocavam comprimentos e agradecimentos, algumas pareciam ser descontraídas, outras, só pela cara, pareciam sérias, somente ligadas ao trabalho. Hermione chegou a uma recepcionista, que pelo o que ela conseguiu ver, ficava encarregada não só de receber as pessoas e também receber os papéis dos milhares de advogados daquele andar. Sem jeito, Hermione aproximou-se dela.


- Oi. Com licença.

- Só um minuto – respondeu a mulher educadamente


Hermione a viu colocar alguns papéis na gaveta, outros sendo arquivados e outros sendo impressos. Ela começou a batucar os dedos no balcão, sua paciência estava se esgotando.


- Preencha a ficha e espera ali. – disse a recepcionista, logo apontando para as cadeiras para aguardar.

- Não. Sou a Srta. Granger, vou trabalhar aqui. – Hermione entregou a ela os papéis de transferência.

- Oh, desculpe Srta. Granger, tudo bem, vou chamar a encarregada. – a recepcionista pegou o telefone e Hermione a ouviu falar com alguém.


Em poucos minutos, uma mulher, que não aparentava ter além de quarenta anos, um ar calmo, pele morena, e corpo formado, apareceu pelo corredor carregando várias pastas e alguns papéis, e foi falar diretamente com ela.


- Srta. Granger, queira me acompanhar, por favor. – Hermione confirmou com a cabeça, e a seguiu. – Sou a encarregada desse andar, pode me chamar de Dra. Klyver. Você vai cuidar de vinte e dois casos neste andar e no próximo

- Vinte e dois? – perguntou Hermione exasperada, pegando as pastas de sua responsável.

- Foi uma manhã calma. Se tiver problemas, pode me chamar, mas não se acostume. – a mulher acelerou os passos, e Hermione teve dificuldade para acompanhá-la. – Os estudantes de direito ajudam com os casos simples.


Uma mulher loira usando óculos estava passando no corredor, e pelo que Hermione percebeu, era outra que devia cuidar dos recados e dos papéis, e a que estava ao seu lado, foi falar com ela.

- O que esse homem ainda faz aqui? – apontou para um senhor sentado com as mãos nos olhos. – Pedi para que um advogado o atendesse.

- O advogado dele vai chegar em quatro horas.

- Ele pode perder um caso em quatros horas. – a mulher suspirou – Deixe para lá. – ela se virou para Hermione. – Srta. Granger, pode ajudá-lo? Direita, esquerda, segundo andar. É a audiência, qualquer coisa, siga as placas. – Hermione afirmou e entregou novamente o que estavam em seus braços para a mulher.

- Certo.

- Siga as placas e volte para conversamos mais. – novamente Hermione afirmou e a mulher seguiu pelo corredor sozinha.

Foi ai que ela percebeu que não sabia o caso do senhor que estava sentado e esperando por alguém. .

- Dra. Kly... – chamou Hermione, e esperou que a mulher pudesse ouvir, mas ao contrário viu ela se distanciar ainda mais.

Hermione foi até o homem e o ajudou a se levantar.

- Vai me levar para algum lugar?

- Espero que sim. – respondeu ela nervosa. – Como está se sentindo?

- Eu vou ganhar o caso?

- Sim. – respondeu ainda mais nervosa. – Com certeza.



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Hermione jogou todos seus papéis, pastas, e sua bolsa, em uma cadeira que permanecia ao lado da porta de entrada, seguidamente, Nina entrou. Desanimada, caminhou até a cozinha e ao acender as luzes, elas ficaram piscando. Ela foi até geladeira, e ouviu miados atrás de si.

- Preciso consertar as luzes, comprar comida para gatos – disse Hermione das luzes piscando para a bola de pelo aos seus pés – e comida para humano. – completou exausta ao ver que não havia nada na geladeira.


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Ao amanhecer, Harry foi até a cidade pegar o que precisaria para a manutenção da casa. Tinha ficado duas semanas fora, e parecia que ela estava prestes a cair.

Tirando do seu carro tudo o que precisaria, ele subiu no telhado da casa segurando juntamente uma mangueira. Precisava retirar as folhas que haviam caído durante o inverno. Era a parte mais fácil de fazer. Depois, novamente trouxe duas latas de tintas do seu carro, para renovar a pintura dos ferros que ficavam como segurança ao lado da ponte.

Harry não reparou, mas inesperadamente do meio de capins secos, uma felina apareceu, e por breves momentos permaneceu sentada olhando o que ele estava fazendo. Ela deu um miado baixinho, atraindo a atenção de Harry. Rapidamente, foi até ele, mas em seu caminho, estava a tampa da lata de tinta, sem prestar atenção, a gatinha pisou, sujando suas pastinhas, e como a porta estava aberta ela correu diretamente para lá.


- Hey, você não pode entrar assim. – disse Harry, mas ela já estava dentro de sua casa.


Ele levantou e foi atrás dela, entretanto, algo o fez parar antes de continuar. A ponte estava com marcas de patas. E a primeira coisa que lhe veio à mente, foi a carta do dia anterior. Harry escutou um miado, e a felina estava parada na porta de sua casa, como se o esperasse. Quando tentou ir atrás dela, ela novamente foi para o interior.


- Venha aqui! – chamou, mas o pedido não foi aceito.


Harry também foi para o interior, e a viu deitada sobre um sofá em sua sala. Ele deu um pequeno sorriso, mas lembrou das marcas de patas, e correu muito depressa para o sótão, aonde havia largado a carta. Harry leu.
E se sentiu meio impressionado ao ler novamente.


“Ps. As marcas de patas na entrada já estavam ai quando me mudei...”


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Hermione em muitos dias, desde o seu trabalho novo, conseguiu ir até a praça com sua mãe, lugar onde as duas gostavam e se descontraiam. Ver as pombas voarem, ouvir os pássaros cantarem, e ver crianças brincando, sentadas num bando, em baixo de uma árvore. Era uma paz total.


- 15ºC no Dia dos Namorados. – disse Hermione após ouvir do rádio de um homem que havia acabado de passar na frente delas. – Não podemos estar na Inglaterra.


- Ouvi por ai que é culpa do aquecimento global. – disse a mãe dela – Os icebergs estão descongelando. A água vai cobrir a terra. – continuou enchendo a boca de mais um pedaço de sanduíche. – Graças a Deus, não vou viver para ver isso. – Hermione riu do comentário, balançando a cabeça negativamente e a abaixando, vendo o livro que estava na bolsa de sua mãe.


- Que livro é esse?


A Sra. Granger seguiu o olhar de sua filha.


- Não é nada, era do seu pai.


- Dostoievski? – perguntou Hermione confusa. Sua mãe confirmou com a cabeça, devido estar com a boca cheia.


- É sobre um cara que parte o pescoço de uma mulher e depois, fica pensando nisso e se arrependendo. – Hermione outra vez riu. A mãe de Hermione abriu o lanche e deu uma olhada para ver o que tinha nele. – Isto está uma delícia.


- É mesmo? – perguntou Hermione, retornando com o olhar na direção do sanduíche.


- É muito bom. – Sra. Granger deu outra mordida, e reparou no olhar perdido de sua filha. – No que está pensando?


Hermione deu um pequeno sorriso.


- Nada. – ela voltou a atenção para o livro que estava lendo.



- Foi duro quando seu pai morreu. Ainda é. – sua mãe permaneceu em silêncio, e a face de Hermione se tornou séria. – Quando leio os livros dele, sinto que ele está ao meu lado. É bom saber que ele folheou as mesmas páginas e leu as mesmas palavras. – Hermione olhou de volta para o livro.


Quando leu a primeira palavra do livro, ela reparou em uma buzina alta, e viu uma derrapada de um ônibus logo atrás. A Sra. Granger pulou para trás com o susto quando o carro e o ônibus bateram.



- Chame uma ambulância mãe. – disse Hermione.



Ela saiu correndo em direção ao acidente, antes ouviu sua mãe atendendo ao pedido dela.



- Por favor, precisamos urgentemente de para-médicos em Dayy Place, um ônibus e um carro acabaram de colidir...



Várias pessoas se aglomeraram em volta do acidente. Hermione começou a pedir passagem para as pessoas. Com muita dificuldade ela conseguiu ver o acidente, a frente do carro estava totalmente amassada, o ônibus apenas estava com alguns riscos em sua tintura, mas um pouco mais para frente, um homem, caído com a barriga virada para baixo, com uma perna esticada, e outra dobrada, os braços estavam esticados, e suas mãos estavam sangrando.

Algumas mulheres ficaram chocadas, tinham as mãos sobre a boca, e podia ver poucas chorando. Hermione chegou até ele, virou para si, para ver pelo menos quem era, mas seu rosto estava banhado por sangue e totalmente irreconhecível, a causa era por ter sido atropelado, segundo ao motorista que o viu tentar atravessar, mas não conseguiu impedir, Hermione sentiu o peso ficar maior em seus braços, e definitivamente ela o deu como morto.










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N/a: huhuhuhuhu... Primeiro, desculpem por não ter postado certinho no domingo, é que eu entro tarde da noite, e a fic ainda precisava ser betada, e como a minha beta (Bruna Jane Granger), não aceita nenhum errinho, eu tive que espera ela terminar e posta na madrugada de segunda. Espero que vocês me entendam. ^^

Segundo, as adaptações não tão sendo tão fácil, então não liguem se eu demorar um pouco mais de duas semanas pra atualizar, teve dia aqui q eu fiquei com a minha beta a madrugada toda discutindo sobre uma adaptação, e foi ela q acabo dando todas as idéias XP ... Isso não é mesmo fácil. Então ela tem seus devido credito nessa fic. Claro que não só ela.


Terceiro, muito obrigada os seis primeiros que comentaram, foi um belo incentivo, todos vocês.



Caroline Marquez: O filme é ótimo, a historia é fantástica, eu ameiii esse filme, não é a toa que eu vo escrever uma fic baseada nele. Só não sei se a fic vai fica bom quanto o filme. Pelo menos, que você tenha curtido o 1º cap. XD


Taís: Se você não viu, veja! É perfeitudo o filme, eu recomendo 100% ... agora quanto a fic, eu desejo fazer tão boa quanto o filme, que seja mais perfeitudo ainda. E espero que você curtiu o 1º cap... o melhor ainda está por vir. =)


Viviane: Ah que bom! Mas o trailer não veio da minha mente, eu praticamente copiei o trailer oficial do filme, eu só fic a tradução dos q eles flam...bom tomara que eu não tenha demorado pra postar, é q surgiu uns probleminhas, mas já resolvidos...que você tenha curtido bastante o 1º cap =D


Vitória: A fic não sei, mas pode ter certeza que vo fazer de tudo para ela ficar tão boa quanto o filme... eu não demorei tanto assim né? E foi mal por ñ ter postado no dia q vc queria, mas é q depois do ano novo fico difícil de eu escrever alguma coisa do cap. Boa sorte na sua leitura. ^^”


Ayame: 08/11!!! Ups, no dia seguinte do q eu prometi, ñ te fiz esperar tanto assim né? XD... ah o trailer é só o trailer, e eu copiei do trailer oficial do filme, ñ veio nd da minha cabeça, só o 1º cap, e espero q vc tinha curtido, se ñ curtiu, recomendo o filme 100% pra vc, é mto bom. =)


Bruna Jane Granger: Ahnnn, minha beta de tds as fics, a imaginadora da fic, a adaptadora da fic, a idealizadora da fic...pra variar, beto muito bem, fico excelente, e olha q eu ñ to puxando seu saco XP ...bom, vc é uma ótima beta reader, isso qnd vc ñ deixa de ver nenhum acento, ponto, virgula, interrogação, e etc etc etc XD ...agradeço por sua ‘betização’, e q espero q vc tenha gostado de betar o 1º cap e curta ainda mais betar os restos dos caps.



Agradeço todos que leram, todos os que comentarem e todos os que votarem, e em breve estarei com o 2º cap, sem demora. XD



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