Eu quero uma arma dura, sim!

Eu quero uma arma dura, sim!



Cap 2 - Eu quero uma arma dura, sim!

-Suragun, ‘cê ‘tá com fome?
-Hummm...
-Gente, o negócio ‘tá difícil, ‘dá pra vocês pararem de me amolar? Eu ‘to dando meu melhor nestas mesas, sabiam?
-Desculpa, é que nós estamos famintos...
-Eu também estou, mas eu não vou gastar meu único P.O.!
-Tanto faz, eu não sinto fome mesmo.
-Você não sente fome? Como você faz isso, Bobby?
-Controle mental, só.
Eu estava realmente cansado de falar o menu completo para todos. E ainda por cima, tinha que ser com um sorriso bem grande. O mais legal era que nos meus momentos de folga eu sempre tentava queixar as mulheres que estavam lá, mas acabava virando motivo de chacota entre os outros funcionários e, principalmente, Bobby e Ton-Ton.
-E aí, gata. Você vem sempre aqui?
-Lógico, eu trabalho aqui.
Não deu certo, mas eu sou insistente!
-Doeu muito quando você caiu do céu, meu amor?
-Vai doer muito do tapa que eu vou te dar se você falar mais alguma besteira comigo!
Segunda que não deu certo, vou para outra!
-Você é a sogra que toda nora pediu aos Deuses.
-Não é o contrário, não?
-É, é o contrário sim.
Nunca dava certo, mas eu não desistia nunca!
-Desisto.
-Ganhei a aposta! Só três hoje antes d’ele desistir!!- falou o Bobby com várias P.P.s nas mãos.
-Você estava fazendo aposta para saber quantas mulheres eu ia queixar hoje, era?!!!
-Era.
-Pelo menos quanto nós ganhamos?
-Sem essa de nós, quanto EU ganhei hoje.
-Tá saidinho, né...
-Fazer o que, né? Apuramos 7 P.P.
-Já dá pra merendar. TON-TON!!!!!!!!
-Que foi?
-Vamo cumê!!
Pedimos um porco assado e pra beber, como não poderia deixar de ser, CERVEJA! Nos deliciamos com o porco. Infelizmente na hora em que eu estava jogando conversa fora com Bobby(que estava bem mais sociável) e Ton-Ton(que estava bebendo suco de laranja)...
-Você está enrolando na hora do expediente, hein?!
-Se você sabe a resposta por que pergunta?
-Ixi, foce eu ia pra casa agora.-tirou um sarro legal Bobby.
-Cara, cala a boca...-Ton-Ton percebeu cara do barman.
-VOCÊ POR UM ACASO SE LEMBRA QUE EU SOU SEU CHEFE?
-Ah é mesmo, né? Nem me lembrava, ó.
-É o que, filho da...!!!
-Assim não vale.
-Agora mesmo, pare!
-Impare! Acho que eu venci...
O barman sacou seu imenso machado(era outro maior, o antigo tinha sido estraçalhado pela máscara de Bobby). Eu, com minha força descomunal saquei... A VASOURA! Eu o dei uma vassourada. Nem se mecheu. Ele quebrou a vassoura com uma machadada. Nem me mechi. Eu voei mesmo. Quando eu acordei estava fora da taverna e Bobby e Ton-Ton estavam comigo. Eu tinha sido despedido. Bobby estava com o meu salário:7 P.O.s.
-Eu quero uma arma dura.
-Armadura?
-Não, arma dura.
-Mas você é muito magrinho para usar uma armadura.
-Não é ar-ma-du-ra, é ar-ma espaço du-ra.
-Que legal, ele sabe soletrar!-falou Ton-Ton.
-Eu tenho um arma dura, quer ver?
-Sem sacanagem, né?
-Olha.-e então Bobby foi com suas mãos em direção as suas calças.
-Ei, peraê. Já perdeu a graça.
-Graça de que?-ele tirou sua kataná de madeira.
-Há, bom. A KATANÁ...
-E tu pensava que era o que?
-^_^’
-Ó o cara, ‘tá me estranhando, é?
-Vamos logo para algum lugar longe daqui.
-Certo, Ton-Ton.
-Nós vamos comprar uma arma, uma arma dura!
-Não vem com essa de novo.
Procuramos muito, mas conseguimos achar um ferreiro na cidade.
-Bom dia.-disse educadamente o ferreiro.
-Bom dia, senhor ferreiro.-falou com um grande sorriso Ton-Ton.
-Bom dia, senhor.-falou por educação Bobby.
-Ai meu braço...-eu gemi.
-O que desejam?
-Nós queremos uma arma dura!-falei bem sério.
-Para qual dos três?
-Para mim.
-Tenho algo que combina com você.-e troce uma peitoral de uma liga metálica bem amassadinha para ficar fina.
-Mas eu não quero uma armadura, quero uma arma dura! Quero uma arma que seja resistente por que a última que eu usei... Uma desgraça.
-Qual foi sua última arma?
-Uma vassoura...
-O que?
-Uma vassoura.
-E o que você quer agora?
-Um báculo seria bom. Preciso de um leve e fácil de se usar. Não preciso dizer que quero um baratinho.
-Você é um mago, certo?
-Sim.
-Se é assim, por que pediu algo barato?-ele falou enquanto olhava as prateleiras para encontrar algo para mim.
-É que eu fui para uma escola de magia quando meus pais eram ricos, mas eles faliram e eu tenho que me contentar com um dinheiro reduzido.
-Entendo. Tenho esse aqui. É produzido em larga escala, mas é bom para iniciantes. Vale 5 P.O.
-Ele é bom, mas é produzido em larga escala. Eu queria algo mais com a minha cara, entende?
-Lógico que entendo. Os produzidos em larga escala são mais baratos, mas eu posso fazer um para você á moda antiga.
-Como assim?
-Aqui não é uma loja. Não compro das cooperativas todos os itens daqui. Eu sou um ferreiro, gosto de fazer armas sobre encomenda.
-Mas não sairia mais caro?
-Sim, sairia, mas eu posso te fazer um desconto.-o velho falou com um sorriso.
-Por que você me faria um desconto?
-Vocês são jovens. Aventureiros, certo? Já fui um aventureiro a muito tempo atrás. Me conte o que lhe impulsiona para a aventura e eu te dou o desconto se eu gostar.
-Bobby, Ton-Ton, sentem-se. A história é longa.
Contei desde o início, desde a luta com meu pai. Contei como fiquei amigo de Ton-Ton e Bobby. Contei também sobre a doença misteriosa da minha mãe. Não me esqueci de contar sobre o amigo do meu pai e como estava tendo dificuldades em encontrá-lo. Lógico que contei as cantadas que eu dava, ele riu muito nesse momento. Contei de quando fui despedido e, lógico, do meu diário.
-E é assim que aconteceu. Vai me dar um desconto?
-Engraçado, você olhou o endereço da minha lojinha antes de entrar?
-Não, por quê?
-Olhe agora atentamente.
Fui olhar, não vi nada muito diferente. Voltei e repeti.
-Rua da esperança, 108. Na cidade principal da ilha principal de Agua.-o velho sorria e eu não entendia nada, quando...-O ENDEREÇO É ESSE!!
-Você demorou um pouquinho a entender. Eu sou Talo, o espadachim de aço. Seu pai era muito bom, sabia?
Após uma longa conversa com Talo, acertamos que eu ia pagar 10 P.O.s pelo báculo. Dei as especificações sobre como eu o queria e tudo mais.
-Vou levar uma semana.
-Tudo isso?
-Lógico, eu vou fazer um bom trabalho para meu afilhado.
-Afilhado? Você é meu padrinho?
-Sim, mas você nem se lembra de mim, não é?
-Não, mas eu vou indo. Tenho que procurar outro emprego. Até logo. Há, quando nos encontrarmos de novo você me fala onde está a cura.
-Antes de você ir me responda uma pergunta: onde está seu identificador?
Não disse nada, apenas soltei meu imenso cabelo e joguei para ele. Fui andando em direção de um igreja. Preferi deixar o destino me guiar para um boa. No caminho vi muitas pessoas. Algumas meio-peixe e outras humanos. Vi muitos comerciantes e quando andei pela costa (todas as cidades das ilhas são encostadas no mar) vi muitos barcos despejando seus carregamentos.
Chegando a igreja fui ver qual o deus cultuado lá. Justiça.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.