O Labirinto Sombrio



N/A:: A música inserina na fic é a
We Might As Well Be Strangers – Keane. Não poderei responder os coments hoje por falta de tempo, prometo no próximo cap responder ok? Beijos imensos no coração de vocês.



O Labirinto Sombrio



A porta da sala da Ministra da Magia abrira-se calmamente, Hermione ajeitara os óculos na face ao ver a cabeça de Harry aparecer em sua sala, o amigo nunca perdera o jeito educado e simples de ser. Organizou a pilha de papel na qual mexia e fez sinal para que o velho amigo adentrasse em sua espaçosa sala.

- Como vai Harry? – Ela sorria carinhosa levantando-se e dando um grande abraço no amigo.
- Bem, bem! Muito tempo que não nos vemos...
- Oh, nem me diga! Ás vezes acho que os problemas do Ministério jamais acabarão... – A senhora sorria e sentava-se indicando um lugar para o amigo sentar.
- Malfoy não deve estar gostando nem um pouco disto...
- Ele anda ocupado com as empresas... Sabe como ele é, sempre arruma um jeito de se ocupar, principalmente agora que juntou a você e Rony para desvendarem algo mais sobre a tal profecia dos rapazes...
- É verdade, temos trabalhado duro... – Harry dava um sorriso fraco.
- Como vai Gina? – Hermione guardava a pilha de papel numa gaveta.
- Bem, excelente para dizer a verdade... Ela e Sophie estão com muitos planos para o St.Mungus, grandes médicas que se juntaram, sabe como é...
- Sei, sei... Mas me diga Harry, qual foi o verdadeiro motivo que lhe trouxe aqui? Conheço-lhe muito bem para saber que não é de aparecer no Ministério apenas para jogar conversa fora, se fosse assim apareceria em um dos meus almoços em família no final de semana...
- Você realmente tem ficado igual ao Malfoy... – Harry gargalhava alto. – E para frisar, os almoços que você citou, são os almoços que seu marido detesta!
- Ele não tem que gostar mesmo! – A mulher sorria abertamente. – Pelo menos ele aprendeu a ser um pouco menos anti-social...
- Ah Mione, como eu queria que nossas preocupações nestes tempos fossem apenas a rebeldia de Malfoy em questão dos almoços de domingo...
- O que lhe aflige Harry? – Hermione parara de rir instantaneamente ao ver a preocupação na face do amigo.
- Essa carta chegou para mim hoje antes do nascer do Sol... – Ele retirava uma carta amassada do paletó e estendia a mulher.

Hermione franziu o cenho e ajeitou novamente os óculos na face, abriu a carta e leu todo o conteúdo com os olhos lacrimejando, não podia acreditar que aquilo estava acontecendo.

- Está dizendo que...
- Eles desapareceram... – Harry retirava os óculos e os limpava com um paninho de bolso.
- As coisas estão saindo de controle... – A mulher o encarava severa.
- Não Mione... Ás coisas já saíram de controle há muito tempo...


Longe dali em um dos corredores de Hogwarts, um grupo de garotas conversava no meio do intervalo de uma das aulas, quem as visse naquele momento as acharia um tanto normal...

- Eu não acredito que você vai ter que sair com meu irmão! AHioahIOAHo – Amy delirava de tanto rir da amiga ruiva junto de Meg e Ashlee.
- Não vejo graça nenhuma! – Suzan emburrava.
- Mas nós vemos! AhioaHAIOhaio – Meg gargalhava alto.
- Quem mandou desafia-lo para um duelo? Isso tudo é culpa sua... – Ashlee ria ainda mais.
- Tá bom! Já chega! A graça acabou! – Suzan cruzava os braços e encostava-se na parede.
- Tudo bem Su, não vamos tirar sarro de você por muito tempo... – Meg debochava. – Talvez apenas nos próximos séculos... AhioaAHoahioHaio...
- Enquanto Suzan sai com Draco, Amy e Harry namoram... Eu ainda não ‘tô acreditando que você virou minha cunhada! – Ashlee sorria carinhosamente para a loira.
- Nem me fale... – Amy tentava parecer empolgada em vão.
- Você não parece muito...

Ashlee parar instantaneamente a frase ao encarar um sonserino cabisbaixo passando pelo corredor, a visão de Blake era de partir o coração, ele a olhou tristemente e abaixou os olhos seguindo seu rumo, o que fez todas as garotas virarem o olhar para a Potter do meio, a garota apenas engolira seco e virara de costas tentando ignorar a visão de um Zabine em estado depressivo.

- É impressão minha ou você tem evitado o Matt e o Blake? – Meg perguntara séria.
- Impressão sua! – Ashlee respondia mal criada ajeitando a mochila nos ombros.
- Ok, me diz o que aconteceu entre você e meu irmão! – Suzan franzia o cenho.
- Não aconteceu nada! O que é isso? Um complô de ruivas contra mim? – Ashlee girava os olhos.
- Ash você saiu mais cedo essa manhã da sala comunal apenas para não ver o Matt! E ontem quando eu entrei no dormitório seu cortinado estava fechado! – Amy falava ponderada.
- Matt e eu temos problemas como todos os casais! E sobre o cortinado... Hã... Estava claro demais! Bem eu vou indo, tenho aula da Parkinsin agora, e vocês sabem como ela é quando nos atrasamos! Vocês vêm ou vão ficar aí?
- Tenho aula com a Kian... – Meg encarava a amiga levemente se despedindo das outras com um aceno de cabeça.

Enquanto isto em uma aula de Herbologia...

- Eu não acredito... – Draco reclamava baixinho.
- O que foi? – Blake perguntava ao amigo adentrando a sala e apanhando um pedaço de carne de dragão enquanto Carter segurava uma planta carnívora.
- Minha irmã...
- O que tem? – Blake tornava a pergunta enquanto colocava o pedaço de carne na boca da planta.
- Está namorando o Potter! – Draco suspirara revoltado.

Carter soltara imediatamente a plana, o que a fez dar uma bela mordida no braço de Blake, o Sonserino berrava de dor, todos os alunos tentavam socorrer o sonserino enquanto Carter parecia ter entrado em um estado de choque e Draco suspirava decepcionado.

- Ainda tinha a esperança de Amy se apaixonar por um Sonserino que valesse a pena, mas nãããoo ela tinha que se apaixonar pelo Pottinho! – Resmungava Draco. – BLAKE QUER PARAR DE DRAMA!
- Amy está com o Potter? – Carter franzia o cenho.
- Está! – Draco confirmava. – Argh, será que vocês podem arrancar essa planta logo do braço dele antes que ele me deixe surdo com esses berros? Diabos!

Carter ficou fitando a cena de seu amigo revoltado indo tirar a planta com os dentes enfiados na pele de Blake, sempre soube que as Plantas Carnívoras Romenas eram muito selvagens, mas nem tanto, mas o que importava o braço ensangüentado de Blake naquele momento? Amy estava com o POTTER! O POTTER! O MISERÁVEL BONZINHO POTTER!!! Ela lhe devia boas explicações.

Harry sorria abobadamente do outro lado da estufa, nem se preocupava se Blake quase havia perdido um braço, estava feliz por demais e isto era visível. Finalmente estava com Amy e isso era mais do que perfeito, notou um olhar de fúria de Draco sobre si, mas sabia que aquilo era esperado, o que não esperava era que Trent o encarasse com tanta raiva de uma vez só.

- Hey... Harry... – Jay o chamava.
- Hum? – Harry voltava sua atenção ao amigo.
- Por acaso você e o Trent andaram se estranhando?
- Não... Quero dizer... Sei lá! Você sabe como são esses Sonserinos!
- Hum... Entendo... – Jay voltava sua atenção para os olhos furiosos de Carter.

Ás aulas daquele dia foram tranqüilas, Ashlee desaparecia toda vez que via Blake ou Matt, enquanto Harry e Amy continuavam juntos, Suzan estava sempre em alguma conversa animada junto de Megan, ás coisas realmente pareciam estar “bem”. E a hora do jantar logo surgira, todos estavam tranqüilos sentados as mesas quando a diretora Tonks levantou-se, o que significava que ela faria um aviso.

- Obrigada pela atenção... – Ela sorria amavelmente. – Tenho um comunicado a todos alunos de Hogwarts e é claro para os professores... Como sabem temos a ilustre visita de Katty Koppitz neste ano, e bem... A Srta.Koppitz além de ser uma excelente cantora, demonstrou ter ótimas idéias! Ela me sugeriu há uma semana que fizéssemos O Baile Glamour de Hogwarts, onde todos estarão trajados em trajes a rigor e se divertiram com uma excelente festa!

O murmúrio fora geral, todos pareciam extremamente empolgados com a tal notícia do baile, era algo quase fora do normal, depois de tal aviso Tonks não conseguira falar mais nada, apenas a data do baile, o resto do jantar fora puro agradecimento a Katty e comentários sobre qual roupa usariam em tal evento.

Enquanto isto na Mansão Potter, uma mulher de belos cabelos loiros estava sentada frente a penteadeira, ela escovava as madeixas douradas com uma profunda paciência quando alguém bateu-lhe a porta do quarto.

- Sim?
- Sra.Potter, a Sra.Malfoy encontra-se na sala lhe esperando... – Um pequeno elfo falava carinhosamente.
- Diga a Hermione que já estou descendo... – Melanie sorria levemente.

Retocou o batom vermelho nos lábios e jogou os cabelos para trás dos ombros, em seguida saindo do quarto e descendo a imensa escadaria, sua mãe estava lá, lhe esperando em sua sala, abriu um imenso sorriso e a abraçou com ternura.

- Mamãe, é tão bom recebe-la!
- Também senti sua falta querida...
- Onde está papai?
- Infelizmente não pôde vir... Querida, acho que devemos conversar... – Hermione falava tristemente.

O rosto da bela dama de cabelos loiros se tornou triste, sabia que quando a mãe tinha aquele tom era que ás coisas não andavam bem, sentou-se no belo sofá vinho e indicou um lugar para a mãe, Hermione sentara-se sem cerimônia e encarou os olhos muito azuis da filha.

- Recebi uma carta do setor de inomináveis esta manhã...
- E?
- Cold e os outros desapareceram na missão...
- As crianças... Elas... Elas já sabem? – Melanie prendia o choro.
- Mandei uma carta agora a pouco a Tonks, certamente serão informadas...
- Que Merlim nos proteja agora, está tudo nas mãos dele... – As grossas lágrimas escorriam pelo rosto pálido da mulher.

De volta ao castelo, todos estavam tão felizes com a noticia do Baile que nem notaram duas corujas adentrando a janela e pousando a mesa dos professores, uma muito negra e a outra amarronzada, ambas muito belas. Tonks retirou as duas cartas dos bicos das corujas, e se retirou da mesa dos professores indo para sua sala, para ler tal conteúdo.

Harry estava em uma conversa animada com Jay quando fora chamado pela Profa.Kian junto de Ashlee, Amy e Suzan, pôde ver Meg sendo chamada do outro lado da sala pela Profa.Wood e Blake, Draco e Carter pela Profa.Parkinsin, algo não estava nada certo e isto era fato, pôde ver a cara indignada de Cassy, Lily e Dean por não terem sido chamados, mas resolveu ignorar e seguir a professora até a sala da diretoria.

Tonks estava com os cabelos no tom de um azul marinho, o que só acontecia quando ela estava muito preocupada, os oito alunos adentraram a sala e ficaram frente a mesa da mulher que possuía duas cartas nas mãos.

- Obrigada por traze-los professoras... – Tonks falara calma.
- Quer que nos retiremos? – Pansy perguntava friamente.
- Não, creio que não será necessário, apenas... Srta.Wood, peço-lhe que converse com os outros três sim?
- Sim senhora... – Samantha se retirava da sala deixando todos os alunos junto de Pansy, Rachel e Tonks.

A tensão pairava no ar de uma forma que poderia ser cortada com uma tesoura. Blake respirara fundo e Ashlee notara seu braço completamente enfaixado, em outros tempos ela daria um berro e perguntaria o que ele havia feito com o braço, mas naquele momento só conseguiu abaixar os olhos e ignorar tal fato.

- Eu tenho uma notícia para vocês oito, não muito agradável... – Tonks respirara fundo. – Ou melhor... Para vocês sete... – Ela encarava Carter com o canto dos olhos.
- Algum problema com nossa família? – Harry perguntara sentindo um aperto no coração.
- Os pais de vocês sete, desapareceram em uma missão a dois dias, tenho aqui uma carta da avó de vocês para mantê-los cientes de tal assunto...
- E o que eu tenho haver com isso? – Carter perguntara levemente. – Sem querer ofender, mas eu não sou da família deles...
- Sua madrasta faleceu Carter... – Rachel falara num tom de mágoa que fez o Sonserino arrepiar-se.

Todos naquela sala tremeram ao ouvir tais palavras, aquilo significava que Carter não tinha mais ninguém! Ele estava completamente órfão! Blake e Draco não puderam evitar o olhar de consolação para o amigo. No entanto Carter apenas engolira em seco e saíra da sala sem falar com ninguém.

Por mais que Amy quisesse ficar e ouvir mais sobre o que estava havendo com seu pai, seu coração falou mais alto e ela soltara da mão de Harry e saíra da sala atrás de Carter, Harry sentiu mais uma vez um aperto em seu coração no mesmo instante que sentira o aperto de Meg em sua mão.

- Ela só vai consola-lo sabe como Amy é... – A ruiva murmurara.
- O que mais sabe sobre o sumiço de nossos pais Tonks? – Draco falara numa voz rouca.

Carter tinha lágrimas nos olhos, mas jamais iria derrama-las, um nó havia formado em sua garganta e ele tinha a impressão de que aquilo lhe sufocaria e ele morreria em segundos.

- TRENT! ESPERA!!! – Amy corria em direção ao rapaz.
- O que quer Malfoy? – Carter virou-se para a garota com os olhos extremamente verdes.
- Você está bem? – Ela perguntara o encarando nos olhos sem medo nenhum daqueles olhos que expressavam tanta dor.
- Não preciso de sua pena Malfoy! – Ele virara novamente de costas.
- Hey! EU não te fiz nada! Não precisa me tratar assim! – Ela o puxava pelo ombro.
- Ah não? Ok... Você sempre reclamou quando eu te tratava bem, agora que te trato mal você também acha ruim? CRESCE MALFOY!
- Basta Trent! – Ela parava frente a ele.

Era visível a diferença de tamanho, Amy batia abaixo dos ombros de Carter, ele a encarava nos olhos, os olhos dela tão azuis lhe transmitiam uma paz quase inexplicável, mas ele lembrara-se que ela estava com o Potter e isso lhe fez desviar os olhos e dar um sorriso sarcástico.

- E então Amy, me conta como é essa vida de gostar de um e namorar com outro?
- CALA A BOCA! – Ela berrara dando-lhe um belo tapa na face. – Você não sabe de nada ok! Realmente foi uma idiotice pensar que você aceitaria minha ajuda!
- Escute bem Malfoy, eu não preciso de NINGUÉM! NUNCA PRECISEI ESTÁ ME OUVINDO? – Ele berrara e seguira em passos rápidos para seu lado do castelo.

A loira o fitou desaparecer no corredor, ele estava abalado e isso era mais que visível e por mais que ele tentasse esconder, sua dor era berrante.

- Você precisa sim Carter... – Ela murmurou girando os calcanhares e indo em direção a Grifinória.

Saindo da sala de Tonks, Draco girava sua varinha nos dedos, ele vira Meg conversar algo com Harry, de longe e Blake ir em direção a Sonserina em passos rápidos assim como Ashlee fazia indo em direção a Grifinória, aquilo sim era ridículo, ambos fugiam de um problema que deveriam resolver juntos! Encarou Suzan ao seu lado e sorriu debochado, murmurando um feitiço e fazendo uma bela caixa de presente aparecer em suas mãos.

- Está aqui seu vestido para amanhã... – Ele sorria maroto.
- Ficou louco? Nossos pais desapareceram em uma missão!
- Grande coisa, me diz quando eles não desaparecem e depois fazem uma entrada Triunfal no Ministério? Qual é Ruiva, você os conhece tão bem quanto eu! – Draco girava os olhos.
- Enquanto ao Trent! A madrasta dele MORREU!
- Pelo que conheço Carter ele não vai tocar no assunto e fingirá que não está sentindo nada, então ele azarara alguns Lufas-Lufas e ficará tudo bem...
- Eu acho que você não entendeu...
- Não entendi o quê?
- EU NÃO VOU SAIR COM VOCÊ!!!!
- Dando para trás ruiva? – Draco sorria com o canto dos lábios. – Será mesmo uma grande humilhação perante Hogwarts, uma Grifinória sem palavra!
- Você é um idiota... – A garota apanhava a caixa das mãos de Draco e as segurava firmemente saindo dali.

Draco havia ficado sozinho no corredor, nem havia notado o idiota do Potter sumir junto de Meg, respirou fundo e caminhou até a janela do corredor, as estrelas estavam brilhando intensamente.

- EU sei que você está bem velho, então volta logo... Mamãe detesta quando você faz essas coisas...

Rachel analisara Draco saindo dali, aquele era um momento perfeito para testar os jovens, os filhos dos marotos. Sorriu levemente e caminhou até seu quarto onde certamente Samantha e Katty a aguardavam, adentrou o quarto e as fitou ali, ambas calmas folheando livros.

- Como foi com os outros três? – Rachel perguntara a Sam.
- Pareciam acomodados com o fato dos pais desaparecerem, parece que já é costume... – Sam girava os olhos.
- Que olhar é este Rach? Parece que tem algo na cabeça... – Katty analisava a amiga.
- Estava pensando... Eles andam em um momento que suas emoções estão a flor da pele, por mais que neguem estão preocupados com os pais...
- O que quer dizer... – Katty sorria levemente.
- Devemos começar a testa-los... – Rachel concluía encarando Sam.
- O Labirinto Sombrio seria uma boa provação... – Samantha encarava as amigas.

A manhã de sábado estava nublada, Amy estava na sala comunal tentando dar boas explicações a Harry por ter ido atrás de Carter, enquanto Ashlee parecia ter uma conversa definitiva com Matt e pela cara do loiro a conversa não estava indo tão bem assim. Jay estava jogado no sofá vermelho quando vira Lily aparecer na escada do dormitório feminino.

- GENTE! GENTE! Eu sei que vocês tem muito o que conversar, mas eu tenho aqui uma pessoa que está LINDA! – Lily sorria sapeca correndo para os braços do namorado.
- Aposto que seu irmão a fez usar um daqueles vestidos vermelhos em “V”... – Harry sorria maroto.

Mas a visão fora outra, Suzan estava perfeita! Mas não com um vestido vermelho em “V”, na verdade ela trajava um vestido tomara que caia lilás com detalhes laranjas, a verdade era que o vestido brilhava lindamente, certamente escolhido com alguém que possuía um excelente gosto! Suzan não havia ficado Sexy, mas havia ficado extremamente bela.

- Uau... – Murmuraram os Grifinórios na sala.

As bochechas da garota entraram num estado beta e ela desceu as escadas, logo recebendo mil e um elogios de Ashlee, Amy e Lily.

- Sabe, você devia agradeceu meu irmão! Ele nem te fez usar aqueles vestidos que você tem medo! – Amy sorria vitoriosa.
- Realmente, Draco se superou desta vez! Eu quero um destes de natal! – Ashlee sorria marota.
- É melhor eu encontra-lo logo... – Suzan respondia corada.
- Ah mas isso nós temos que ver de perto! – Ashlee puxava as amigas em direção a porta.

Harry apenas gargalhou e seguiu-as junto de Jay, certamente ver Suzan entrando em uma carruagem junto de Draco seria o assunto principal de Hogwarts nos próximos meses. Ao chegarem ao salão principal puderam ver o loiro encostado em uma pilastra junto de Blake e Carter, os três sonserinos pararam de conversar instantaneamente ao verem a Grifinória de cabelos flamejantes.

- Ainda bem que eu disse que se você a colocasse sexy eu te matava! – Blake sorria abertamente.
- Ainda acho que ela ficaria melhor com o vestido branco em V... – Carter sorria debochado.
- Está pronta para nosso encontro ruiva?

Suzan girara os olhos ao ver Draco lhe oferecer o braço, logo o tomando e seguindo com o loiro em direção a uma das carruagens fora do castelo, o que gerara muitas gargalhadas dos alunos daquela escola.

Carter olhara Amy magoado assim como Blake fizera para Ashlee, os dois sonserinos logo pegaram uma carruagem e saíram dali.

-E então? Vamos também? – Harry sorria para Amy.
- Eu e Ash vamos na carruagem com vocês! – Megan aparecia sorridente ao lado de Ashlee.
- Eu acho melhor não ir eu e Matt bem...
- Terminaram! Já era de se esperar! Agora vamos beber tomas e sermos felizes! – Meg sorria marota para a amiga.
- Você tem razão! – Ashlee sorria fracamente.

Hogsmead nunca parecera tão cheia quanto naquele dia, Carter e Blake estavam parados frente a casa dos gritos quando escutaram um barulho tremendo vindo da direção dos limites de Hogsmead, ambos trocaram olhares cúmplices e correram em direção ao local.

- E então ruiva, o que quer fazer primeiro? – Draco sorria de lado.
- Dá para parar de me chamar de ruiva?
- Qual é Suzan, você está muito estressada!
- VOCÊ ME ESTRESSA!
- Jura? Nem tinha notado... – O loiro debochava.

Ambos caminhavam pelas ruas quando escutaram o barulho, sabiam que algo estava errado, Suzan retirara as sandálias de salto fino e dera para Draco as segurar, ambos correram com as varinhas erguidas em direção do barulho.

Assim como Harry, Amy, Ashlee e Megg haviam escutado o barulho e estavam no mesmo local que eles, os oito estavam lá, sem entender o motivo de mais ninguém estar ali, apenas eles, será que apenas eles haviam escutado tal barulho? Mas isto era impossível! Fora do comum!

- Vocês também escutaram? – Meg perguntava.
- Sim... Mas o que... – Suzan estava quase respondendo quando sentira o chão faltar em baixo de seus pés.

Um enorme buraco se formara debaixo dos oito jovens ali, e eles caíram, caíram numa imensidão negra, sem nem notar que três bruxas estavam com as varinhas erguidas antes deles caírem. Katty, Samantha e Rachel logo fecharam o enorme buraco, o teste havia começado.

Amy abrira levemente os olhos ao sentir uma gota cair sobre sua face, vira Harry se levantando com dificuldade assim como os outros, a loira sentia o corpo inteiro doer.

- Como... Como viemos parar aqui? – Harry perguntava com dificuldade.
- Blake? Você tá bem cara? – Carter perguntava ao amigo.
- Sabe o braço mordido pela planta assassina? – Blake falara ofegante.
- Planta Carnívora! – Draco o corrigia.
- Não importa... – Blake falara dentre os dentes. – Eu acho que eu o quebrei...
- Deixe-me dar uma olhada... – Suzan aproximava do irmão logo dando um grito assustado.

Embaixo do braço do Zabine mais velho poderia-se ver uma serpente morta, Blake arregalara os olhos, os dentes da cobra estavam em seu braço enfaixado, e pelo visto o dente havia perfurado a faixa e lhe atingido a carne.

- Eu vou morrer... – Ele murmurara baixinho.
- Ninguém aqui vai morrer! – Ashlee falara o encarando nos olhos, logo desviando o olhar.
- Temos que arrumar um jeito de sair daqui... – Harry comentava olhando para os lados.
- E o que sugere Potter? Que criemos asas e voemos? – Draco ironizava.
- Em primeiro lugar deveríamos fazer outra pergunta... – Meg falava ponderada.
- Onde estamos? – Draco perguntava encarando as paredes os cercando.
- Em um labirinto... – Harry respondera encarando o final do corredor.
- Ótimo! Pensei que estávamos menos ferrados... – Carter girava os olhos.
- Gente, vocês não acham que hum... – Amy falava encarando as paredes.
- As paredes estão... – Ashlee arregalava os olhos.
- CORRAM! – Blake berrara ao ver as paredes se mexerem.

Fora sorte eles correrem a tempo, já que das paredes começaram a sair flechas e espinhos venenosos, se ficassem para trás certamente estariam mortos, Ashlee vira que Blake corria mais devagar, o veneno da cobra parecia estar fazendo efeito, vira de longe Draco puxar Suzan para uma direção oposta.

- VAMOS NOS SEPARAR!!! – Berrara o loiro de longe.

Ashlee só teve tempo de agarrar Blake e correr, pouco lhe importava se estavam sem se falar, apenas queria salva-lo. Vira um chão abrir debaixo de Amy e Carter bem à frente deles e ambos caírem e o chão se fechar, o desespero de Harry e Megan logo aumentou quando uma parede surgira na frente de ambos.

- ASHLEE!!! BLAKEE!!! ESTÃO NOS OUVINDO??? – Harry berrava socando a parede sem obter resposta.
- Foi tudo uma armadilha... – Meg batia os pulsos no chão. – COMO PUDEMOS SER TÃO TOLOS DE CAIRMOS?
- Temos que manter a calma... – Harry respirara fundo passando ás mãos pelo rosto. – Temos que pensar como vamos sobreviver e ajudar os outros.

Suzan encarava as quatro paredes lhe cercando, ela e Draco estavam presos em um cúbico, sabe-se Deus onde, aquilo só podia ser castigo, além do mais estava começando a ficar frio ali. Ela tentava todos os tipos de feitiço contra aquela parede, mas sua varinha parecera decidir não funcionar, assim como a de Draco a segundos antes quando ele tentara explodir tal parede.

- Acho que você não é tão burra para perceber que magia não funciona aqui... – Draco falara debochadamente.
- Eu não acredito que estamos presos juntos! – Ela reclamava.
- Sabe, se você calasse a boca, iria facilitar! – Ele falava com a típica voz arrastada.
- Droga... – A ruiva murmurava.
- O que foi agora? – Draco girava os olhos.
- Você não é humano? – Ela erguia as sobrancelhas. – Não sente frio?
- Sim, sou humano, e não... Não sinto frio! – Draco sorria debochado retirando a blusa e jogando para a ruiva.
- Obrigada... – Ela murmurara baixinho.
- O que disse? Não ouvi direito... – Draco sorria levemente.
- Eu disse obrigada! – A ruiva girava os olhos.
- Ah sim, agora que está se comportando como uma pessoa normal eu posso te ceder um espaço para se sentar ao meu lado... – Ele apontava para seu lado.

A ruiva sorrira levemente caminhando e sentando-se ao lado do loiro, pôde ver os pêlos do braço do mesmo arrepiados, certamente ele estava com frio, mas ela sabia que ele negaria até a morte.

- No que está pensando? – Ele perguntara a garota ao vê-la com o cenho franzido.
- Estamos por nossa conta agora... – Ela falara tristemente. – Fico pensando se nossos pais apareceram e nos tiraram dessa, aí eu me lembro que eles devem estar com problemas muito maiores...
- Você sabe como os velhos são... – Draco encarava os olhos da garota. – Se metem mais em confusão do que nós mesmos, que nem aquela vez que meu pai comprou um Rabo Córeneo Úngaro e destruiu metade a minha casa?
- Sim eu me lembro... – Suzan gargalhava alto. – Tio Cold nunca foi muito normal...
- Hey! O que está dizendo, meu pai é a normalidade em pessoa!
- Ah sim claro! – Suzan ria mais ainda.

Ambos se encararam mais uma vez e ficaram sérios.

- Sabe... Você deveria mostrar esse seu lado mais vezes... – Ela falara abraçando o próprio corpo.
- Esse é meu único lado Suzan... – Ele a encarara com os olhos azuis enigmáticos. – Cabe a você a me deixar lhe mostrá-lo mais vezes...

Ela sentiu os pêlos de seu corpo arrepiarem-se cada vez mais, Draco tinha um belo corte na bochecha e estava completamente imundo, ela estava da mesma forma, no entanto sentia o frio aumentar cada vez mais, até que... Até que ela levara a mão até a face machucada do loiro, ele a encarou com um carinho tremendo enquanto ela deslizada o dedo indicador sobre a ferida, ele aproximara-se dela calmamente e a ruiva fechara os olhos querendo sentir a próxima sensação, que nem tão cedo seria sentida. O teto começara a desabar aos poucos o que fez o clima antes formado desaparecer, Draco abraçara Suzan contra seu corpo afim de protege-la a qualquer custo, tinha que sair dali, ele estava determinado a sair dali e salvar sua ruiva, ela o abraçava assustada quando escutou uma pedra cair sobre as costas do loiro.

- DRACO! – Ela berrara.
- Tá... Tá tudo bem... – Ele falava com dificuldade sentindo algo atravessar-lhe a carne.

O teto desmoronava e as paredes começavam a se fechar, ele enfiou a mão no bolso retirando a própria varinha, rezando para que conseguissem sair dali.

- Confia em mim? – Ele murmurara no ouvido da grifinória.
- Muito... – Ela respondera segurando mais forte no loiro.

Ele apertara a varinha em suas mãos, estava tão concentrado e determinado em proteger Suzan que nem se tocou da luz azul brilhante em sua varinha lhe envolvendo a mão, num piscar de olhos ele e Suzan não estavam mais naquele cúbico, estavam em uma gruta, outra parte do Labirinto, frente a eles um belo lago de águas cristalinas e pedras os cercando, Suzan encarou Draco assustada, ele arfava e parecia sentir muita dor.

- Você tá legal? – Ele perguntara arfante.
- Você está sangrando! – Ela assustava vendo na barriga do rapaz uma poça de sangue.
- Eu sei... – Ele sorria fracamente.
- Como você consegui nos trazer para cá nesse estado? Como conseguiu fazer aquela magia?
- Isso eu não sei... – Ele levava a mão ao ferimento. – Apenas sei que temos que sair daqui...

Ele tentara levantar-se sem sucesso, Suzan o segurara em seu colo, Draco tinha o rosto muito pálido e a respiração bem pesada, tinha que tira-lo dali o mais rápido possível, o deitara em seu colo de maneira acolhedora, não sairiam dali agora.

- Eu não vou conseguir sair, é melhor você ir e buscar ajuda... – Ele falava com dificuldade.
- Não vou deixar você aqui!
- Sonserinos sempre são deixados para trás...
- Eu sou Grifinória e não é por você ser um escroto idiota que eu vou te deixar para trás!
- Obrigado pelo elogio... – Ele sorria debochado.

Ele cerrara os olhos azuis ao sentir a mão da ruiva tocar-lhe os cabelos os acariciando, acomodou-se naquele colo tão quentinho e respirou fundo, parecia que a dor aumentava a cada milésimo de segundo.

- Seu colo...
- O que tem? – Suzan o encarava séria.
- É macio... – Ele abrira os olhos azuis a fitando.

Ela engolira em seco e sorrira levemente, Draco voltara a fechar os olhos azuis e parecia adormecer, Suzan retirou a blusa do loiro que vestia fazendo um tipo de travesseiro e deitando o loiro ali, caminhou até o pequeno lago apanhando um pouco d’agua com as mãos e levando até a ferida de Draco tentando a limpar, quando a água gelada tocara a pele do mesmo ele comprimira um urro de dor, Suzan o olhou com carinho ao vê-lo abrir os olhos levemente.

- Faça o que tem que fazer eu agüento... – Ele a encarava sério.

A garota rasgara uma parte do belo vestido que trajava, molhara a parte rasgada no lago e voltara com a mesma limpando o ferimento, este era fundo e possuía um pedaço pontudo de pedra enfiado.

- Tenho que retirar a pedra... – Ela falara séria.
- Eu agüento... – O loiro fechara os olhos azuis.

Suzan possuía as mãos delicadas, encarou o ferimento do garoto e respirou fundo, com os dedos segurou firme a pedra enfiada na barriga do loiro e foi a puxando com força, Draco urrava de dor, ela queria parar de faze-lo sofrer daquela maneira, mas sabia que não podia, tinha que ser sábia, tinha que pensar com a cabeça naquele momento e não com o coração, então ela puxara com toda a força tal pedra a arrancando e a jogando longe, rapidamente estancando o sangue com a parte do vestido rasgado. Os olhos de Draco estavam encharcados com lágrimas e ele arfava como nunca.

- Já acabou... – Ela levava uma mão dele até a ferida tampada com o pano.
- Graças a Merlim... – Draco sorria fracamente.

Suzan o encarara carinhosamente e repousara a própria cabeça no ombro do rapaz, Draco a abraçou com um braço e beijou-lhe a cabeça como quem dissesse que tudo acabaria bem, para ela não se preocupar. A garota cerrou os olhos tentando conter uma lágrima teimosa e levou a mão com a varinha, agir com a mente foi a coisa mais difícil que ela fizera, ela teve de agir com sabedoria e não com o coração, ainda sentia sua mão suja com o sangue de Draco tremer. Sem notar que sua varinha emanara uma luz cor de rosa fazendo o ferimento do loiro cicatrizar, Draco estava em estado nostálgico, apenas adormeceu abraçado a grifinória e logo Suzan fizera o mesmo.

Blake estava deitado encostado na parede, sentia seu braço formigar o que significava que o veneno estava se espalhando por todo seu corpo, olhara levemente para Ashlee, com tanta gente naquele labirinto ele tinha que ficar preso justo com ela? Voltou sua atenção para o braço ferido e começou a desenfaixa-lo.

- Você... Hum... Está bem? – Ashlee perguntava envergonhada.
- Se está bem, é estar em um labirinto maluco, sentindo que pode morrer a quase momento com uma garota que você gosta, mas que lhe detesta... É estou ótimo! – Ele ironizara girando os olhos.
- Eu estava falando do braço! – Ashlee girava os olhos.
- E eu te respondi... – Blake dava os ombros.
- Você tem que ser irritante sempre?
- E você tem que ser mandona sempre?
- Eu não vou discutir com você! – A garota esbravejava sentando do outro lado.
- Ótimo! – Blake girava os olhos, logo soltando um muxoxo de dor e apertando o braço.
- Me deixe me dar uma olhada... – Ela voltava a ele.
- Nem pensar! Da última vez que você olhou um ferimento meu piorou tudo! – Ele puxava o braço de volta.
- Ora não seja ridículo! – Ela puxava o braço dele de volta. – Me deixa cuidar disso...
- Por que não vai cuidar do seu namorado perfeito?
- Não estou mais namorando... – Ashlee retirava os dentes da cobra do braço do garoto.
- Hum... – Blake a encarava intensamente.
- Você, hum... Anda me parecendo triste...
- O mais triste é quando você percebe que perdeu alguém que ama...
- Não quero falar deste assunto! – Ela soltava o braço dele e levantava-se.
- Você nunca quer falar! Qual é Ash eu te beijei!
- Já disse que não quero falar sobre isso!
- Você me beijou!
- EU ESTAVA FORA DE MIM!!!
- É tão ruim sentir algo além de amizade por mim? – Blake falara magoado levantando-se com dificuldade.
- Eu não disse isso!
- Mas lendo as entrelinhas é isso que quer dizer! – O sonserino se exaltava.
- Para com isso... – Ashlee o encarava magoada.
- Eu não tenho vergonha de admitir que me apaixonei pela minha melhor amiga Ashlee... Sou homem o suficiente para admitir que nunca fui um exemplo de pessoa, eu gosto de você! Não sei porque, não sei como... Mas eu gosto ok? E quer saber... Você também gosta de mim!

A garota o encarou com os olhos encharcados de lágrimas, Blake a olhava intensamente e aquele olhar dele de expectativa era de matar qualquer um. Ela abriu a boca várias vezes para lhe responder algo que ela não sabia o que, no entanto a voz não saía. Fora então que eles começaram a ouvir passos, ambos viraram-se assustados para trás, a parede ao lado de ambos abriu-se assim que eles viram um imenso trasgo atrás deles, Blake agarrara a mão de Ashlee e correra em direção da parede aberta, o Trasgo balançava seu bastão nas mãos e destruía as paredes ao lado. Blake sentia-se tonto, o veneno queimava em seu corpo como fogo, as mãos de Ashlee enlaçadas as suas de certa forma lhe confortavam, até que eles chegaram em um lugar sem saída.

- Estamos sem saída! – Ashlee falava desesperada. – Se ao menos essa droga funcionasse! – Ela sacudia a varinha.

Blake vira o trasgo aparecer a sua frente, puxou Ash para mais próximo que pudera de si e beijou-lhe a boca com fervor, a garota assustou-se com a reação do garoto, na mesma velocidade que ele colara os lábios ao dela, ele os separara.

- Eu te amo... – Ele murmurara.

Ele empunhara a varinha, se fosse morrer, iria morrer lutando! Foi algo surpreendente, a varinha do Sonserino brilhara magnificamente num tom amarelado, Blake não falara nada, no entanto um jato amarelo saíra da mesma atingindo o Trasgo e o transformando em pó. Blake olhara por cima dos ombros, Ashlee estava embasbacada, então ele caiu, caiu inconsciente no chão sujo do labirinto. A grifinória correra ao seu encontro, tocando-lhe a face carinhosamente.

- Blake... – Ela chorava deitando sobre o corpo inerte do garoto.
O chão debaixo deles desaparecera, transformando-se em grama, ao redor deles apareciam árvores, Ashlee apenas chorou, sentia a pele de Blake ficando gelada e seu coração bater cada vez mais devagar.

- Não morre... Blake... – Ashlee o sacudía. – Por favor... BLAKEEEEEE!!!!

O berro da garota ecoara por todo labirinto, um berro de desespero e dor. Megan arrepiou-se por inteira, Harry encarara os olhos azuis da amiga assustado, Megan tremia sentia medo.

- Eu ouvi um grito, sinto que algo de ruim está para acontecer... – Ela falara nervosa.
- Eu também... – Harry encarava os lados. – Eu também...
- O que vamos fazer? Temos que ajudar os outros...
- Eu não sei... – Harry abaixava a cabeça.
- Não abaixe a cabeça Potter! – Megan tocava-lhe o queixo com o dedo. – Lembra o que seu pai te ensinou? Nunca abaixe a cabeça, seja qual for à situação...
- Eu não saberia o que fazer sem você aqui... – O moreno sorrira fracamente.
- Eu sei que você não vive sem mim! – A garota sorria abertamente. – Vamos, temos que encontrar uma saída...

Megan puxava Harry, ambos andavam pelos corredores do labirinto, o moreno sentira admiração pela ruiva, sim... Era raro ver alguém, enfrentar uma situação daquelas com tanta tranqüilidade. Meg era baixinha, mas parecia ser uma gigante por sua bravura, se ele podia sempre confiar em alguém era nela. A garota sorrira levemente para ele, não sabia o que estava acontecendo consigo, mas estava achando Harry mais interessante de uns tempos para os outros, ela que jurou jamais se apaixonar. Balançou a cabeça tentando afastar tais pensamentos, foi quando ela o olhara, havia algo atrás de Harry um tipo de manto negro, sabia que a varinha não estava funcionando, mas tentaria mesmo assim.

- HARRY ABAIXA!!! – Ela berrara.

Uma luz laranja cercara a varinha da garota e o jato de luz atacara o tal manto negro, Harry correra sacando a própria varinha, assustou-se ao ver o manto negro revidar o feitiço de Meg e este a acertar em cheio, a fazendo bater a cabeça contra a parede e cair inconsciente.

- MEGAN!!! – Ele berrara tentando correr até a garota sendo impedido pelo manto negro. – FILHO DA MÃEEE!!!

Sem pensar duas vezes o moreno enfiara a própria varinha no manto, sua varinha adquirira uma luz avermelhada e uma explosão fizera o manto desaparecer e Harry voar longe caindo inconsciente ao lado de Megan, ele certamente teve alguns ossos quebrados após aquilo.

Amy sentia-se extremamente confortável e quente, abriu os olhos levemente, estava enrolada em uma camisa bastante suja e bem maior que si, olhou ao seu redor, Carter estava de costas a ela, suas costas cheia de cicatrizes, algumas até abertas, ele parecia tentar abrir uma parede feita completamente de pedra, parecia que eles estavam presos em algum tipo de poço. Ela sentou-se com dificuldade o encarando, pigarreou para chamar sua atenção o que fez o sonserino virar-se.

- Onde estamos? – Ela perguntara fracamente.
- Em uma espécie de poço, magia não funciona aqui... – Ele falara cansado.
- Droga... – Ela muxoxara. – Obrigada pela blusa...
- Pode ficar se a tirar vai sentir frio... – Ele falara virando de costas para a garota e fitando a outra parede.
- Desde quando um Sonserino se preocupa com uma Grifinória?
- Eu não estou me preocupando com você, estou evitando que você fique tremendo de frio e reclamando em minha cabeça! – Ele falara um tom arrastado.
- Você é realmente incrível! – Ela girara os olhos tentando se levantar. – Ai! – Ela muxoxara.

Carter voltara o olhar para ela, a garota pôde ver a preocupação nos olhos do rapaz, mas do jeito que ele era, negaria até o fim que estava preocupado com ela.

- Ai meu joelho... – Ela reclamara.

Ele a olhou sério e caminhou até a mesma agachando e rasgando um pedaço da blusa que dera para ela, puxando em seguida o joelho da mesma sem nenhuma delicadeza e fazendo um tipo de curativo.

- Isso vai imobiliza-lo por um tempo... – Ele falara friamente.

Amy ficou o encarando de cenho franzido, ele parecia extremamente magoado com ela, respirou fundo e encostou em uma pedra da parede o que fez a mesma abrir-se e revelar uma imensa sala, Carter a encarou com os olhos arregalados, Amy levantou-se com dificuldade, ambos adentraram tal sala que possuía uma estrutura muito antiga. No centro da sala um imenso espelho prateado com dourado, ao redor da sala podia-se ver várias estátuas em formas de serpentes. Amy caminhou até frente ao espelho, enquanto Carter analisava tais estatuas.

- Deve ser alguma sala relacionada a Sonserina... – Ele encarava a serpente de olhos de esmeralda.

Amy encarava séria o espelho, fora quando uma imagem destorcida aparecera no espelho, uma mulher um pouco mais velha que ela, mas com a mesma aparência, a mulher sorria abertamente.

- Amyy... – A mulher a chamava e lhe oferecia a mão.
- Que é você? – a garota perguntava sentindo um aperto no coração.
- Venha Amy... – A mulher tornava a chama-la.

Carter encarara a garota hipnotizada pelo espelho, sabia que já havia visto aquele espelho em algum lugar, fora quando lembrou-se, O Espelho dos Demônios, tal espelho tinha ligação com o inferno e fazia com que os Bruxos malignos do passado se ligassem com os bruxos de magia branca e fizessem com que suas almas fossem devoradas, ele vira a Grifinória erguer a mão como se fosse adentrar o espelho e sentiu um desespero nunca sentido antes.

- AMYYYYYY!!!! – O garoto berrara.

Ele correra como louco em direção a garota e vira um homem sombrio no espelho, ele segurava o reflexo de Amy pelo pescoço.

- SOLTE-A! – Carter ordenava.
- Você não manda no mundo dos mortos garoto...
- EU MANDEI SOLTÁ-LA!!! – Ele berrara mais uma vez.

O homem dentro do espelho erguera os olhos assustado, uma luz negra começara a cercar o corpo de Carter, e os olhos do mesmo estavam ficando num verde intenso.

- O que um Herdeiro das Trevas quer tanto com uma garotinha como esta? – O homem perguntara com os lábios crispados.

Conforme o ódio de Carter aumentava a luz negra aumentava, até que o homem desaparecera do espelho e o corpo de Amy caíra estatelado no chão, logo um homem com cara de cobra surgira frente ao espelho, tal homem possuía olhos vermelhos cor de sangue e uma aparência sombria.

- Pode tentar fugir, mas não conseguirá negar o que você é... – O homem com cara de cobra falava.

A luz negra emanada pelo corpo do garoto estraçalhara todo o espelho, os olhos que estavam verdes intensos voltavam a cor castanho esverdeado, ele sentia todo seu corpo doer, Amy abrira os olhos e se assustara ao ver Carter com tanta energia das trevas em volta de si, ela levantara-se com dificuldade o encarando.

- Você... – Ela falara assustada.
- Sou o mal em pessoa... – Carter falara fracamente caindo sentado no chão fazendo toda energia desaparecer.
- Impo... Impossível! Você é o Trent!
- Sou o Herdeiro das Trevas, e matarei todos os bruxos que não quiserem seguir o lado das Trevas...

Os olhos de Carter demonstravam o quanto ele temia aquilo, Amy caminhara vacilante até ele caindo em cima do mesmo e o encarando.

- Você é Carter Trent, melhor amigo do meu irmão e o cara que sempre acaba me salvando... – Ela falava segurando a face do garoto para encara-la.

Carter engolira seco quando sentira a garota colar os próprios lábios nos seus, fora como se todo ódio que ele sentira a segundos antes, transformara-se em paz e em tranqüilidade, como se Amy conseguisse controlar todo o mal que havia dentro de si. Ele a abraçou fortemente enquanto a beijava, ao terminar o beijo ele a abraçou contra o peito e chorou, sim ele chorou. Derramou as lágrimas que queria derramar desde pequeno, lágrimas de tristeza, dor e desespero.

- Eu vou ficar ao seu lado sempre... – Amy falara tristemente.

I don't know your face no more
Eu não reconheço seu rosto mais
Or feel the touch that I adore
Ou sinto seu toque que eu adoro
I don't know your face no more
Eu não reconheço seu rosto mais
It's just a place, I'm looking for
É apenas um lugar a qual procuro


Se podia ver os cabelos ruivos de Suzan encostados no peito nu de Draco, a mão do mesmo segurando o pano ensangüentado, ambos de olhos cerrados, ambos pareciam exaustos.

We might as well be strangers in another town
Nós também podemos ser desconhecidos em outra cidade
We might as well be living in a different world
Nós também podemos viver num mundo diferente
We might as well...
Nós também podemos
We might as well...
Nós também podemos
We might as well...
Nós também podemos


Ashlee chorava sobre o corpo inerte de Blake, passando o dedo indicador sobre o lábio do garoto, o encarava, ele ainda de olhos fechados e colara os lábios aos dele.

- Volta pra mim...

I don't know your thoughts these days
Eu não sei seus pensamentos nestes dias
We're strangers in an empty space
Nós somos desconhecidos num espaço vazio
I don't understand your heart
Eu não entendo seu coração
It's easier, to be apart
É mais fácil estar separado


Os corpos desmaiados de Megan e Harry no chão sujo do labirinto, ambos com machucados visíveis, no entanto pareciam estar com o melhor sonho de todos, pareciam relaxados e tranqüilos.

We might as well be strangers in another town
Nós também podemos ser desconhecidos em outra cidade
We might as well be living in a different world
Nós também podemos viver num mundo diferente
We might as well...
Nós também podemos
We might as well...
Nós também podemos
We might as well be strangers
Nós também podemos ser desconhecidos
Be strangers
Sermos desconhecidos


Amy adormecera sobre o corpo de Carter, escutando as batidas do coração do garoto, enquanto ele acariciava os cabelos loiros da mesma. Ele agora sabia que realmente não poderia mudar nada sobre si, ele era do mal e isto era fato.

For all I know of you now...
Por tudo que eu sei que você sabe...
For all I know of you now...
Por tudo que eu sei que você sabe...
For all I know of you now...
Por tudo que eu sei que você sabe...
For all I know of you now...
Por tudo que eu sei que você sabe...


No entanto, ao estar com Amy sentira que poderia evitar tudo de ruim que poderia fazer, ao estar com ela se sentia menos imundo, menos cruel, se sentia apenas... Humano.

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