Sonhos e Lembranças



Sabia que naquele momento todos estavam lhe encarando e estava ciente de que alguns dos presentes se surpreenderiam com o que ele tinha a falar, Lupin tomou fôlego e continuou.



_ Depois... Depois da morte de Dumbledore, a Ordem ficou sem um líder então eu realmente não sabia com quem deveria falar, mais presumo que eram em vocês _ disse indicando os presentes _ que ele confiaria.



Mais uma pausa.



_ Estive conversando com uma velha amiga, ela é uma antiga auror e alguém de minha inteira confiança e acho que da de Dumbledore também, _ Harry o olhou curioso _ ela não esteve presente na primeira formação da Ordem por motivos particulares mais acredito que agora ela será de grande valia para a Ordem.



Ele olhou para os presentes mais uma vez.



_ Eu gostaria de pedir a integração de Sarah McKinnon a Ordem da Fênix _ disse por fim em tom formal se sentando novamente a espera de uma resposta.



Ouviu-se o barulho de metal batendo na madeira, Slug que segurava o garfo até então o deixara cair, o Sr. Weasley sempre tão simpático o olhava feio, McGonagall encarava Lupin como se ele acabasse de falar um palavrão especialmente cabeludo, Moody arregalara o olho normal enquanto o mágico girava freneticamente, Hagrid sorria feito criança que ganhara um presente. Harry pensou reconhecer o nome da tal Sarah, mais não se lembrou de onde, olhou para os amigos mais estes apenas encaravam Lupin curiosos.



_ Lupin, você sabe muito bem porque ela não esteve na Ordem da primeira vez, e não acho que seja prudente trazê-la de volta agora. _ disse McGonagall seria.



Então ela sabia quem era a mulher, pensou Harry mais porque não a queria na Ordem?



_ Trazê-la de volta? _ Lupin perguntou ele _ Você acha que ela já não esta aqui? Só a quero na Ordem porque acho mais seguro do que deixá-la agir sozinha.



McGonagall o encarou incrédula.



_ Ela não pode ter voltado, não agora, é muito perigoso.



Lupin pareceu concordar com ela.



_ Algum de vocês poderia, por favor, nos dizer quem é essa tal Sarah? _ Jorge fez a pergunta que todos gostariam de saber a resposta.








Sarah se encontrava inerte em seus livros mais uma vez, aproveitara a noite para retomar suas pesquisas, as havia deixado de lado, já era hora de voltar, afinal quanto mais tempo demora-se mais distante ele poderia estar.



Sarah esfregou os olhos, o sono já a vencia, não dormira bem as ultimas noites, mais não queria parar agora, tomou mais um gole do café que fora trazido por Willy e tentou se concentrar mais uma vez.

Não deu certo.

As letras se difundiam diante de seus olhos, não demorou muito para que Sarah caísse no sono. Estava dormindo sentada, com a cabeça jogada para frente sobre o braço em uma posição nada confortável mais isso não importava agora.



Ela estava em um grande salão iluminados por centenas de velas, e por lareiras colocadas estrategicamente a cada sete metros, apesar da quantidade de fogo Sarah sentiu sua espinha congelar com o frio cortante que estava sentindo. O salão não era nem de longe tão magnífico quanto o de Hogwarts, mais ainda era belo, uma beleza mórbida que o deixava com um ar triste, tristeza essa que era espelhada na face de seus ocupantes.



Havia centenas de pessoas ali, talvez até milhares, todas cochichando entre si como se temessem ser ouvidas. Sarah começou a andar pelo aposento, os presentes a olhavam intrigados quando passava o que causava mais burburinhos. Eram na maioria homens, reparou ela, ocasionalmente via alguma mulher e pensou ter visto uma criança mais esta logo desapareceu. O salão era imenso, não conseguia vislumbrar seu fim, não havia janelas ali e ela também não encontrou nenhuma porta ao alcance de seus olhos, mais então de onde vinha esse maldito frio. Ela continuou andando, esfregando as mãos para espantar o frio até que algo chamou sua atenção, sentado próximo a uma lareira a pouco mais de alguns metros. Um homem de vestes gastas estava curvado sobre o fogo na tentativa frustrada de se aquecer. Ele tinha cabelos negros rente ao ombro, Sarah não pode ver o rosto mais havia algo de familiar naquele homem.



Ele se virou, como se tivesse sentindo que alguém o observava. Ao reconhecer aquele rosto Sarah levou a mão à boca e sentiu uma lagrima quente escorrer pelo seu rosto. "Não pode ser!" pensou ela, ele estava mais magro e muito abatido, mais aqueles olhos, elas os reconheceria em qualquer lugar. O homem a encarou pareceu confuso por um instante, sorriu, parecia a ter reconhecido, aquele sorriso! O sorriso iluminou sua face, Sarah teve certeza que era ele. Ele se levantou indo até ela, ele tinha dado dois passos quando ela sentiu uma pontada na barriga que a fez se curvar dor. Ele estacou assustado e de repente começou a correr, mais uma pontada essa mais forte, Sarah ela olhou para o próprio abdômen, tentou gritar mais a voz não saiu. Ela se viu sendo sugada por alguma coisa. Agora ele corria a toda velocidade, outra, Sarah começou a tremer freneticamente, não sentia mais o chão sobre seus pés. Uma ultima pontada.



_ SARAH! _ Ele gritara o seu nome, foi a ultima coisa que ouviu antes que desmaiasse de dor.



_ Sarah, Sarah, Sarah acorda! _ ela se sentiu sendo sacudida, se lembrou que estava no seu escritório e que provavelmente havia cochilado, sentiu algo macio sob seu corpo, com certeza já não estava mais no escritório, alguém a colocara na cama, mais quem?



_ Sarah! _ a voz de seu irmão soou assustada, ela abriu os olhos lentamente. Lá estava ele, debruçado sobre ela com um olhar assustado. Era sempre assim, sempre que lhe acontecia algo, lá estava ele desesperado ao menor sinal de fraqueza, Sarah o entendia, também se sentia assim com relação a ele, talvez fosse assim porque sempre fora só os dois.



Sarah tentou se sentar na cama mais não conseguiu sua barriga ainda estava dolorida. Sua barriga dolorida? Mais por quê? Viu a feição do irmão relaxar ao perceber que ela acordara, ele a ajudou a se ajeitar na cama e a encarou em silencio por alguns segundos como se a avaliasse. Ela sorriu.



_ Quanto tempo eu tenho "Doutor"? _ perguntou ela sorrindo.



Ele a encarou bravo e ela imediatamente se arrependeu da chacota.



_ Não devia brincar com isso! _ ralhou-ele.
_ Desculpe _ disse ela com sinceridade alguns segundos de silencio_ O que veio fazer aqui? _ perguntou depois de algum tempo.
_ Willy me chamou, _ disse apontando o elfo que a encarava preocupado o lado da cama _ ele ficou preocupado com você, me disse que você não anda comendo e nem dormindo!



Sarah lançou um olhar assassino a Willy que dizia claramente, "Seu fofoqueiro", o elfo se encolheu envergonhado.



_ E nem pense em ralhar com ele, ouviu? _ disse John _ Ele só estava cumprindo seu dever!
_ Eu só cochilei um pouco, nada de... _ tentou explicar mais foi interrompida pelo irmão.
_ Nada demais? Você chama o que eu vi lá embaixo quando eu cheguei de nada demais? Você estava se contorcendo Sarah, aos gritos, eu nunca vi você daquele jeito, parecia que estava sendo torturada.



Sarah arregalou os olhos assustada, não esperava por isso, então ela realmente gritara? Passou a mão pela barriga e fez uma careta ao contatar que ela ainda doía. O que isso queria dizer? Será que o que vira fora mais do que um sonho?




Gotas de chuva batiam no vidro da janela sem produzir nenhum ruído, o céu estava cinzento e a lua minguante quase desaparecia entre as nuvens. Desde que voltara para Londres Sarah, presenciara mudança de clima estremas, neblina durante todo o dia, chuvas repentinas, já chegara a ver até mesmo algumas pedras de granizo isso tudo em plena época de estiagem. Os trouxas atribuíam essas variações climáticas ao tal efeito estufa, já ela o chamava de efeito Voldemort.



John acabara de sair, mais é claro, não antes de um longo sermão sobre como deveria ser mais cuidadosa com a própria saúde e nem antes de fazê-la prometer que o chamaria se tivesse algum problema, dizendo que voltaria pela manhã. Sarah se sentia agradecida pela preocupação do irmão mais sempre fora independente, não gosta de preocupar ninguém.



O "sonho" que tivera não lhe saia da cabeça, ver ele daquele jeito lhe machucara, mais do que ela poderia ter imaginado. O sorriso quando a viu. _ Sarah se permitiu um sorriso triste _ o sorriso ainda era o mesmo assim como os olhos.



_ Ah, aqueles olhos! _ disse ela baixinho. Ela se virou para o criado mudo ao lado da cama encarando o porta retrato, o pegou com cuidado, se lembrou do dia em que aquela foto fora tirada, o último passeio a Hogsmead. Hogsmead... Há quanto tempo não ia até lá, a saudade de repente apertou seu peito. Ela se virou na cama abraçando o porta retrato e sentiu um leve desconforto no abdômen, o que seria aquela dor afinal? Mesmo no sonho ela não fazia sentido! Ajeitou-se entre os travesseiros abraçando o porta-retrato com cuidado para que não quebrar-se e logo voltou a dormir.








Lupin encarou Jorge algum segundo, indeciso sobre o que deveria falar, se decidiu por contar a verdade, ou só parte dela.



_ Sarah, é uma velha amiga Jorge, estudou em Hogwarts na mesma época que eu, apesar de não sermos do mesmo ano, acabamos nos tornando amigos.



Jorge pareceu não se convencer no que foi acompanhado pelo irmão.



_ Ta, se ela é só sua "velha amiga" por que eles fizeram essas caras _ Fred apontou McGonagall, Slughorn e Moody _ quando ouviram o nome dela? E porque não é "prudente trazê-la de volta"?



Remo abriu a boca e tornou a fechá-la, não sabia o que dizer.
Tonks encarou o namorado curiosa.
Fred sorriu em triunfo. Havia algo a mais.



_ Por favor, Sr. Weasley _ começou Mcgonagall _ acredito que isso não seja um interrogatório. Você perguntou quem era ela e Remo respondeu, se não esta satisfeito sinto muito mais é só o que precisa saber. _ Fred fez uma careta, mais não disse mais nada. Minerva pareceu satisfeita e continuou agora se dirigindo a Lupin _ Já que não tem jeito _ disse a contra gosto _ leve ela na próxima reunião.








Os dias passaram lentamente durante aquela semana, eles estavam ficando cada vez mais nublados. Gina estava mais uma vez trancada em seu quarto revisando pela terceira vez o mesmo livro. Ela não encontrara nada, pesquisara em todos os livros que tinha em casa, mais não havia nada em nenhum deles. Gina fechou o livro com um baque. Não adiantava, não tinha nada ali. Mais onde poderia ter?



Pelo que entendera da breve conversa de Harry, "Horcrux" deveriam ser algum tipo de objeto "Esse é o segundo, ainda faltam quatro até chegarmos no cara-de-cobra", as palavras de Harry ressonaram na sua cabeça, havia pelo menos seis, e o que ele quis dizer com "...até chegarmos no cara-de-cobra"? Ele só poderia estar falando de uma pessoa, Daquele-que-não-deve-ser-nomeado. Gina sentiu o sangue congelar por um segundo. Se ela estivesse certa os Horcruxes deveriam ser relacionados a Artes das Trevas. Uma idéia passou pela sua cabeça, afinal onde mais poderia encontrar tais informações?



Ouviu passos no corredor, deveria ser sua mãe jogando os livros para de baixo da cama e apagando a varinha ela se jogou na cama bem a tempo, sua mãe abrira a porta um segundo depois.






A chuva havia cessado, mais o céu da sempre movimentada Londres continuava nublado e o dia permanecia frio. Mais Harry não estava interessado, caminhava tranquilamente pela antiga rua, Hermione e Rony olhavam para todos os lados como se esperancem um ataque repentino. Harry se permitiu um leve sorriso ao perceber o nervosismo dos amigos. Aquela rua estava morta, não havia ninguém ali. Ele também estava nervoso, mal conseguia disfarçar a inquietude de estar novamente ali, a primeira vez fora através das lembranças de Dumbledore.



Harry sentiu um alivio momentâneo ao reconhecer o pátio vazio a sua frente, temeu não encontrar o lugar. Mais alguns passos e ele se viu de fronte para um prédio quadrado com uma aparência sinistra. O lugar parecia abandonado, as janelas estavam pregadas, as plantas precisavam de poda e as grades estavam enferrujadas. Parou por alguns segundos, se virou para traz a procura dos amigos, Rony havia abraçado Hermione tentando aquecê-la. Harry sentiu a tensão aliviar ao perceber o olhar decidido dos amigos. Sua mão se fechou em torno da falsa horcruxe em seu bolso, por algum motivo ele passara a carregá-la consigo.



Voltou a se virar para a porta, girou a maçaneta apreensivo e surpreendentemente a porta se abriu.



N/A: oi, * desvia de um cruciatus* gnt me desculpe, eu sei q eu demorei, eu sei q o cap ta minúsculo + meus planos ñ deram muito certo. O Plano era o seginte, eu ia posta dois capítulos + a capa, + infelizmente ainda ñ deu pra termina o segundo, minha vida anda muito enrolada, + ele sai logo eu juro. Hum ñ vai da pra mim responde os coments tbm! Acabei de chega da escola, tive simuladão, ta td a minha família q se resume basicamente em umas 40 pessoas aki em ksa(e isso só inclui os mais próximos, isso q da minha vó num ter tv em ksa) pq é meu niver e eu ainda tenho q fazer um trabalho de literatura p/ amanha!
Bju!!!

Obrigado ao Marcio, a Amanda, Lize Lupin, Renata Darkness, Joy, Renata Darkness e Kizzy

Capa*: A capa foi presente da Kissy Slytherin , obrigado!!

Kika

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