Comemoração aos 10 anos do H.P







- Gabrielle, eu já estou mais do que atrasada, vamos! - batidas na porta - Gaby... Pelas barbas de Merlin, você não precisa se arrumar tanto pra ir trabalhar...

- Informe isso para a antipática da Becky! - a voz soou abafada e chorosa - Ontem ela me disse que meu cabelo estava mais branco do quê o da avó dela, e olha que a avó dela tem 188 anos, Gina! 188 anos!

- Gaby, seu cabelo É branco - o múrmurio abafado deu lugar ao choro histérico da garota, contrastando com os xingamentos da mesma - Que tipo de doença você tem?

Entre os soluços cada vez mais altos e melodiosos, em razão a descendência veela, Gabrielle gritou de dentro do banheiro:

- Pode ir na frente...

- Olha Gaby...

- VAI NA FRENTE! - diante do tom de voz ameaçador da amiga, Gina resolveu não contestar.



O elevador estava vazio, e depois de todos os acontecimentos da semana, chegava a ser estranho aquele silêncio geral. Desde o ocorrido com Draco e Blaise, Gina não ficara sozinha, então não teve muito tempo para pensar sobre o assunto, mas também não esqueceu.

Finalmente reformulando sobre tudo aquilo, Gina concretizou perguntas, que desde então vagavam como nuvens em sua cabeça: Blaise ainda a ama? E se ama, por quê aquilo no passado? E quais eram as intenções de Draco? Apenas levá-la para cama? Por quê ela própria se entregou daquele jeito? Sempre que parecia chegar a uma linha coerente de pensamentos, surgia um novo fato que embolava todas as linhas, dando um verdadeiro nó em sua cabeça, tipo de coisa que não ocorria a muito tempo


PLIM


Ainda atordoada, e sem conseguir as respostas para as perguntas que estavam remoendo em sua cabeça, Virgínia saiu do elevador.
Caminhando de forma distraída em direção a um dos muitos sofás verdes aveludados da portaria, por muito pouco não avistou uma cena no mínimo suspeita. Em uma das salas com paredes de vidro, encantadas para abafar o som e feitas especialmente para negociar com clientes do hotel, Malfoy e Zabine estavam sentados no sofá, e conversando de forma aparentemente pacífica, como se nada tivesse acontecido.

Curiosa, Gina entrou na sala, e sem que eles percebessem se posicionou atrás de uma planta estranha, a qual volta e meia produzia ao longo de suas folhas amareladas um musgo nojento. Aguçou então os ouvidos:

- ... meus 50 galeões, Blaise.

- Mas você se quer cumpriu sua parte da aposta, não ouvi ela gemendo enquanto chamava por você - ambos riram

- Iria, se você não aparecesse na hora errada - o loiro cruzou as pernas, olhando vagamente em direção a planta onde Gina se escondia - Por um instante achei até que fosse entregar tudo, mas sua atuação foi realmente boa. Se eu não fosse quem sou, suas lágrimas me comoveriam - para o alívio da garota, ele desviou seu olhar, agora mais uma vez para Blaise.

Gina começou a sentir uma ardência no ombro, mas não se importou no momento, apenas se inclinou com cuidado sobre a planta para escutar melhor o diálogo.

- Certo, o que é que você vai fazer agora? - era notável o divertimento do moreno - Eu acho que ela vai ficar no mínimo chateada por você ter a tratado como uma boneca de pano.

- Pedir desculpas é claro, e amansá-la - mais risadas - Assim que eu colocar a cela na ruiva, montarei direitinho nela. Depois é só propor o acordo...

- Como quem não quer nada, românticas e prestativas como as grifinórias são, não há risco
dela recusar - completou Blaise com uma excitação visível em sua entonação.

Recuou, lágrimas rolavam em seu rosto já vermelho. Não se sentia triste ou magoada, apenas com raiva, muita raiva. Raiva da sua tolice e ingenuidade, de ter sido levada pelo desejo físico, enquanto era apenas usada e pisada como uma ponte para os negócios.
Como pode ser tão tola? Na época do colégio chegava a ser bobinha, mas não ao ponto de cometer o mesmo erro duas vezes seguidas, acreditando em sentimentos sonserinos. Sentimentos sonserinos, chega a parecer um trocadilho de tão estúpido que soa.

Agora escorada na parede, atrás da planta, ela descobriu o motivo daquela ardência: a seiva da planta escorrendo sobre seus braços e ombro. O efeito fora como ácido, a pele antes alva, parecia estar corroída.

Mas que grande ironia é o meu dia-a-dia, agora minha desgraça interna reflete até no meu físico. Concluiu a garota com crescente raiva.

Se esboçando pela porta, Gina saiu de lá novamente sem ser notada; a única coisa que tinha a seu favor era o elemento surpresa, e não pretendia de maneira nenhuma estragar isso. Ao chegar na portaria, sentiu o mundo dar um giro de 360 graus, e a última visão que teve foi um par de olhos verdes.



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- ... mas não foi nada grave, certo?

Vermelho. Foi a primeira coisa que viu, uma plena visão de um vermelho berrante para todos os lados.

Estou no inferno e não sei?

- Não Gui, já a curamos com o feitiço e...

- Oh! Ela acorrdou! - um sotaque francês ressaiu em meio as vozes preocupadas, notou então junto com a voz, longas madeixas prateadas.

Oooh... No inferno existem unicórnios franceses?

- Gina, você está bem?

- O que aconteceu?

- Está sentindo algo irmãzinha?

- Precisa de alguma coisa?

A caçula Weasley sentiu o mundo rodar novamente.




Ao abrir os olhos a primeira coisa que concluiu foi que estava sozinha, e logo em seguida que já havia anoitecido. A porta se abriu, e por ela entrou Harry, com uma expressão preocupada.

- Gina! Que bom que você acordou. - sentou-se a beirada da cama de casal.

Ela tentou se levantar, mas só então percebeu que seu busto e braços estavam enfaixados.

- Não, não se movimente. O feitiço ainda está fazendo efeito nas queimaduras. O que aconteceu afinal? Eu estava na portaria esperando por Rony, e a vi desmaiar, a sorte foi que eu estava no sofá atrás de você. Não me notou? - contestou Harry confuso.

- Na verdade eu não conseguia diferenciar nem a cor do meu cabelo para o da Gaby, eu estava a ponto de desmaiar, sabe... - brincou Gina - Mas quem foi que me curou? E onde exatamente foram as queimaduras? - questionou com uma certa preocupação na voz. O mais simples acidente seria um desastre com a copa mundial se aproximando, ficar incapacitada agora seria o declínio pra sua carreira no time.
Harry notou a aflição da ruiva, e com a intenção de confortá-la, pousou a mão sobre a dela. Ela balançou a cabeça em sinal de agradecimento, mas suspendeu as sombrancelhas em ar interrogativo.

- Eu curei, era um feitiço simples, então... Bom a queimadura foi nos braços e... e... na região do busto - ele desviou o olhar, com as bochechas ruborizando em forma de constrangimento.

Certas coisas nunca mudam, Harry pode ter derrotado o próprio Voldemort 7 vezes, mas fica encabulado somente ao me ver nua, coisa que já fez muitas vezes.

- Não precisa ficar assim Harry - ela jogou a cabeça para trás, rindo de forma divertida.

- Assim como ? - esganiçou ele, agora a mirando nos olhos, pareceu ficar ainda mais vermelho com esse ato.

- Esqueça... Mas, como vai no ministério, senhor novo ministro?



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O dia da tão esperada festa chegara, faltava aproximava 2 horas e a julgar pelo silêncio dos corredores e da portaria, parecia estar todos se arrumando ao mesmo tempo, afinal de contas, ninguém gostaria de ficar fora dos padrões no meio de tantos convidados ilustres.

No apartamento de Virgínia e Gabrielle não era diferente, tinha roupa, maquiagem e sapato pelo aposento inteiro e as garotas corriam de um lado ao outro. Uma hora e meia depois, as duas finalizaram e agora davam os retoques finais em frente ao espelho da suíte de Gina.

- AH! Sem dúvida maravilhosa! - exclamou a mais nova das garotas.

Todo o stress do dia anterior, causado pelo cabelo prateado, fora resolvido. Gabrielle agora tinha as madeixas mágicamente tingidas de negro, dando a ela um ar mais maduro e sensual. Quebrando o possível estilo "mulher fatal", provocado pela nova cor do cabelo, ela trajava um vestido completamente brilhante e de várias tonalidades rosas, sem alças, apenas sustentado pelo apertado decote. O magnífico vestido terminava na altura dos joelhos. Seu sapato era rosa e fechado na frente, fazendo justo ao
estilo de boneca, e por fim, a bolsa que era delicadamente pequena e preta.

- Quero só ver a cara da Fleur - falou Gaby, sorrindo de forma triunfante diante do espelho.

Gina que até então terminava de botar os sapatos olhou para a amiga com evidente reprovação:

- Gaby, você tem que parar com essa implicância, ela é sua irmã - o tom de voz da ruiva era calmo, e antes que a veela tivesse chance de responder, prosseguiu:

- Além do mais o Gui era muito velho para você!

- Qual é o problema? O Adam é muito mais velho que você.

O colar que Gina estava colocando partiu na mão dela e as pedrinhas brilhantes rolaram pia abaixo, o olhar que direcionou a amiga era de total incrédulidade:

- Gabrielle, você era uma pirralha! Não compare uma coisa dessas!

A loira resolveu não revidar, elas brigavam esporádicamente, pelas coisas mais fúteis e frívolas possíveis, e a visto que daqui a alguns momentos estariam na comemoração aos 10 anos do Handel Pazifik, não parecia ser uma boa idéia brigar com a amiga a uma altura dessa.
No seu 3º ano na escola de magia e bruxaria de Hogwarts, durante o torneio tribruxo, Gina descobriu o amor platônico que Gaby sustentava por seu irmão, Gui. E apesar de seus 11 anos de idade, a pequena veela não se impediu de executar tentativas frustradas de chamar a atenção do amado. Quando Fleur anunciou seu casamento com o ruivo, Gaby começou a alimentar um profundo ódio, ódio o qual que até hoje resulta em desentendimentos entre as duas.


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Draco ajeitava a gravata verde por baixo do sofisticado terno preto, estava levemente ansioso,
iria reencontrar algumas pessoas que a muito tempo não encarava. Algumas até interessantes.

- A donzela já está pronta? - Blaise adentrou o quarto, vestido em um terno preto e gravata borboleta branca que parecia até combinar com o sorriso quase cegante do moreno.

Malfoy lançou ao amigo um olhar de desdém e replicou em tom cortante:

- É melhor você calar a boca, se não eu próprio calo, e olha que eu tenho métodos desagradáveis para isso

- Ai, então, é melhor eu ir andando mesmo antes que o Draquinho me pegue - ironizou Blaise enquanto batia a porta do quarto atrás de si, evitando ser atingido por uma azaração que fora direcionada a ele.

- Imbecil

O próprio Draco não entendia o motivo do seu mal humor. Tudo estava indo na mais perfeita ordem: por algum motivo os constantes avisos do ministério pararam e agora, a principal peça do jogo estava prestes a ser totalmente manipulada. Mas, alguma coisa parecia estar prestes a dar errado. Não, isso não poderia acontecer, afinal, faltava muito pouco para Draco conseguir o que vinha almejando desde a derrota de Voldermort: Estabilidade econômica e o devido reconhecimento ao nome Malfoy. Era pedir demais? Não, com certeza não era.
Ele se quer escolhera servir ao lado das trevas, não foi sua culpa se os seus pais seguiram esse rumo, então por quê sua vida parecia declinar a cada passo que ele dava? Não gostava de admitir isso, mas, se não fosse por Blaise, com certeza estaria em um hospício, na seção de pessoas com alta depressão em resultado ao choque com a realidade social.


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O luxuoso salão de festas do Handel Pazifik que anteriormente apresentava o tamanho de meio estádio de quadribol, foi amplificado mágicamente para apresentar o tamanho de um inteiro. Logo na entrada, as grandes portas de vidro encantado para não mostrar seu
interior, são controladas por um feitiço para o reconhecimento dos convites. As paredes do cômodo, ao invés do habitual carmesim, se encontrava coberta de gelo, refletindo a luz do grande lustre de cristal, centralizado na extremidade superior , e dando a impressão de ser uma explêndida aura prateada em torno de todo o salão. No fundo, havia um grande palco coberto de névoa, onde a banda bruxa "Vanila's" terminava de se preparar.
Quando Gina e Gaby adentraram o salão, eram 10:30 e a festa já estava particularmente lotada, elas demoraram um certo tempo para localizar o grupo de pessoas que procuravam: Adam, Hermione, Harry, Fleur, Gui, Carlinhos, Rony, Fred e Jorge.

- Boa noite gente! - Gina e Gaby cumprimentaram todos e se sentaram à mesa, a ruiva ao lado de Adam e a veela mais nova o lado de Gui, ignorando o olhar reprovador da amiga.

- Você está maravilhosa, Gina - comentou Harry descaradamende, e praticamente a despindo com os olhos.

Virgínia ao receber um chute na canela de Adam se pôs a comentar:

- E a Cho? Como anda?

Harry desviou o olhar e respondeu com um tom desinteressado:

- Bem até demais. Brigou comigo semana passada, tem andado com uma história de que eu a acho gorda, vê se pode.

Nesse momento Fleur soltou um muxoxo, e jogando os cabelo para trás de forma graciosa, indagou:

- Eu semprre achei ela meio rrechonchuda. Contrrário de mim que semprre fui esbelta. Não concorrda Gui? - virou-se para o marido, e ao receber um aceno positivo em resposta, sorriu triunfantemente.

Gabrielle que até então estava em silêncio, se levantou bufando, e por pouco não entornou as taças de champanhe dela. Gina ao notar a pré-explosão da colega de quarto, murmurou desculpas para todas as pessoas, que pareciam atordoadas com o acontecimento, e se retirou, seguindo a amiga.
Pararam finalmente em frente á mesa do buffet

-Ela se acha maravilhosa, não? - Gaby sussurrava extasiada, mal sinal, concluiu Gina. Gabrielle só sussurrava quando estava a ponto de uma tentativa de homícidio - E pelo amor de Merlin! Ela consegue falar sem aquele irritante sotaque francês! Eu falo não falo? Mas não, ela tem que mostrar para todos que ela é uma esbelta veela francesa!

- Gaby, que diabos, se controle! Você não pode agir assim sempre que fala com ela... - a ruiva
parou de falar ao avistar quem realmente procurava desde o começo da festa.


Draco conversava com Pansy, entediado, as futilidades dela podem parecer até engraçadas em algumas ocasiões, mas com certeza não aquela.

- Pansy, com licença, mas tenho que procurar pelo Blaise - antes que ela replicasse algo, se retirou dali.

Esquadrando o salão com os olhos, atrás do amigo, o achou jogando charme para uma garota
esbelta de cabelos castanhos longos e olhos cor de mel, com aparência vulgar dentro de um curto vestido lilás, e um decote maior até do que a boca da Parkison.

- Com sua licença senhorita, poderia me emprestar meu amigo um segundinho? - perguntou Draco ao se proximar do casal, sorrindo charmosamente para o alvo de Blaise.

A garota olhou o loiro de cima à baixo, aparentemente encantada, e sem notar o olhar fuzilador que o moreno direcionava a ele, respondeu sensualmente:

- Claro... - falou essas 5 letras tão vagarosamente, que pareceu ser uma frase inteira, deu uma última olhada em Draco, e se retirou, balançando os quadris a cada passo dado.

- O que aconteceu com você? - questionou Draco friamente - perdeu totalmente o juízo?

- Eu que lhe pergunto. Que negócio é esse de estragar minha possível chance de ir para a cama com a Mellayn Gráz? Mellayn Gráz, Draco! Sabe quem é ela? A modelo da nova linha de vassouras da Pég...

- Eu sei quem é a Mellayn Gráz, Blaise - cortou o loiro, começando a ficar alterado - Aliás, você que parece não saber quem é ela. Concorrente Blaise, concorrente. Dúvido que o desejo dela se limite a levar você para a cama.

- E-l-a s-ó é u-m-a m-o-d-e-l-o. Você está começando a ficar paranóico, nem tudo é negócios, sabia?

- Pois você sabe com quem ela é casada? Você sabe quem é Lorenzo Gráz, sabe, não sabe?

- Um velho raquético e...

- Dono da empresa alemã de vassouras, Pégasus, e organizador da copa mundial de quadribol. É tão díficil assim sua cabeça oca chegar a conclusão de que se você se relacionar com a mulher dele, e ele tomar conhecimento disso, estamos fora de qualquer círculo de negócios nessa copa mundial de quadribol. É tão díficil entender isso?

Blaise levantou as mãos em sinal de derrota, e olhou desolado para Draco.

- Certo, então deixa eu procurar uma menos comprometedora.

-Não, claro que não. Você vai ficar quietinho no seu canto, bebendo e conversando com seus velhos amigos sonserinos. Tudo no masculino, veja bem. - ao receber o olhar transtornado de Blaise, começou a explicar, em tom entediado - Agora você é uma pessoa que chora diariamente por causa da ruiva que pisou em seus sentimentos, esqueceu? E normalmente, pessoas que estão em depressões amorosas, não saem jogando charme para todas as mulheres da festa.

Blaise não pôde segurar o suspiro. Se tinha uma coisa que não cogitava em sua cabeça era ir á uma festa sem no final levar um belo corpo para cama. Mas agora era diferente, havia o nome da empresa no meio do jogo, não poderia arriscar tudo por uma noite de sexo.

- Esse plano está me saindo pior do que a Trelawney poderia prever... - parou de falar ao
notar que Draco não prestava atenção em si, mas sim para um ponto atrás de seu ombro.

Seguindo a linha de visão do amigo, se deparou com a visão do céu. Ou seria do inferno? Interrogou-se ao fitar o cabelo flamejante, preso em um coque elegante. Descendo os olhos para o corpo da garota, precisou ter muita força de vontade e controle próprio para não tentar descobrir o que havia por dentro daquele refinado vestido vermelho, que dava a sua dona um ar endiabrado. A veste sem alças, se ajustava perfeitamente em suas curvas, balançando-se graciosamente a cada movimento realizado. O tecido era leve, e parecia ser sustentado apenas por uma faixa, também vermelha, amarrada em torno de sua cintura. Em sua face, que parecia estar mais alva e pura do quê o normal, o batom vermelho em seus lábios e as bochechas avermelhadas pelo blush, a faziam ser mais sexy. A elegância das vestes era imposta pelos brincos de pérola e sapato aveludado preto, com um alto salto.

- OK. Eu quero a minha inocente Gininha de volta. Onde foi parar aquele ruiva desajeitada, que escondia o corpo com aquela roupa duas vezes maior do que ela, ruborizando somente ao ser encarada por muito tempo? - brincou Blaise, mas ainda com a expressão abobada pelo impacto.

Draco foi o primeiro a se recompor, impôs novamente sua postura superior e seguiu em direção a ruiva que o encarava, ignorando completamente os comentários irônicos de Blaise.
Parou quase que automaticamente ao ver que outra cabeça vermelha ia de encontro a ela. Por amor ao pescoço, optou por girar os calcanhares e voltar a divertida conversa com Blaise, que
tinha ficado exatamente da mesma maneira que ele havia deixado á segundos atrás

- Ótimo, aquele imbecil tinha que aparecer justo agora.

- Com medo de um Weasley, Draco?

- Seria uma total falta de classe e deselegância da minha parte arrumar uma confusão no meio da festa. - cortou o loiro, com o habitual tom frio.

Do lado oposto do salão, Gina se servia de um pouco de ponche de essência de unicórnio, nunca havia experimentado a tal bebida antes, mas sua aparência prateada chegava a ser hipnotizante .

- O que houve Gaby? Você...- começou Rony ao se aproximar das garotas, mas antes que pudesse concluir a pergunta . Gabrielle saiu de perto dos dois, dando passos largos em direção a uma mesa com antigas estudantes do colégio de magia francês Beauxbatons.

- Não liga Rony, deixa ela... - falou Gina ao perceber a expressão confusa do irmão.

- O que é isso? - questionou o ruivo enquanto sua face era tomada por vários tons de vermelho

- O que é isso o que? - perguntou Gina sem entender a reação do irmão, mas já concluindo que o que quer que fosse, não seria boa coisa.

Mas nesse momento um belo braço enlaçara sua cintura. Ela virou imediatamente afim de saber de quem se tratava. Era Adam, para lhe salvar mais uma vez de uma encruzilhada.

- Então foi você? - indagou Rony meio desconcertado, apesar de ainda estar com aparente raiva. Adam, é claro que era ele afinal era o namorado dela. Mas isso não era motivo
suficiente, afinal ela estava muito nova para essas coisas. Ou será que não? Não importava, garotas de respeitos não saem por ai com o pescoço marcado.

Adam sem entender nada, olhou para a namorada com esperança de alguma explicação, mas notando que ela estava mais confusa do que ele próprio, voltou-se para Ronald.

- Eu o quê? - perguntou Adam um tanto preocupado.

- As marcas no pescoço... - respondeu enquanto apontava o pivô da perigosa conversa.

Desesperada. Era a única palavra que descrevia Gina naquele momento.

Ótimo, o Mala-foy tinha que deixar uma marca registrada daquele importuno episódio. E eu, claro, tinha que esquecer de botar o feitiço para disfarçar as porcarias das marcas. Não tem problema, hoje eu acabo com ele.

Agora não só Rony, mas também Adam estava fulminando de raiva. Gina não sabia o que
fazer, estava totalmente encurralada. Rony estava prestes a explodir, e olhar para ele só a fazia ficar mais nervosa.

- Não. Talvez a Gina possa nos dar uma explicação, não?

Olhou novamente para Rony que ainda estava fervendo. Enquanto ela idealizava atos macabros com Draco Malfoy, esquecia-se da desculpa. Então, pôs a cara mais descontraída que a situação lhe permitia, e com um sorriso amarelo no rosto praguejou algo como:

- Ahn... Foi um daqueles feitiços de beleza da Gaby. Sabe, era para disfarças as sardas, mas acho que ela trocou umas palavras, ou realizou movimentos errados com a varinha... Deu nisso, sabe...

- Invente uma desculpa no mínimo plausível, Virgínia. - Adam agora estava quase tão vermelho quanto o ruivo.

- Você acha mesmo que eu vou acreditar nisso? - esganiçou Rony, seu rosto passava por todas as tonalidades de vermelho existentes.

- Certo Ronald, dá um tempo, e você - voltou-se para Adam - Só me procure novamente se for para conversar coisas que façam sentido.

Afastando-se com passos largos dos dois homens, que agora espumavam de raiva, ela começou a procurar novamente pelo sonserino, causador de todo aquela confusão.

Ele que se prepare. Gina já sentia o bebida fazendo efeito em seu corpo, e agora, com sua raiva dobrada, ela era um bom exemplo de mulher assassina psicopata


Draco já estava impaciente, Blaise quando começava a falar demais, formava uma bela dupla com a Pansy. Só saia abobrinha da boca de ambos.
Virou-se para a ruiva, e ao ver que ela estava novamente sozinha e vinha andando em passos largos em sua direção, dispensou Blaise imediatamente. Mas somente quando ela já estava a um metro de distância de si, Draco notou o olhar da ruiva, parecia pronta para matar alguém, e no caso, ele próprio. Sua surpresa foi tanta, que sem nem mesmo perceber, deu dois passos para trás, e sentiu-se quase acuado ao notar que atrás de si, havia a longa mesa do buffet, onde as pessoas se serviam de ponche e salgados.

- Fugindo de mim, Malfoy? - um estalo. O tapa que recebeu em seu rosto foi certeiro, e a palma da mão dela ficou marcada ali, cortes de leve foram causados pelos anéis em seus dedos.

Ela me bateu?

Antes que pudesse ter qualquer reação, sentiu um impacto na boca do estômago. Apesar de ser uma garota, e magra por sinal, os anos que ela passou em Hogwarts jogando como batedora, fizeram seu devido efeito. Ela tinha uma mão muito mais pesada do quê muito homem, e batia particulamente bem. O soco que rebera em seu estômago fora estrondoso, e se aquela mesa não estive atrás de si, com certeza cairia no chão.

- Não bate em mulher? Não, não, faz muito pior né? - antes mesmo de concluir a frase ela chutou a canela de Draco. Tal suspresa foi tanta, que ao receber a pancada na canela com a ponta fina do sapato da garota, Draco não se segurou e soltou um grito abafado, se desequilibrando, caiu por cima da mesa do buffet, por reflexo, puxou Gina com ele. Agora várias pessoas formavam um círculo em torno deles, e as outras que não prestavam atenção na briga, dançavam próximo ao palco.

- O que vocês queriam com aquilo? Além de montar em mim? - a Weasley agora berrava descontroladamente, o gênio forte da família, fora cutucado. A posição que ambos estavam seria extremamente maliciosa, se não fosse pela ocasião. Draco pressionado sobre a mesa, em cima dele uma Gina de quatro, totalmente trantornada e dando uma série de tapas em sua face. Finalmente saindo do transe, e já sentindo seus lábios incharem, pelos murros e tapas, conseguiu se pronunciar:

- Você está pirando garota? Saia de cima de mim! - a voz dele não passou de um gemido, nunca iria admitir, mas Virgínia batia muito melhor do que ele.

- QUAL ERA O PLANO DE VOCÊS? VAMOS MALFOY, FALE! - agora toda a festa estava ao redor deles, vários flashes eram disparados, e com certeza aquela seria a manchete do Profeta do Diário por uma semana inteira. Ao ver que permanecia calado, Gina parou de bater nele por um momento, e olhou para as pessoas ao seu redor. Sem se importar com os olhares chocados, alguns extâsiados, ou com os gritos fréneticos de Gabrielle e da Parkison, a ruiva finalmente encontrou Blaise, que recuou alguns passos ao notar o olhar. Finalmente, uma ondá de compreensão passou por sua cabeça, e se é que era possível, ela sentiu mais raiva ainda, agora tudo o que ela queria era matá-los, e começando pelo loiro aguado que estava abaixo de si.

- BASTARDO NOJENTO, IA ME LEVAR PRA CAMA PARA DEPOIS SALVAR SUA EMPRESA DO FUNDO DO POÇO NÃO É? MAS NÃO É ASSIM QUE AS COISAS FUNCIONAM! - sem conseguir controlar sua raiva, diante do olhar assustado do loiro, Gina pegou o objeto mais próximo que apalpou: uma taça de vidro. Quebrou então a beira da taça, tranformando o objeto em uma arma, o aproximou do pescoço de Draco, mas antes que pudesse fazer algo que com certeza a levaria á Azkaban, sentiu um par de mão frias segurando seus pulsos.

- Senhorita Weasley, creio que deva se controlar - o tom de voz era frio, e ranhoso, e sem notar, ela foi suspensa da mesa e colocada novamente do chão. Virou-se rapidamente para o dono das mãos que ainda seguravam o seu pulso: Snape.

- Quem você acha que é, para falar o que eu devo ou não fazer? - soltou-se, e lançou um olhar tão desprezante quanto o que ele direcionava a ela em sua época de Hogwarts.

- Seu antigo mestre de poções, e bruxo a quem a senhorita deve respeito.

Gina olhou para as pessoas ao redor deles - todos os convidados da festa - e soltou uma gargalhada, quase paranóica.

- Não seja ridículo, o dia em que eu ter algum respeito por você, vou estar casada com Draco Malfoy - gargalhou novamente, a bebida parecia fazer um efeito alucinante em sua cabeça.

- Vem Gina, já chega por hoje - sentiu ser arrastada por Guilherme, e sem quebrar o contato visual com seu antigo professor de poções, ela saiu do meio da aglomeração de pessoas.


*N/M: Nota de Mallenkaya - N/B: Nota de Blueberry, fica mais fácil assim, não? ;)


N/M: Geente, sabe que pensando melhor, eu fiquei com uma puta pena do Draco? Ooooh ele recebeu a surra por ele e Blaise, e olha que se Snape não tivesse aparecido (quem fazer piadinhas com algo relacionado ao Snape chegando no cavalo branco pra salvar os sonserinos indefesos, vai apanhar) Gina terminaria o serviço sem nem hesitar :@ Mas, eu falei pra Blueberry "óóó eu acho melhor ela arrancar a orelha dela e o deixar em paz" mas não, ela que deu a idéia do espancamento, e da taça :D E o lindo Snape, claro, foi invenção minha....

Mudando de assunto, caham, vou botar o Potter em leilão, Blaise também quem sabe... não, a Gaby não vai á leilão, a Gaby já já vai ser comprometida ;xx - podem esquecer, nada de Blaise (por enquanto?) - E eu penso seriamente em matar a Granger no final (o Won-Won é meu*), sabe que eu não gosto dela? Mas eu acho que ai iria virar drama...

*Acervo de maridos da Mallenkaya: Snape, Blaise, Sirius, Lupin, Draco, Fred, Jorge e Ron \o>

Agora eu tenho que contar uma história... Lembram da caverna em que o Tom Riddle levava as crianças e torturava? Ai Dumbledore fala de uma história em que o Tom, leva uma menina e um menino lá pra dentro, para torturá-los. Até hoje eu fico espantada com a besteira que tem nisso (se é que vocês me entendem). Certo, ai eu fui comentar isso com uma amiga minha, claro, na maior inocência do mundo, e falei que ia levar meus 8 maridos comigo, ela e mais umas gurias riram da minha cara o resto do dia. Somente um tempo depois que vim entender os pensamentos malicosos da garota, caramba, eu só ia levar eles pra tomar um cházinho ;@

(depois a Blueberry vai responder os comentários)

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