Aparatação



No dia seguinte e durante os dias que se seguiram, Harry e Gina não tocaram mais no assunto do sumiço de Ama e a mesma também não fez por menos, agiu como se nada tivesse acontecido. Porém, algumas tardes, ainda sumia por uma ou duas horas sem dar maiores explicações. E, apesar de não tocarem mais no assunto, Harry e Gina ficaram muito intrigados e resolveram que, assim que pudessem, iam ver o que estava acontecendo. Por sua vez, Rony e Hermione estavam tão preocupados em brigar ou ignorar um ao outro que nem estavam tão ligados nisso, apesar de também já terem percebido.
O tal “Trabalho de Transfiguração” estava indo às mil maravilhas. Harry e Gina já haviam contado todo o plano para Ama, que concordara em ajudar. A “fase final” estava programada para o primeiro domingo depois do teste de aparatação.
Falando em teste de aparatação, Harry estava cada vez mais ancioso para o seu e no sábado já acordou quase tendo um ataque de nervos.

- Não sei se estou preparado!

- Ah, cara! Eu já falei para você parar com isso, né?! Desestressa! – tranqüilizou Rony. Os dois estavam no dormitório.

- Não sei não, acho que eu estou preparado, mas ao mesmo tempo acho que não.

- Ih! Eu hein! Tô dizendo!

- Você sabe onde vai ser?

- A McGonagall disse que seria em uma sala no ministério da magia, super rodeada por aurores e tal. E, por sinal, você estava do meu lado quando ela disse isso.

- Ah! É verdade!

Após terminarem de se arrumar, os dois desceram para o salão principal. Lá encontraram Ama sentada em uma poltrona à direita da sala. Foram até ela. Ela parecia meio avoada e estava com uma cara meio boba.

- Ih! Que cara é essa hein Ama? Deve estar pensando em algo muito bom! – exclamou Rony.

- Ah?! – falou assustada, despartando do “transe” – Ah! Não! Quer dizer, sim!

- E posso saber o quê? – perguntou Harry.

- Nada de mais...

- Cadê a Mio...? – Rony quis saber – Quer dizer, Gina. Cadê ela?
Harry e Ama trocaram um olhar divertido.

- Já deve estar descendo.

Nesse instante, Gina e Hermione apareceram na escada para o dormitório feminino. Harry resolveu provocar.

- Não morre tão cedo Mione!

- Por que? – perguntou intrigada

- Rony acabou de perguntar por você.

Hermione ficou muito corada. Rony também não ficou atrás.

- Posso saber por quê?

Antes que começasse uma briga, Gina resolveu interferir e olhou feio para Harry, como que o culpando pela briga que poderia ocorrer.

- Que horas será o teste?

- Dez horas, mas a gente sairá daqui nove e meia. Iremos via flú.– Rony respondeu imediatamente, parecendo feliz em mudar de assunto.

- Hum... então acho melhor irmos logo tomar café, pois já são nove e dez.

- Já!? Aí! Por Merlin! Tá muito perto! E se eu não passar? Não sei se estou pronto. – Harry voltou com sua insegurança.

- Escuta aqui! – retrucou Gina – Se você não passar nesse teste, por merlin, eu não vou nem querer fazer! Você vai passar! Sei que vai! Eu confio em você.

Harry não disse mais nada, apenas sorriu. A partir daquele momento ele não se sentiu mais inseguro.

Desceram para tomar café, ou melhor, para engoliro café, e em seguida ficaram aguardando pela professora McGonagall, que viria chamá-los e dirigí-los até o local onde sairiam para o ministério.

- Já são nove e meia! – reclamou Rony – Ela está demorando!

- Rony! Você mesmo disse: São nove e meia, ou seja, ela não está atrasada.

- Nossa, Harry! Pra quem tava tão inquieto até pouco tempo atrás, até que você já tá bem calminho hein! O que aconteceu?
- Ah... – Ama quis provocar – ele mudou assim depois que sua irmã disse que sabia que ele iria passar, confiava nele e coisa e tal...

- Hum... é verdade... - concordou pensativo

- Dá pra vocês dois pararem?

Mas antes que mais alguém alguém pudesse dizer alguma coisa, a diretora entrou no salão e começou a falar:

- Bom dia! Como todos sabem, hoje é o dia do nosso teste de aparatação que, alias, já era para ter acontecido. Bom, como todos já sabem, devido ao atraso e às condições nas quais estamos vivendo nos dias de hoje, resolvemos juntar dois grupos: os que fariam o teste em julho e aqueles que o fariam no meio do ano letivo. Por tanto, os alunos serão divididos em três grupos para seguirem para o local do teste. Esses grupos independerão das casas e serão divididos da seguinte maneira: o primeiro irá da letra A à I e seguirá comigo. O segundo irá do J ao R e seguirá com o professor Cole e o último irá do S ao Z e seguirá com o professor Slughorn. Por favor, podem se dirigir à seus professores.

- Boa sorte, cara! – desejou Rony à Harry antes de seguir para o professor Slughon.

- Boa sorte! Depois a gente se vê!

Mas antes de sair para se dirigir à Cole, sentiu alguém lhe abraçando carinhosamente. Reconheceu imediatamente quem era.

- Boa sorte!

- Brigado, Gi!

E ficaram um bom tempo ali, apenas se abraçando.

- Boa sorte! – disseram Ama e Mione quase ao mesmo tempo, tirando Harry e Gina do abraço.

Harry abraçou rapidamente cada uma delas e seguiu até Cole.

- Está pronto, Potter?

- Mais é impossível!

- Então está ótimo! – e se dirigiu ao grupo de mais ou menos quinze alunos – Por favor, me sigam.

E os guiou até um conjunto de vassouras que estava lhes aguardando no jardim.

- Espero que, à essa altura do campeonato, todos saibam montar em uma não é? – perguntou, referindo-se às vassouras. Todos confirmaram. – Muito bem, então subam e me sigam.

Foram voando até cruzar os limites de Hogwarts e pararam perto de uma casa aparentemente abandona. Harry pôde sentir a magia que envolvia o lugar e percebeu que não era uma casa trouxa e muito menos abandonada. Cole os guiou até o interior da casa. A casa fedia intensamente a mofo e era muito pequena e mal-cuidada. Havia três cômodos. Uma cozinha (onde eles estavam), o outro Harry podia ver que era uma espécie de quarto e sala ao mesmo tempo e também percebeu que havia alguém ali e o terceiro Harry imaginou ser um banheiro, mas não pôde ter certeza, pois a porta estava fechada.

- Sr. Williams? – chamou Cole.

De dentro do quarto-sala saiu um homem bem idoso com barbas brancas até a altura do ombro.

- Olá, Frank! Imagino que esses sejam seus alunos.

- Sim, são eles. – e voltou-se para os estudante – esse é o Sr. Williams, um velho amigo de Dumbledore. Ele já foi professor de Hogwarts e lecionava Feitiços. Provavelmente foi professor de muitos dos pais de vocês.

E cada um seguiu para apertar a mão do ex-professor. Na vez de Harry, obviamente ele foi reconhecido, mesmo estando com a cicatriz tampada pela franja negra.

- Harry Potter. Impressionante como parece com o pai, mas tem os olhos da mãe. James e Líllian. Dois exelentes alunos. James era um pouco engraçadinho, mas era um aluno exepcional e Líllian, ah! Essa nem se fala. Em todos os meus anos de professor vi pouquíssimas alunas como ela. Espero que o nosso jovem Harry não tenha ficado para trás.

- E pode ter certeza que não. – afirmou Frank. – Agora, se o senhor não se importa, usaremos sua lareira.

- Não, imagina! A Minerva já falou comigo, está OK.

- Então ótimo.

E seguiram para o quarto-sala, onde tinha uma imensa lareira, totalmente desproporcional ao tamanho da casa.

- Muito bem, vamos um de cada vez, é claro. Quero que vocês pronuciem a seguinte frase: Sala Oculta, Ministério da Magia, Londres.

E assim, cada um seguiu para a lareira e foi para o ministério.

Harry parou em uma sala onde pôde ver um palco, cinco bruxos mais velhos sentados de frente para esse palco e mais atrás os outros dois grupos.

- Bom – começou o mais velho dos bruxos – cada um de vocês realizará o teste individualmente e serão julgados por nós com notas de zero à dez. Vocês precisam que a média dessas notas seja pelo menos oito e meio para passar no teste. Vale lembrar que qualquer mísero pedaço do corpo deixado para trás fará com que vocês percam um número bem considerável de pontos. Boa sorte e vamos começar. O primeiro será: Abbott, Ana Abbott.

Assim se seguiu até o bruxo anunciar:

- Potter, Harry Potter.

Harry seguiu até o palco e concentrou-se nos três Ds, que aprendera no ano anterior. Deu uma leve virada e ficou feliz ao perceber que havia parado do outro lado do palco sem deixar nenhum pedaço para trás e que seu “crack” na hora de desaparatar não fora tão alto quanto os dos outros. Na verdade, foi até bem baixo. As notas começaram a aparecer. A primeira foi de um professor com uma incrível cara de mal que lhe deu nota oito e meio. O segundo deu nota dez.O terceiro era o mesmo que anunciava os nomes e lhe deu nota nove. O quarto, nove e sete e o quinto nove e oito.

- A média de Potter foi: 9,4. Aprovado!

Harry desceu radiante e foi falar com Rony.

- Passei!

- Parabéns, cara! 9,4 hein?

- Ai, que bom! Fica tranqüilo, você também vai passar, com certeza!

E os nomes continuarão a ser chamados. Até:

- Weasley, Ronald Weasley.

Rony seguiu e fez o mesmo processo de Harry. Sua aparatação foi bastante boa. Seu barulho também não foi tão alto, apesar de também não ter sido tão baixo quanto o de Harry. Suas notas foram: oito, nove, nove, nove e meio e nove e sete.

- E com média 9,04 Weasley também está aprovado.

Rony só faltou gritar. Desceu radiante.

- Não disse? Passou!

- Ai! Que alívio!

Após o final, o mesmo bruxo anunciou:

- Todos os aprovados, por favor se dirijam até aqui para pegar sua autorização.

Já com as autorizações na mão, Rony e Harry se separaram novamente para voltar ao castelo.

- Passamos! – entraram gritando na sala comunal para quem quisesse ouvir.

- Que máximo! – Gina veio ao encontro deles e os abraçou.

- Sabia que vocês iam passar! – Ama também estava vindo e também os abraçou.

- Parabéns, Harry – Hermione disse e abraçou Harry. Mas simplesmente ignorou Rony.

Como num passe de mágica, Rony perdeu o bom humor e subiu para o dormitório. Hermione fez o mesmo.

Harry, Ama e Gina aproveitaram para decidir os últimos detalhes do “Trabalho de Trasfiguração”. Afinal, seria no dia seguinte.


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Finalmente!!!!!
consegui fazer mais um capítulo!!!!
me perdoem mesmo a demora, mas já expliquei o motivo, né?

beijos!!!!!
até o nove!!!!

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