O Novo Plano, a Nova Morte



Capítulo 7
O Novo Plano, a Nova Morte


Não sei quanto tempo fiquei deitada em minha cama pensando, acho que foi o tempo do jantar e de todos os sonserinos voltarem para o Salão Comunal e de Draco começar a me procurar para contar seu novo plano.

Finalmente me encontrou no quarto deitada, assim que entrou, trancou a porta e falou:

- Você não sai mais daqui não?

- Mais do que ninguém você sabe que tenho tendências a me isolar...

- Que seja, não quero me meter na sua vida, agora é o seguinte, tive um excelente plano para liquidar com a Weasley...

- E...

- Terei que fazer um enorme sacrifício, já que você não está ajudando muito...

- É porque você pode contar com a minha ajuda, já eu não posso contar com você pra matar o Potter, posso?

- Papai disse que você tem que fazer isso sozinha, enquanto isso, meu plano é o seguinte, vou conquistar a Weasley e assim que ela ficar caidinha por mim, vou levá-la para um local bem isolado e acabar com a raça dela...

- E como o “senhor conquistador” pretende fazer isso?

- Com isto - e ele retirou do bolso interno das vestes um vidrinho de uma poção que logo reconheci...

- Quando você aprendeu a preparar a Poção do Amor?

- Nas férias, não sei porque fiquei fazendo mil poções e por acaso essa foi uma das poucas que tive sucesso, sabia que me seria útil em alguma coisa.

- E quando você pretende começar?

- O mais rápido possível.

Ele saiu do quarto com um grande sorriso no rosto, já eu comecei a ficar preocupada, não teria muito tempo para avisar a ruiva sobre o que iria acontecer. Então, resolvi sair dali e ir procurá-la.

Mal cheguei ao salão comunal, fui abordada por uma voz que logo reconheci e desejei que nunca tivesse me visto:

- Onde pensa que vai Lejan? - era Pansy Parkinson.

- Desde quando eu te devo satisfações da minha vida?

- Desde o dia que pediram para te vigiar.

- Quem lhe deu essa tarefa? - perguntei querendo estrangulá-la.

- O senhor Malfoy.

Ótimo, agora tudo se encaixava perfeitamente, na certa fora aquela estúpida que disse ao meu tio que eu fui ao enterro do Rony e com certeza ela também disse que eu estava falando com os “inimigos”.

- Desde quando você está sendo meu cão de guarda?

- Hoje, na hora do café da manhã, fui eu quem informou seu tio sobre tudo o que você fez pela manhã, não estranhou o fato de ele ter te dado a tarefa de acabar com o Potter?

- E como Draco não soube?

- Lúcio Malfoy pediu pra não comentar com ele, e agora posso saber onde está indo?

- Sem querer ser grosseira, mas já sendo, não te interessa, mas como não quero me dar mal com meu tio, vou procurar algo para comer, sabe onde é a cozinha desta escola?

- Procure por um quadro de uma fruteira, faça cócegas na pêra, ela se transformará em uma maçaneta, é lá a cozinha.

- E agora, quer me seguir até lá também?

- Creio que não será necessário, vi que você não foi jantar.

- Obrigada - respondi friamente.

Sai da Sala Comunal quase caindo de cara no chão, meu tio mandara me vigiar, agora eu estava perdida, minha sorte foi que aquela sonsa da Parkinson não estava na aula de Poções porque saiu junto com Malfoy na hora que ele saiu, e agora eu queria informar Gina para ter cuidado, mas como? Não fazia a mínima idéia de onde era o Salão Comunal da Grifinória, achei melhor tentar falar com eles outro dia, hoje seria muito arriscado.

Não fui para a cozinha, ao invés disso, fiquei passeando pelo castelo, ainda era cedo, muitas pessoas ainda estavam na biblioteca fazendo deveres ou pesquisas, para minha sorte, avistei Harry e Hermione no fundo da biblioteca, corri até eles:

- Harry, Hermione, posso falar com vocês um minuto?

- Claro Helena - respondeu Harry.

- Escutem, meu tio mandou aquela imbecil da Pansy Parkinson me vigiar e agora eu arranjei um grande problema...

- E que problema é esse Helena? - Hermione perguntou.

Olhei para Harry instintivamente nessa hora.

- Não posso falar senão terei problemas ainda maiores, mas a questão é, não falem comigo nas aulas de Poções ou em qualquer lugar que possamos ser vistos juntos senão estarei perdida e também quero que façam um favor para mim.

- Qual? - eles perguntaram juntos.

- Prestem muita atenção na Gina, é tudo que posso lhes dizer.

- Mas por quê? - Harry perguntou.

- Já disse que não posso ser mais clara! Apenas prestem muita atenção nela, por favor...

- Está bem, faremos o possível, não é Harry? - Hermione falou dando uma cotovelada no estômago do amigo que parecia estar querendo mais detalhes da informação que lhes dei.

- Claro! Conte conosco Helena.

- Muito obrigada mesmo, agora eu tenho que ir, nos vemos por ai.

Sai de lá mais aliviada, pelo menos pude avisá-los ainda hoje, já que a minha vigia resolveu tirar uma folga.

--

- O que ela quis dizer com “vigiem a Gina”? - perguntou Harry.

- Não sei, mas acho melhor escutarmos o que Helena disse, ela parecia aflita.

- Apenas achei uma coisa muito ruim...

- O quê? - perguntou Hermione.

- Não podemos mais falar com ela enquanto a Parkinson estiver vigiando-a - ele respondeu com um olhar entristecido

- Anime-se Harry, nós daremos um jeito. Sempre damos não é?

- É...

--

Os dias se passaram muito rápido e sem perceber, enquanto olhava pela janela do dormitório pude ver os primeiros flocos de neve caindo no jardim do castelo.

Passaram-se quase três meses e Draco, pelo que pude perceber, já havia dado início ao seu plano de conquistar Gina, confesso que só desconfiei do início do plano quando o flagrei saindo do Salão Comunal de madruga e ele me deu a desculpa de que ia à cozinha, mas pude ler em sua mente o que ele iria realmente fazer.

Fiquei extremamente desapontada após esse acontecimento, Hermione e Harry não cumpriram o que haviam me prometido naquele dia na biblioteca, agora já era tarde demais, não poderia mais alertá-los principalmente porque a minha “cão de guarda” não parava de ficar me observando e seguindo meus passos.

Na semana seguinte seriam as férias de Natal, fiquei sabendo através de um sextanista da Grifinória que Harry, Hermione e Gina ficariam no castelo, resolvi ficar. Para minha sorte, Parkinson iria para casa dela e para meu azar, Draco ficaria também.

- Meu pai quer que fiquemos, nas férias de Natal é mais fácil de atacar.

- Como você tem tanta certeza?

- Sei lá, acho que pelo fato de ter menos gente no castelo... Quem se importa? O importante é que eu estou me saindo muito bem com a ruivinha.

- Quando você pretende acabar com ela?

- Você saberá, agora tenho que lhe dizer uma coisa, papai quer que você acabe logo com o Potter ou senão você estará ferrada.

Ele tinha razão, havia dias que eu estava adiando aquela missão, não queria matar Harry, mas era melhor eu me apressar e pensar em alguma coisa para pelo menos tentar “mostrar serviço”.

Draco saiu do Salão Comunal, esperei um tempo e o segui, vi que ele ia na direção dos jardins, ouvi passos atrás de mim e entrei em um armário de vassouras, assim que ouvi os passos se afastarem, voltei ao meu caminho, quando saí, vi que quem havia passado por mim era Gina, algo ruim estava para acontecer, tinha certeza.

Continuei seguindo-os, já estava começando a escurecer, vi que Gina foi para trás de uma grande árvore na beira do lago, tomei cuidado para ir pelo outro lado da árvore, finalmente vi os dois, e por incrível que parecesse, Draco era extremamente doce com aquela ruiva, dava até ânsia o tanto que ele estava meloso e finalmente vi uma coisa que fiquei com o queixo no chão, ele a beijou.

Fiquei estática, eu sabia que ele iria fazer um sacrifico enorme, mas... Isso? Tudo bem, Draco era meio “aventureiro”, mas não sabia que ele estava levando esse plano tão a sério.

Foi quando vi uma coisa, Draco sacou a varinha e apontou para o peito da garota e pude ouvir a conversa:

- Draco, o que você pretende com essa varinha no meu peito?

- Sinto muito, você até beija bem, mas eu te odeio mesmo assim...

- O que você quer dizer com...

- Avada Kedavra!

Apenas vi a garota caindo no chão, imóvel, estava certa, o pior aconteceu, e foi mais cedo do que eu esperava.

Voltei correndo para o castelo, tinha que encontrar alguém, contar tudo, não, não poderia contar tudo, mas o acontecido eu teria que contar, e implorar segredo, para minha sorte trombei com a professora McGonagall:

- Olhe por onde anda senhorita Lejan! Não posso mais ficar levando trombadas!

- Professora, por favor é urgente! Aconteceu mais um ataque!

- O que está querendo dizer com isso?

- Gina Weasley, acabou de ser assassinada! Não vi quem a matou senhora - menti - mas, por favor, acredite em mim!

- Eu acredito Lejan, venha comigo, mostre-me onde ela está!

Levei a professora até o local onde Gina e Draco estavam, naturalmente ele já havia saído de lá e o corpo de Gina continuava do mesmo jeito que eu o avistei da última vez.

- Meu Deus, Molly ficará arrasada! Perder dois filhos no mesmo ano...Faça-me um favor, chame o professor Dumbledore, sua sala é no terceiro andar, há uma gárgula, a senha é Vapets de Alcaçuz.

Sem demora, sai de lá em direção ao castelo, fui aonde a professora me indicara, encontrei a gárgula e disse a senha, a gárgula saltou para o lado e atrás dela apareceu uma escada circular que assim que terminei de subir, vi uma porta, bati nela e ouvi a voz do diretor:

- Entre!

- Com licença senhor, a professora McGonagall pediu para lhe chamar, nos jardins do castelo.

- O que houve senhorita Lejan? Parece aflita...

- Outro ataque, Gina Weasley foi assassinada.

- Venha comigo.

Voltamos para os jardins do castelo e o levei ao local, a professora McGonagall nos aguardava:

- Ainda bem que o senhor chegou, e agora, como contaremos a Molly?

- Creio que com aquele maravilhoso relógio que ela tem já deve estar sabendo do ocorrido, mas é melhor avisá-la. Muito obrigada por nos avisar do ocorrido senhorita Lejan.

- Senhor, posso lhe pedir um favor?

- Diga?

- Poderia manter em segredo que fui eu que os avisei?

- Sim, poderia.

- Obrigada.

Voltei para o Salão Comunal da Sonserina, Draco já estava lá e me perguntou:

- Onde você estava? Quero te contar a novidade...

- Fui dar uma volta pra refrescar os pensamentos, que novidade?

- A Weasley já era.

- Podia ao menos ter me falado que era hoje que você ia acabar com ela...

- Queria te deixar surpresa.

- Acho que você não conseguiu...

Fui para meu quarto, minhas companheiras de quarto nunca estavam lá na hora que eu queria ficar sozinha, era ótimo, fiquei pensando qual seria a reação de Harry e Hermione ao saberem da morte da amiga...

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