PARTE UM



PARTE UM
Hermione Granger não era mais aquela mesma aluna dos tempos de Hogwarts. Não era mais a menina cujos cabelos eram mal cuidados e espantados; e os dentes da frente maiores do que a proporção normal. Hermione mudara, crescera. Enfim, tornara-se uma mulher. Um cabelo hidratado, bem penteado... Uma pele rosada e levemente marcada pelo sol. Olhos expressivos. Boca carnuda. Um corpo lindo que faria inveja a qualquer Angelina Jolie da vida. Cirurgia? Oh, não; mágica! Por fora um esplendor de mulher, daquelas que param avenidas e outras metáforas sem sentido.
Porém, por dentro, Hermione enrijecera seu coração. Tornara-se egoísta, dona de seu próprio mundo. Uma mulher que sonhava alto e não media esforços para conseguir aquilo que queria. E tudo, absolutamente tudo, ela conseguia. E conseguia com uma facilidade espantosa. Aos 28 anos de idade tornara-se tudo que um dia qualquer pessoa, no fundo no fundo, gostaria de ser. Era linda, rica, famosa e inteligente, muito inteligente.
Morava sozinha em seu lindo palácio. Mas não se sentia sozinha. Os velhos amigos da escola tornaram-se contatos distantes, sem a menor importância. O que importava era o presente. Os seus novos amigos. Sua preciosa lista de contatos que a tornava uma das Top Five do mundo mágico. Uma celebridade.
Mas para não deixar essa fic pior do que já parece estar (e aumentar a intertextualidade...) preciso explicar como foi que ela tornara-se tudo isso. Bom, antes que mostrem pedras na mão, todos precisam concordar: Hermione sempre se destacou. E que profissão você sonhava para a amiguinha do Harry Potter?
Opção A: Hermione seria uma professorazinha sabe-tudo de Hogwarts, até chegar aos seus 69 anos quando assumiria como diretora e seria feliz ao lado de seu marido Ronald Weasley cujo relacionamento renderia 11 filhos retardados com a mesma cara do pai.
Gente acorda! É claro que a Hermione não vai ter esse futurozinho da Estrela. Alguém poderia imaginar um talento como o dela preso aos abusos causados pela estressante vida nas salas de aula. Vivendo como funcionário público do governo (pois Hogwarts é uma instituição do governo para quem não sacou). Hello. Wake up. E o Weasley? O WEASLEY? O Rony aos poucos está crescendo e, de fato, amadurecendo. Mas a Hermione é areia demais para aquele fusquinha.
Opção B: Hermione tornar-se aurora ao lado de Harry Potter. O convívio diário dos dois aproxima-os mais ainda e faz com que Harry e Hermione montem uma casinha simpática perto no meio da floresta e vivem felizes para sempre como marido e mulher.
Essa foi só para satisfazer o casal Harry X Hermione. A JK já deixou claro que qualquer esperança de romance do Harry será com a Gina. E Hermione com Rony, por motivos já comentados na Opção A. Hermione também não fica com o Rony.
Opção C: Hermione passe 14 anos da sua vida fugindo de seu passado. Vira uma prostituta. Teve dois filhos. Um abortou, o outro morreu. E usa gorro e havaianas (que só para nota de esclarecimento: elas são vendidas em Londres, sim!). Mais informações leiam Ledo Engano de Marianne. De preferência com os comentários de Cursed Lady, Simon e Sarah.
There’s nothing to say about this option.
Opção D: Hermione e Gina assumem um namoro gay e fogem juntas para a Holanda, ondem casam-se legalmente segundo as leis dos trouxas. Fazem um site em prol da comunidade gay. E fundam uma instituição Gay Bruxo de apoio a homossexuais mágicos. Acabam sendo mortas pelo governo. Mas a trama é descoberta e viram símbolos da luta contra o preconceito.
Olha isso dá uma fic. E uma fic muito boa. Depois que eu terminar essa, passar um tempinho, em algum dia qualquer, eu desenvolvo essa história. Mas como essa história já está superficialmente traçada, não é esse o destino da protagonista.
Opção E: Ela transforma-se em uma grande administradora de empresas no ramo de produtos mágicos para pele e cabelo. Protagoniza seus próprios comerciais. Publica livros e mais livros e fica mundialmente famosa como a menina-que-sobreviveu aos cabelos horríveis.
Acho que vocês sacaram...
Enfim, depois de deixar isso claro (espero que não me crucifiquem!) continuo a história...
Hermione – fria por dentro, quente por fora – ainda possuía certo trauma da sua vida estudantil quando era, no mínimo estranha, no assunto beleza. E tal trauma a fez colocar um ingrediente mágico em sua linha de cosméticos. Um ingrediente que, de fato, ajudava as bruxas de todo mundo tornarem-se mais lindas (ou menos feias, dependendo do caso), mas jamais, em hipótese alguma, mais linda que ela própria.
As felizes usuárias de Hermione’s não desconfiavam dos efeitos que aqueles cremes sedosos faziam. Uma bruxa como Luna Lovegood, por exemplo, ao usar os cosméticos Hermione’s tornava-se um pouco mais apresentável, sim. Porém, assim que o creme tocar a pele (ou cabelo se for a Hermione’s Hair – Everything you want) a usuária dos produtos fica eternamente viciada e sela um pacto de jamais ficar mais bonita que Hermione.
É por isso que Hermione tornou-se tão rica e tão rapidamente. Sua mente maquiavélica e um bom marketing promocional tornaram a marca Hermione’s a mais famosa do mercado. Todas as bruxas queriam usar Hermione’s (e até os metrosexuais e os gays assumidos).
E foi assim que o mundo mágico tornou-se escravo da linha de produtos Hermione’s que lucrava milhões com isso. E ao mesmo tempo, Hermione realizava o seu grande sonho: tornava-se a mulher mais linda do mundo.
E para testar seu sucesso no mercado, Hermione gastou fortunas na compra de um raro objeto mágico. Um objeto único no mundo. Um objeto cujo poder encontrava-se além das aparências. Um objeto cujo valor é inestimável... Enfim... O espelho mágico da madrasta da Branca de Neve.
E nesta noite, quando recebeu a prestigiada encomenda, Hermione postou-se em frente ao raro artefato. Fitou seus olhos, sua boca, seu rosto... Despiu-se em frente ao espelho. Viu o quanto era linda e gostosa. O quanto seus seios eram redondos e firmes. O quanto seu bumbum era invejável. O quanto sua xana era cuidadosamente tratada. Nenhum pelo encravado. Perguntou ao espelho (sim, nua!):
- Espelho, espelho meu. Existe alguém mais bela do que eu?
O espelho, então, respondeu:
- Ó, beleza tua é superior do que a todas aquelas que teus produtos usaram. Porém, há uma mulher cuja beleza – ainda intocada por teus maléficos truques – não sofreu o teu feitiço.
- O que? Impossível, espelho meu. Todos usam os meus produtos. Que ser desprezível seria esta que nunca usou a Hermione’s Skin na pele. Ou a Hermione’s Hair no cabelo? Quem? Quem, responda espelho meu, quem ousa ser mais bela do que eu?
- Ela possui a pele clara, levemente coberta de sardas, mais limpa do que a tua. Um cabelo ruivo mais vermelho do que o fogo mais bonito do que o teu. Os lábios carnudos mais apetitosos do que o teu.
- Quem? Quem é ela? Mostre-me, espelho meu.
O reflexo tornou-se tremulo e sobre a superfície plana do espelho, Hermione viu, furiosa, a imagem de alguém que já conhecia. Na adolescência fora sua melhor amiga e, agora que crescera, tornar-se a mulher mais linda do mundo.
- Gina Weasley – disse o espelho – agora conhecida como Vermelha de Fogo.
- Nãaaaaaaaaaaaaaaaao! Gritou a rainha... (dos cosméticos).

Há centenas de quilômetros dali, a jovem Gina Weasley, digo Vermelha de Fogo, despedia-se de seu marido, Harry Potter – o principal auror do Ministério – que saía para uma importante expedição na China (secretamente, tenho que falar, Harry estava procurando meios de se candidatar ao cargo de Ministro da Magia).
- Assim que eu chegar lá – disse Potter – mando uma coruja.
- Sim, meu amor. Mande-me uma coruja!
- Não se esqueça que eu te amo, Gina, digo, Vermelha de Fogo. Volto em um mês. Se eu te pegar com outro eu te mato e mato também o outro.
- Não se preocupe, meu amor. Você sabe nenhum outro homem, além de você, entra dentro de mim.
- Lembre-se que você fez o Voto Perpétuo, Vermelha.
- Claro que eu lembro. Se algum homem entrar em mim, eu morro!
- Adeus.
- Até daqui a um mês...
E Harry Potter subiu na vassoura e rumou para o leste.
Sozinha, em sua casa perto da floresta, Vermelha de Fogo saiu para cantar com os animaizinhos e passarinhos que passavam no poço d’água em frente a casa. E cantarolava uma canção antiga e romântica do estilo que a Disney não compõe mais.
Toda essa cena era vista pelo espelho mágico de Hermione, ainda enfurecida.
Hermione apertou uma cordinha do lado de sua cama e imediatamente apareceu um esfarrapado elfo doméstico a porta.
- Chamou-me, madame?
- Sim, seu imbecil. Chame Hagrid imediatamente. Rápido, seu imbecil. Vamos, vamos.
- Ah, senhora, não precisa gritar, já entendi. Lembro-me tão bem quando você defendia a nossa causa.
- Que causa, imbecil? Já ouviu falar de Hermione Granger defender causa de serviçal.
- Em Hogwarts, senhora. Não se lembra?
- NÃO, esses anos não existiram. Hoje eu sou diferente, eu sou linda. Esse passado é passado. E caso você não se lembre, seu imbecil, Dobby foi o último elfo doméstico que me lembrou disso. Por acaso pretende fazer companhia a ele?
O elfo olhou para a cabeça de Dobby empalhada na parede. Arrepiou-se.
- Perdão, madame. Perdoe esse pobre elfo.
- Pois, vá, idiota.
O elfo saiu com um cortejo tão exagerado que o nariz arrastava-se pelo chão.
- Traste, depois que eu der um fim em Gina Weasley, digo Vermelha de Fogo, eu vou arrumar outro elfo doméstico. De preferência como o Mostro, e não esses jovens elfos cheios de idéias.
Trinta minutos depois Hagrid apareceu na porta...
Preciso, narrar, para não chocar meus caros leitores que Hagrid não é mais o mesmo. Ele, antes do final do sétimo ano de Harry, Rony e Hermione em Hogwarts, tomou partido de Você-sabia-quem (por que a essa altura a JK já deve ter matado o tio Voldie =~~ ... Shit!).
Tornou-se malvado por que tava cansado de bancar o bonzinho. Ou você acham que aquele amor pelos animais sinistros era mera ingenuidade? Não, Hagrid sempre teve em si uma veia maléfica. Sempre sonhou em servir os Grandes. E quando ele viu que Voldemort, era o Grande, renunciou seu cargo na escola.
Após a queda de Voldemort (isso dá uma fanfic para depois do sétimo livro: A Queda – As últimas horas de Voldemort), Hagrid declarou enfeitiçado pela maldição Imperius e foi trabalhar com Hermione Granger, que ascendia na sua carreira. Tornando-se a Grande do momento.
Enfim, continuando a história...
Trinta minutos depois Hagrid apareceu na porta. Ele era o caçador-chefe do palácio e passava o dia caçando para a magnata dos produtos de beleza, Hermione. Só uma nota idiota. O Word (pelo menos o 2003) não aceita ‘a magnata’ e sugere correção por ‘o magnata’. Eu estou errado? Ou será uma imposição do universo machista?
Respondam-me por e-mail ([email protected]). Nada de Vírus, eu uso AVG.
Continuando a história... A segunda pausa em menos de um parágrafo.
Trinta minutos depois Hagrid apareceu na porta. Ele era o caçador-chefe do palácio e passava o dia caçando para a magnata dos produtos de beleza, Hermione. Prestou reverência e perguntou.
- Madou-me chamar, ó grandiosa Hermione, a mais bem sucedida empresária do planeta.
- Sim, meu fiel caçador.
- Em que posso servi-la?
- Quero que você vá na casa de Harry Potter e...
- Harry Potter, Harry Potter?
- É, idiota. Deixa eu terminar. Quero que você vá a casa de Harry Potter e traga-me dentro dessa caixa – Hermione mostra uma belíssima caixa de madeira rara recheada de rubis – o coração de Gina Weasley.
- Gina Weasley, Gina Weasley?
- Sim.
- Mas, por que, madame?
- Não faça perguntas, seu imbecil. Quero o coração de Gina Weasley nessa caixa.
- Mas...
- E se você não me trouxer, eu mando cortar sua varinha!
Hagrid estremece. Sabia que Hermione poderia fazer isso e fazer parecer um acidente doméstico, ela era uma bruxa excelente. Ela tem seus meios. Fez uma grande reverência e saiu com a promessa de voltar com o coração de Gina Weasley.
Enquanto isso Hermione dava risadas maléficas daquelas que a Disney costumava usar em suas vilãs e que hoje é futilmente usada nas histórias infantis que usam a estratégia da comédia para atingir também os adultos, os possuidores do dinheiro, para aumentar as vendas. Pouco importa a história, só as vendas. Vamos parar de fazer desenhos animados romanceados para crianças e vamos fazer animações em computador, comediadas para agradar todos os públicos e aumentar AS MALDITAS VENDAS. POR QUE É SÓ ISSO QUE IMPORTA AGORA!
Enfim, continuando...
Hagrid saiu para à procura de Gina Weasley, que ficou sabendo por intermédio de alguém que não precisa de nome para não dificultar o desenvolvimento da história na cabeça do leitor que Gina Weasley, passou a chamar-se Vermelho de Fogo pelo fato, óbvio, dela possuir lindas madeixas ruivas.
No caminho, nosso fiel meio-gigante pensava sobre sua varinha. Era uma varinha monstruosamente grande. A média geral é de cerca de 28 centímetros (no mundo dos trouxas a média geral é de aproximadamente 16). Mas a de Hagrid possuía uma varinha grande e grossa. Daquelas que fazia as bruxas delirar. A varinha seguia o dono, meio-gigante. (Nota: Segunda a própria JK, a varinha de Hagrid é de Carvalho 40 cm e meio mole!). Quanto mais andava mais tinha vontade de arrancar o coração de Gina, digo Vermelha de Fogo, pois não conseguia pensar em uma vida sem sua varinha.
Algumas horas mais tarde, Hagrid chegou a humilde, mas confortável, casa em que Gina Weasley morava. Naquele exato momento, ela estava cantarolando com um passarinho. Mas não pensem que ela só faz isso o dia inteiro. Gina Weasley é, acima de tudo, uma dona de casa. Eu até pensaria em contar que ela tem filhos, mas como eles não interessariam para a história, prefiro dizer que ela ainda não conseguiu engravidar.
Cotinuando... Naquele exato momento, Gina Weasley, digo Vermelha de Fogo, cantarolava com os pássaros. Nada anormal considerando os bons e velhos filmes da Disney, com exceção de um simples fato que tornava a cena menos infantil. Ela estava despedida de suas roupas. Nua no jardim florido. Cantarolando feliz com os pássaros.
Ao ver aquela menina, a mesma menina que há apenas um pouco mais de quinze anos atrás desembarcava ansiosa do Expresso de Hogwarts. Elas tornara-se um mulherão. Não era á toa que Hermione planejava a morte da infeliz, ela possuía a pele mais bela do mundo. E mesmo de longe, Hagrid sabia o quão macia ela poderia ser. As sarnas no rosto eram um detalhezinho a mais. O que a fazia ostentar acima dos padrões mundiais de beleza.
Os seios eram fartos e rígidos. E Hagrid sabia que ali dentro batia um coração. Mas como ferir uma pele tão bonita. Que corpo belo, minha Rowling. Que mulher. Hagrid sentiu que sua varinha estava soltando faíscas vermelhas quando pensou nas coxas da nossa heroína.
E foi isso que o levou a tona. Ele saiu da mata e veio ajoelhado aos pés de Vermelha de Fogo.
- Perdoe-me, perdoe-me.
- Ó, minha Rowling, Hagrid. Você por aqui. E eu nesses trajes... Bem... Deixa isso para lá. Eu vou colocar uma roupa.
- Espere, eu não vou me demorar.
- Mas Hagrid, eu estou nua.
- Gina... Hermione mandou-me aqui...
- Hermione? Ah, minha amiga Mione. Quanto tempo, ela parou de responder minhas cartas. Soube que ela ficou linda, rica e famosa. Como ela está? Casou? Tem filhos?
- Não, Gina, não.
- Por favor, me chame de Vermelha de Fogo, é meu apelido.
- Pois, não, Vermelha. A questão é que Hermione está enciumada por sua beleza. E pediu para eu vir aqui e... – Hagrid soluçou – e mata-la.
- Ó, minha Rowling. Não pode ser minha amiga Hermione. Ela jamais faria isso.
- Ela mudou, Gina, ela mudou. Muita coisa mudou. Até eu mudei de lado.
- Hagrid... Você é gay?
- Não! Não é isso. Eu virei malvado... Isso é outra história, talvez em uma outra fanfic. O importante é que eu fui incumbido da missão de vir aqui, ragar seu peito e tirar-lhe seu coração.
- Ó, Hagrid. Por favor, não faça isso.
- Não, não. Não farei isso. Eu estive observando você, Gina. Digo, Vermelha de Fogo, e percebi que estou do lado errado. Eu não quero mais ajudar Hermione e não quero tirar-lhe a vida.
- Ó, obrigado, Hagrid. Muito obrigado...
- Mas Hermione quer que eu leve seu coração nessa caixinha.
- Mas Hagrid por que você não faz igualzinho aquela história da Branca de Neve e coloca um coração de um animal.
- Ela saberia, acredite em mim, Hermione é muito esperta. Esse truque não funciona nessa história. Ela tem seus meios.
- E agora Hagrid, o que ela fará?
- Ela... – Hagrid solouçou de novo – ela cortará minha varinha.
- Que horror. Que coisa bárbara. Tem certeza que essa é minha amiga Hermione?
- Sim, Vermelha. Digo, Gina. Digo, Vermelha mesmo. É sua ex amiga Hermione.
- Que coisa horrível, Hagrid.
- Sabe... Já que eu vou ficar eunuco, eu queria poder aproveitar minhas últimas horas com minha varinha.
- Eunuco? Mas ela não vai cortar sua varinha mágica?
- Isso é uma metáfora, bobinha.
- Meu Santo Protetor das Fanfics Sem Sentido!
- É! E para poupar sua vida, Vermelha de Fogo. Eu quero aproveitar as minhas últimas horas com minha varinha com a mulher mais linda do mundo.
- Nossa, mas meu marido, Harry Potter...
- Ele nunca vai saber, minha querida. Confie em mim, eu te trato com carinho.
- Mas Hagrid, quanto de carinho você tem.
- Mamãe do céu (lê-se JK Rowling) foi-me muito boa. 40 centímetros.
- QUARENTA CENTÍMETROS?
- É.
- Mas o Harry só tem 28!
- O que acha, minha querida. Topa?
- Eu não tenho escolha, não é? Então eu decido o local. Não quero que isso aconteça na minha casa. Tem que ser ali, depois da cerca. Vai indo para lá que eu vou pegar uns óleos lubrificantes a base de água.
Hagrid dá um sorriso maroto. Talvez valesse a pena trocar a varinha pela mulher mais linda do mundo. E assim fez, ficou esperando Gina voltar. Mas Gina não pulou a cerca ao encontro de Hagrid. Enquanto o caçador se distraia pensando nas maravilhosas posições que estaria presta e enfrentar, Gina (vulgo: Vermelha de Fogo) fugia pela porta dos fundos, floresta a dentro.
Foi só muito mais tarde, quando a lua já ia alto no céu. Que o meio-gigante percebeu que fora tapeado. Procurou sua ex-aluna, mas nem sinal de um fio de pentelho dela. Nesse exato momento, Vermelha de Fogo encontrava uma casinha mais a funda na floresta. Mas a porta era tão pequena. E igualmente as janelas. Mais parecia uma casa de bonecas.
Na frente da casa, um emblema que ela reconhecia do Beco Diagonal. E abaixo dele a inscrição “Lar dos Sete Diretores do Banco Gringotes”. Nossa heroína bateu na porta, mas ninguém atendeu. Bateu de novo e quando percebeu que a casa estava vazia entrou sem convite.
Lá dentro, Vermelha de Fogo encontrou sete pratinhos, sete poltroninhas, sete caminhas e sete pastas com ações de Gringotes. Exausta como estava, deitou-se nas camas alinhadas uma ao lado da outra. Ela sabia que não podia voltar para casa, pois Hagrid poderia estar lá. Sabia que não conseguiria mandar uma coruja para Harry, por que este estava em uma missão, por tanto, estava inencontrável.
Ficou chorando baixinho, com um frio medonho. Por que o frio? Ou por que alguém falaria medonho? A resposta para a segunda pergunta não sei. Mas a primeira é que na pressa de fugir, Vermelha de Fogo saiu às pressas, ainda nua.
Enrolou-se com as sete colchinhas das caminhas e adormeceu.
(Coincidentemente, estou escrevendo esse texto no Word, com a fonte Times tamanho 12. E estou exatamente na sétima página).

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