Parte IV O retorno de Almofadi

Parte IV O retorno de Almofadi



O título já diz tudo, mas devo um aexplicação: este capítulo não existia na versão original, Ao alterar o final, criando novos capítulos, inseri este nesta parte da fic, pra ficar menos confuso.

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Dumbledore pedira a revisão do caso de Sirius pela Suprema Corte dos Bruxos. Harry e Lupin - assim como outra testemunha que muito espantara ao garoto - prestaram seus depoimentos, mas ainda não saíra sua absolvição final, o que levou quase um mês para acontecer. Agora, pensou, entristecido, pelo menos a memória de Sirius permaneceria limpa, todas as acusações anteriores retiradas. Se vivessem no mundo dos trouxas, talvez pudesse exigir do “governo” uma “indenização por danos morais”, mas de que isso adiantaria, se Sirius estava morto? – concluiu. Enquanto isso, vários membros da Ordem eram agora vistos com freqüência no Ministério da Magia, mais exatamente no Departamento dos Mistérios.
Harry evoluíra bem em Oclumência, e as aulas com Antonio haviam terminado. Por isso, o cigano muito raramente voltava a Hogwarts, mas Harry não saberia dizer se ele voltara para seu povo ou continuava na Grã-Bretanha.
Assim, quando se aproximava o dia das bruxas, foi com surpresa que o encontrou conversando com a irmã, à beira do lago. Involuntariamente, ouviu-o comentar que naquela mesma tarde estaria de partida para Londres em companhia de Dumbledore, e que ela seria bem-vinda se, pelo menos dessa vez, quisesse cooperar com eles nos trabalhos da Sala da Morte.
- O que? – Harry não conseguiu se conter – Você... está realmente trabalhando no... você agora é um “inominável”?
Antonio sorriu, um pouco encabulado.
- Desculpe, Harry. Não podia mesmo te contar, pelo menos, não antes de termos resultados concretos sobre a pesquisa em que estamos trabalhando. Mas, amanhã, quando voltarmos, tenho certeza que teremos boas notícias. – Antonio apoiou a mão em seu ombro, e mais uma vez lhe sorriu, antes de continuar – Não fique bravo, hein? E aproveite bem a festa por mim.
Quando os alunos entraram no salão principal para o jantar, todo enfeitado com as abóboras gigantes de Hagrid, Harry ainda pensava sobre que trabalho seria esse. Antonio lhe dissera antes que estava cooperando com pesquisas, uma coisa muito vaga. Hermione e Rony também não tinham idéia, mas uma esperançazinha brotava, teimosa, no coração do garoto, porém ele tinha medo até de comentar. Durante o jantar, Snape parecia ainda mais mal humorado do que o normal, e fitava Harry como se pensasse que o garoto lhe escondesse alguma coisa, mas este nem olhou para o seu lado, resolvido a não se ocupar com isso.
Depois de doces e tortas regados a suco de abóbora, de brincadeiras e snaps explosivos por todo o canto, todos finalmente se recolheram aos dormitórios, para uma noite clara de luar que tinha tudo para ser a mais tranqüila que Harry já vira.
Entretanto...
A madrugada já ia avançada, quando ele foi despertado de seu sonho pela voz inquieta de Rony.
- O que foi, agora? Pensei que você não tivesse mais pesadelos com aranhas... – bocejou Harry, esticando a mão para colocar os óculos e fitar o colega com dificuldade.
- Não, não é isso! Você não ouviu?
Claro que não ouvira nada, já que dormia muito bem, mas não quis discutir com Rony, apenas perguntou:
- Ouvi o que?
- Os uivos... terríveis. Parecia coisa de lobisomem...
- Ora, isso? Vai ver o Lupin anda por aí... É lua cheia, não é? – Harry já puxava novamente as cobertas, disposto a acreditar que Rony estava sonhando acordado, mas o amigo o puxou para a janela.
- Então, que confusão é aquela? Vem ver!
Intrigado, Harry colou o rosto na janela fria, olhando para onde o amigo apontava. A luz da lua prateava tudo lá embaixo, dando à paisagem um ar de sonho e mistério. Tudo estava em silêncio, até que Harry ouviu distintamente o som de latidos, não uivos, enquanto um vulto atravessava os jardins em direção ao velho salgueiro lutador. Quando parou, o capuz de sua capa caiu, e eles perceberam se tratar de Sarah. Mas o que ela fazia caminhando lá fora? E será que estava querendo achar a passagem para a casa dos gritos? Pra que?
Então, vindo dos lados do salgueiro, dois cães apareceram. Ambos eram grandes, um parecia ter o pelo mais claro que o outro, mas não dava pra saber com certeza, e se aproximaram da mulher devagar, hesitantes, até que pararam, olhando pra ela. De repente, sem nenhum aviso, se atiraram de uma vez sobre ela, que soltou um grito. Harry já se preparava para sair disparado em seu socorro, quando Rony o chamou de volta, desenrolando um já seu conhecido cordão cor de carne para fora da janela: as “orelhas extensíveis”.
- Olha só! Ela está rindo. Está brincando com eles. Será que são dela? Tipo animais de estimação? – Rony indagou, curioso.
- Nunca ouvi nada a respeito...
Atônitos, eles viram Sarah se sentar, depois se erguer levantando os braços para evitar as “lambidas”, ouviram-na ralhar com eles, chamando-os de “lulu” e “fofinho”.
- Que nomes ridículos! Parece até nome de cachorro de trouxa! – Rony exclamou.
- Ou coisa do Hagrid. Lembra do Fofo? – Harry retrucou.
Um dos cães, o que parecia mais escuro, ergueu a cabeça e, olhando diretamente para a janela deles, latiu. Sarah acompanhou seu olhar, enquanto os dois instintivamente se afastavam da janela, e então começou a voltar para sua carroça, chamando os cães. Rony ainda a ouviu comentar:
- O dia já vai amanhecer. Tenham calma, rapazes. Venham, alguém vai acabar vendo vocês aqui fora e não queremos isso! Ainda não!
Harry e Rony acompanharam seus movimentos até que sumiram de vista e o silêncio voltou a ser completo. Depois de se perguntarem o que significaria aquilo e não obterem nenhuma resposta plausível, resolveram tentar dormir de novo, pois ainda era muito cedo.
Nem bem fecharam as cortinas de suas camas, e pularam de susto. Uma voz suave os chamava baixinho da porta do dormitório: Hermione.
- Hermione! O que você está fazendo aqui? – Rony perguntou num sussurro, vermelho como um tomate, se enrolando desajeitadamente no seu roupão.
- Fale baixo!- ela levou o dedo aos lábios – O Prof. Dumbledore... mandou chamar vocês dois.
- Mas nós não fizemos nada! Só olhamos pela janela! – ele retrucou, nervoso.
- Não é nada disso! – ela olhou para o teto, impaciente – Olha, espero você dois na sala comunal.
E, sem dizer mais nada, deu meia volta e desceu silenciosamente as escadas.
Ainda mais intrigados, eles puseram as vestes de qualquer jeito por cima do pijama e saíram rapidamente do quarto atrás dela, Rony pulando num pé só enquanto tentava enfiar o tênis no outro.
Harry nem se lembrara de pegar a capa da invisibilidade, já que fora o diretor quem o chamara. Saindo do corredor da mulher gorda, já se encaminhava para os lados da Diretoria, quando Hermione o puxou.
- Por aqui, Harry. É para irmos lá fora... falar com Sarah.
- Mas você disse... Está bem. Vamos logo, então – Harry suspirou, e então perguntou – Vocês os viu? Os cães?
- Claro que vi. Andem logo. Apesar de termos autorização, não quero este nosso “passeio” interceptado.
O mais silenciosamente e rápido possível, eles fizeram o caminho até a carroça de Sarah, iluminados apenas pelo luar. Foi com espanto que viram, do lado de fora, como que montando guarda, Hagrid e seu grande cão, que estava inquieto, ganindo baixinho e tentando escapar da mão forte do seu dono para entrar na carroça.
- Por que demoraram tanto? – perguntou aos meninos, que ficaram ainda mais intrigados. Hermione, no entanto, lhe sorriu tranqüila, como se soubesse alguma coisa a mais do que eles.
Cada vez mais intrigados, entraram temerosos na carroça-tenda de Sarah, e pararam, boquiabertos.
O interior estava fracamente iluminado por uma única chama azul que saía de uma lâmpada oriental suspensa no meio do aposento, mas logo puderam perceber um dos cães, o mais claro, que de perto via-se nitidamente tratar-se de um lobo, deitado sobre o tapete. Ele ergueu levemente a cabeça, olhando para os garotos e latindo baixinho, voltando a apoiá-la sobre as patas. Parecia muito cansado. De costas para eles, Sarah acariciava o outro cão, que parecia mais nervoso, impaciente, enquanto falava com a voz suave:
- Calma... falta pouco. Precisamos dar tempo a ele. O sol já vai nascer e... Ah! – ela se voltou e viu os garotos – Vocês chegaram. Por favor, sentem-se.
Mas o cão, que Harry percebia agora ser negro e dolorosamente parecido com outro cão que conhecera, ficou ainda mais agitado ao vê-los.
No momento em que avançou para os garotos, entretanto parou, e começou a rosnar ameaçadoramente. Sarah, estranhando seu comportamento, já ia tranqüilizá-lo, quando viu o motivo: Snape permanecia à porta, a varinha apontada para o cão.
- Snape! O que faz aqui? Abaixe essa varinha – ela ordenou, colocando-se à frente dos cães e abrindo os braços para protegê-los – Você ficou louco? Quer por tudo a perder, depois de tanto trabalho?
- Então, você realmente agora se revela! – Snape exclamou com ironia – E põe a vida desses três...encrenqueiros em risco, como se eles precisassem de alguma ajuda pra isso.
- Não seja tolo, homem! Sente-se, ou vou ter que chamar o Prof. Dumbledore? Pois é por ordem dele que eles estão aqui.
Ela se mantinha firme à sua frente, enquanto os dois cães se erguiam e rosnavam, encarando Snape ameaçadoramente.
Hermione, corajosamente, se adiantou e tocou o braço do Professor de Poções, que a fitou com profundo desdém.
- Prof. Snape. Ela tem razão... Por favor...
Sem dizer palavra, ele se sentou, mas não baixou a varinha. E continuou de cenho carregado encarando Sarah e vigiando os cães. Harry, entretanto, parecia alheio à tensão. A entrada repentina de Snape e a reação dos cães só podia significar uma coisa. Então, ele avançou um pouco mais e se abaixou, para observá-los melhor.
Decididamente, embora alguma coisa parecesse familiar, não se lembrava daquele lobo cinzento. Mas o cão negro só podia ser... não, era impossível!
- Todos calmos agora? – Sarah indagou em tom suave e firme ao mesmo tempo – Então, vamos esperar. O sol já vai nascer, meu amigo – ela acariciou a cabeça do lobo, que ganiu baixinho e voltou a baixar a cabeça, escondendo o focinho com as patas e olhando para Hermione.
Com um olhar de súbita compreensão, Sarah ergueu a própria varinha, exclamando: “vestes!”. E duas vestes surgiram em suas mãos. Com uma, cobriu o lobo, ajeitando-a carinhosamente dos lados. Depois, virou-se para o cão negro, sorrindo, mas ele acenou negativamente com a cabeça, e continuou a fitar ora Harry, ora o horizonte que já clareava tenuemente.
O lobo continuou ganindo baixinho, e depois mais forte, até que a luz pálida do sol entrou pela porta, indo bater em sua cabeça. Então, uma transformação dolorosa se operou, e ele voltou a ser Remo Lupin. Estarrecidos, pois da última vez que haviam presenciado esse processo, fora ao contrário e, pior, ele virara um lobisomem, os garotos não sabiam o que dizer. Enquanto Lupin continuou deitado no chão, conservando no rosto de homem as marcas de um profundo cansaço, Sarah deu um toque leve com a varinha nas vestes que o cobriam.
- Agora você não precisa mais ficar acanhado – ela sorriu, brejeira – E você? Estava tão impaciente, e agora fica aí, abanando o rabo e enchendo minha casa de pelos... Você vai ver só! – e acenou para ele com a varinha, murmurando palavras incompreensíveis para todos.
O outro latiu alto e, de repente, transformou-se em um homem, também, fazendo cada um dos presentes reagir de um jeito: Rony, assustado, Hermione, admirada, Snape, possesso. Harry, entretanto, não conseguiu conter um grito de alegria, ao pular nos braços do padrinho, parado à sua frente exatamente como se lembrava dele no último momento, na sala do véu do DM.
- E aí, garoto? Sentiu tanto a minha falta como eu senti a sua? – seu sorriso franco se abria de um canto a outro, e abraçou Harry com força.
- Que emocionante! – Snape murmurou com sarcasmo.
- Quem o convidou para a festa, Ranhoso? – Sirius indagou, em tom agressivo – Só queremos os amigos por perto.
Eles se encararam com o ódio de sempre, mas antes que Harry se visse novamente tentando separá-los, Sarah o fez.
Segurou o braço de Sirius e sussurrou seu nome. Sirius se inclinou, tocou seu rosto e beijou-lhe a testa, murmurando suavemente:
- Fique tranqüila. Nem ele é capaz de estragar esse momento pra mim – e, virando as costas, puxou Harry para um dos pufes, enquanto este pensava no que ia perguntar primeiro.
Mas Snape não esperou nem mesmo que Sarah falasse mais alguma coisa. No momento em que ela abriu a boca, já ao seu lado, ele a fitou com uma expressão mesclada de ódio e desprezo, murmurando um estranho “eu devia ter adivinhado” e saindo tão de repente quanto chegara. Da porta, onde estivera o tempo todo pronto a se atirar sobre Snape se ele fizesse algum movimento suspeito, Hagrid pediu desculpas a Sarah por não tê-lo impedido de entrar, mas ela o tranqüilizou.
- Está tudo bem, Hagrid. Pode nos fazer um favor? Avisar ao Prof. Dumbledore que deu tudo certo e estão todos bem?
- Claro. Com licença. – com um sorriso largo, depois de cumprimentar Lupin e Sirius com um aceno, Hagrid lá se foi, cantarolando pelo caminho até o castelo.
Rony continuava de boca aberta, até que Hermione o cutucou, divertida. Aí, ele passou a olhar os dois ex-cães de um para o outro, com a cabeça também fervilhando.
Lupin já parecia completamente refeito, e sorriu um pouco encabulado ao agradecer a Sarah as roupas novas.
- São só um presente – ela sorriu delicadamente, em resposta – E ficaram bem em você. Deram-lhe um toque... mais jovial que vai agradar muito a alguém que conheço – ela piscou, meio maliciosa, ao que ele corou como um adolescente e dizer:
- Não venha você também com essa história! Já disse pra Tonks que não quero conhecer nenhuma mulher, principalmente uma... – mas parou, olhando os alunos, curiosos e assustados com seu tom veemente.
Mas Harry continuava ocupado em cobrir Sirius de perguntas, enquanto Hermione se mantinha em silêncio, subitamente acanhada. Para ter o que fazer, recolheu Bichento, que aparecera não se sabe de onde, pulando sobre Sirius, que lhe fez festa distraído, e voltando para o lado da dona.
Sarah conjurara um café da manhã completo e insistia aos dois amigos que comessem, pois precisavam repor as energias depois de uma viagem tão longa e cansativa, mas tinha uma nota de tristeza no rosto.

Enquanto comiam, sentados à volta de uma mesa baixa como se estivesse num piquenique, Harry ouviu Lupin contar como haviam tentado por horas trazer Sirius de volta do véu. Ele os via e ouvia, e os bruxos do lado de cá também o viam e ouviam, mas ninguém se encorajava o suficiente para ir até ele, nem ele conseguia atravessar sozinho o véu. Mesmo Antonio e Sarah trabalhando juntos, exaurindo ao extremo suas energias ao usar poderes ancestrais de seu povo que os representantes do mundo bruxo ali até desconheciam, não haviam descoberto como fazê-lo ter força suficiente para voltar da dimensão onde estava. Até que ele próprio comentara com tristeza, fitando Lupin.
- Imagino que hoje seja lua cheia, meu amigo. Mas não vamos mais vadiar por aí, uivando pra ela.
Lupin, então, pareceu tomado de uma súbita idéia. Mas estavam nove níveis abaixo da superfície, como fazer para ver a lua?
- Um bicho-papão! – começara a gritar – Pelo amor de Deus! Um bicho-papão!
Intrigados, os bruxos haviam murmurado entre si que ele ficara louco, mas alguém acabara por sair, voltando logo em seguida com uma caixa sacolejante.
- Afastem-se! – Lupin ordenara a todos – Não o distraiam!
Com um movimento da varinha, ele libertara o bicho-papão da caixa, e este, tendo apenas Lupin à sua frente, automaticamente se transformara numa imensa lua cheia, brilhando como uma jóia suspensa num céu fictício. Mas surtira efeito. Para espanto dos presentes que ainda desconheciam sua condição, Lupin se transformara. Só que, dessa vez, já não mais em um lobisomem, pois há meses vinha fazendo um tratamento intensivo com a poção de Snape, mas em um lobo grande e cinzento, que pulara para o véu, sem atravessá-lo totalmente, latindo para o homem que, então se viu forçado a se revelar definitivamente como animago. Assim, igualmente transformado em cão, aproximara-se e tocara a pata do companheiro. Foi como se um furacão tivesse tomado conta da sala inteira, tudo girava, todos precisaram se segurar até que, de repente, todo o vento e todo o barulho cessou, e Sirius se viu empurrado de volta para a sala, saindo definitivamente do véu, para felicidade e alívio de todos.
Harry olhou para seu antigo professor de DCAT, admirado. Todos o elogiavam, dizendo que fora realmente muito corajoso, mas ele negava com a cabeça. Agira num impulso, apenas isso, mas alguma coisa muito forte lhe dizia que ia funcionar. Fora como conjurar um patrono... lembrara-se do último Natal no Largo Grimmauld e pensara em quanto queria viver outro dia como aquele. Lembrara-se de Harry, e a coragem viera. Mas... – completou – se não funcionasse, pelo menos ele faria companhia para o amigo, e sem dúvida iriam se divertir muito “do lado de lá”.
- Aquilo ali, meu caro... nem sei como te contar! – Sirius exclamou, o rosto sombrio por um minuto.
- Mas não é hora pra isso! – Sarah retrucou – Meninos, já está na hora de vocês subirem. Logo, logo, começa a primeira aula, e se me lembro bem, a de vocês hoje é com o Snape... Vocês não vão querer deixá-lo nervoso, não é? – ela completara, fingindo um tom brincalhão – Harry, não se preocupe. Não vou deixar esses dois saírem daqui enquanto não tirarem uma boa soneca. A viagem pra cá não foi das mais agradáveis pra eles. Tivemos que mantê-los sob a forma de cães por segurança com um feitiço noturno que só poderia ser desfeito com a luz do sol, e com isso, viemos jogados de um lado pro outro naquele Noitibus horrível...
Os três saíram com relutância, Harry ainda mais do que os outros, embora Hermione parecesse ter um número imenso de perguntas para fazer. Sirius ainda abraçou com força o afilhado, antes de concordar que estava bastante cansado, mas Lupin já não fazia cerimônia e se encaminhara para os aposentos de Antonio, onde mais uma cama já fora preparada por Sarah. Depois que Sirius o acompanhou, espreguiçando-se e bocejando, ela cerrou as cortinas que os separariam de seu próprio aposento com um simples aceno.
- Bem, meninos. Até a hora do almoço. – ela sorriu para os três – Também estou exausta, pedi ao Prof. Dumbledore dispensa das aulas da manhã.
- Você vai ficar bem? – Hermione indagou num tom estranho
- Claro! Estou perfeitamente segura, não se preocupe – ela piscara, tentando parecer divertida.
- Não é o que alguém está pensando... – Harry sussurrou, fazendo um gesto com a cabeça. Acabara de perceber o Prof. Snape, observando-os da entrada do castelo.
- Deve estar pensando em como devo estar feliz, agora que recuperei não apenas um, mas dois de meus amantes...Deixa pra lá! Não ligo...– Sarah deu de ombros.
- Tem certeza? – Hermione perguntou baixinho, enquanto Harry e Rony já se afastavam.
- Claro! Eu já contava com isso... Está tudo bem, de verdade.
Com um sorriso triste, ela acenou um adeus, e Hermione não teve remédio senão acompanhar os amigos.
Logo, logo, a notícia se espalharia, e eles podiam imaginar o impacto que causaria a todos. Por isso, precisavam se apressar... Embora não fizessem idéia do que poderiam ou não contar aos outros. Mas, pelo menos, concordaram, Gina, Luna e Neville precisavam saber de tudo.
Então, foram logo procurá-los, não sem antes trocarem os pijamas pelos uniformes e Rony dar uma reforçada no café. O dia prometia ser longo, dissera.

Enquanto isso, Snape permaneceu por muito tempo ali, parado, observando a carroça com expressão intrigante, talvez imaginando alguma coisa muito desagradável sobre a permanência daqueles dois lá dentro... com Sarah... que se espantaria se soubesse o quanto estivera perto da verdade com o que dissera ainda há pouco!


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