Confissão Arrependimento e Per



No restante da tarde que se seguiu, Harry notou uma senhora Weasley um tanto quanto atrapalhada com os preparativos para o jantar, ja que quase foi atingido por um enorme caldeirão desgovernado que a senhora Weasley enfeitiçara para pousar sobreo fogão.
-Oh Harry querido, me desculpe. Estou um pouco ansiosa, já que teremos uma visita muito importante esta noite para o jantar!
Harry levantou-se, ajeitando os óculos e tirando a poeira de cima das suas roupas.
-Tudo bem, senhora Weasley. Mas...quem virá jantar aqui esta noite?
Harry deduziu, pela ansiedade na voz da senhora Weasley, que seria alguem muito importante, alguém como o Minisitro da Magia, embora essa idéia fizesse seu estômago dar um nó, ja que Harry lembrava muito bem da última vez que o Ministro Rufo Scrimgeour esteve n´A Toca e tentou ludibiá-lo para que pousasse de "garoto-propagando" do Ministério. A últiam coisa que Harry queria nesse momento, era enfrentar um interrogatório que o fizese recordar o passado, ainda não cicatrizado dentro dele.
- Ah, Harry, mal posso acreditar, mas esta noite receberemos a Prof. Minerva McGonagall, que virá para discutir uns assuntos referentes à Hogwarts com alguns membros da Ordem. Ah! quse esqueci, Hagrid virá também!
Harry pareceu surpreso diante da possibilidade de reencontrar a Prof. McGonagall e Hagrid e de ainda poder ouvir alguma coisa referente à Hogwarts.
Naquela noite, durante o jantar, Harry parecia estar perdido em seus pensamentos. A imagem de Sirius saindo do espelho e a possibilidade, por menor que fosse, de que ele estivesse vivo o faziam delirar feliz por um momento. Lupin, Tonks e Olho-Tonto Moody já haviam chegado e estavam conversando, à mesa, com o senhor e a senhora Weasley, Rony, Mione e Gina estavam do outro lado discutindo algum assunto que parecia entretê-los, embora Harry nada ouvisse.
-Você acha, Molly, que Voldemort (a senhora Weasley se contorceu levemente ao ouvir esse nome) iria deixar o menino Malfoy vivo depois de toda a participação dele no plano para matar...hum...matar Dumbledore? E mais, você acredita que o garoto Malfoy e sua mãe estejam realmente arrependidos? – disse Moody;seu olho mágico girava na órbita sem parar.
-Bem, Moody - disse a senhora Weasley -todos ficamos sabendo de como Draco ficou angustiado, depois de ver...de ver...Dumbledore morto. ele fugiu com Snape de Hogwarts e logo se encontrou com a mãe, Narcisa, que estava desesperada, temendo que Draco fosse morto.
-Alguns dias depois, o Ministério recebeu ordens imediatas para proteger os dois, o que foi um grande susto para mim - disse o senhor Weasley, com um tom de seriedade - Draco e Narcisa pareciam ter sido torurados, os dois estavam magros e muito pálidos...
-Aquele muleque sempre foi pálido! - exclamou Olho-Tonto Moody com desdém.
-Mas eles estavam realmente muito abatidos e Draco realmente parecia estar arrependido e chocado. Sabemos que Draco tem um gênio terrível ,mas pelo que tudo indica, isso era só pose para satisfazer o ego de Lúcio. Draco não esperava ver...hum...Dumbledore morto, e isso pareceu chocá-lo muito e lhe abriu os olhos para ver no que estava se metendo - tornou o senhor Weasley olhando para Moody -Os dois fugiram de onde estavam escondidos e o Ministério recebeu ordens para refugiar os dois, como acabei de dizer, escondendo-os de Você-sabe-quem. Um grupo de aurores-secretos entrevistaram os dois, com Legilimência e Veritaserum, e mais uma porção de coisas para comprovar a verdade e descobrir uma possível armadilha. e o mais impressionante é que os dois, Tanto Narcisa quanto Draco, não ofereceram resistência a nenhuma à todas essas técnicas, realmente pareciam querer colaborar. Comprovado que os dois falavam a verdade, rapidamente foram escondidos e estão sendo protegidos com segurança máxima por um batalhão de aurores sob supervisão do Ministério, uma operação realmente inemaginável. Creio que realmente estão seguros.
-Será que Voldemort já sabe de tudo? - perguntou a senhora Weasley.
- Provavelmente Molly - disse o senhor Weasley encarando-a - Narcisa e Draco revelaram muita coisa sobre os comensais e seus planos, o que foi de grande ajuda para o Ministério.
Agora Harry voltara para a realidade e acompanhava a conversa sem nem ao menos piscar. Rony, Mione e Gina também pareciam muito interessados em tudo o que era dito.
- Eu realmente não sei poruqe estou dizendo isso, mas acredito que Malfoy esteja realmente arrependido - disse Harry quebrando o silêncio, fazendo com que todos o olhassem atentos -Eu vi como ele ficou com medo diante de Dumbledore, vi que ele não seria capaz de fazer aquilo. Então veio o Snape ( a raiva de Harry pareceu aumentar a cada letra desse nome) e...matou Dumbledore.
-Eu também acredito que Malfoy esteja arrependido - Disse Hermione decidida -Alguns dias antes de tudo acontecer eu vi Malfoy chorando em um corredor das masmorras em Hogwarts, ele dizia " que não iria conseguir, que ele não podia". Você também o viu chorar Harry, no banheiro da Murta-que-Geme.
Harry assentiu com a cabeça.
-Não sou fã do Draco, ele já me insultou várias vezes me chamando de sangue-ruim, já tivemos muitas desavenças (Rony fez menção de rir ao lembrar do soco que Mione dera em Draco, há três anos, mas parou imediatamente ao lembrar-se do gosto das lesmas que cuspia depois que sua tentativa de enfeitiçar Draco fracassou, há quatro anos) mas realmente espero ver Malfoy lutando do nosso lado, no fundo sei que ele vai se tornar uma boa pessoa.
-Eu também espero -disse Harry sem entender o que estava sentindo.
- A questão é que Draco e Narc...

CRAC!

A fala do senhor Weasley foi interrompida por um barulho que fez com que todos empunhassem suas varinhas e se preparassem para um duelo.
-Hum, que órima recepção! pelo menos todos estão preparados para uma terrivel eventualidade!
Harry viu no centro da cozinha uma bruxa magra, com óclinhos na ponta do nariz e um xale escôces verde e vermelho, em sua mão a bruxa trazia um caldeirão pequeno. Ao seu lado encontrava-se um homem muito alto e largo, que tinha uma barba grossa e olhinos negros que pareciam dois besouros no meio de uma cabeleira desgrenhada. O homem trazia tambem uma caixa muito amassada.
Harry reconheceu a Prof. Minerva McGonagall e seu amigo Hagrid. Um alívio imediato tomou conta de todos que se encontravam ali.
- Boa noite Molly, Arthur. Ah, Olá Ninfadora...desculpe...Olá Tonks, Lupin, Moody -disse a Prof. McGonagall sorridente, parecia muito feliz.
- E como vão vocês, Gina, Hermione, Ronald e...Harry - Minverva olhou atentamente para Harry, pareceu verificar se não estava faltando nenhum pedaço.
Hagrid também cumprimentou a todos com a mesma alegria da Prof. McGonagall.
-Ah, Molly, trouxe isto para sobremesa - dise a Prof. McGonagall, entregando a senhora Weasley o pequeno caldeirão.
-Eu também trouxe isto Molly -disse HAgrid, entregando a caixa amassada para a senhora Weasley -espero que gostem, bolo de nozes com passas, eu mesmo fiz.
A senhora Weasley foi guardar as sobremesas olhando curiosa para o pacote que Hagrid lhe entregara, Harry segurou uma risada.
-Vocês falavam de Narcisa e Draco Malfoy, sim? -disse a Prof. McGonagall -Bom, estive com eles à poucas horas e -Vocês falavam de Narcisa e Draco Malfoy, sim? -disse a Prof. McGonagall -Bom, estive com eles à poucas horas e realmente fiquei muito feliz com o que vi!
Agora todos olhavam atentos para a Prof. McGonagall, absorvendo cada palavra. Ninguém dizia nada, nem ao menos ousava se mexer. A senhora Weasley guardou as sobremesas e voltou ansiosa para a mesa para escutar melhor.
-Claro que não foi fácil conseguir me encontrar com eles -tornou Minerva, ao notar que todos esperavam suas palavras -Precisei ir ao Ministério e ser entrevistada por diversos aurores; um tanto constrangedor eu diria, mas entendo que Narcisa e Draco realmente precisam de segurança. Foram lançados muitos feitiços sobre o esconderijo dos Malfoy. Magia muito antiga e poderosa, alguns feitiços que foram usados foram inventados pelo próprio Dumbledore. Eu diria que é realmente impossível que qualquer um da parte d´Aquele-que-não-deve-ser-nomeado consiga chegar até Narcisa e Draco.
A Prof. parou e olhou em volta. Nenhum deles se atrevia nem ao menos a piscar. Harry percebeu que a felicidade no rosto da Prof. McGonagall aumentou, e ela tornou a falar:
-Mas o mais impressionante, e creio que vocês não irão acreditar....bem...quando me encontrei com Narcisa e Draco, ambos pareciam estar muito bem. Já não estavam mais pálidos e nem abatidos como há algumas semanas, estavam corados e muito bem dispostos.
-Desculpe Prof., mas se a senhora me permite, por que foi procurar os Malfoy? -perguntou Hermione nitidamente interessada.
-Fui procurá-los srta. Granger, por que eles solicitaram a minha presença. Draco precisava conversar comigo.
-Conversar? - Rony agora abrira a boca pela primeira vez -o que ele queria? ameaçar a senhora e lhe maltratar como sempre fez?
-Ronald, você não ouviu seu pai dizer que agora a situação é outra? - Hermione estava ligeiramente vermelha -Draco e sua mãe não estão mais fazendo ameaças, eles é que estão ameaçados.
-Obrigado Hermione -disse a prof. McGonagall -Ronald, creio que você nem possa imaginar como Draco Malfoy está mudado. Eu entendo. Você só poderá entender o que estou dizendo depois que se encontrar frente a frente com Draco. Esqueça as ameaças, os insultos e toda a...hum...arrogância que Malfoy carrregava. Hoje ele não faria mal nem a uma barata.
-Encontrar com Malfoy? -disse Rony afastando essa idéia diante da imagem de Malfoy rancoroso e insolente -espero que isso demore.
Hermione lhe lançou um olhar de desaprovação, o mesmo olhar que a senhora Weasley, Arthur, Gina e Minverva lhe lançaram.
-Então o senhor ficaria surpreso, senhor Ronald, se eu lhe falasse que, ao saber que eu viria À Toca nesta noite, Draco Malfoy pediu que eu transmitisse desculpas à você em nome dele. E creio que você ficaria ainda mais surpreso se eu dissese que ele, muito arrependido pelo que pude constatar, pediu que eu transmitisse suas sinceras desculpas a "Mione", como ele mesmo a chamou!
-Draco Malfoy se referiu a Hermione Granger, essa mesma Hermione aqui, como MIONE? -disse Rony muito surpreso e um tanto quanto intrigado.
-Obrigado, Prof. McGonagall, diga ao Draco que eu aceito suas desculpas, e diga a ele que também lhe peço desculpas por tudo que fiz -disse Hermione com uma expressão de felicidade no rosto.
-VOCÊ ESTÁ PEDINDO DESCULPAS A DRACO MALFOY? -Rony parecia não entender nada.
-Sim Ronald Weasley -disse a senhora Weasley muito lívida -E CREIO QUE VOCÊ TAMBEM VÁ ACEITAR AS SINCERAS DESCULPAS DE DRACO MALFOY!
Rony pareceu murchar e fez um leve sinal de "sim" para a senhora Weasley.
-E quanto ao Harry -disse Hermione -Acho que Malfoy...bem...não sei...deve desculpas ao Harry também.
Harry parecia não entender tudo o que acabara de ouvir. Nunca imaginara que Draco Malfoy pediria desculpas nem ao próprio pai, quanto mais chamaria Hermione de "Mione".
-Obrigado mais uma vez senhorita Granger -disse a Prof. McGonagall com um ar de felicidade novamente no rosto -Harry, Draco não conseguiu terminar sua fala quando se referia a você. Realmente ficou muito emocionado disse apenas que nunca quis causar mal a você, nem ao Alvo. Disse também que quer ver você o mais rápido que puder. Quer ajudar você daqui pra frente. Ele diz que sabe de coisas que podem te ajudar. Daí em diante ele não conseguiu falar mais e eu achei melhor não forçá-lo a dizer nada.
Todos agora encaravam Harry que parecia querer desmaiar diante de tamanha surpresa...Draco Malfoy queria vê-lo e ajudá-lo.
Harry sentiu que milhões de perguntas fervilhavam em sua cabeça.
-O que mais me intriga -disse o sr. Weasley olhando para o teto -é como Narcisa e Draco se arrependeram, quero dizer, já sabemos que Draco ficou muito abalado ao ver Dumbledore morrer, mas o que os levou a romper com Você-Sabe-Quem.
-Meu caro Arthur -disse a Prof. McGonagall –Cinco dias depois do ocorrido, Draco e Narcisa me procuraram em segredo quando eu ainda estava em Hogwarts. Eu estava em minha antiga sala, e quando me dei conta estava diante dos dois. Como vocês já devem saber, Draco e Narcisa estvam fracos, sujos e desesperados. Não perguntei a eles como conseguiram chegar até ali, aliás, não perguntei nada porque Draco, muito desesperado, tomou a palavra e me relatou que, antes de morrer, Dumbledore prometeu proteção se ele desistisse de lutar ao lado d´Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado e viesse para o nosso lad...
-Que Malfoy passase para o lado certo -disse Harry sem perceber que interrompera a Prof. McGonagall – Dumbledore pediu que Malfoy passasse para o lado certo. "Venha para o lado certo, Draco, e podemos escondê-lo mais completamente do que pode imaginar...", foi isso que o Prof. Dumbledore disse ao Draco naquela noite, agora me lembrei! Disse também que mandaria membros da Ordem naquela mesma noite atrás de Narcisa para escondê-la também. Disse ainda que quando chegasse a hora, poderia proteger Lucio também!
Todos encararam Harry, inclusive a Prof. McGonagall
-Eu notei que depois disso Draco fez menção de abaixar a varinha e desistir de tudo, mas Snape veio e... -Harry não conseguiu mais falar, parecia que sua ganganta tinha um nó.
-Foi exatamente isso que Draco me relatou, Harry -disse a Prof. McGonagall estudando Harry interessada por trás dos óclinhos -Imediatamente tomei providências para que Draco e Narcisa fossem ocultados sem fazer nem mais uma pergunta.
Mas, e quanto ao Lúcio? -perguntou Lupin interessado -O que ele vai achar quando souber que sua mulher e seu filho agora estão contra o Lord das Trevas?
-Isso eu posso lhe responder meu caro Lupin -disse Hagrid que até então estivera calado -Estive ontem mesmo em Azkaban, à mando de Minerva, para ver Lúcio e comunicar-lhe todo o ocorrido desde a morte do Prof. Dumbledore. Claro que eu não disse quando nem como Narcisa e Draco foram escondidos, disse apenas que eles estavam bem e seguros, mas que não estão mais ao lado de Você-Sabe-Quem. Eu disse à ele, que se quisesse poderia se juntar a Draco e a Narcisa, se aceitar lutar ao nosso lado romper com Você-Sabe-Quem.
Hagrid parou de falar ao notar que todos o olhavam atentos. Um breve silêncio tomou conta d´A Toca. Rapidamente Lupin se adiantou:
- E então Hagrid? Qual foi a reação dele ao ouvir tudo isso?
- Bom -recomeçou Hagrid -Quando cheguei à cela onde Lúcio está, percebi que ele está muito magro e muito abatido, como qualquer um que esteja preso em Azkaban. Ele estava sentado em um canto da cela, e quando entrei ele me olhou rapidamente e voltou a fitar o nada com seu olhar vazio sem proferir nenhuma palavra que fosse. Então comecei a falar o porque da minha visita. Ele ouvoi tudo sem dizer nada e quando terminei de falar, ainda com o olhar vago ele disse: "-Então Dumbledore está morto. Finalmente o Lord das Trevas conseguiu o que queria. Agora o caminho está livre até o Potter!" E nada disse sobre Narcisa e Draco. Então eu perguntei à ele:
"-E quanto sua mulher e seu filho? O que diz da proposta que lhe fiz?"
Daí Lúcio me olhou com um olhar frio e disse: "- Não tenho mais mulher nem filho. Diga a eles que nunca mais os quero ver e que se arrependerão por trair o Lord das Trevas." E voltou a fitar o nada com seu olhar vazio.
-Mas Draco e Narcisa já sabem disso? -perguntou o senhor Weasley.
-Creio que sim -disse a prof. McGonagall -eu relatei as palavras de Lúcio a Narcisa e Draco hoje mesmo quando estive com eles.
-E então? -tornou o senhor Weasley.
-Eles trocaram um longo olhar e se abraçaram sem esconder as lágrimas. Então, depois de um tempo, Narcisa me olhou e disse: "-Minerva, nós já sabiamos que Lúcio reagiria assim, isso dói muito, mas nossa decisão, minha e de Draco, não mudará. Queremos ajudar, o quanto pudermos, a destruir Voldemort assim como ele destruiu nossa família." Logo em seguida Draco me falou: "-Essa é nossa decisão...definitiva." Logo depois os dois voltaram a se abraçar e chorar e eu resolvi deixá-los, porque aquele era um momento muito íntimo e familiar.
A prof. McGonaggal parou de falar. Fez-se um longo silêncio. A senhora Weasley enxugava sua lágrimas em um pano de pratos, enquanto Hermione e Gina afastavam as lágrimas com as mãos. Rony estava calado e pensativo, assim como o senhor Weasley e Olho-Tonto. Tonks estava abraçada com Lupin e seus cabelos estavam com uma cor triste e sem vida. Hagrid, por sua vez, enxugava suas grandes lágrimas na manga de seu casaco de pele de castor. Harry estava cabisbaixo e pensativo. Harry conhecia a dor que Malfoy sentia, a dor da perda. Um sentimento estranho tomou conta de Harry, seguido de uma pequena alegria. Talvez o novo Draco Malfoy se tornasse um grande amigo e aliado. Mas Harry afastou rapidamente esse pensamento. Queria esperar e ver a mudança de Malfoy com seus próprios olhos, depois tiraria conclusões...Mas, quando seria isso? quando Harry se encontraria com Draco Malfoy? Mas a resposta para suas perguntas veio logo a seguir quando a Prof. McGonagall falou:
-Bom, antes de deixá-los, Draco me pediu mais uma coisa. Ele me pediu que o ajudasse a ver vocês três (apontando para Rony, Mione e Harry) ele pediu que fossem vê-lo o mais rápido possível, já ele quer pedir desculpas pessoalmente e trocar umas palavrinhas com vocês. Creio que vocês não negarão isso ao Draco depois de ouvirem tudo o que eu falei sobre ele.Draco quer vê-los, Ronald e Hermione, e em seguida ele quer ver você, Harry, a sós.
As perguntas na cabeça de Harry sumiram, uma a uma.
-Bem Molly -disse a prof. McGonagall -creio que agora possamos jantar.
-Ah...sim...me desculpe, vou providenciar o jantar -disse a senhora Weasley
-Deixe que eu ajude -disse a prof. Minerva.
A prof. McGonagall fez um leve aceno com a varinha e vários pratos e talheres se acomodaram na frente de cada pessoa na mesa. Em seguida, a senhora Weasley fez um leve aceno, como fizera a prof. McGonagall, e vários caldeirões voaram do fogão até a mesa, onde todos puderam se servir.
-Quase me esqueci o motivo maior para eu estar aqui nesta noite -disse a prof. McGonagall enquanto todos comiam.
-Que motivo é esse, além das notícias de Draco e Narcisa? -perguntou o senhor Wesley.
-Hogwarts não irá fechar! O ano letivo terá início normalmente!
Harry engasgou com a comida ao ouvir as palavras da Prof. McGonagall. Ele não esperava que Hogwarts reabrisse sem Dumbledore na diretoria, e mesmo que reabrisse, Harry não voltaria pra lá.
Rony e Hermione se olharam e, em seguida, olharam para Harry, que entendeu perfeitamente o que os dois queriam dizer. Eles prometeram à Harry que iriam com ele onde fosse, e se Harry não voltaria pra Hogwarts, eles também não voltariam.
As palavras da Prof. McGonagall fizeram Harry lembrar de algo que doía muito. Harry teria de deixar Hogwarts, que era praticamente sua casa. Essas palavras o fizeram lembrar que sua luta mal começara. Ele precisava partir, em busca das Horcruxes
- Mas Minerva, isso é maravilhoso! –disse o senhor Weasley muito entusiamado –Mas o que levou você a tomar essa decisão?
- Bom Arthur, há coisas muito mais maravilhosas para entender –disse a prof. McGonagall. Ela e Hagrid trocaram um olhar, em seguida, Minerva sorriu e disse: - Não façam essas caras. No momento não posso lhes revelar nada mais além disso. O que importa é que Hogwarts irá reabrir e que...hum...no momento certo vocês saberão.
Harry percebeu que a prof. McGonagall e Hagrid trocaram sorrisos, mas ninguém se atreveu a perguntar mais nada. Logo em seguida, o sr. e a sra. Weasley juntamente com a prof. McGonagall discutiam algumas coisas sobre Hogwarts que Harry não fazia questão de ouvir. Ele, Rony, Mione e Gina estavam sentados em silêncio num canto da sala, quando Rony disse:
-Bom pessoal, e agora? Como vamos fazer para contar à mamãe que não vamos mais pra Hogwarts? Ela vai pirar, sem falar no papai.
-Fred e Jorge também não terminaram os estudos em Hogwarts, não foi? –disse Hermione.
-É –disse Rony -mas demorou muito até que mamãe e papai aceitassem. Lembro até hoje da cara da mamãe quando soube disso, ela ficou furiosa. E tem mais, Fred e Jorge saíram de Hogwarts para montar um negócio lucrativo, e não para arriscar suas vidas enfrentando Você-Sabe-Quem. É um pouquinho diferente.
-Bem lembrado –disse Gina.
-Bem, nós sabíamos que não seria fácil quando decidimos que iríamos com Harry, mas continuo disposta a ir com você Harry, onde quer que você vá.
-Eu também –disse Rony, olhando em volta para ver se ninguém ouvia o que eles diziam.
-Harry, está decidido, EU VOU! –disse Gina parecendo não querer ser contrariada.
-Gina, nós já falamos sobre isso –disse Harry olhando para os olhos da garota –Você deve retornar para Hogwarts...
Gina, agora muito lívida, interrompeu Harry:
-Não venha me dizer que é muito perigoso pra mim e blá, blá, blá, porque eu não sou mais uma crianç... –
-A questão não é essa, Gina –disse Harry muito calmo –Não vou dizer o que é ou não perigoso pra você, você já deu provas suficientes de que sabe cuidar de si mesma. Olha Gina –agora Harry segurava a mão de Gina –Preciso de você dentro de Hogwarts, observando tudo e cuidando de tudo. Confio em você, Gina, e quando chegar a hora, você se junta a nós.
Harry olhou profundamente nos olhos de Gina que falou:
-Conseguiu outra vez, não é mesmo sr. Harry Potter? –disse Gina sorrindo para Harry –eu aceito suas condições, mas quando eu sentir que for necessário eu me junto à vocês.
-Agora só precisamos pensar no que fazer com relação à mamãe – disse Rony.
-Isso nós resolvemos depois –disse Harry vendo que a prof. McGonagall se aproximava,
-Bem queridos –disse a prof. McGonagall com um sorriso –As listas de material de vocês deverão chegar em algumas semanas. Ah, e antes que eu me esqueça, estejam prontos, vocês três, amanhã cedo, as oito e meia, porque alguém do Ministério virá busca-los para que vocês se encontrem com Draco Malfoy. Espero que vocês conversem e se entendam de uma vez, ouviu bem sr. Weasley? Bom, devo lembra-los de que não devem mencionar a ninguém que seja sobre a visita de vocês amanhã. Boa sorte.
A prof. McGonagall se virou e disse ao restante dos presentes:
-Foi um prazer rever todos vocês, e Molly, o jantar estava uma delicia. Vamos Hagrid?
O enorme homem se levantou e acenou para todos.
-Ah, antes que eu me esqueça –disse a prof. McGonagall, voltarei daqui a dois dias, se não se incomodar Molly, e espero a presença de todos, já que vamos tratar de um assunto de suma importância e interesse de todos: o futuro da Ordem da Fênix. Boa noite a todos.
E com o mesmo estalo que Harry os vira aparecer eles se foram deixando uma leve névoa no lugar onde estiveram.
-Até que enfim vamos tratar de um assunto interessante e importante –disse Olho-Tonto fazendo com que seu olho girasse freneticamente. –qual será nosso futuro? Heim?
-Isso vamos descobrir depois de amanhã, eu receio, Moody –disse Lupin. –Bom, mas já esta tarde e temos que ir.
Lupin, Tonks e Moody se despediram de todos e se foram. Harry se levantou para beber um copo d´agua, quando a sra. Weasley disse:
-Bom queridos, todos para a cama. Amanhã vocês terão um longo dia.
Harry subiu as escadas juntamente com Rony , Mione e Gina. Eles entraram no quarto e Gina se esticou na cama de Rony. Mione sentou-se na cama de Harry, enquanto Rony e Harry jogavam algumas roupas sujas no chão.
-Então veremos o “novo Draco Malfoy” amanhã. Uhum. – disse Rony fazendo uma cara de deboche
-Ronald, pare com isso –disse Mione ligeiramente alterada –porque você não espera até amanha para tirar conclusões, em vez de ficar aí reclamando e debochando.
-Tá certo –disse Rony desconcertado –É que não consigo imaginar Draco Malfoy sendo gentil e pedindo desculpas.
-Ninguém consegue, Rony - disse Harry sorrindo ligeiramente.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.