Lembranças do terceiro ano



N/A: Olá pessoas! :D
Bem.. Eu sei, demorei muuito a postar, mas tenho uma explicação!
Meu pc quebrou (e está quebrado, pegou hje por sorte, eu digitei o capítulo todo hje de manhã) e não pude postar antes! Não vou responder os comentários pq meu pc está dando a louca e eu tô vendo a hora dele reiniciar só, por livre e espontânea vontade... ¬¬ então eu vou simplesmente postar! :D
Espero que gostem.. Esperamos comentários! Próximo cap prometo que resposdo a todos, junto com o todos os marotos e as meninas =]
A todos que escrevem fics, deculpa por eu não estar lendo nem comentando.. Mas quando meu pc voltar ao normal, eu vou voltar a responder e ler todos os capítulos!
AMEI os comentários.. Fico até emocionada *.*
Mas vamos ao cap... =D
Tomara que gosteem xP
Beeeijos ! :*

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Nesta cidade não havia ninguém.
Na cidade havia casa e janelas iluminadas.

Mas não havia ninguém nas ruas.
Olhei por uma das janelas tinha uma pessoa...

Mas ela estava com um deles. Olhei dentro de outra casa.
E a pessoa também estava com um deles.

Esta cidade é igual a todas as outras.
É divertido estar com um deles,

Mais divertido do que estar com outra pessoa.
Por isso, ninguém mais sai nas ruas.

Não há ninguém nesta cidade.
Eu farei uma jornada. Irei para outras cidades.

Eu queria que alguém me achasse. Alguém só para mim.
Mas, quando esse alguém, só meu, passar a gostar só de mim...

Será a hora de nossa separação.
Ainda assim eu quero achar alguém só para mim.
Pensando nisso, eu continuo vagando por outra cidade sem ninguém...

[Chobits]


“Maldita dor de cabeça… Parece que dois martelos tão batendo na minha cabeça, um de cada lado... Quanto eu dormi? Mais do que o habitual, sem dúvida... Bem, às vezes as pessoas precisam de um pouquinho de descanso... Eu também sou filha de Deus, os marotos e as meninas podem sobreviver sozinhos... Tudo que eu preciso é que essa enxaqueca PÁRE... Droga!” Pensou Lily, mudando de posição na cama e afundando a cabeça no travesseiro.

-Bem... Esse não é a melhor maneira de melhorar a enxaqueca. – disse uma voz risonha, ecoando pelo quarto, que Lily reconheceu rapidamente e encarou, incrédula.

-Como você sabe que eu tô com enxaqueca? – perguntou Lily, aos sussurros, levando as mãos à têmpora.

-Bem, eu não esperava outra coisa desde o estrago da noite passada... Mas não se preocupe, mesmo depois do estrago você continua bonita – disse Tiago, reprimindo um sorriso pelo canto dos lábios, enquanto Lily corava. – Mas eu trouxe café da manhã na cama e uma poção que a Susan fez pra melhorar a dor. – disse ele agora sorrindo abertamente, o que fez o coração de Lily saltar... Ele realmente estava muito bonito.

-Como assim ESTRAGO? – perguntou Lily, berrando ao pronunciar a última palavra, no que ela levou a mão até a cabeça.

-Isso já aconteceu comigo... Er... Algumas vezes, então eu sugiro que você não grite, porque a tendência é piorar. – disse Tiago, sentando-se na cama e levando torradas até os lábios de Lily.

-Tá legal, já percebi isso... Mas será que é difícil me explicar o que aconteceu comigo? Eu não me lembro de quase nada de ontem... – disse Lily, cruzando os braços.

-Lily... Você fez algo que eu duvidava que você fosse fazer... Mas de todo jeito, tenho certeza de que gostou... Mostrou o verdadeiro lado de Lílian Evans... – Tiago riu. – Foi engraçado... E ótimo... Apesar de ter sido uma surpresa.

Tiago deu um sorriso malicioso e Lily ficou branca e levou as mãos até a boca.

-Ai.meu.Deus. Você e eu... Nós...? – perguntou Lily, no que Tiago jogou a cabeça para trás e gargalhou.

-Não, Lil... Não por falta de insistência da sua parte... – Tiago sorriu e Lily corou. – Brincadeira... Bem, Lily, o fato foi que... – Lily levou o copo de suco até a boca. – Você se embebedou.

Lily quase sufocou com o impacto da notícia. Tiago debruçou até ela e a ajudou.

-O-obrigada... – agradeceu Lily, sentando-se na cama ao lado de Tiago. – Como assim, eu me embebedei?

-Bem, Lily... Você pegou um copo... Na verdade uma garrafa... De uísque de fogo... E se divertiu um pouquinho. – disse Tiago.

Lily corou violentamente.

-E porque eu fiz isso? – perguntou Lily, abraçando os joelhos.

Tiago levou uma mão em direção ao rosto de Lily e colocou uma mecha de seus cabelos para trás de sua orelha, sorrindo angelicalmente.

-Você ficou com ciúmes.

-Ciúmes? – repetiu Lily, sem entender.

-De mim... E da Lucy. – disse Tiago, sorrindo pelo canto dos lábios.

-Eu, com ciúmes de você com a irmã da Susan? – disse Lily, incrédula. – Sonha, Potter.

-Quer que eu prove? – disse Tiago, cruzando os braços com uma expressão divertida no rosto.

-Quero. – disse Lily, meio temerosa.

-Você teve que fingir que não achou engraçado quando eu deixei o Malfoy cheio de pintinhas rosas no corpo... E teve um ataque de risos quando chegou no dormitório. – disse Tiago, sorrindo.

-Você... Você pode muito bem ter inventado isso, Potter! – disse Lily, embora seu rosto parecesse um tomate gigante.

-E daquela vez que você saiu com o Dillan... Foi pra me fazer ciúmes porque eu tinha saído com a Catherine. – disse Tiago sorrindo triunfante.

-Isso... Não é verdade! – murmurou Lily, suando frio de nervosismo.

-Então posso saber porque o seu rosto está parecendo uma tigela de sorvete de morango? – perguntou Tiago, divertido.

-Eu realmente fiquei bêbada? E... Disse essas coisas? – perguntou Lily, encarando Tiago, no que ele confirmou com um aceno com a cabeça e ela cobriu o rosto com as mãos.

-Lil... Não tem importância... – disse Tiago, mas ela continuou escondendo o rosto com as mãos, morta de vergonha. – Ahn... Lily tem uma coisa que eu quero te mostrar.

-Potter, no momento o único lugar que eu quero ver é um buraco pra eu me enterrar para sempre... – disse Lily e Tiago sorriu fracamente.

-Sério, Lily, vai te animar! Nem vem dizer que não quer ir por causa da enxaqueca, porque eu sei que essa poção é milagrosa. – disse Tiago e Lily ergueu uma sobrancelha.

-Você tem mesmo cara de quem já tomou vários porres na vida... – disse Lily.

-Er... É preciso aproveitar a vida, não? – disse Tiago e os dois riram. – Vem comigo.

-Pra onde? – perguntou Lily.

-Sua curiosidade me mata... – disse Tiago e ela sorriu. – Sério Lily, vem!

-O que me forçaria a fazer isso? Afinal, eu estou de ressaca e sua suave voz não é exatamente o que eu gostaria de ouvir no momento... – disse Lily.

Tiago debruçou por cima dela.

-Mas era tudo que você queria ouvir ontem à noite, não? – sussurrou Tiago no ouvido dela.

Lily corou fortemente enquanto Tiago mordia levemente a orelha dela.

-Sai de cima de mim, Potter... – disse Lily, odiando-se por não poder gritar.

-Tive uma idéia, Lil... Eu saio de cima de você quando você fazer o que eu quero que você faça no momento. – disse Tiago marotamente.

-Que tal um belo tapa na cara? – disse Lily violentamente, erguendo uma mão em direção ao rosto de Tiago, no que ele meramente riu e deslizou sua mão até a cintura da ruiva.

-Resposta errada... Continue chutando... – disse Tiago, beijando o pescoço da ruiva, que sentiu como se todo ar tivesse saído de seus pulmões quando um arrepio percorreu seu corpo.

-Um chute... Você sabe onde? – perguntou Lily, ferozmente.

Tiago fez uma careta.

-Você está com um instinto meio assassino hoje, não? – perguntou Tiago.

-E você com um instinto dramático demais... – respondeu Lily.

-Resposta mais do que errada... – ele levantou a blusa de Lily com a ponta dos dedos. – Mas continue tentando, Lil.

Lily sentiu o corpo vacilar quando seu estômago deu voltas dentro do seu corpo. Ela ergueu as mãos e levou até o rosto de Tiago, obrigando-o a encara-la. Quando ele aproximou seu rosto do dela, ela levou as mãos ao pescoço dele... Por um momento pensou em afastá-lo, mas em vez disso o puxou até seus lábios e o beijou.

Um segundo depois ela se deu conta do que fez e encerrou o beijo, encarando-o furiosamente como se ele tivesse a beijado a força.

-Engraçado como você acertou... Mas posso saber por que parou? – perguntou Tiago sorrindo marotamente, no que Lily jogou um livro que estava em cima da escrivaninha dele no rosto dele, no que ele soltou um grito e depois começou a gargalhar histericamente... Tiago ouviu Lily murmurar “Maluco...”.

Tiago aproximou-se dela e roçou os lábios nos dela, no que senti que ela permitiu que ele a beijasse e ele aprofundou o beijo... Ela sentiu um calor percorrer seu corpo, beijar aquele maroto era mesmo muito bom... Ele sentiu o perfume de rosas que emanava dos cabelos dela e se sentiu tentado a descer a mão pelo corpo dela, então o fez... Ele colocou sua mão sobre a barriga dela, já que a blusa da ruiva tinha sido um pouco levantada... A sua outra mão desceu a alça da blusa dela e ele beijou o ombro dela...

Lily colocou sua mão no peito do maroto, na vã tentativa de se soltar dele, mas a prática de quadribol tinha o deixado mais forte do que ela imaginava... Tiago sentiu que as mãos de Lily contornavam o corpo dele, e enquanto ele segurava a cintura dela, deixou um gemido escapar pelos lábios e sentiu que Lily sorriu levemente enquanto o beijava...

Tiago subiu a mão que estava na barriga de Lily... Suas mãos hábeis passaram por baixo da blusa da garota...

-CACETE! – berrou Tiago saindo de cima de Lily rapidamente e segurando aquilo que tinha sido atingido por uma das pernas da ruiva e ele se ajoelhou na cama. – Lílian Evans, eu ainda quero ter filhos... Com você, de preferência.

Ela também se ajoelhou na cama, ficando da altura dele, de frente para Tiago.

-Antes eu tivesse te impossibilitado de ter futuros descendentes Potter, assim talvez você parasse com o assédio sexual... – disse Lily cruzando os braços.

-Ótimo, parei. Vai vir comigo agora? – perguntou Tiago.

-Minha resposta continua a mesma. – disse Lily.

-Então você não me dá outra opção. – disse Tiago, pegando Lily no colo, segurando suas pernas enquanto sua cabeça estava para trás, como se eles estivessem se abraçando, porém Lily estivesse sendo carregada enquanto isso.

-Potter, me coloque no chão AGORA! Cacete... – Lily levou as mãos à têmpora, que doeu quando ela gritou – Potter, me deixe no chão. A.g.o.r.a. – disse Lily, contendo a raiva.

-E se eu não quiser? – perguntou Tiago, andando e sorrindo marotamente.

-Potter, eu posso muito bem andar sozinha, com os meus próprios pés, entende? – perguntou Lily, sentindo a raiva se alastrar por cada terminação nervosa do corpo dela.

-Bem Lil, eu tentei deixar você ir por sua livre e espontânea vontade, não é mesmo? Mas você não aproveitou a oportunidade, então... Você não me deu outra opção, praticamente me obrigou a fazer isso. – disse Tiago sorrindo.

Lily bufou e, sem querer, bateu sua mão na região que fica entre a cintura e as coxas do maroto, no que ela corou fortemente.

-Opa! Entendo perfeitamente o seu movimento Lily, se quiser tocar de novo... Eu sou mesmo irresistível... – disse Tiago sorrindo.

-Poupe-me Potter, você sabe muito bem que foi acidental... – disse Lily, ainda corada.

-Incrível como você sempre justifica as coisas que você quer fazer como se fosse um simples acidente... – disse Tiago.

Lily revirou os olhos.

-Queria ter tirado uma foto... Tiago Potter extremamente corado. – disse Lily, risonha.

-Como você sabe que eu corei? – perguntou Tiago, corando ainda mais.

-Deu pra sentir o calor que emanava do seu rosto daqui... – disse Lily e os dois riram. – Potter, posso saber pra onde você está me levando?

-Você vai descobrir quando chegarmos lá... – respondeu Tiago, rindo.

-Tiago, você tá me estressando... – disse Lily, bufando.

-Novidade urgente Lily: você é estressada naturalmente. – disse Tiago sorrindo, o que fez Lily bufar mais ainda. – Além do mais... Aproveite, eu sei que você está no ângulo perfeito para observar meus atributos... – disse Tiago marotamente.

-Apesar de você ser um completo idiota... A visão daqui não é nada ruim. – disse Lily sorrindo e corando ao mesmo tempo.

-Você não é a primeira que diz isso... Obrigada pelo elogio, Lil. – disse Tiago.

-Potter, me responda pra onde você está me levando? – disse Lily, impacientemente.

-Não se preocupe, não é para um motel... Ao menos que você queira isso. – disse Tiago e Lily se irritou ao ponto de bater nas costas dele para que ele a largasse. – Pára, Lil... Você tá estressada hoje, sabia?

Lily olhou para ele, incrédula.

-Espera um pouco... Você enfiou umas torradas na minha boca, sem minha permissão. Você me beijou sem minha permissão. Você quase tirou a minha roupa sem a minha permissão. Você está me levando carregada para um lugar que eu ao menos sei onde é... Sem minha permissão. E eu não tenho direito de estar estressada? – perguntou Lily, revirando os olhos, no que Tiago simplesmente sorriu.

-Lílian Evans tem sempre a resposta na ponta da língua... Mas enfim, chegamos. – disse Tiago largando Lily no chão delicadamente, de modo que ela caísse ereta na sua frente. Ele a segurou pela cintura a sussurrou no ouvido dela: - Fecha os olhos.

(N/A: Lily: itálico, Pontas: negrito.
N/Sirius: EU dou esses avisos, entende?
NA: só porque eu sou boazinha demais pra deixar... Mas se eu quiser eu tiro essa sua função rapidinho.
N/Sirius: assim você me machuca.
N/A: cala a boca.)

Eu não sou de seguir as recomendações do Potter, mas eu simplesmente não sei por quê, fechei os olhos quando ele me pediu. Ouvi um barulho de porta abrindo e em seguida ele me conduziu por uma das minhas mãos até dentro da sala que ele queria me mostrar. Entrei, meio curiosa, admito... Até que eu ouvi ele sussurrar no meu ouvido que eu já podia abrir os olhos... Merlin, toda vez que ele faz isso eu sinto um calafrio se espalhando por cada célula do meu corpo... Er... Quando eu começo a falar do Potter acabo me empolgando um pouco... Mas enfim, estava curiosa e abri os olhos.

Ai.meus.sais.minerais.

Essa é, sem dúvida nenhuma, a maior biblioteca que eu já vi na minha vida. Pra cada lugar que eu olhasse existiam estantes com centenas de livros, dos maiores escritores já vistos... Livros bruxos e trouxas... Como o Potter não me mostrou uma raridade dessas antes? Se fosse um quarto de motel ele me mostraria rapidinho, o pervertido...

-Potter... Isso é absolutamente fantástico... – eu disse, meio lerda, observando tudo...


-Gosta? – ela confirmou com um aceno com a cabeça. – Então é sua.

-Como assim, é minha? – perguntou ela, excitada com a idéia, porém com a cara de quem achava que eu estava bêbado.

-Você gosta, faz parte da minha casa... Então é sua. – respondi, como se fosse a coisa mais simples do mundo. Mas na verdade, era simples.

-Potter... – ela se aproximou de mim cautelosamente, achando que eu tinha um problema mental. – Você andou cheirando aquelas canetinhas com cheirinho de novo? Porque eu já te disse que elas são muito suspeitas e toda vez que você cheira fica meio bêbado... – eu ri... Criativa ela, não?

-Eu estou no meu perfeito estado... Simplesmente estou te dando uma coisa que você gosta. Parece justo, não acha?


Balancei a cabeça, aturdida... Claro que a proposta era tentadora, mas nunca que eu podia aceitar... Isso é propriedade dos pais do Tiago e dele próprio... Quem sou eu pra me apossar?

-Não, Potter... Vamos fazer um acordo. Toda vez que eu quiser eu pego um livro emprestado e depois devolvo. Certo? – será que eu tô pedindo demais?

-Não. É sua a partir de agora. E eu não aceito devolução. – disse Tiago, rindo fracamente... Doido, só pode ser. Eu abri um pouco a boca abismada... Ou isso é um sonho bem maluco, ou a casa toda acordou de pernas pro ar... Eu realmente pensei na possibilidade de sair com o Potter se ele me chamasse hoje (tenho que me lembrar de subir as escadas de Hogwarts de joelhos pelo Potter não ter pedido pra sair comigo, porque se ele pedir a parte mais insana do meu cérebro vai aceitar), gostei (não tanto) de ter beijado ele calorosamente com, o achei atraente quando ele trouxe a bandeja pra mim, não ralhei com ele, corei ao receber um elogio dele, o elogiei e ele não me chamou para sair. O que deu no Potter, e em mim? Não que eu queria que ele fizesse isso mas... ele nunca perdia essa chance... Isso é realmente estranho...

-Bem... Se você está mesmo no seu estado mental sóbrio... Faz o quatro com a perna pra provar. – eu disse, no que ele sorriu aquele sorriso colgate e passou a mão pelos cabelos... Não posso negar que ele sabe provocar alguém.

Ele levantou uma das pernas perfeitamente bem e apoiou na outra, formando um quatro... Quando ele deixou a perna novamente no chão, riu para mim.


Quero ver você fazer o mesmo agora... – ela ergueu as sobrancelhas ameaçadoramente, no que eu sorri e ela ergueu uma das pernas... Quando ela foi apoiar na outra, cambaleou e eu aparei sua queda, segurando-a pela cintura.

-Parece que quem está meio bêbada aqui é outra pessoa... – eu disse, no que ela riu, ainda entre os meus braços.

-Provavelmente ainda é efeito de ontem... – disse ela, tirando uma mecha dos cabelos e colocando para trás da orelha... Céus, essa garota me enlouquece.


Lily sorriu ainda abraçada com Tiago... O moreno segurou o rosto da ruiva e o puxou levemente até mais perto do seu...

-BOM DIA LILYZINHAA!!! – berrou Sirius, que acabara de entrar na biblioteca junto com Remo, com um sorriso de orelha a orelha. – DORMIU BEM?

-Ai que merda, Sirius... Se minha cabeça tava doendo antes agora é que a situação dobrou... Não sei se aparenta, querido Sirius, mas esses dois orifícios que eu tenho do lado da cabeça se chamam ouvidos – disse Lily, levando as mãos até a cabeça.

-DE RESSACA, LILYZINHA? QUE COISA MAIS FEEEEEIA... – berrou Sirius ainda mais.

-Não Sirius, imagina... Eu tô treinando pra ser atriz, eu não tô sentindo nada... – disse Lily ironicamente, no que Sirius sorriu.

-Lilyzinha, você está realmente chatinha hoje... – disse Sirius, apoiando seu braço no ombro de Lily, num gesto cômico.

-Aposto que você estaria bem pior se sentisse que está com o batuque de uma escola de samba no lugar da cabeça... – disse Lily, no que todos riram.

-Você está se sentindo melhor? Se lembra de algo do que fez? – perguntou Remo bondosamente.

-Estou melhor sim, obrigada Remo... Não me lembro de quase nada... Eu fiz algo de muito grave? – perguntou Lily, com o rosto branco.

-Só me agarrou uma ou duas vezes, mas isso não é realmente o que podemos chamar de inesperado... – disse Sirius e Lily revirou os olhos. – Na verdade, Lilyzinha... Você fez umas confissões para nós. – disse Sirius sorrindo marotamente.

Lily levou as mãos à boca.

-Confissões...? Que tipo de confissões? – perguntou Lily, passando as mãos pela calça, nervosamente.

-Bem... Você disse que era apaixonada pelo carinha da propaganda do ‘Moda Mágica’ e que tinha um pôster dele no seu quarto... – disse Sirius sorrindo.

-Bem... Isso não é bem um segredo. – disse Lily enquanto Tiago fechava a cara e parecia interessadíssimo em suas unhas. – O que mais eu disse?

-Que você costuma dormir só de roupa íntima. – disse Sirius, no que os marotos riram e Lily corou.

-Bem, isso sim era um segredo. Como vocês descobriram isso? – perguntou Lily, ainda um pouco vermelha.

-A gente não descobriu. O Sirius chutou. – disse Remo, no que os marotos riram mais ainda e Lily ficou ainda mais corada.

-Ha—ha--ha. Quando os três resolverem parar com a zoação básica da minha cara, podíamos ir até a sala ver se as meninas acordaram. – disse Lily.

-Vai, muda de assunto... Mas tudo bem, vamos. – disse Sirius e os três concordaram, saindo da biblioteca.

******

-Bom dia... – cumprimentou Susan, para Lily, Tiago e Sirius. Quando ela encarou este último, ela ergueu uma sobrancelha e desviou o olhar.

-Bom dia... – respondeu Lily. – Onde estão as meninas?

-Dormindo... E no caso da Rachel, babando também. – disse Susan e Lily riu. – E o Remo e o Pedro?

-Precisa perguntar? Remo = biblioteca, Pedro = cozinha. – disse Tiago, se espreguiçando.

Susan sorriu e se sentou no sofá da sala, enquanto Lily e Tiago foram até a cozinha. Quando eles saíram da sala, Sirius se sentou ao lado de Susan.

******

Enquanto Tiago preparava o café da manhã, Lily tentava consertar um vazamento da torneira. Até que ela entrou na cozinha, ensopada dos pés à cabeça.

-O que foi isso? – perguntou Tiago prendendo o riso.

-Eu fui tentar consertar aquela p.o.r.c.a.r.i.a de torneira e acabei nesse estado deprimente... – disse Lily, apontando para suas roupas, encharcadas.

-Isso é trabalho masculino, Lil... – disse Tiago sorrindo e indo até a torneira quebrada, enquanto Lily murmurava ‘Machista’.

Tiago se ajoelhou e começou a mexer na torneira, tentando dar um jeito, se bem que ele não era bom nisso, já que estava acostumado a consertar esse tipo de coisa com a varinha.

Depois de ele cutucar bastante algumas coisas, ele disse:

-Abre a torneira que eu acho que consertei.

Quando Lily debruçou para abri-la, um jato potente de água foi direto na cara de Tiago, fazendo-o ir pra trás e cair por cima das pernas de Lily, que acabou também caindo no chão.

Tiago começou a rir histericamente, enquanto Lily riu e tentou se levantar, mas ele a segurou pelo pulso e a obrigou a ficar sentada.

-Tiago, eu tenho que levantar antes que a casa seja inundada! – disse Lily, encarando-o.

-Como você é exagerada... – disse Tiago ainda rindo como um bêbado, no que Lily lançou um olhar repressor e Tiago debruçou por cima dela.

-Tiago, por Merlin, desse jeito nós vamos acabar com uma pneumonia e a casa vai ser destruída e voc... – Tiago a interrompeu, puxado Lily pelo rosto, aproximando-o até o seu.

Uma mão quente de Tiago passou por baixo da camisa de Lily e segurou suas costas, enquanto ele a beijava vorazmente e ela segurava o maroto pelos cabelos, aparentemente sem reação.

Lily sentiu um arrepio de espalhar por cada centímetro do seu corpo quando Tiago desceu a alça da sua blusa e beijou seu ombro...

******

-Posso saber por quê você tá com essa cara de homicida pra cima de mim? Que eu saiba o sofá é público... – disse Sirius, cruzando os braços.

-Motivo único e exclusivo pelo qual eu não reclamei com você até agora... – disse Susan, encarando Sirius séria, no que o maroto ergueu uma sobrancelha.

-Por quê você faz questão de ser tão chata comigo? – perguntou Sirius, jogando uma almofada em Susan, que o encarou irritada.

Susan se ajoelhou no sofá e ficou com o rosto na altura do rosto dele, e sussurrou:

-Porque você merece, Sirius Black.

Num gesto rápido, Sirius inverteu as posições e ficou por cima dela no sofá, segurando-a pela cintura e encostando seu nariz no dela.

-Black, me largue! – gritou Susan, tentando se desvencilhar de Sirius.

-Muito cuidado, Srta Abbott, já que eu estou por cima... Literalmente. – disse Sirius, sorrindo triunfante, no que Susan revirou os olhos.

Sirius roçou seus lábios nos de Susan, no que ele viu ela ceder e aprofundou o beijo, utilizando suas mãos hábeis para acariciar os cabelos de Susan, ou seus... Então ela puxou Sirius pelos cabelos até mais próximo de si...

“Merlin, sessão de agarramento nessa hora da manhã... Eles podiam ao menos arranjar um quarto... Sirius Black ataca novamente... Eu vou até a cozinha, sou muito ingênua pra ver esse tipo de coisa...” Rachel, que descia das escadas, sorriu com esse pensamento. “Meu.Deus! Essa casa tá uma coisa mesmo... No sofá, Sirius versus Susan parecendo um só... E na cozinha, Tiago versus Lily encharcados... Por quê eles não participam logo de um filme pornô? E isso porque a Lily tava de porre... Não duvido nada que a senhorita Sarah esteja aos amassos com o Reminho lá em cima... E me deixaram sem ninguém pra agarrar, que tragédia... Por que se for pra ser com o Pedrinho, prefiro morrer encalhada... Saí da cozinha cuidadosamente... Ai meus sais minerais, olha quem me aparece? Pedrinho com cara de apaixonado... Merlin, me proteja.”

-Bom dia Pedrinho. – disse Rachel.

-Bom dia Rach... – disse Pedro, com os olhos brilhando e um sorriso abestalhado no rosto.

-Er... Por quê está tão aluado, Pedrinho? – perguntou Rachel cautelosamente.

-Um doce de morango que eu provei... Tava na mochila do Sirius, acho que ele ia comer mais tarde... Enfim... Apaixonante... – disse Pedro lambendo os beiços.

Rachel riu.

-Eu vou na cozinha... Ver se o Tiago e a Lily fizeram algum lanchinho... – disse Pedro.

-Não! Juro Pedrinho, eles não fizeram lanchinho nenhum... – disse Rachel, sorrindo. – Mas fácil eles estarem se lanchando... – sussurrou ela rindo. – Brincadeira, Pedrinho... Mas depois você entra na cozinha, ok? – disse Rachel e Pedro concordou.

-Ok... Mas caramba, eu estou com fome! Acho que vou bater lá na casa daquela tal de... Jones... Ela sempre faz umas sobremesas maravilhosas... – disse Pedro com um olhar sonhador.

Janine, Pedro... E eu duvido muito que ela deixe você entrar na casa dela, ela estando sozinha. – disse Rachel, risonha.

-Ah, então ela é uma garota? – perguntou Pedro, admirado.

Rachel riu e fez força para não falar: ‘Tá vendo Pedro, você não é o único travesti em Hogwarts!’, mas se conteve, apesar do seu humor estar muito negro no momento. Ela apenas sorriu e saiu com Pedro de perto da cozinha.

******

Lily terminou o beijo e se levantou, fechando o registro da torneira e impedindo que a água continuasse a jorrar.

-Maravilha. Olha o trabalho que nós teremos agora... – disse Lily, olhando furiosa para Tiago.

-Pode ir tomar banho. Eu limpo isso. – disse Tiago.

-Sério?

-Sério. – respondeu Tiago. – Nós vamos precisar ir até um supermelado...

-Supermercado? – perguntou Lily.

-Isso mesmo... Comprar uma pecinha da torneira que está faltando... Avisa aos marotos e as meninas para eles se trocarem... – disse Tiago e Lily concordou, saindo da cozinha, no que Tiago ficou observando-a até suas mechas ruivas desaparecerem, o que fez o maroto observar o corpo da ruiva e pensar o que aquelas roupas encharcadas escondiam dele.

******

Patético. Eu só queria saber por quê o idiota do Potter não sai da minha preciosa cabecinha e o odioso nome dele fica circulando pelo meu cérebro...

Porque vocês têm tudo em comum e vocês se gostam.

Ah não, você de novo NÃO... Você não sabe que é uma tortura ouvir seus conselhos surreais?

Eu só vou parar quando você entender que gosta do Tiago.

Godofreda, essa história tá me irritando...

Godofreda???

Resolvi te apelidar. E quem disse que a gente tem tudo em comum?

O fato dos dois se amarem é uma dessas coisas em comum.

Nada a ver. Exemplo... Ele azara tudo que esteja a cinco centímetros dele, enquanto eu nunca que faria isso. Ele despenteia aqueles malditos cabelos se achando o próprio dono do mundo enquanto eu nunca teria tal arrogância. Ele voa em cima de uma vassoura atrás de uma bola dourada e eu nunca, N.U.N.C.A faria isso. ELE é um MAROTO e eu sou uma MONITORA, e não tem como você argumentar contra isso...

Ele sabe o verdadeiro significado da palavra diversão e você não...

Uau, obrigada pela ajuda, Godofreda!

Pára de falar o que vocês não tem em comum se não a gente não acaba hoje... Além do mais, os opostos se atraem.

E os iguais se completam.

Grrr, odeio essa sua mania irritante de responder a tudo... Você podia relaxar um pouco... Carpe diem!

Carpe diem? Com o Potter? Eu acho que o álcool de ontem também atingiu a minha consciência...

Você bebeu pra esquecer o Potter e a Lucy. Isso não representa nada?

Só porque... Porque eu odeio demais aquela focinho de porco!

E ama demais aquele maroto...

Godofreda, eu ainda te mato!

Novidade urgente: se você me matar, se mata também. Tsc tsc.

Então você vai me fazer virar suicida!

Devo ficar feliz?

Eu mereço... Me deixa em paz!

NÃO!

Sim!

Não! Não!

CALA A BOCA GODOFREDAAA!

Lily acabou falando isso alto demais e Tiago abriu a porta do banheiro, com uma expressão confusa, porém divertida no rosto.

-Algum problema, Lil? – perguntou Tiago, encostando-se na porta do banheiro com um sorriso no canto dos lábios.

-Ahn? Ah... Não, nada, Potter. – disse Lily, meio aturdida.

-Tem certeza? – Tiago passou a mãos pelos cabelos num ato displicente, no que Lily sufocou um suspiro. – Quero dizer... Quem é Godofreda?

-Quem? Ah... Er... Ninguém... – Lily levou as mãos até a testa e Tiago fez uma expressão confusa. “Bela resposta, mas o que eu podia dizer? Ah Tiago, eu tava batendo um papinho com a minha consciência... Agora ele tá achando que eu sou uma esquizofrênica!” Pensou Lily. – Não pense que eu sou uma esquizofrênica, Potter... É que... Você não entenderia. Godofreda é... Uma pessoa que me irrita vinte e cinco horas por dia.

-Ahn... Ela tá no banheiro? – perguntou Tiago, agora já não conseguindo prender o riso.

Lily ergueu uma sobrancelha.

-Esquece, vai... – “Olha o que você fez, ele deve estar pensando que eu sou uma espécie de trasgo retardado!” Pensou Lily. A culpa é sua... Se você admitisse que gostava dele eu te deixava em paz. “Cale-se, já basta” Pensou Lily, batendo em sua cabeça com força, o que fez Tiago a observar, assustado e curioso.

-Tá tudo bem, Lil? – perguntou ele, se aproximando.

-Ahn... Tudo ótimo... Apenas um pouco de dor de cabeça pelo estrago de ontem... – disse Lily tentando sorrir. – Mas o que você pretendia abrindo a porta do banheiro desse jeito depois de eu ter tomado banho? E se eu estivesse nua?

-Nesse caso... – Tiago se aproximou, sussurrando no ouvido da ruiva. – Fico frustrado de não ter te encontrado nua.

Lily o empurrou com força.

-Seu pervertido depravado! – disse Lily, corando levemente.

-E a velha Lily está de volta... – disse Tiago entrando no banheiro, no que Lily não pôde deixar de sorrir ao fechar a porta.

******

-Onde tem o tal do supelmelado? – perguntou Sirius, enquanto eles andavam, guiados por Rachel.

-Tá bom, cebolinha... – disse Rachel sorrindo, mas ao ver a expressão confusa de todos exceto Lily e Sarah, que também eram nascidas trouxas, ela disse: Esquece, coisas de nascidos trouxas. Mas enfim, o supermercado fica na próxima esquina.

Eles andaram mais um pouco (ouvindo as queixas de Pedro, que estava cansado de tanto andar, por mais que eles só tivessem andado duas ruas) e chegaram até o supermercado.

-Vamos nos dividir. Remo, Sarah e Pedro vão para a sessão de comida. Pedro, não abra nada sem pagar antes. Tiago e Lily, vocês vão procurar a pecinha da torneira. Sirius, Susan e eu vamos até a sessão de produtos de limpeza. Nos encontramos aqui de nove horas, é a hora que o supermercado fecha. São oito e meia, então vamos rápido. – disse Rachel e todos se separaram.

Tiago e Lily seguiram atrás da tal pecinha da torneira. Quando eles encontraram a sessão, Tiago se abaixou e viu que tinha uma variedade de peças, de todas as cores e tamanhos.

-Lil... Qual dessas é a certa? – perguntou ele, sorrindo amarelo. Lily sorriu triunfante e se abaixou, ficando da altura dele.

-Isso não é trabalho de homem, queridinho? Você acha agora. – disse Lily provocantemente, levantando-se e deixando Tiago sozinho e meio abobalhado no chão.

“Céus, essa garota sabe me provocar...” Tiago riu com esse pensamento, enquanto Lily esperava batendo o pé. “Er... Qual a certa?”

Tiago olhou pra trás e viu que Lily não o observava.

“Uni duni tê...” Começou Tiago, apontando para as peças.

******

-A gente pode comprar isso? – perguntou Pedro, apontando para um embrulho amarelo. – Parece ser muito gostoso...

Sarah se aproximou com um sorriso e viu o que Pedro apontava.

-Pedrinho... Isso é bombril. É material de limpeza... – explicou Sarah rindo.

-Rabicho, eu tive uma idéia que aposto que você vai gostar... – disse Remo se aproximando, com um sorriso malicioso nunca visto antes no rosto.

-O quê, Aluado? – perguntou Pedro.

-Por quê você não compra tudo que quer e deixa eu sozinho com a Sarah aqui, hum? – perguntou Remo sorrindo.

O rosto de Pedro se iluminou.

-Grande idéia, Aluado... – disse Pedro, pegando a carrinho e saindo de perto de Remo e Sarah, enchendo o carrinho de tudo que, para ele, parecia ser comida.

-Acho que nós não vamos ter dinheiro suficiente para comprar tudo que o Pedrinho desejar comprar... – disse Sarah sorrindo, enquanto Remo a encostava numa prateleira e a beijava. – Esse é mesmo Remo Lupin, o garoto mais tímido de Hogwarts? – perguntou Sarah sorrindo.

-Você já devia ter descoberto que todos tem um lado meio lupino dentro de si... – disse Remo sorrindo e a beijando.

******

-Sirius... Muito cuidado pra não derrubar as coisas no supermercado pelo.amor.de.Deus. – disse Rachel, andando cautelosamente.

Sirius fez cara de ofendido.

-Eu sou cuidadoso tá... – disse Sirius, cruzando os braços, enquanto Susan deixou escapar uma risadinha descrente.

-Vamos ter que ter cuidado para não sairmos presas daqui... – disse Susan para provocar Sirius.

-E também cuidado para não sairmos mortos, porque quem sabe quando pode dar a louca na Susan e ela começar com seus instintos assassinos, querendo estrangular a pessoa ou algo parecido... – alfinetou Sirius.

-E cuidado para não sairmos nuas, porque ninguém sabe se Sirius Black vai começar com o assédio sexual... – disse Susan, sem encara-lo.

-E cuidado para não ficarmos muito perto dela, quem sabe se estresse é contagioso? – disse Sirius displicentemente.

-Continue assim Black, e você vai sair daqui numa caixa de fósforos. – disse Susan, cruzando os braços.

-Continue assim Abbott, e você vai sair daqui enfaixada. – disse Sirius. Susan estava pronta para retrucar quando Rachel se virou, irritada.

-Chega. Agora. Não sei como o Remo conseguiu agüentar tanto tempo duas pessoas tão irritantes por perto... – disse Rachel, voltando a andar.

-Por que sempre o Remo que se livra dos xingamentos de vocês? – perguntou Sirius, revoltado.

-Porque ele é inteligente, simpático, não é nada cachorro, é educado, tímido... – começou Rachel.

-... Legal, amigo de verdade, trata bem todas as garotas, confiável... – continuou Susan

-... CDF demais, um pouco chato e irritante, um lobinho traiçoeiro, muito pé no chão... Mas não se impressione com isso, ele é nosso amigo. – disse Sirius e Rachel sorriu.

-Acho melhor a gente comprar aquilo ali... – disse Rachel.

-Aquilo o quê? – perguntou Susan.

-Onde? – perguntou Sirius se virando bruscamente, no que o braço dele bateu em uma estante e derrubou todos os desinfetantes que estavam empilhados em forma de pirâmide. Enquanto os desinfetantes caíam sobre Sirius, Susan e Rachel, várias pessoas observavam a cena com uma expressão de desaprovação. Sirius sorriu amarelo para Susan e Rachel quando elas o encararam, lívidas de fúria.

-Er... Desculpa, gente... – começou Sirius, tendo a impressão que tinha visto uma veia de Rachel estourar de ódio e vergonha.

-Black... Eu vou te M.A.T.A.R! - berrou Susan, fechando os punhos e avançando em Sirius.

Enquanto Susan tentava sufocar Sirius da maneira mais dolorosa que viesse em sua cabeça, ela sentiu que um conjunto de mãos a puxavam para trás e viu que uns dois garotos ajudavam Sirius a se levantar.

-O que é isso otário, batendo em mulher? – perguntou uma voz masculina perto de Susan. Ela se virou plenamente revoltada.

-Ei, tá tudo bem com você? – perguntou um garoto estendendo a mão para ajudar Sirius a se levantar, porém o maroto se levantou sozinho.

-Tá, obrigado... – disse Sirius, sorrindo vitorioso para Susan, que tinha uns três caras ao seu redor, condenando-a por ter batido em uma ‘mulher’.

Sirius se aproximou de Susan quando os três garotos começaram a avançar nela.

-Larga ela... Ele. Tá tudo bem, obrigado de todo jeito... – disse Sirius, trazendo Susan pelo pulso até perto de Rachel.

-Black, você me paga... – disse Susan, se desvencilhando de Sirius e andando na frente, furiosa.

******

-Potter, são nove e dez! Já era pra a gente ter encontrado o pessoal há dez minutos! – disse Lily impacientemente. – Já decidiu qual é a porcaria da peça?

Tiago pegou uma qualquer.

-Claro que sim. Vamos... – disse Tiago, se levantando. Mas quando eles estavam andando em direção ao caixa, todas as luzes do supermercado se apagaram e eles ouviram barulho de portas fechando.

-Não... É... Possível. – disse Lily, incrédula.

-O quê? – perguntou Tiago.

-Que coisa linda, a inocência, fico até comovida... VAMOS SER TRANCADOS AQUI, POTTER! – berrou Lily e Tiago sentiu que ela passou rapidamente do seu lado.

-Espera aí, onde você tá? – perguntou Tiago, tateando pelas paredes.

-Aqui... – respondeu Lily.

-Aqui onde?

-BLACK, CALA A BOCA! – berrou Susan.

-Susan?

-Lily?

-Onde? – perguntou Sirius.

-Sirius?

-Pontas?

-Lily, vem cá... – chamou Tiago.

-Onde você tá? – perguntou Lily, mas Tiago a segurou pelo pulso e os dois tropeçaram nos pés de Sirius e Tiago e Lílian entraram numa cabana de acampamento, que por acidente Sirius fechou por fora quando caiu.

-Brilhante, eu vou morrer asfixiada aqui... Black, abre a porcaria da cabana! – pediu Lily.

-Se eu conseguisse enxergar alguma coisa, até que eu abria... É melhor vocês ficarem aí, amanhã de manhã a gente tira vocês daí... Eu vou procurar o Remo... – disse Sirius, e sua voz foi seguida pelos passos dele, de Susan e de Rachel, que foram andando para tentar encontrar Remo.

-Maravilha... Isso é totalmente como eu não imaginava o fim do dia. – disse Lily, bufando e encostando-se no fundo da cabana.

-Para mim, até que é bastante tentador... – disse Tiago sorrindo marotamente.

-O quê, ficar dentro de uma cabana abafada, preso num supermercado e ainda mais... No escuro? – perguntou Lily incrédula.

-Quanto menos iluminação melhor... – disse Tiago sorrindo pelo canto dos lábios, no que Lily deu um leve tapa na cabeça dele. – Certo, nada de pensamentos pervertidos.

-Só imagino o caos que vai ser essa noite... Nada pra fazer. – disse Lily, cruzando os braços.

-Vamos conversar. – sugeriu Tiago.

-Sobre? – perguntou Lily.

-Bem... Você não me contou sobre o seu primeiro beijo. – disse Tiago, fechando os punhos.

-Ah... É. – disse Lily.

-Foi com o Dillan, não é? – perguntou Tiago, revirando os olhos.

-Na verdade... Não.

-Não? – perguntou Tiago, surpreso. – Então foi com quem?

-Se eu falar... Você promete que não vai se estressar? – perguntou Lily, meio temerosa.

-Me estressar? Como assim? – perguntou Tiago, ainda mais confuso.

-Promete? – perguntou Lily, insistentemente.

-Prometo. – disse Tiago por fim.

-Bem... Foi com o... – começou Lily. – Com o Sirius.

-O SIRIUS? – berrou Tiago, tentando encarar Lily no escuro como se isso fosse a maior barbaridade que ele já tinha ouvido em toda a vida.

-É... Mas foi acidental. – justificou Lily.

-Como assim, acidental?!? – perguntou Tiago.

-Ele estava implicando comigo e me chamando de ‘srta cabelos de fogo’, então eu me revoltei e fui jogar ele no lago, mas ele me puxou e sem querer nós nos beijamos. – disse Lily, meio tímida.

-Quando foi isso? – perguntou Tiago, irritado, assustado e desapontado ao mesmo tempo.

-Terceiro ano. Lembra? Eu fui parar na enfermaria porque essa brincadeirinha me rendeu uma pneumonia de dragão. – relembrou Lily.

-Por isso que aquele cachorro de uma figa chegou com um sorriso tamanho família no dormitório... Eu mato o Sirius, ah se mato... – disse Tiago, cruzando os braços. – Nós sempre combinamos que nenhum maroto daria em cima da garota do outro...

-Ele não deu em cima de mim, foi um completo acidente, e ele ainda agüentou um tapa na cara depois disso. E ele só começou a me zoar porque eu tinha enfeitiçado a sua vassoura e você teve que voar numa shooting stars, que normalmente perde a corrida até para as borboletas que aparecem no caminho, o que fez a grifinória perder o jogo. – disse Lily.

-Foi por causa disso? – perguntou Tiago e Lily confirmou com a cabeça. – Ai meu Merlin, então eu fui a causa do seu primeiro beijo ter sido com o SIRIUS! – exclamou Tiago, horrorizado.

-Brilhante conclusão. E que história é essa de ‘nenhum maroto pode dar em cima da garota do outro’? Desde quando eu sou propriedade sua, Tiago Potter? – perguntou Lily.

Tiago sorriu amarelo.

-Não tire uma conclusão precipitada, amada ruivinha... Mas então... Eu mudei de opinião... Realmente não estou interessado em saber do seu primeiro beijo com o Almofadinhas... – disse Tiago fazendo uma careta, no que Lily riu. – Podíamos relembrar o nosso primeiro beijo. Lembra?

-Como eu poderia esquecer? Eu pedi um vira tempo pra professora McGonagall para não te beijar... Mas obviamente ela não deixou... – disse Lily sorrindo.

-Ótimo então... Vamos começar a narrar? – perguntou Tiago e Lily concordou com a cabeça.

(N/Sirius: relembrando o que já estão cansados de saber... Ruivinha: itálico. Pontitas: negrito.
N/A: satisfeito agora?
N/Sirius: muito. Ainda mais se você me deixasse escrever a fic...
N/A: Sirius, foi a Lily que bebeu ontem, não eu.)

Fui andando tranqüilamente até a aula de Adivinhação... A professora é mãe de uma garota que tá afim de mim, então ela sempre perdoa meus atrasos... Os marotos já tinham entrado na sala, guiados pelo meu querido amigo ‘os.exames.estão.aí.e.eu.não.estudei.nada’.. Ou seja, o Remo.

Quando eu entrei todos os olhares se voltaram para mim, algo completamente justificável, já que sou perfeito... Garotos porque queriam ser como eu e garotas porque queriam me ter... Apenas um olhar de fúria foi lançado em direção a mim... O da fresca da Evans. A fúria foi transformada em um sorriso triunfante, já que ela deve estar lembrando do vexame que ela me fez passar, já que ela enfeitiçou meu livro ontem pra que sempre que eu tocasse nele ele batesse com força na minha cabeça... Ela que aguarde quando chegar hoje no dormitório feminino, eu virei todo o malão dela de cabeça para baixo, então tá uma bagunça geral e eu manchei umas roupas dela com tinta vermelha... Tentei achar o diário dela pra ler no meio do salão principal em peso, mas infelizmente não achei... Se eu lesse ela me matava e expunha meu corpo como exemplo para os outros garotos que fossem se meter com ela... Já imagino até uma plaquinha “Aqui jaz Tiago Isaac Potter, aquele que se atreveu a ler o diário de Lílian Evans na frente de Hogwarts inteira...” Mas pelo menos a vergonha estaria feita... Preciso dizer que odeio essa garota? E o único bendito lugar na sala está logo...


Atrás de mim. Eu devo ter sido uma homicida numa vida passada para merecer tanto sofrimento... Ele entra se achando o máximo, só por conseguir se equilibrar em cima de uma vassoura e voar como um neandertal atrás de uma bola do tamanho de uma noz... O Q.I do Potter deve mesmo estar abaixo do índice de inteligência humana.

Ele lançou aquele sorriso que mostra todos os dentes dele e mais um pouco e passou a mãos pelos cabelos, erguendo uma sobrancelha e provocando suspiros, na típica pose ‘eu-sou-o-arrogante-Potter!’... E o pior de tudo eram as garotas atrás de mim que só faltavam se jogar aos pés dele... E às vezes eu ainda me pergunto porque ele é tão convencido...

E fala sério, até a PROFESSORA baba ele só porque a filha dele faz parte da fila de garotas apaixonadas pelo Potter... Eu devia comunicar isso ao professor Dumbledore... Como se isso fosse adiantar muito... Ai que tédio...

-Licença professora, posso entrar? – perguntou aquele arrogante com o sorriso mais convincente do mundo... Ele podia se explodir em mil pedacinhos nojentos... Ia melhorar minha vida.

-Claaaro Potter, entre logo, não precisa se explicar... – disse a professora, praticamente se jogando aos pés do Tiago... Por quê não oferece logo pra ele uma cadeira de praia pra ele esticar as pernas e um refresco? Ou melhor, uma toalha, pra ele se enxugar da baba...

Ele passou pela minha banca com um sorriso pretensioso e com um ar de superior... Minha vontade foi avançar nele e berrar o quanto EU ODEIO ELE...


-Preparada, Evans? – perguntei, a vingança é um prato muito doce... Da próxima vez eu distribuo a roupa íntima da Evans para todos os garotos que eu conheço... Queria ver a cara dela se eu fizesse isso...

-Sempre, mas posso saber para o quê? – perguntou ela, sem ao menos se virar para mim... Céus, eu ODEIO essa garota com todas as forças do universo.

-Está na hora da minha vingança Evans, já se esqueceu? – perguntei cinicamente, sei que ela odeia meu lado sarcástico...

-Esqueci, porque não faz a mínima diferença pra mim... – respondeu ela, virando-se para a Susan e começando a conversar com ela.


-Lily, a Sarah foi convidada para a festa de aniversário de morte do fantasma da Corvinal... E ela tá convidando a gente... O que eu digo? Fala sério, só vai ter aquelas músicas horrorosas e comida pra gente morta... – disse Susan, meio enojada.

-Quanto a música, duvido que seja pior do que o Potter cantando... – eu disse, alto o bastante para o Potter escutar... Esqueci de comentar, mais irritar esse garoto é um dos melhores passatempos que já foram inventados... A Susan riu e eu completei: Além do mais, não sei se vou... Eu tô com uma dor de garganta, acho que fui porque eu caí no lago com o idiota do Black...

-Ou talvez por berrar excessivamente... – disse o Potter, pra retrucar a provocação... A Susan riu... Eu odeio esse garoto mais do que tudo... Um dia eu ainda mato essa joça com as minhas próprias mãos... – Você vai realmente ter uma merecida surpresa hoje, Evans. – disse o Potter se debruçando na carteira de modo que falasse ao meu ouvido... Não pude evitar, meu ouvido e pescoço sempre foram partes muito sensíveis... E ele estava ali tão pertinho, pude sentir a respiração quente vinda da boca dele... Me arrepiei toda, da cabeça aos pés... Não teria me preocupado se tivesse sido mais um simples arrepio, mas o problema é que foi um arrepio ENORME, seguido de um ENORME frio na barriga! Senti na hora meu estomago ir parar nos pés e meus cabelos da nuca se arrepiarem... Alô, isso não pode estar acontecendo... Eu só coraria de ÓDIO, aversão e repulsa por esse traste... Eu vou ligar pro sanatório, realmente estou com distúrbios psíquicos e assassinos. Rezei pra Merlin e pra todos os santos para que ele não tivesse percebido o quanto corei...

-Todos peguem o livro de Adivinhação... O exame foi cancelado, vai ser em outro horário... – avisou a professora... Brilhante, só que ninguém trouxe a porcaria do livro porque pensávamos que ia ser o exame agora... Até parece que ela não raciocina... Ups, ela não raciocina mesmo, tal mãe, tal filha...


-Eu fui o único que vi isso? – perguntou Sirius, com um sorriso incrédulo e malicioso... Incrível como ele consegue transparecer duas coisas tão diferentes ao mesmo tempo... Só tendo o que ele chama de ‘talento artístico’, o que para mim se chama ‘cara-de-pau’.

-Isso o quê? – perguntei distraidamente, no que vi o Remo revirar os olhos e o Sirius bater na própria cabeça, murmurando ‘jegue’. – Vamos te dar umas dicas...

-Ai Tiago, você me faz me arrepiar todinha... – disse Remo imitando uma garota, com uma voz digna de travesti.

-Me deixa louquinha... – continuou Sirius, retratando outra garota num gesto cômico, que me fez gargalhar.

-Me faz te querer sempre mais e mais... – continuou Remo, naquela performance de garota... Os marotos são mesmo meio retardados, mas são meus amigos.

-Me faz DELIRAR! – sabia que ia chegar a hora que o Sirius se empolgava e começava a berrar, no que eu, o Remo e ele começamos a gargalhar em cima das bancas, no que a professora simplesmente ignorou, graças a minha popularidade com a filhinha dela... Como assim, a Lílian corou comigo? Eu não vi nada disso... Quando paramos de rir, eu me virei pra meu caderno e comecei a desenhar, eu manjo nisso... Remo já tinha voltado as suas anotações e o Sirius flertava com uma garota, no que a Susan bufou... Os dois hora se amam, hora se odeiam... Então entrei em completo tédio e comecei a observar tudo na sala, incluindo a garota na minha frente.

Me perdi encarando fixamente a nuca da Evans... Que coisa mais ridícula pra fazer, eu tenho coisas mais importantes pra fazer do que olhar pra a nuca dessa garota... Ainda mais quando eu a odeio mais que tudo...

Mas simplesmente algo me chamou atenção na nuca dessa garota... Eu me levantei vagarosamente da cadeira, sem ter muita certeza do que estava fazendo, simplesmente queria tocar na nuca dessa ruiva... Minhas mãos estavam próximas à nuca dela quando uma voz me tirou do meu transe:

-Potter, onde está o seu livro? – perguntou a voz da professora. Exatamente no meio da aula, eu ouço um som vindo lá do além e eu começo a ouvir alguém soluçar e gritar ao mesmo tempo... Quando eu olho pra trás... Sirius Black. A risada do almofadinhas é muito estranha... É um grito e no meio pára como se estivesse pegando ar... É muito estranha e muito alta, ele fica vermelho e começa a cair pros lados... É um terror... Eu me sentei rapidamente, ouvindo o Sirius gargalhar histericamente do meu lado... Vi que todas as garotas encaravam a mim e ao Sirius com uma expressão de adoração... Olhei pro cachorro do meu lado, quando a situação tá difícil sempre temos Sirius Black pra dificultar um pouco mais...

-Hum... Professora, eu não trouxe... Pensei que fosse o exame... – respondi, passando a mãos pelos cabelos displicentemente, enquanto o Sirius se cagava de rir do meu lado... Olhei para ele ferozmente...

Quando a professora tirou os olhos de cima de mim, eu murmurei para o cachorro imprestável do meu amigo Sirius Black:

-Posso saber por quê você tá rindo como se tivesse tendo uma convulsão ou algo do tipo? – perguntei, e vi que Sirius tinha lágrimas de riso no rosto, mas já tinha parado de gargalhar.

-Você tava quase beijando a nuca da srta cabelos de fogo. – disse Sirius, olhando pra mim ainda meio leso. – Um avanço e tanto, não?

-Eu? Beijando a nuca da Evans? Dããã, claro que não. – respondi, embora não tivesse cem por cento de certeza disso... Que estranho.


Eu comecei a ficar detraída na aula, e a causa disso não tinha nada a ver com nenhuma matéria... E sim com um garoto arrogante sentado atrás de mim.

Tentei esquecer o que tinha acontecido. Obviamente foi impossível! Sabia que o Potter era arrogante demais para esquecer qualquer coisa que o fizesse se achar mais irresistível do que já se achava...Como se não bastasse isso, ainda tinha outra coisa martelando insistentemente na minha cabeça: Por que meu estomago idiota havia despencando até meus pés? Era um novo tipo de coisa que acontecia comigo quando sentia arrepio no pescoço? E que arrepio maluco fora aquele? Que espécie de arrepio era aquele que vinha desde o começo da espinha e subia até a nuca? Agora que ele vai ficar se achando completamente... Por Merlin, não sei se ele é comanda seu ego ou se é o seu ego que o comanda, tamanho elafantesco seu ego é... Mas é hora de esquecer isso e voltar a aula...

A professora começou a reclamar pelo fato de que não tínhamos trazido os livros... Eu me indignei e levantei a mão... Ela rapidamente olhou pra mim e me deixou falar.

-Professora... A culpa não é nossa se não nos avisaram antes que os exames seriam adiados... Não foi só o Potter que não trouxe o livro, ninguém trouxe. – argumentei.

-Eu sei, senhorita Evans... Por isso eu não estou cobrando o livro de ninguém. – HÃ? Sério, essa mulher sofre de sérios danos mentais... Como assim ela não tá cobrando de ninguém? Alguém sacode essa mulher pra ouvir se ela ainda tem cérebro ou tá oca!

-Er... A senhora cobrou do Potter, injustamente. – ela me encarou com uma expressão nada bem humorada, como se pretendesse me matar no segundo seguinte... Não sei porque eu disse isso, as palavras simplesmente saíram... Além do mais, ALÔÔÔ! O que eu tô fazendo defendendo o Potter? Ele que se dane, oras!

-Desculpe então, senhor Potter. Senhorita Evans, tenho coisas mais importantes a fazer do que ouvir você defender o seu namoradinho. – CUMA? Eu perdi alguma parte? O Potter, meu namoradinho? Tentei falar alguma coisa, mas percebi que eu tava petrificada de horror com a insinuação... Eu vou processar essa mulher!


Volta a fita. Isso aconteceu mesmo? A Evans me defendeu? Vai chover galeão hoje, não é possível! Eu acho que colocaram droga na comida da Evans ou então ela foi abduzida pelos livros, que segundo a minha teoria, são aliens disfarçados e prontos pra atacar... Essa certamente não é a Evans!

Passei a aula admirado com a perspectiva de Lílian Evans ter me defendido na frente de uma sala inteira... Isso foi por puro interesse? O que ela vai querer, que eu me curve até ela? Oh obrigada Lílian Evans, por ter me defendido na frente de uma sala cheia, o que lhe devo agora, minha vida? Acho que não, hein... Eu nem pedi pra ela me defender.

Quando a aula acabou, eu lancei um feitiço para rasgar a bolsa da Evans no meio, atrasando-a para a próxima aula, assim eu podia falar com ela sozinho na sala...

Quando todos saíram, eu me aproximei dela.


Evans, o que te fez me defender na frente da sala toda? – ah não, como se não bastasse a aula ter sido uma completa humilhação, ainda vem o boçal do Potter pra me encher? Ai meu Merlin, nãããoo...

-Potter, estou falando sério, ME DEIXE EM PAZ! – berrei as últimas palavras, me controlando pra não meter a mão na cara daquele infeliz... Maldita hora que eu fui defender ele tentando esquecer as nossas diferenças apenas para lutar por um ideal de justiça... Quando eu fico nervosa e irritada ao mesmo tempo, acabo falando bonito...

-Então será possível... – começou ele com aquela voz irritante, ignorando meu aviso de que ele deveria se calar... Ele tá merecendo, eu JURO... – Que você está começando a gostar de mim?

QUÊ? Abri e fechei a boca várias vezes, tamanha foi a ousadia do Potter! EU? GOSTANDO DAQUELE ARROGANTE EGOCÊNTRICO METIDO A GOSTOSÃO?

-Claro que não, seu idiota! – me admirei de ter falado tão calma enquanto por dentro eu estou parecendo uma panela de pressão prestes a explodir!

Eu te pergunto Merlin, como pode ser tão... Tão... Tão cara-de-pau, pervertido, cínico e idiota além de ser um completo retardado e ainda tem a audácia de ME perguntar se eu estou gostando DELE! Como se, se isso um dia acontecesse, fosse me agradar completamente! Acho que meu rosto estava mais vermelho que os meus cabelos e o uniforme de quadribol dele juntos.


Você vai desmentir que gosta de mim? – perguntei incrédulo, cruzando os braços.

-Claro que sim, porque EU NÃO GOSTO! – ela berrou com toda vontade no meu ouvido... Eu fui até ela, afinal agora eu estou com a pulga atrás da orelha.

-E por quê me defendeu? – perguntei astutamente.

-Porque me deu a louca na hora, satisfeito? – respondeu ela, se desvencilhando de mim, mas eu a prendia na carteira entre meus braços. – POTTER, SE VOCÊ NÃO ME LARGAR EU VOU...

-Você vai? – perguntei provocantemente, no que o rosto dela ficou púrpura e ela sacou a varinha antes que eu pudesse faze-lo, me jogando com um feitiço pra longe dela.

Antes que ela pudesse sair da sala eu a prendi com um feitiço na parede e caminhei rapidamente até lá, esse feitiço não dura muito tempo...

-Responda honestamente... – perguntei de frente para ela. – Por quê você me defendeu?

-Por quê está tão interessado? – perguntou ela de volta.

-Porque eu sempre soube que você também se renderia a mim... – ela lançou um olhar mortal pra cima de mim... Ela realmente me odeia.

-Vê se entende, Potter... EU TE ODEIO! – berrou ela, no momento que o feitiço se desfez ela me empurrou, e eu instintivamente procurei algo para me segurar e acabei a puxando comigo e nós dois levamos uma bela queda...


Quando caímos, senti os lábios do Potter roçarem nos meus de leve... Eu estava presa perto dele pelo braço dele, que me segurava pela CINTURA! Quem ele pensa que é? Eu estava prestes a gritar quando senti que aquele retardado começou a me beijar! Ele vai se arrepender por isso pela vida toda...

Mas então senti que acabei cedendo ao beijo dele, no que ele aprofundou o beijo, até que estávamos ligados pelos lábios... MEU DEUS, EU TÔ BEIJANDO O IMBECIL DO POTTER! E aquele otário é forte demais pra eu consegui escapar... Eu não sei por quê, mas no momento acabei de ficar extremamente fraca...

Nosso beijo foi (milagrosamente) interrompido pela porta que abria, com o rosto severo da professora McGonagall. Ai meu sistema nervoso.

-Potter e Evans, o que significa isso? – eu estava prestes a contar como o Potter me agarrou a força e como eu estava grata por ela ter chegado logo e forçado aquele arrogante aproveitador a me soltar, mas ela não me deixou falar: Detenção. Para os dois. Minha sala... Esperava um comportamento melhor do senhor, Senhor Potter, sua ficha está mais suja do que os troféus da minha sala que vocês vão limpar... E principalmente de uma monitora, senhorita Evans. – ai meu pai, por que isso teve que acontecer? Ela fechou a porta me deixando sozinha com o Potter.

-Eu não acredito nisso... Minha primeira detenção... – eu não sabia se estava mais aterrorizada por ter sido beijada pelo Potter ou pela detenção... Escolhi os dois. – POTTER, EU JURO, EU REALMENTE JURO, ande por aí com joelheiras, cotoveleiras, coletes a prova de bala, armas e etc, POR QUE EU JURO QUE NA MELHOR OPORTUNIDADE EU TE MATO! – berrei, sentindo a raiva fervilhar dentro de mim, então antes mesmo de dar ao Potter chance de respirar, eu fechei a porta atrás de mim e o deixei sozinho na sala.


-Foi divertido esse dia... – disse Tiago sorrindo.

-Ah claro, divertidíssimo... Eu acabei azarando um garoto do segundo ano só porque ele me desejou bom dia... Me arrependo disso até hoje... – disse Lily e os dois riram. – Só espero que amanhã chegue logo, porque eu já estou ficando louca...

-Por mim? – perguntou Tiago, esperançoso.

-Por não te enforcar com as minhas próprias mãos... – respondeu Lily como se não tivesse havido interrupção, virando-se de costas para Tiago.

-Por quê você não vira pra mim? – perguntou Tiago, sorrindo pelo canto dos lábios.

-Porque eu prefiro dormir longe dos seus comentários pervertidos e de ouvir a sua odiosa voz com propostas completamente incomodáveis... – respondeu Lily, sem se virar.

Tiago cruzou os braços e fez-se silêncio, por um tempo.

-Ai! Ai, isso tá doendo! – gritou ele, massageando o pulso.

-Bem feito! – respondeu Lily secamente ainda sem se virar. “Deve ter batido em algum lugar, o retardado...” Pensou Lily.

-É sério Lily, eu me machuquei, minha perna tá doendo... – Lily bufou e se virou, um pouco preocupada, já que parecia ter um tom de verdade na voz do moreno.

-Deixa eu dar uma olhada... – disse Lily, mas no momento em que ela se virou Tiago se virou e debruçou por cima dela, prendendo-a entre suas mãos e seu corpo. – Seu arrogante traiçoeiro de uma figa, me larga! Eu NUNCA, nunca mais te ajudo!

-Admita que ficou preocupada comigo... – disse Tiago, mesmo no escuro Lily pode imaginar aquele sorriso triunfante dele que ela achava boniTINHO...

-Eu... Lógico que não fiquei preocupada com você! Simplesmente eu não queria ficar com peso na consciência e você não ia me deixar dormir com seus gemidos de dor... – respondeu Lily. – E você tivesse se machucado eu só não ajudaria a te matar de vez porque eu não quero que incluam no meu currículo ‘assassina’, quando um dia eu for me candidatar pra um emprego.

Tiago riu fracamente.

Uma vontade incontrolável e inexplicável de beijar o maroto em sua frente passou pela cabeça de Lily quando Tiago segurou a cintura da garota.

-Lily, eu... – “NÃO, EU não vou PEDIR pra beijar a LILY!” Pensou Tiago, encostando os seus lábios nos de Lily, num inocente selinho. – Eu posso...?

Lily ficou tentada em dizer que sim, mas depois de um considerável tempo, seu rosto ficou escarlate a ponto de ser reconhecido no escuro e ela gritou:

-É óbvio e evidente QUE NÃO! – berrou ela, se desvencilhando de Tiago.

-Então porque demorou tanto pra pensar? – perguntou Tiago, sem sair de cima dela, no que ela se revoltou.

-Porque... Eu queria saber até onde você ia. – disse Lily, com a primeira desculpa que veio em sua cabeça.

-Pois saiba... – Tiago deslizou a mão do ombro da garota até o fim de sua cintura, sussurrando em seu ouvido – Que eu iria muito além disso. – disse ele com aquele inconfundível sorriso maroto, se levantando de cima de Lily.

-Seu depravado! – disse Lily no auge de sua fúria. Tiago meramente riu. Ele pensou em beija-la ali mesmo e sua consciência apoiava essa decisão... Mas dessa forma ela caia em cima dele...No bom sentido, apesar de que para Tiago esse era o mau sentido.

Lily suspirou, morta de sono e agora, com frio.

“Que merda, que se dane o frio! Que o mundo todo congele e morra de frio! Quem se importa com frio quando se tem Tiago Potter ao seu lado para se aconchegar? Sabe de uma coisa? Vou seguir o conselho da Godofreda uma vez na vida... Aconcheguei minha cabeça no ombro dele numa posição confortável e fechei os olhos. Dane-se o que ele vai achar de mim depois disso”. Pensou Lily, adormecendo encostada em Tiago.


******

N/A: até o próximo cap! Besitos...

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