O início do 7° ano




-Thiago Potter! Acorda logo... – disse Sirius.

-Sirius, o que é? – respondeu Thiago, sonolento.

-O que é, seu preguiçoso, que já são 11 da manhã e eu não estou afim de ficar na SUA casa sem que o dono dela esteja acordado! Já vi as férias que eu vou passar... – disse Sirius, ironizando.

-Pronto, satisfeito? – perguntou Thiago se levantando. Seus cabelos estavam bastante assanhados, ele colocava os óculos. Era decididamente bonito.

-Satisfeito. Agora vamos andando... – disse Sirius saindo do quarto.


Eles foram andando em direção aos jardins. A casa de Thiago era muito grande, e um ótimo lugar para passar as férias. Mas no momento Thiago se sentia entediado. Eram nessas horas que Sirius começava a perturbar o juízo dele.

-Que cara de enterro! O que tá acontecendo? - perguntou Sirius.

-Tá acontecendo que eu to morrendo de sono graças a você, otário! – disse Thiago, mal humorado.

-Ui, o Thiago tá de mau humor... Ainda bem que o Aluado tá pra chegar. Assim serão dois pra torrar sua paciência! – disse Sirius, enquanto Thiago voltava para dentro da casa.

O Rabicho vem quando? – perguntou Thiago.

-Não sei... Acho que só no fim das férias. Mas o Aluado chega hoje mesmo. – disse Sirius.

-Vamos entrar... To morrendo de fome. - disse Thiago.

-Certo... – disse Sirius. No momento que entraram na cozinha, a campainha tocou.

-Aluado... Só pode ser ele! Afinal, quem mais chega nas horas inconvenientes? – brincou Sirius.

-Oi Aluado! – disse Sirius para o amigo. – Estávamos com saudades!

-Quero ser verme se isso não for falsidade... Oi Thiago. Que cara é essa? – perguntou Remo.

-Nada de importante. Afinal, desde quando o que esse ser – disse, apontando para Sirius – apronta é importante? É só irritante.

-Entendo perfeitamente. – disse Remo, rindo.

-Um complô? Logo contra mim... – disse Sirius, fazendo a cara mais inocente do mundo.

-Não Almofadinhas, nada. – disse Thiago, despenteando os cabelos do amigo.

-ODEIO quando você faz isso. – disse Sirius, lançando a Thiago um olhar de censura.

-Eu sei. – disse Pontas, sorrindo de leve.

Os dias na casa de Thiago não podiam ser mais divertidos. Almofadinhas e Aluado passavam boa parte do tempo zoando Thiago, mas eles se acertavam. Provavelmente se não estivessem juntos as férias iam ser o maior tédio, pois Sirius provavelmente se mataria, tendo que ficar perto de sua mãe e seu ‘adorado’ irmão (se bem que ele já tinha se livrado daquele inferno de casa desde o 6° ano, e foi morar com Thiago). Já Remo passaria boa parte do tempo lendo ou mandando cartas para atormentar os amigos, seu passatempo preferido. Uma semana após a chegada de Aluado, foi a vez de Rabicho se unir à turma.

-Olha aí Pontas, agora quando eu e o Aluado formos zoar você o Rabicho te defende! – disse Sirius, rindo.

-Como se eu não zoasse duas vezes mais com vocês. Além de eu não precisar de defensor, né Sirius! Sei me virar sozinho... Ao contrário de você, pobre cachorrinho. – disse Thiago, arrancando risos dos outros. - Sou muito mais da natureza dos gatos, independentes.

-Mas já que você não é gato, se contente em ser um pobre cervo, tá Thiago? – disse Sirius, rindo.

Os quatro amigos começaram a rir, e Thiago e Sirius a brincar um com o outro. Remo ria e sempre falava alguma coisa com os dois, enquanto Rabicho se contentava em acompanhar a conversa em silêncio, concordando com tudo que Thiago falava.

As semanas seguintes foram bem tranqüilas, e depois de chegar a carta de Hogwarts com a lista de materiais eles foram ao beco diagonal. Thiago aproveitava para comprar artigos de quadribol, Remo comprava alguns livros extras para estudo e Rabicho comprava novas vestes. Sirius achava a maior chatice, e não sossegou até que foram embora.

No dia seguinte, as aulas em Hogwarts começariam novamente. As malas estavam feitas, e os marotos aproveitavam o tempo livre para jogar xadrez de bruxo. Os amigos conversaram um pouco (enquanto Sirius debochava de Remo, por ter vencido ele na ‘final’ do xadrez). Já eram três da manhã quando a mãe de Thiago aparece:

-Vocês tem idéia de que horas são? Amanhã tem aula! Podem ir dormir! Não Thiago, já disse – falou a mãe de Thiago, quando viu que o filho ia pedir pra ficar acordado mais um pouco.

Depois de um tempo, os quatro adormeceram.

-Acordem, meninos... Hora de partir! – acordou a mãe de Thiago, o mais baixo possível.

-Ah, mãe... Deixa eu dormir um pouco mais – implorou Thiago.

-Nem pensar! E vocês ainda queriam ficar mais tempo acordados... – disse a mãe de Thiago.

-Saco... Dá pra você acordar, querido Sirius? – perguntou Thiago, vendo que o amigo era o único que ainda estava dormindo.

-Dá, querido Thiago – disse Sirius, levantando.

Depois de um tempo (e muitas reclamações de Sirius, que queria dormir) os marotos se arrumaram e desceram as escadas. Depois de Thiago e Sirius irritarem um pouco Remo e Rabicho (afinal, estavam morrendo de sono e queriam se entreter, e irritar os marotos era um ótima sugestão) eles saíram de casa. Chegando a plataforma 9 ¾, os marotos atravessaram a barreira e entraram no trem que levaria a Hogwarts.

Depois de muitas brincadeiras dos marotos no trem, (que envolviam azarar Snape) eles colocaram o uniforme de Hogwarts e partiram em direção ao castelo. Afinal, o 7o ano de Hogwarts os aguardava.

Os marotos se se sentaram à mesa da Grifinória e aguardaram a seleção dos alunos do 1o ano. Após toda a seleção ser feita, Dumbledore deu seu discurso de abertura. Os marotos saíram em direção ao Salão Comunal da Grifinória depois de um magnífico jantar. No caminho, encontraram Snape.

-Olá ranhoso – disse Thiago, provocando Snape – vejo que terei que agüentar sua presença em Hogwarts por pelo menos mais um ano. Quem sabe você não é expulso depois...

Snape não perdeu tempo e tentou azarar Thiago. Thiago tinha ótimos reflexos graças ao quadribol, e evitou que a maldição o alcançasse.

-Não seja tão obtuso, ranhoso! Talvez seu nariz seja tão grande que você não consegue sequer mirar sua varinha devidamente... Deixa eu te ensinar – disse Thiago, lançando o feitiço Petrificus Totalus em Snape.

-O que é isso Potter? Atacando um estudante? – gritou a Professora McGonagall.

-Desculpa, professo...

-Nada de desculpas, Potter! – interrompeu McGonagall – No primeiro dia do seu ano letivo. Espero que você não me dê muito trabalho, Potter! Menos 10 pontos para a Grifinória e duas noites de detenção! Na minha sala amanhã! 6 horas... Não se atrase! – disse McGonagall, bufando.

-Pego no flagra, Thiago! É melhor a gente ir pro Salão Comunal sem aprontar NADA, a não ser que vocês desejem que a Grifinória tenha um saldo negativo de pontos no 1o dia... – disse Aluado, sorrindo.

-Com Thiago e Sirius estudando aqui, não é impossível – disse Rabicho.

Os marotos foram para o dormitório, seguindo o conselho de Aluado.

Na manhã seguinte, os quatro tomaram café da manhã e foram assistir uma aula de História da Magia, ‘o tipo de aula feita pra dormir’, na opinião de Thiago. Tirando a aula de História da Magia, o dia foi ótimo, Thiago aproveitou para continuar com sua fama, arrepiando os cabelos assim que qualquer menina se aproximava. Sirius andava com o rosto empinado e os cabelos extremamente pretos caídos nos olhos, lhe dando um charme inigualável. Remo era um pouco tímido, mas não deixava de fazer sucesso. Rabicho simplesmente não ligava pra esse tipo de coisa.

- Que saco, hoje à noite eu tenho detenção com a McGonagall... – disse Thiago, batendo em sua própria cabeça. – To pensando em não aparecer, fingir que esqueci... O que vocês acham?

-Você quer que a McGonagall te mate, Pontas? – disse Remo.

-Realmente, Thiago... Eu sei que vai ser uma profunda perda de tempo, mas vai ser ainda pior se você não aparecer. – disse Sirius.

-Tudo bem, eu vou. – disse Thiago infeliz.

Thiago chegou pontualmente na sala de McGonagall.

-Boa noite, professora. – disse Thiago.

-Boa noite, Potter. Hoje, você irá separar as ervas boas das ruins, um favor para nossa professora de Herbologia. Pode começar.

Como Sirius tinha dito, era uma profunda perda de tempo.

Os marotos tomavam café da manhã quando Sirius perguntou:

-E aí, Thiago, como foi com a McGonagall?

-Completamente inútil... Tive que separar algumas ervas pra a aula de Herbologia. – disse Pontas.

-Agüenta aí Thiago... É só mais uma noite. – disse Remo.

-Pois é... Mas a McGonagall é realmente dura... Eu não posso descansar um minuto! – reclamou Thiago.

Os marotos seguiram para a aula de Herbologia (não me diga que vamos utilizar aquelas plantas fedidas que tive que separar ontem!) que foi absolutamente cansativa. Thiago sorriu ao ver que Lily Evans, uma garota extremamente bonita que Thiago gostava desde o 5° ano estava trabalhando do outro lado a sala. Thiago tentou falar com ela no fim da aula, mas ela tinha sido rápida demais. À noite, Pontas de despediu dos marotos e seguiu para sua última noite de detenção.

-Boa noite, senhor Potter. Pode continuar seu trabalho de onde parou. – disse McGonagall.

Thiago ficou pensando numa detenção que cumprira dois anos atrás nessa mesma sala que estava agora... E seus pensamentos o envolveram até que ele parasse de se preocupar com tudo foram das suas lembranças.

Flashback

Ele estava no 5° ano de Hogwarts cumprindo uma detenção com McGonagall. Estava o maior tédio, até que uma garota de cabelos muito ruivos e muito bonita bateu na porta.


-Er... Professora, o professor Binns pediu pra avisar que ele conseguiu uma outra pessoa para monitorar a aluna que estava em detenção. – disse a garota.

-Obrigada, senhorita Evans. Pode se retirar.

Thiago não pode deixar de reparar que a garota era muito bonita. Seus olhos eram verdes e seus cabelos caiam de uma forma perfeita no seu rosto. Thiago ficou paralisado por um momento e eles se encararam. A misteriosa garota corou, e em seguida se retirou. Thiago continuou sua detenção, mas não conseguia parar de pensar naquela garota. Quando finalmente acabou, foi para o dormitório e como todos os marotos dormiam, ele adormeceu também. No outro dia de manhã ele começou a falar com os marotos sobre a tal garota.

-Estou falando, Almofadinhas... Nunca tinha visto essa garota antes... Muito linda mesmo. Se não estou errado ouvi a McGonagall falar que seu nome era Evans... Vocês conhecem alguma Evans? – perguntou Pontas.

-Não, nenhuma Evans... Aliás, onde está o Remo? – Tá com a mania de sumir, desde que virou monitor tá cheio de importância.

-Será que ele conhece essa Evans? – perguntou Pontas.

-Cara, tira essa garota da cabeça um pouquinho! Mais tarde você pergunta a ele... Vamos, tem aula de poções agora.

O professor de poções entrou na sala e disse para a turma:

-Hoje vocês vão aprender a fazer uma poção da paz. Cuidado para não errarem nos ingredientes, pois quem beber irá mergulhar num sono pesado e algumas vezes irreversível!

A poção da paz exigia muita concentração, por esse motivo Thiago não tinha percebido que a tal garota que ele tinha visto no dia anterior estava na mesma sala que ele.

Quando os marotos estavam na sala comunal, Pontas perguntou:

-Aluado, você conhece alguma Evans?

-Lílian Evans? Ela é monitora... – disse Remo.

-De que casa? – perguntou Thiago interessado.

-Da Grifinória, seu idiota! Ela é do mesmo ano e da mesma casa que nós... Vai falar que nunca viu ela? – perguntou Remo.

-Não! – disse Pontas.

-Digamos que o meu amigo Pontas só presta atenção nas pessoas quando está interessado... Quando não, passa despercebido! – disse Sirius.

-Nunca tinha visto ela... Ou prestado atenção nela... Não sei como! Ela é absolutamente linda. – disse Pontas.

-Olha ela ali, subindo para o dormitório das garotas. – disse Remo.

-Ei! Espera! – gritou Thiago, correndo. Mas era muito tarde, ela já tinha subido. – Cara, não acredito... Mas amanhã essa ruivinha não me escapa!

-Ótimo Pontas, amanhã você segue com seu plano. Vamos subir também agora... – disse Rabicho.

-Com sono, Rabicho?

-Não exatamente... Só estou cansado de ficar aqui. - disse Rabicho .

-Tudo bem, eu vou subir – disse Aluado – Você vem, Almofadinhas?

-Sim... E você, Pontas? – perguntou Sirius.

-Não... Vou ficar um pouco aqui... – disse Thiago. – Quem sabe ela desce?

-Ela não vai descer Pontas, já é tarde. – disse Remo.

-Ótimo, mas eu vou ficar um pouco aqui – disse Thiago, impaciente.

Sirius murmurou algo que lembrava ‘cabeça-dura’ e subiu com os amigos. Pontas esperou por um tempo, mas ao ver que estava muito tarde subiu, dando-se por vencido.

Fim do Flashback

Thiago continuou sorriu ao se lembrar do primeiro dia que tinha visto Lily Evans. Essa garota não saía da cabeça de Thiago desde o 5° ano. Mas, apesar de Thiago conquistar facilmente as garotas, Lily nunca quis sair com ele.

Thiago não tinha falado com Lily desde que chegara á Hogwarts. Quando ele estava voltando para a sala comunal da Grifinória, viu que ela estava no corredor, indo na mesma direção que Thiago.

-Lily! – gritou Thiago e Lily girou os olhos.

-O que foi, Potter? – perguntou ela.

-Senti saudades... Nós não nos vimos nas férias. – disse Thiago – E aí, resolveu me dar uma chance?

-Não, Potter... Parece que você não entende – disse Lily.

-Ah, Lily... – disse Thiago sorrindo – Pode admitir que gosta de mim... – disse Thiago enlaçando Lily pela cintura. Lily sentiu o sangue ferver e se desvencilhou de Thiago.

-Potter! Será que você faz questão de ser assim? Metido, idiota... NÃO SE APROXIME DE MIM! – berrou Lily ao ver que Thiago se aproximava.

-Não precisa ficar com raiva de mim, minha ruivinha linda... – disse Thiago sorrindo. Lily ficou espumando de raiva ao ver que Thiago se distanciava sorrindo. Porque ele fazia questão de se aproximar dela? Será que ele não podia aceitar o não que ela tinha dado a ele desde o 5° ano?

Não. Ele se aproximava dela com a maior cara-de-pau, e nenhum outro garoto se envolvia com Lily porque o maldito Potter ficava na cola dela. Muitas garotas lançavam olhares cheios de ódio para Lily, acreditando que Thiago Potter e Lily Evans estavam saindo. Potter e seus patéticos amiguinhos viviam caçoando de Lily e insinuando que ela e Thiago poderiam ficar juntos. Lily se sentiu enjoada só de pensar que um dia ela poderia se sentir atraída por Thiago... Espumando, ela foi para o dormitório feminino, procurando um pouco de paz. Infelizmente, quando chegou lá, suas amigas já estavam dormindo. Sem ter o que fazer, Lily foi dormir, indignada com Thiago Potter.

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