Voltando pra Casa



Meus queridos... xD
Não queiram me matar!! DESCULPA! Não foi a minha intenção demorar tanto, mas estava sem idéias, fiquei doente(crise de garganta, até tomei injeção) e além de tudo comecei a trabalhar essa semana, ai já viram né? Trabalhando o dia todo... =(
Então, tá ai mais um capítulo... Espero de coração que vcs gostem, ficou meio fraquinho mais tudo bem, daqui pra frente as emoções seram mais fortes... =X
Amei todos os comentários... Não vou respondê-los pq a Floreios tem limites né? Q RAIVA! Odiei issoo... Obrigada por sempre lembrarem e cobrarem atualizações viu? =]

COMENTEM MUITOOOOOO E VOTEM TBM!! =]

Bjok pra todos! Até mais ver... ^^



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Capitulo 14 – Voltando pra Casa



Lílian estava desesperada. Então tudo era verdade. Tiago era mesmo o canalha que ela sempre achou que fosse. Como ele tinha coragem de fazer isso? O mundo desabava sobre sua cabeça. Os momentos que viveu com Tiago – foram poucos, mais intensos – viam a tona. Todos os detalhes, todas as declarações, todo o carinho... Tudo foi uma grande mentira. Pra que fazer isso tudo por apenas uma vassoura? Ele era mesmo um idiota. Se dependesse dela não queria nem olhar mais na cara dele. “O pior é que ele está na minha casa” – pensava agoniada. O mundo tinha acabado naquele momento para Lily, sempre seu coração tinha sido como uma fortaleza com muros altos e indestrutíveis, mais agora era diferente a fortaleza fora invadida e tudo que restava dela agora eram destroços.

Ela voltou correndo pra casa e foi direto pro seu quarto. Chegou lá encontrou sua amiga, Kayara, deitada na cama. Parou na porta, Kayara sentou-se na cama, olhou bem a amiga. Lílian começou a chorar.


- Kay, eu quero morrer... – foi a única coisa que conseguiu dizer antes de seu choro se intensificar.


Kayara levantou-se assustada, nunca tinha visto Lílian tão mal. Abraçou a amiga com carinho e afagou-lhe o cabelo. Lílian chorava feito uma criança. Quando o choro de Lílian não pode mais ser escutado Kayara começou a falar.


- Você não vai morrer... Você não é assim, Lílian! Cadê a garota forte que eu conheci? Essa pessoa fraca que ta ai não é a Lílian Evans.

- Eu sou fraca... Agora eu estou fraca. – dizia num fio de voz.

- Não mesmo! Eu estou aqui e te darei toda a força que você precisar porque eu não vou te deixar desistir nunca...

- Mais Kayara, meu coração está em pedaços... Minha vida não tem mais sentido! – olhou fundo nos olhos da amiga.

- Pára de falar besteira. Sua vida ta só começando. – Kayara olhava com um olhar encorajador.

- Eu quero que ela acabe... Minha vida é uma escuridão agora – continuou a chorar escondendo o rosto no ombro da amiga.

- Chora. Coloca toda a tristeza pra fora. Um dia o sol volta a brilhar, pode ter certeza. – disse abraçando forte Lily.


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O dia foi passando e ninguém mais saiu de seus quartos. O sol agora parecia se esconder entre as nuvens, nem ele tinha coragem de tentar alegrar o dia. Ninguém quis comer, claro tirando a Petúnia que amou ter a casa só pra ela.

Na hora do jantar a Sra. Evans obrigou todos a descerem. Um clima de velório instalou-se pela mesa do jantar. Lílian e Tiago quase enfiavam suas caras no prato. Kayara olhava de soslaio pra Sirius que fazia o mesmo. Remo e Petúnia eram os únicos que estavam normais.


- O que aconteceu com vocês? Não estou gostando nada desse silêncio. – o Sr. Evans notou o clima tenso.

Ninguém respondeu.

- Estão esquisitos demais pro meu gosto. Lílian? – questionou a Sra. Evans querendo que sua filha falasse.

- Nada. – Lílian foi ríspida – Com licença, já terminei. – disse retirando-se.

- Mais filha, você nem tocou na comida.

- Também vou subir. Licença... – dizia Tiago seguindo o mesmo caminho que Lílian.


Os que ficaram na mesa estavam com caras de quem “não sabiam” de nada. Os pais de Lílian se entreolharam. Sabiam muito bem o que estava acontecendo, agora eles sabiam.


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Tiago subiu rapidamente em encalço de Lílian impedindo que ela trancasse a porta de seu quarto colocando a perna antes que a porta fechasse.


- Sai daqui! – Lílian dizia virando as costas pra Tiago.

- Não sem antes você me escutar...

- Você não tem mais nada pra falar. – ela bateu o pé no chão mostrando impaciência.

- Agora você quer me dizer se tenho ou não algo pra falar? Então quer dizer que a sabe-tudo, Lílian Evans, vai mandar em mim agora é?! – Tiago estava revoltado com a cabeça dura de Lílian.

- Cala a boca... Você é a pessoa menos indicada para reclamar de algo. – Lily continuava de costas.

- Será que você nunca vai deixar de ser assim? – Tiago pegou no braço de Lílian e a puxou, fazendo assim ela olhá-lo e ficar com o corpo colado ao dele.

- Assim como? – pela primeira vez na noite a respiração de Lílian falhou.

- Tão você. – Tiago sentiu a respiração de Lílian e isso o fez perder a cabeça.

- Fica difícil quando as pessoas continuam sendo as mesmas idiotas de sempre! – ela empurrou Tiago com toda sua força.

- Lílian, que raiva! Deixa de ser cabeça dura... – Tiago bagunçou o cabelo indignado.

- Porque você não saiu daqui até agora? – sua voz sarcástica suou muito firme.

- Você quer mesmo que eu vá? Olha que eu vou, mais vai ser pra sempre! – ele desistia a cada minuto, essa batalha estava perdida. Só a batalha, mas não a guerra.

- Ta demorando. - debochou, mesmo que seu coração quisesse o contrário.

- É isso que você quer... Não se arrependa depois... Eu te amo. – deixou as últimas três palavrinhas com tanto significado soltas pelo ar.

- Idiota! – Lílian gritou batendo a porta assim que Tiago saiu. – Você não sabe o que é amar, você não merece sentir algo tão inexplicável, você não é digno desse sentimento... – esmurrava a porta escorregando nela em seguida com os olhos lacrimejando.


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Tiago estava brabo. Nunca imaginou que isso tudo acabaria assim. Nunca quis que isso acabasse assim. Em algumas semanas conseguiu viver os melhores e piores dias de sua vida e com certeza esse dia se encaixava no último caso. Sempre soube que Lílian era uma menina com a cabeça dura, difícil de dar o braço a torcer, de personalidade forte... Admirava essas qualidades nela já que ela sempre teve suas opiniões próprias, não se deixava levar por nada e nem por ninguém, mas com certeza essas coisas que um dia ele admirou estavam atrapalhando sua vida.

Ele estava cansado. Exausto de implorar pra que Lílian o escutasse. Se ela queria que ele fosse embora seu pedido com certeza estava sendo atendido. Entrou no quarto parecendo um furacão. Tirou todas as suas coisas que estavam em uma cômoda e começou a jogar em sua mala. Sirius que voltava da sala de jantar ficou assustado quando viu Tiago jogando tudo dentro do malão de Hogwarts.


- Você ta doido, Pontas? – Sirius estava parado na porta do quarto.

- Estou. Louco de raiva por causa da Lílian. E é melhor que eu saia daqui, é isso que ela quer é isso que ela vai ter.

- Você vai embora? – Sirius não entendeu coisa com coisa.

- Não. Estou arrumando a mala pra deixar tudo guardado. – falou com sarcasmo - Claro que vou embora né, Almofadinhas.

- Então eu vou com você. – Sirius abria o malão dele e fazia o mesmo que Tiago.

- E a Michelly? – Tiago parou olhando o amigo com uma cara de dúvida assim que ia jogar uma blusa azul na mala.

- Já estava doido pra terminar esse namorico de verão. Ele só atrapalhou minha vida. – disse jogando uma calça na mala.

- Então vai e fala isso logo pra ela. – Tiago fechava sua mala, teve um pouco de trabalho mais arrumou um jeitinho.

- Isso mesmo. Boa idéia! – Sirius ia saindo quando Tiago gritou.

- Pede pra Kayara as nossas varinhas, porque a Lílian não quer nem me ver pintado de ouro.

Sirius foi direto pra casa de Michelly, mas não sem antes olhar pelo buraco da fechadura Kayara sentada no escritório lendo outro livro trouxa.


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Depois de uma meia hora Sirius voltou. Em seu rosto estava estampado o cansaço de uma conversa muito difícil. Ele já sabia que não seria fácil, mas aquilo superou as expectativas dele. Michelly fez um escândalo, berrou, chorou, o agarrou a força, disse que ia se matar e insinuou que a causa do rompimento era porque ele gostava de Kayara, mesmo com Sirius negando ela disse isso até o fim, ameaçou até acabar com a vida de Kayara. Isso foi demais pra Sirius, ele defendia sua amiga com unhas e dentes não importa por cima de quem tivesse que passar. A briga que teve com Kayara não atrapalhava em nada o que ele continuaria sentindo por ela.

Chegou devagarzinho e entrou na biblioteca onde Kayara ainda estava sentada. Ela permaneceu em silêncio. Ignorou a presença de Sirius no mesmo ambiente que ela e se tem uma coisa que doeu no coração de Sirius foi o desprezo.


- Vai me ignorar? – Sirius sentiu o peso do olhar gélido de Kayara.

- Bem que você merece. Fala logo o que você quer. – Kayara nem ao menos voltou a olhar Sirius. Continuou sua leitura.

- Eu queria... Eu quero – tentou mostrar-se firme – que, por favor, você pegue a minha varinha e a do Tiago com a Lílian.

- Nossa, que honra... Um Black pedindo “por favor” para alguém e eu sou essa pessoa. Queria gravar essa cena.

- Pára de ser irônica e me faz esse favor. – cada palavra de Kayara era uma facada no coração de Sirius.

- O que vocês querem com as varinhas de vocês? Nem precisa responder, vão aprontar. Eu sabia que vocês não iam agüentar por muito tempo...

- Nada disso! Nós vamos embora... – sua voz saiu triste, a desconfiança de Kayara era uma sensação horrível.

- Embora? – ela engasgou – Por que?

- Não temos mais o que fazer aqui. O Tiago e a Lílian brigaram e eu... er...

- Você brigou com a Michelly? – uma chama acendeu o coração frio de Kayara.

- Acabamos de terminar. – Sirius notou uma pequena empolgação na voz de Kayara.

- Que pena! – Kayara disfarçou – Então vocês vão mesmo?

- Aham... – ele confirmou quase inaudível e com a cabeça.

O coração de Kayara parou de bater por alguns segundos – Calma ai, vou pegar suas varinhas. – Passou alguns minutos e Kayara estava de volta.

- A Lílian reclamou? – Sirius tentou puxar conversa.

- Não, ela esta dormindo já. Ela andou tendo dias muito difíceis. – ela entregou as varinhas pra eles.

- Coitada. Er... Tenho que ir. – Kayara nem ligou, sentou-se novamente e voltou a ler. – Vamos continuar assim? – Sirius a encarava.

- Não vejo outro jeito. – o coração dela voltava a se congelar.

- Eu vejo... – ele chegou bem perto de Kayara, suas testas quase coladas, ela olhou fundo aqueles lindos olhos. – Vamos voltar a ser amigos... – ele sussurrou a abraçando – Eu preciso de você.

- Vai embora... Black! – Kayara nem ao menos o abraçou. Estava esperando outra atitude de Sirius e se achou uma idiota por pensar que ele a beijaria.

Ele viu que não haveria mais jeito – Boa noite, Lamirs. – fixou - Até mais vê. – e saiu do escritório.


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O dia ia nascendo e o sol brilhava como nunca entrando pelo quarto das meninas. Lílian acordou e viu aquela claridade tomar conta de todo seu quarto como se fosse uma ofensa as trevas que invadiram sua vida.

Ouviu a porta sendo aberta.

- Quem é? – perguntou ainda bocejando.

- Sou eu filha. – sua mãe adentrava o quarto. Kayara aos poucos ia acordando por causa das vozes.

- Mãe, esta cedo demais pra nos acordar! – Lílian mostrou indignação.

- Filha, é uma coisa séria. Eu acordei e encontrei esse bilhete embaixo da porta do meu quarto.

- O que tem nesse bilhete? – Lílian não entendia.

- É do Tiago e do Sirius. Eles foram embora.

- Embora? – Lílian empalideceu.

- Isso mesmo. – disse Kayara – O Sirius me pediu as varinhas de volta e entreguei pra eles.

- O que eles escreveram? Fala mãe!

- Eles estão agradecendo tudo que fizemos por eles. Falando que somos pessoas maravilhosas e que adoraram todo esse tempo aqui, mas já estava ficando difícil de continuar aqui conosco. – dizia passando o olho pelo pequeno pergaminho em sua mão.

- Isso é tudo? – perguntou Kayara.

- Aham. Que estranho. Tomara que eles estejam bem... – olhou pela janela pensando nos meninos.

- Com certeza estão, eles são bruxos. Sabem se virar bem! – falou Lílian.

- Ai meu Deus! Que você os proteja! – disse a mãe de Lílian fazendo o sinal da cruz.


Lílian sentiu um peso grande em suas costas, afinal foi ela que expulsou Tiago. Ficou pensando e achou melhor ter sido assim. Agora ela não sofreria em ter que vê-lo toda hora. Por enquanto não veria.


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Remo achou melhor ir logo também. Daqui dois dias a lua cheia estaria nascendo e com ela seus maiores pesadelos renascendo. Estavam lá fora se despedindo, ele já tinha se despedido dos pais de Lílian.

- Ah não, Remo. Fica... – Lílian dizia implorando.

- Não posso, minha querida! Seria um prazer estar com vocês o resto das minhas férias mais minha mãe pediu pra eu não demorar muito. Meu pai não esta muito bem. – inventou de última hora, odiou mentir, mas era o jeito.

- Que ruim... Melhoras pra ele viu? – dizia Kayara abraçando o amigo.

- Obrigado... Lílian? – disse abrindo os braços - Quero um abraço.

- Não deixaria de fazer isso por nada nesse mundo. – e assim abraçou o amigo.

- Eu também posso te abraçar? – dizia uma voz feminina se aproximando que ele conhecia muito bem.

- Anne? – Remo virou-se.

- Claro, ele é todo seu. – disse Lily se retirando e puxando Kayara junto.

Anne ficou meio sem graça – Ia embora sem falar comigo?

- Pensei que você não quisesse nem olhar na minha cara. – Remo dizia triste.

- Não queria mesmo. Mais quando descobri que você ia embora me bateu uma vontade de falar com você...

- Falar o que?

- Não queria bem falar, mas... – ela não conseguiu terminar, Remo a envolveu pela cintura e lhe deu um belo de um beijo. Tudo que ele sentia por ela ele conseguiu demonstrar em um intenso e caloroso beijo. Anne aproveitou cada milésimo, cada segundo e cada minuto daquele beijo.


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Os dias foram passando. Fazia uns três dias que os meninos tinham ido embora. As férias das meninas agora estavam monótonas, elas sentiam falta deles, das palhaçadas, das risadas.

Kayara recebeu um correio coruja de sua mãe a mandando ir embora. Tinha muitos planos pra filha e ela teria que voltar logo.


- Vou sentir sua falta... – Lílian estava em uma estação de trem perto de sua casa junto de Kayara e os Srs Evans.

- Eu também! – disse abraçando a amiga. – Obrigada por tudo, viu?

- Pare de besteira, Kay. Não tem o que agradecer.

- Sra. Evans, obrigada – abraçou a mãe de Lílian – Sr. Evans, desculpe o incomodo.

- Não tem de que, minha querida. – disse a Sra. Evans.

- Boa viagem, foi um prazer te ter conosco. – falou o Sr. Evans.

- Tchau... – dizia Kayara entrando no trem.

- Tchau! – ela ouviu todos falarem.


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Kayara chegou em casa bem. Matou a saudade de seus pais. Quanta saudade ela estava deles, afinal eles eram seu alicerce, sua força, seu sol em dias nublados. Ela nunca viu uma relação de tanto amor, amizade, cumplicidade e carinho. Ficou um tempo colocando a conversa em dia com eles, afinal eles sabiam de cada passo dela, ela sempre contava tudo pra eles. Achou melhor não falar de Sirius, não agora. Foi para seu quarto e ficou um bom tempo lá. Resolveu dar uma caminhada pela vizinhança pra vê se continuava do mesmo jeito. Fazia um tempinho que não voltava ali.

Ela estava saindo de casa quando viu várias pessoas com túnicas pretas e encapuzadas. Estavam ao redor do que parecia ser alguém. Ela viu uma dessas pessoas levantar uma varinha para lançar um feitiço. Na mesma hora sacou sua varinha e impediu que esse alguém machucasse a pessoa que estava caída no chão. Ela não sabia de onde vinha essa vontade de não deixarem que façam mal a aquela pessoa caída e indefesa.

Agora ela estava na briga. Eles avançaram em cima dela e começaram a lhe lançar feitiços e mais feitiços que ela conseguiu se livrar de todos. O menino que estava caído no chão levantou-se rapidamente, as atenções agora estavam voltadas pra Kayara, contribuindo para que ele conseguisse pegar sua varinha de volta e começar a atacar aquelas pessoas de preto.

Ficaram um bom tempo numa batalha desleal, eles eram apenas dois contra cinco. Ela estava bem próxima ao garoto que antes estava no chão. Estava distraída quando um “dos caras” lançou um feitiço muito forte nela, mas na hora que ia acertá-la o garoto que antes ela salvou pulou na frente recebendo o feitiço em cheio no seu peito. Ele caiu no chão na mesma hora se contorcendo de dor, gritava cada vez mais alto. Kayara tentou ajudar fazendo um escudo que protegesse os dois por um tempinho mais estava ficando cada vez mais difícil, eles eram muito fortes e estavam em maior numero. Quando ela achou que estava tudo perdido, vários moradores que escutaram a gritaria estavam saindo de suas casas e entrando na batalha. Um deles acertou o homem que lançou o feitiço no menino, fazendo assim ele parar de gritar e se contorcer.

Ela aproveitou que os encapuzados estavam lutando contra outros bruxos agora e se ajoelhou para ajudar o menino que estava caído no chão.

- Você está bem? Você não pode morrer... – Kayara olhava o rosto frio e suado do garoto que agorinha se contorcia no chão gritando de dor. Ele não respondia.

Ele foi abrindo os olhos devagarzinho. Que belos olhos. Kayara olhou fundo aqueles lindos olhos mel esverdeados, um momento mágico se instalou naquele momento. Seus olhares se conectaram.


- Eu até morreria se fosse pro meu anjo viver eternamente! – sussurrou o menino que estava com a cabeça sendo escorada pelo braço de Kayara.

- O que? – Kayara jurou já ter escutado o “meu anjo” antes, mas mudou o rumo da conversa – Você esta bem?

- Aham... – foi a única coisa que ela conseguiu ouvir.


Chegaram várias pessoas em socorro do garoto que estava ali no chão e no meio da zona que se instalou ali ficou difícil pra Kayara sanar sua dúvida fazendo outras perguntas que rondavam sua cabeça. Kayara olhou ao redor e percebeu que os homens encapuzados tinham sumido. A batalha enfim tinha acabado.

Um velho elfo veio correndo em direção onde estava Kayara, o menino e vários outros bruxos.


- Jovem Sr. Ashman – o elfo gritou desesperado.

- Você o conhece? – perguntou Kayara.

- Ele é meu senhor. Temos que levá-lo pra casa.


Fizeram surgir uma maca e levaram o jovem Ashman para sua casa. Quando chegaram lá a mãe de Ashman era medibruxa e cuidou de seu filho. Kayara não arredou o pé da casa. Queria falar com o garoto, ela precisava, devia sua vida a ele. Queria saber porque ele a chamou de “meu anjo”, queria saber tanta coisa e queria agradecê-lo. Os pais do garoto a trataram super bem, afinal eles sabiam muito bem quem ela era.

- Sr. Ashman, posso te fazer uma pergunta?

- Claro, minha jovem. – cordialmente ele a respondeu.

- O Sr trabalha no Ministério, certo? – Kayara estava sentada em um belo sofá.

- Sim, sou um Auror...

- Já ouvi falar sobre o Sr, um dos melhores Aurores do nosso Ministério. Mas não era sobre isso que queria falar...

- Eu sei... Pode dizer o que tanto quer me perguntar. – ele sabia muito bem qual seria sua pergunta, era muito perceptivo.

- O que são aquelas coisas que nos atacaram? – Kayara estava nervosa, coisa boa que não era.

- Minha jovem, eles são seguidores do mal. Seguidores de um certo bruxo que se diz ser um “Lord” e ser maior que todos os outros.

- Qual o nome dele? – Kayara suou frio.

- Não se precipite... Por enquanto, quanto menos você souber vai ser melhor. Mais pode ter certeza, vocês ainda iram ouvir falar muito sobre esse tal bruxo.

- Kayara – chamou a Sra. Ashman, interrompendo a conversa deles – Ele está quase acordando. Quer ir falar com ele?

- Quero. – ela levantou-se num susto e seguiu aquela senhora até o quarto do menino.


Chegaram em um quarto muito luxuoso. Na porta do quarto estavam gravadas as iniciais “L.A”. Agora a ficha de Kayara começava a cair. Tudo fazia começava a fazer sentido. As inicias, o “meu anjo”, só poderia ser ele, com certeza ele era o garoto misterioso.

Ela foi se aproximando da cama. Sentou-se em uma cadeira que estava ali perto e ficou esperando ele acordar. Passou o olho rapidamente pelo quarto e viu um retrato que ela conhecia muito bem. Levantou-se e foi até lá ver de perto. Era uma foto sua. A foto que ela tirou na praia há alguns anos atrás. “Ele tem uma foto minha? Por Merlin, esse garoto é doido? Um psicopata? Ah não, ele deve ser um maníaco igual aqueles que passaram na televisão da Lílian, aqueles que matam as pessoas. Não, não, ele não é doido, como um louco pode ser tão romântico? Aquelas flores...” - Kayara matutava. Do lado da foto estava um livro de poesias. Uma página estava marcada, Kayara abriu e começou a ler.

- Onde estás ó meu amor,
Que te não vejo apar'cer?
Para que quero eu os olhos
Se não servem pra te ver? – Kayara ia reconhecendo o poema lendo baixinho.

- Que m'importa a luz suave
Dos olhos que o mundo tem?
Não posso ver os teus olhos
Não quero ver os de ninguém – Luis que acabava de acordar continuou o poema que Kayara lia.



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