A Declaração



Capítulo 24: A Declaração


As coisas começaram a se agravar à medida que a semana passava. Karen não havia saído do hospital, ainda se encontrava adormecida, num sono tão profundo que fazia Harry ter pena de tentar acorda-la. Mesmo sendo a penúltima semana de aulas, ainda tinham muitos deveres pela tarde para fazer, não deixando Harry ir visitá-la. Naquela quarta-feira tinham aula de Trato das Criaturas Mágicas, sem muita vontade de ir, Harry desceu os gramados com Rony e Hermione em silêncio.
-Olá pessoal! – saudou Hagrid. – Hoje aprofundaremos mais o assunto sobre murtisco. – disse mostrando um animal que mais parecia um rato com uma saliência nas costas que lembrava uma anêmona-do-mar. – Quando essa pseudoflor saliente é ingerida em conserva produz resistência a feitiços e azarações, embora uma overdose possa causar o crescimento de pelos de cor púrpura nas orelhas. Ele se alimenta de crustáceos e dos pés de qualquer um que caia na tolice de pisarem cima dele. Agora quero que peguem um deles e tente alimenta-los com esses crustáceos que se encontram em cima da mesa. - Disse apontando para a mesa de cavalete mais ao longe. – Harry! Posso falar com você um instante?
Harry o seguiu para um canto mais longe dos estudantes, que se aglomeravam em torno da mesa.
-Como Karen está? – perguntou nervoso.
-Não muito bem. Está desacordada há dias e. Madame Pomfrey acha que se continuar assim... Não terá mais nada para fazer. Estão tentando de todas as formas... Acorda-la... Mas... Nada adianta.
-Lamento muito por ela e sinto muito não poder ajudar... Mas... -Hagrid abaixou seu tom de voz. – Onde o livro ficou guardado?
-Dumbledore guardou em um lugar sigiloso. Disse que depois que ela estiver bem vai devolvê-lo a ela.
-Sr. Potter! – chamaram a suas costas.
Ele se virou repentinamente, era a Profª Mcgonagall.
-Estão chamando você na ala hospitalar.
Balançou a cabeça e Hagrid murmurou algo como “Boa Sorte!”. Harry rumou silencioso, mas muito nervoso com a Profª McGonagall para o castelo. Quando ela abriu a porta da Ala Hospitalar seu coração de uma volta de 360°. Karen estava cordada e conversava desanimada com Madame Pomfrey.
-Já disse que estou bem. Posso voltar pra aula?
-Ainda não.
Karen gemeu, colocando a mão nas costas.
-É melhor ficar um pouco...
Seus olhos pousaram na porta, abrindo um grande sorriso para Harry. Sem pensar duas vezes empurrou o lençol do corpo e correu para abraçá-lo.
-Onde você estava? – perguntou ela quase chorando.
- Na aula. Fiquei dias aqui e você não dava nenhum sinal que ia acordar. Você está bem? – perguntou soltando-a para vê-la melhor.
- Aí! – gemeu ela colocando a mão na cabeça.
- É melhor você voltar pra cama.
Ela balançou a cabeça. Harry ajudou-a a deitar.
-Desculpe tirar você da aula é que não queria ficar aqui sozinha.
-Potter! Quero que não fique muito tempo aqui a Srta. Mitzel precisa descansar. - Avisou a Profª McGonagall fechando a porta ao passar. Estavam sozinhos na sala agora, Harry não conseguiu se segurar e sem querer uma lágrima rolou do seu olho esquerdo, quando a olhou.
-Desculpa deixar você desse jeito. Eu devia ter levado você em segurança... Até o seu dormitório. Como eu sou idiota! - disse dando um murro em sua própria cabeça. - Se eu não quisesse dar uma de auror e não tivesse deixado você sozinha, nada disso teria acontecido.
-Harry pára com isso! Você sabe muito... - Karen silenciou. – Harry... Você me salvou e isso é o que importa. Se não tivesse conjurado aquele patrono... Eu estaria morta. Além disso, eu resolvi ir sozinha buscar aquele livro, se alguém tem culpa aqui, sou eu... Eu amo muito você!
Harry olhou para ela tristonho. Sem pensar duas vezes a abraçou fortemente.
-Eu também amo você!-dando um beijo nela.
-Vê... Se da... Próxima vez... Você me diz pessoalmente... Que vai ir sozinha em um... Lugar esquisito. – disse ele entre vários beijos que Karen lhe dava.
-Pode deixar! Vem cá... Onde ta o meu livro? – perguntou Karen ficando assustada de repente.
-Fica calma. - respondeu sorrindo. – está em segurança...
-Comigo! – terminou Dumbledore a frase, agora que acabara de entrar na ala hospitalar, com um grande sorriso nos lábios. – Que bom que finalmente acordou Karen! Como vai, Harry?
-Ótimo! – respondeu repentinamente.
Dumbledore sorriu e estendeu o livro para Karen.
-Acho que isso é seu. Realmente foi uma falta de juízo da sua parte, sair de Hogwarts atrás do livro. Harry também não devia ter ido atrás de você... Mas pelo menos estão todos bem. Bom, o livro se abrirá na hora certa, quando menos esperarem.
-Profº! – exclamou Karen. – Porque os dementadores me afetam tanto? – perguntou curiosa.
-Talvez por que estão sendo controlados por Voldemort. O que ele mais quer é o livro, o broxe e é claro, seu poder. Os dementadores sugam cada bom sentimento que você pode ter toda a lembrança boa que tenha. Alguns corvinais, você, por ser a herdeira, sentem-se atraídas pelos da grifinória, digamos que Godric pensou muito bem nesta história. Onde as duas casas se encontraram em gerações futuras, por eles serem felizes, talvez quisesse que seus herdeiros também fossem, arrumando assim esse problema com os dementadores.
-O que quer dizer, profº?- perguntou Harry sem entender.
-Por mais que briguem, por mais que se separem vocês sempre terão muitos momentos felizes, até demais. É por isso que os dementadores lhe afetam tanto assim. Mas agora se não se importam, preciso ir para o meu escritório. Espero que tenha entendido Srta. Boas melhoras! Até Mais, Harry!
-Até Mais, professor! – respondeu Harry. - Talvez é por isso mesmo que nunca nos separamos de verdade.
Karen riu fracamente.


****


Dumbledore se levantou da sua cadeira e todos os murmúrios cessaram.
-Mais um ano se passou. – disse ele sorrindo. – Voltaremos novamente para nossas casas. Um ano de muitas descobertas, novas amizades, aprenderam novas coisas... Só que... Tudo que é bom... Dura pouco. É uma pena que alguns alunos terão que dizer adeus a escola. Afinal nunca é bom dizer adeus, mas pensem que agora que terminaram Hogwarts, poderão mostrar que aprenderam muita coisa aqui e que ensinarão isso aos seus filhos. Espero que levem isso que aprenderam este ano, por toda a vida de vocês, não só os do 7º ano, mas todos os outros presentes. Vamos brindar mais um final de ano. – disse ele levantando sua taça, todos seguiram seu exemplo. Harry percebeu que Malfoy, nem seus amigos, levantaram para brindar, mas continuou a escutar o discurso de Dumbledore. – Mas, não quero tomar mais o tempo de vocês... Devem querer saber quem ganhou a taça das casas este ano, não é mesmo? Pois muito bem. – Dumbledore bateu palmas e automaticamente bandeiras da grifinória foram postas penduradas no teto, fazendo todas da grifinória gritarem de tanta alegria. – Grifinória ganha a taça das casas... Novamente.
Harry sorriu para Rony e Hermione. As outras casas batiam palmas, enquanto os da Sonserina olhavam para a alegria dos da grifinória sem muita emoção.
-Mas vamos ao banquete! – disse Dumbledore fazendo aparecer várias travessas de variados tipos de comida na mesa.


****


Harry puxou Karen pelo braço para fora do castelo, na margem do rio, começaram a rir quando quase caíram dentro do lago. Karen olhou para o lago risonha.
-Parabéns Harry Potter! – disse ela.
-Obrigado! – respondeu.
-Nossa última noite em Hogwarts. Foi o melhor ano da minha vida. – disse sorrindo para Harry.
-Ainda não é a última. Temos várias outras ainda.


Eu não quero partir de novo
Por isso estou te dizendo exatamente o que está na minha cabeça
Parece que todos estão terminando e
Jogando fora o amor
Mas eu sei que tenho algo de bom aqui
E é por isso que eu digo
(Hey)


-Foi aqui que demos o... Primeiro beijo. – Harry riu. – Realmente é um lugar mágico.
-Eu nunca vou me esquecer desse ano, nem de você. –disse Harry. – Sabe, você despertou em mim algo que pensei nunca sentir antes.
Karen o observava seriamente, seu coração batia muito forte, assim como o de Harry.
-Não conhecia seu lado sentimental. Quer dizer... -Karen fechou os olhos. – você é o único garoto que conheci que não tem medo de mostrar seus sentimentos. Uma vez um... Falou que realmente gostava de mim e por fim só queria um...
Harry calou-a com um beijo caloroso.


Refrão:
Ninguém vai me amar melhor
Eu devo ficar com você, para sempre
Ninguém vai me levar às alturas
Eu devo ficar com você
Você sabe me dar valor
Eu devo ficar com você, meu amor
Ninguém faz eu me sentir desse jeito
Eu devo ficar com você


-Vai sentir minha falta? – perguntou Karen triste.
-Muita! – sentiu um aperto no coração, deixa-la parecia não ser a coisa certa. Karen deitou sua cabeça em seu peito.
-Contarei os dias.
-Tem uma coisa que... Preciso entregar para... Você. Assim você não terá nenhuma dúvida que amo você.
Ele tirou do bolso um pedaço de pergaminho. Karen abriu e leu suspirando a cada linha. A carta na qual Harry escreveu no dia em que brigaram. Ao terminá-la abraçou-o dizendo:
-Também amo você!
Sorrindo Harry a beijou cuidadosamente, sentindo a energia que inalava da sua pele. Um vento gélido passou pelos seus rostos fazendo-os pararem de se beijar.


Eu não quero partir de novo
Por isso vou te dizer exatamente o que está na minha cabeça
Vê o jeito que nós levamos as nossas vidas privadas
Ninguém vai se meter
Eu quero que você saiba que é o único para mim

Refrão

E agora,
Não há nada mais que eu precise
E agora,
Eu estou cantando ...porque você está tão, tão na minha
Eu te conquistei
Nós vamos fazer amor eternamente
Eu estou contigo
Amor, você está comigo


Harry olhou para seu lado esquerdo desconfiado.
-Trouxe seu livro junto?
Karen olhou assustada. Seu livro estava aberto ao seu lado. Fazendo-a rir.
-Nós abrimos o livro.
-Como assim?
Ela lhe explicou que somente com o beijo do garoto que ela mais amava poderia abri-lo.
-Quer dizer então que eu tenho uma participação nisso?
-Exatamente! -respondeu já indo pegar o livro para lê-lo. – Olha só isso... Ofereço meus cumprimentos a Karen Mitzel, que use este livro como um valioso tesouro e nunca publique ou mostre a ninguém as valiosas poções, feitiços e encantamentos que aqui se encontram... Assinado Rowena Ravenclaw.
Karen remexeu o livro deixando cair uma carta.
-Alguma coisa caiu ali. – disse Harry cauteloso. Ela lhe entregou o livro para ler a carta.

Para: Karen Mitzel

Sei que poderei já estar morta quando ler esta carta, mas saiba que passei os melhores anos da minha vida com seu pai e se já que encontrou esta carta é porque abriu o livro com a ajuda do seu grande amor. Quero que seja feliz querida, porque é agora que vai se sentir mais feliz ainda, ao lado da pessoa que ama. Assim como sua irmã também será.

Amo você.
Mamãe.


-Era da sua mãe, não é? – perguntou Harry rouco.
-Era! – respondeu em voz baixa.
Não acreditava que poderiam acontecer tantas coisas boas numa noite só. Harry a abraçou.
-Tem uma coisa que preciso devolver pra você. – disse Harry limpando algumas lágrimas do rosto dela. Tirou do bolso o anel que Karen tinha devolvido na carta, colocou cuidadosamente em seu dedo sorrindo.
-Não irá me devolver por muito tempo.
Karen sorriu e roubou-lhe um beijo.


Por isso não se preocupe
Com as pessoas à volta
Eles não vão nos derrubar
Eu te conheço e você me conhece
E isso é o que importa
Por isso não se preocupe
Com as pessoas à volta
Eles não vão nos derrubar
Eu te conheço e você me conhece
E é por isso, por isso que eu digo...



N/A: Oiiiiiii! Td? Bah...
Desculpem a demora para postar. Mas, como é final de ano e final da fic... Resolvi emendar as duas datas. Vocês devem estar pensando q acabou...
Mas, NÃO!
Já estou preparado a segunda parte da fic. Vou demorar um pouco pra postar os primeiros capítulos. Prometo não demorar tanto dessa vez. Espero que me desculpem pelas vezes que demorei mais de três meses pra posta os caps. Comentem esse capitulo! Por favor! *-* Ficarei super feliz... A todos desejo...
Um Feliz 2007 e
FELIZ NATAL!!!
E até o ano q vem



B-jãooooooo
COMENTEM!!!!!!!!!!

Obs.: música:
The Pussycat Dolls - Stickwitu (tradução)

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