No Final do Quadribol



Capítulo 22: No Final do Quabribol


A rua estava vazia ninguém passava ali naquela hora. Karen apenas viu um lampejo de luz verde sair da varinha de um comensal e uma pessoa cair inconsciente no chão. O comensal veio até ela. A garota recuou o máximo que pode. Mas já estava perto demais, iria pegá-la e fazer a mesma coisa que fez para aquela pessoa, que se encontrava ainda no chão. O lampejo de luz verde saiu da varinha outra vez e um grito ensurdecedor saiu de sua boca. Tudo ficou branco e Karen viu uma mulher, sua mãe se balançando em um balanço. Karen se aproximou dela cautelosa.
-Como você cresceu. – disse ela sorrindo, sua voz ecoou pelas árvores que se encontravam ao redor delas e uma casa velha. - Se parece muito comigo.
-Mãe? – perguntou sorridente.
Algo a impediu de abraçá-la.
-Desculpe magoar você esses anos todos.
O silêncio reinou entre elas.
-Grifinória.
-O que? – perguntou sem entender.
-Harry Potter. Já se perguntou que na nossa família existem muitos que foram da grifinória?
-Já, mas...
-Harry Potter é da grifinória.
-O que quer dizer?
-Os vínculos que tem com ele, podem ajudar você a pegar o livro de volta e salva-los de Lord Voldemort.
-Quando vou poder pegar o livro?
Ela balançou a cabeça.
-Não posso dizer. Tem que seguir os sinais. – ela sorriu. – Falta pouco, minha querida! Falta pouco! – sua voz voltou a ecoar.
Karen acordou ofegante. Estava tudo escuro no dormitório, não se ouvia nada exceto a respiração de Pâmela e Theury.
-Uau! – exclamou ofegante.


****


-É o que eu estou te dizendo, Theury. – dizia Karen no café da manhã. – Eu sonhei com a mamãe. Ela queria dizer alguma coisa.
-Os vínculos que você tem com o Harry podem salva-los e ajudar vocês a encontrar o livro? Acho que foi só um sonho mesmo.
-Eu juro que foi quase real. Nunca sonhei com ela, e agora, justo agora que estou atrás do livro, ela fala comigo.
-Eu não sei, mas... Ele não pode ser real. – e dizendo isso saiu de cabeça baixa.
-O que foi que eu disse de errado? – perguntou Karen para Pâmela, que se encontrava comendo uma torrada, enquanto lia o jornal.
Ela deu com os ombros.
-O que tem de interessante, aí? – perguntou se referindo ao jornal.
-Realmente nada. – respondeu abaixando o jornal rapidamente. Estava nervosa.
Karen puxou o jornal e leu a manchete.

Comensais fogem de Azkaban

“Novos comensais fogem de Azkaba, ajudados pelos próprios dementadores. Os que não conseguiram fugir, se encontram no Ministério da Magia escondidos e guardados por aurores. Os aurores pedem que a comunidade mágica fique em casa, o mais escondido possível. Após essa fuga em massa de Azkaban, precisam ter vigilância constante...”.


-Isso já era de se esperar! O mundo da magia está um caos.
-Não é isso, Karen! – disse nervosa. - Era isso que eu li. – apontando para a minúscula reportagem.

Homem morto em sua própria casa

“Após a fuga em massa de Azkaban, Robert Parker foi encontrado morto em sua casa em Londres. Segundo alguns trouxas, uma imagem de uma caveira que tinha uma língua de cobra pairava sobre a casa (A marca negra)...”


Karen não conseguiu terminar. O jornal caiu de suas mãos, cobriu a boca com uma delas, não conseguia respirar direito. Harry que havia lido o artigo foi correndo até a mesa da Corvinal e a abraçou fortemente.
-Ele está... - disse fracamente.
-Fica calma, Karen! Eu estou aqui com você.
-O mataram. Eu não acredito Harry. Era meu avô! – disse em estado de choque.
-Fica calma!
Ela olhou-o tristemente.
-Sinto muito.
Suas palavras foram abafadas pela chegada de uma coruja barulhenta. Karen não queria largar ele. Mas assim mesmo enxugou as lágrimas e desamarrou a carta da perna da coruja para ler.


Meus Pêsames Karen,

A essa hora já deve ter descoberto o que aconteceu. Sua avó está se sentindo um pouco mal, mas não se preocupe, logo estará bem. Ela me pediu para lhe mandar uma foto. Bom, me disse que a foto pode ajudar você e o Potter a achar o objeto de Corvinal, que duvido que Você – Sabe – Quem tenha pegado. Boa sorte, querida!

Mande um beijo a sua irmã.
Muitos beijos.
Papai


Karen olhou para a foto dentro do envelope. Era velha e desbotada, a casa do sonho que teve com sua mãe. A observou por alguns minutos, então olhou para Harry que a olhava apreensivo.
- O que foi? – perguntou nervoso. – De quem é?
- Do meu pai. – respondeu guardando a carta, mas entregou a foto a ele. – Ele me mandou isso.
Harry a observou e olhou para a foto.
-O que é isso?
-É a foto da casa do meu sonho.
-Que sonho?
Karen lhe contou o sonho nos mínimos detalhes. Outra coruja pousou na mesa e estendeu a pata para Karen. Ela retirou a carta e leu.


Karen
Quero que venha até a minha sala hoje à noite.
Não conte ao Harry.

Tortinhas de Abóbora
Profº Dumbledore.


-De quem é?
-É... Eu não sei... Deve ser... A assinatura do Profeta que eu fiz.
-Deixa-me ver?
-Não! Quero dizer... Não é muito importante. A gente se vê! – disse saindo da mesa, depois de beijá-lo calorosamente.
-Tem certeza que está se sentindo bem?
-Tenho. Estou melhor um pouco. - dizendo isso saiu em disparada.


****


Pela noite Karen rumou para a sala do Profº Dumbledore.
- Tortinhas de Abóbora!
Subiu a escada chegando até a porta da maçaneta de latão. Karen bateu na porta.
-Entre!
Ela obedeceu e entrou.
-Boa Noite professor! – disse Karen.
-Boa Noite! Sentem-se, por favor. – disse ele bondoso.
-Recebi isso hoje de manhã. – estendendo a ele a carta do pai com a foto.
Dumbledore leu a carta e examinou com cuidado a foto.
-O que é isso, srta.?- perguntou calmo.
-Profº... Tive um sonho ontem à noite...
A garota contou o sonho que teve, explicando sobre a foto.
-Muito bem!–disse ele levantando de sua cadeira, para entregar a foto a Karen. - Se vocês se separarem será muito pior, Karen. Devem ficar juntos agora... Em relação à foto, seus sonhos se encaixam no que quero dizer.
Karen balançou a cabeça.
-Acho que chegamos ao que queria dizer a você essa noite. – Ele contornou sua mesa e pegou o chapéu seletor. - O chapéu seletor. – disse olhando significativo para ele. - Nele pode ser retirada alguma relíquia dos fundadores.
Ela olhou para o Chapéu nervosa.
-O que quer dizer, senhor?
-É daqui que vai retirar a chave essencial para abrir o livro.
Entregou o chapéu a ela. Karen o observou e em instantes, dentro dele apareceu um broxe prateado, com o símbolo de Corvinal, a águia. A garota enfiou a mão do chapéu e retirou o broxe.
-Um broxe?
-Karen! Ele é o objeto de Corvinal muito precioso. Pode abrir o livro na qual você procura. Veio parar aqui, depois que sua mãe guardou o livro. Só você podia retirá-lo de lá.
Examinou-o com mais atenção.
-Ele abre o livro então?
-Abre... Apenas com uma condição.
-Qual? – perguntou surpresa.
-O livro só abre com o beijo mais puro e romântico que um casal apaixonado pode dar. Se você ainda não encontrou a pessoa certa, Karen. Ele abrirá com o broxe, mas se você já o encontrou não abrirá de jeito nenhum. E por o que muitos falam... Você já encontrou. – disse sorrindo bondosamente.
-Eu não entendo.
-A pessoa a quem procura sempre será da Grifinória. Nunca se perguntou, porque seu pai e seu avô eram da Grifinória?
Karen pensou claro que já havia pensando.
-Corvinal se casou com Grifinória – disse andando pela sala lentamente. – É por isso que o objeto está no chapéu dele. A tradição sempre foi que os herdeiros de Corvinal se casassem com alguém da grifinória. Seria contra as regras Corvinais se casassem com Sonserinos. Deve ter lido Hogwarts uma história. O que você e Harry sentem um pelo outro, já estava planejado antes mesmo de nascerem.
-Então quer dizer que...
-Pode ser que Harry não seja a pessoa certa, mas também pode ser. Saberá logo, Karen. Quero que não fale nada ao Harry, isso fica só entre nós, está bem? Talvez ainda não seja a hora dele saber.
Karen balançou a cabeça.
-Posso... Ficar com isso? – perguntou se referindo ao broxe, quando entregou o Chapéu Seletor a Dumbledore.
-Claro! Mas tome cuidado.
-Terei! Boa noite. - disse ela já se retirando.
No caminho começou a refletir sobre tudo.


****


Sábado era a final dos jogos de quadribol em Hogwarts, Corvinal X Grifinória. Harry e Karen evitaram o máximo falar de quadribol um na frente do outro. Provocações eram o não faltava, principalmente dos sonserinos. Coisas do tipo, “Pronto pra perder, Potter!” “Se ganhar o jogo, não vai ganhar beijinho, Potter!” “Quer sair comigo, Mitzel. Já que o Potter não vai querer mais você.” Karen tentava o máximo segurar Harry para que ele não fizesse bobagem. Na manhã do grande dia, o único momento em que se viram foi um pouco antes do jogo.
-Vim desejar boa sorte! – disse Karen, quando chegou à mesa da Grifinória. - Que vença o melhor.
-É... Que vença o melhor. – disse ele sem jeito ao se levantar.
Karen sorriu fracamente. Harry segurou seu braço e lhe deu um beijo.
-Até mais! – disse se desvencilhando dele para sair.

“GRIFINÓRIA 0 e CORVINAL 0” disse a locutora.

-Capitães apertem as mãos! – mandou Madame Hooch.
Harry voou até o centro e apertou a mão de Michael.
-Veremos quem ganha agora, Potter! – sussurrou ele.
-Espero ver.
Voltaram a se encarar, Harry desviou seu olhar para Karen que forçou um sorriso. Madame Hooch jogou a goles para o alto, seguido do pomo e dois balaços. Theury pegou a bola.
-Tome cuidado, Karen! – disse Michael para irritar Harry.
Ela balançou a cabeça e deu a volta pelo campo a procura do pomo de ouro. Seria duro para eles jogarem juntos, não na altura que estavam de namoro. Tentando ao máximo não ouvir as provocações de Malfoy e seus amigos, continuou dando voltas pelo campo também.
“E se eu derrubá-la da vassoura sem querer?” Pensou ele.
Um balaço passou voando pela sua cabeça, mas como já estava acostumado ouvir o zunido baixou ela rapidamente.

“PONTO PARA A CORVINAL. 10 A 0”

Harry arriscou olhar para ela de novo, parecia também não se preocupar muito com o pomo, mas não podia fazer nada, Harry queria muito ganhar esse jogo, era o seu primeiro ano como capitão, não queria que achassem que não era bom.

“GRIFINÓRIA 10 a 10!”

Da última meia hora de jogo, Harry não encontrara o pomo, muito menos Karen, que estava cansada de dar voltas. O placar já estava cem a noventa para a grifinória, mas logo a corvinal empatou com um ponto marcado por Theury, que fora praticamente a única a fazer gols no jogo. Karen olhou para Harry de novo preocupada. Harry também a olhou que estava na extremidade oposta, então se fitaram por alguns segundos, até que viram bem em sua frente, o pomo reluzente. Eles deram um impulso tão forte que, iriam bater um de frente do outro. O pomo mudou sua rota para cima, agora lado a lado, subiram com as mãos esticadas.
-Interessante esse jogo, não?- perguntou Karen sorrindo.
-No tanto que eu não machuque você. – respondeu ele sorrindo fracamente.
-Bondoso da sua parte. – disse rindo.
Ele mudou novamente a rota para baixo, tentando ao máximo possível não baterem no chão, um balaço passou zunindo pela cabeça de Karen.
-Bom batedor! – ela comentou.
-Obrigado!
Harry esticou o braço acompanhado de Karen. Só que alguns centímetros na frente, fez Harry agarrar o pomo antes dela, dando a vitória para a Grifinória.

“HARRY POTTER PEGOU O POMO DE OURO, GRIFINÓRIA VENCEU E LEVA A TAÇA!”

Harry sorriu com o pomo entre seus dedos. O levantou para cima e todos gritaram com a vitória. Foi descendo e quando botou os pés no chão, muitos o abraçaram enquanto outros o pegaram nos ombros. Karen desceu tentando não olhar para os lados, Michael iria brigar com ela por essa mancada, se escorou na vassoura e sorriu para Harry que sorria radiante para todos.
-Era o que você queria, não? – perguntou alguém ao seu lado.
Michael observava os da grifinória rirem e cantarem a vitória.
-Pelo menos não perdi o namorado. – respondeu triunfante.
-Desculpa Karen! Mas chegou a hora de te contar uma coisa. – disse ele sem jeito, se voltando pra ela.
-O que é?-perguntou curiosa.
-Isso! – e agarrou pela cintura antes mesmo dela gritar, dando lhe um beijo. Karen tentou se desvencilhar dele, mas era inútil, ele era muito maior e mais forte que ela. Harry percebeu tudo, lentamente foi até eles e soltando os dois, deu um soco na cara de Michael com a cabeça borbulhando de raiva.
-O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Gritou ele nervoso, olhando para Karen que cobria a boca com as mãos.
-O que mais? Não sabe o que é um beijo, Potter. – respondeu Michael sorrindo, ainda no chão.
-Karen? – perguntou ele olhando para ela.
-Foi... Ele que me beijou! – respondeu.
-Pode falar a verdade, Mitzel. Fale que estamos juntos há muito tempo. – disse Michael seriamente.
-DO QUE VOCÊ TA FALANDO, SEU NOJENTO? – Perguntou ela zangada.
-Pode falar a verdade.
-Quer dizer que... Você e ele...? – perguntou Harry quase sem voz.
-Harry, não acredita nele. Você... Não vai acreditar nesse idiota, vai?
Harry olhou para ela com grande desprezo e começou a voltar para o castelo de cabeça baixa.
-Harry, espera! Deixa-me explicar! – disse ela nervosa.
Ele não quis ouvir, continuou andando. Michael riu gostosamente.
-Esse é o gosto da vingança? Não sabia que era tão bom. – disse ele risonho.
Karen ainda olhando Harry se afastar, sem voltar a olhá-la, se virou rapidamente dando outro soco no rosto dele.
-PORQUE VOCÊ FEZ ISSO, BARRIS?
-Não é óbvio, Mitzel. Eu quero tê-la de volta e tudo que precisei foi me aliar a algumas pessoas.
-Do que você ta falando?
-Malfoy me pediu isso, disse que ia conseguir logo- logo seu coração de volta. Com o Potter longe, fica mais fácil.
-Como você é nojento! – tentando dar outro soco nele, estava muito nervosa.
Michael segurou seu braço com força, fazendo-a se desvencilhar dele.
-IDIOTA! – gritou ela.
Correu para o castelo o mais rápido que pode atrás de Harry. Não o encontrou em lugar algum.
-Com certeza ele está na Sala Comunal da Grifinória! – disse para si mesma. - Não faz isso, Harry!
Não havia nada que podia fazer a não ser esperar para se explicar com ele. Mas se o conhecia, não seria fácil. Subiu para a Sala Comunal da Corvinal, naquela hora vazia, subindo rapidamente para o dormitório. Fechou a porta e foi pra o banheiro escovar os dentes, sentia nojo de Michael. Atirou-se na cama e olhou para a janela, a visão do ursinho de pelúcia, que Harry lhe dera no dia dos namorados, entrou em foco, fazendo-a pegá-lo.
Continua ainda macio e cheiroso de quando ganhara. Não acreditava que tudo começou outra vez. Tinha vontade de chorar, mas não tinha coragem. Malfoy ia pagar caro por isso, muito caro, assim como Barris.



N/A: oooi! Desculpem por isso devem estar me odiando por separar eles d novo. Foi mal! :~ Mas depois vocês vão saber o porquê. Sejam sinceros e falem o q estão achando da fic e comentem esse cap. Só postei esse capítulo hoje porque aqui no Sul é feriado. Graças a Deus \o/ Em breve cap 23.
Bjs 

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