Uma dívida com o Inimigo



Cap 2- Uma dívida com o Inimigo

O baque com o chão deixara seus braços doloridos, uma vez que eles apararam a queda. A terra alarmada penetrava em seus pulmões e não conseguiu conter uma série de engasgos. Ouviu um rastejo ao seu lado, e de alguém igualmente atônito. Abriu os olhos com dificuldade e viu que Malfoy se encontrava tão jogado e engasgado quanto ela.
Uma vez que os olhos do loiro encontram com os dela ambos pararam de respirar sem entender exatamente o que ocorrera. Passados três segundos, ambos se levantaram alarmados e ficaram em posição de ataque. Agora eles estavam igualmente sujos, atônitos ainda apontando a varinha um para o outro.
Malfoy olhava confuso para o local em sua volta sem entender, ainda com a varinha apontada pra ela. Era uma floresta comum, sem qualquer sinal de vida além da deles. Ventava forte e o sol começava a se pôr.
- O que diabos aconteceu? – disse o loiro sem conseguir disfarçar seu nervosismo. A castanha apenas respirara fundo. – O que você fez sangue-ruim? – disse crispando a boca para ela. A castanha se permitiu rir ironicamente.
- Muito engraçado Malfoy! Por acaso eu achei estar na mesma situação que você!
- Não. Para onde você nos aparatou? – ele disse ainda rindo nervosamente.
- Não se pode aparatar lá Malfoy! Você devia saber disso!
- Eu já aparatei antes Granger, sem muito bem como é. Achou que aqui teria mais chances é? Me isolando dos outros Comensais? Pois adivinhe, você também está isolada dos seus amiguinhos. – disse o loiro com um sorrisinho perigoso.
- Huuuuu então que tal pararmos de papo furado e começarmos e duelar de verdade. Espero que desde o segundo ano você tenha aprendido a duelar de verdade. – Malfoy respondera apenas com um risinho irônico e logo estavam duelando com uma série de feitiços mudos.
Mas os únicos que pareciam ser atingidos naquele duelo eram as árvores, uma vez que era difícil dizer ali quem duelava melhor. Hermione tinha maior conhecimento de feitiços de duelos, mas Malfoy era um Comensal nato, seus feitiços tinham mais poder de ataque. Por um lado Malfoy também era mais rápido, mas mesmo assim Hermione era mais esperta, conseguindo enganá-lo diversas vezes.
- Skarshion! – gritara Hermione e um tronco de árvore se partira caindo em cima de Malfoy, mas ele conseguira se desviar.
- Sectumsempra! – ele gritara sem mirar direito. Hermione exclamara de dor sentindo o corte no ombro direito. Sua varinha escapara de suas mãos.
Ela agonizava de dor no ombro quando viu que o loiro estava em pé a sua frente com a varinha apontada pro seu peito e um sorriso sádico.
Sem pensar duas vezes ela dera uma rasteira nele que caíra num baque. Logo chutara seu ponho fazendo sua varinha voar metros. Malfoy mal a olhara surpreso quando viu o punho da castanha vir em sua direção, mas ele o segurara firme no ar. Ela ainda gemia de dor no ombro quando ele a olhara atônito.
- Você tem que parar com essa mania de me socar, sabe? – ele dissera. Mas logo sentira o outro punho da garota chocar-se contra sua face direita. – Ahhh.
Uma vez que tivesse acertado Malfoy havia gastado suas energias. Ele se aproveitara então e parou o próprio punho contra o rosto da garota que se viu surpresa no último instante em que o notara.
Eles se encaram por um momento, o ponho de Malfoy ainda fechado sobre o rosto dela. Ela o olhava desafiadoramente, mas ainda respirando com dificuldade.
- O que foi? Sua coragem falha quando está de frente para um senhor de idade ou uma garota indefesa? – ela o alfinetara.
Ele pareceu se abater com o comentário e tomara iniciativa novamente para o ato, e ela fechara os olhos com força preparada. Mas novamente não sentira o soco. Ela abrira os olhos e vira os frios olhos cinzas do loiro se contraírem enquanto seu ponho se abaixava.
- Pra que te machucar, se eu posso te matar? – ele dissera numa voz rouca e perigosa.
Ele a jogara com força contra a árvore, e ela sentira ainda mais o ombro. Ele fora rápido pegar a sua varinha, mas quando virara pra ela novamente essa já não estava indefesa contra a árvore.
O pique pega dos dois parecia não acabar nunca até Hermione parar de correr sobressaltada na beira de um precipício. Não havia mais para onde ir, e encurralada ali Malfoy tinha maiores chances.
Ela ouvia os passos do loiro sobre as folhas secas e sem pensar duas vezes começou com dificuldade por causa do ombro a subir numa árvore ao seu lado como uma felina.
Se espremeu sobre o galho mais alto e observou Malfoy procurá-la na beira do precipício.
- É isso que você chama de duelo? – dizia alto. – Talvez não fosse mais digno parar de se esconder?
- E o que você entende de dignidade Malfoy? – ela respondera de cima da árvore, mas mal o loiro olhara pra ela e ele já fora atingido por um feitiço da castanha de desarmamento. Fazendo sua varinha ser jogada precipício abaixo. Ele a mirara com ódio. – Você entregou Dumbledore a Snape. – ela dissera com rancor com a varinha ainda apontada para o loiro.
- Você nada sabe sobre isso Granger. – ele respondera no mesmo tom, mas antes que a castanha pudesse responder um barulho agonizante soara assustando os dois.
Hermione olhara para os lados a procura do motivo daquele som dando espaço para que Malfoy corresse de sua mira.
Logo Hermione atacara Malfoy novamente, mas ele se desviara do feitiço com facilidade. Antes que ela pudesse ataca-lo novamente o som agonizante aparecera novamente revelando um bando de morcegos que pareciam sair da própria árvore atacando cegamente a castanha.
Ela gritava tentando se desvencilhar dos morcegos e manter o equilíbrio ao mesmo tempo, mas parecia impossível. Sua varinha escapou-lhe dos dedos, e viu-a com desespero cair precipício abaixo unindo-se a outra.
Malfoy observava a cena com um pouco de prazer e logo vira mais morcegos virem em sua direção. Abaixou rápido impendido que batessem contra e si e viu-os indo se juntar ao outros no ataque a garota.
Ela não conseguindo mais se segurar perdera o equilíbrio e deu um grito abafado ao sentir que caía para o precipício até que sentiu algo firme segurar o seu braço.
Com o rosto e os braços ainda machucados, debatia-se contra os fios de cabelos em seu rosto e vira o rosto do loiro fazendo força para traze-la pra cima.
Um braço dolorosamente se prendia ao da garota, o outro ainda segurava numa raiz alta da árvore.
- Segure-se Granger, não vou deixar um bando de morcegos tirar a minha glória.
Mas a garota não tinha mais nenhuma força sequer para ajudar em seu resgate, por pior intencionado que ele parecesse. Ela não tinha mais força para sequer continuar acordada.
Conforme as cenas iam sumindo, ela tentava desesperadamente se concentrar no que podia estar acontecendo com Harry e Ron naquele momento.
Teriam vencido a batalha?
Teriam conseguido pelo menos fugir?
Estariam procurando por ela?
Como eles diriam aos seus pais depois que ela havia desaparecido?
Malfoy via com tamanho desespero que a castanha não conseguia resistir, e fez ainda mais força para puxá-la. Por dolorosos segundos ele parecia transparecer uma força nova e estava conseguindo puxá-la pra cima aos poucos.
Mas então ele ouvira o barulho agonizante de novo, olhando pra cima receoso viu que os morcegos agora vinham pra cima dele.
Largando a mão esquerda da raiz alta, lutou para se livrar dos morcegos. O braço da garota começava a escorregar de sua outra mão e se sobrepôs ainda mais quanto ao precipício tentando ignorar os morcegos que o feriam com ainda mais vontade.
Perdendo totalmente o equilíbrio, Malfoy fora jogado para dentro do precipício agarrando-se ainda a castanha enquanto seu outro braço agarrava-se a qualquer coisa que parecesse aparar a queda no caminho. Desde a raízes, plantas e pedras.
Depois de uma demorada queda com um braço totalmente esfolado enquanto o outro ainda permanecia firme contra o braço da castanha, sentiu a parte de trás da cabeça bater em algo terrivelmente sólido, enquanto o corpo parecia chocar-se contra a superfície.
Dera sua última respiração enquanto tudo escurecia ao seu redor, sentindo o cheiro de sangue exalasse em suas narinas e a tontura invadiu-lhe, até tudo sumir e perder a consciência.

Primeiro o gosto de sangue apareceu-lhe no lábio. Automaticamente levou a língua até ele, e uma ardência tomou-lhe por inteiro deixando escapar um gemido agonizante.
Logo sentiu sua cabeça explodir e milhares de cantos de seu corpo gritarem por cuidados. Abriu os olhos e reparou no canto coberto por poucas plantas e muita terra. Se permitiu olhar e com dificuldade viu que estava coberta por hematomas graves. Mas nada doía mais do que seu braço direito e viu que uma mão ainda o apertava firmemente.
Antes de gritar de susto descobriu que a mão pertencia ao loiro com quem duelava que estava desacordado, tão ou pior ferido do que ela.
Com dificuldade livrou-se da mão do loiro e mirou a marca roxa que ficara e tinha tonalidades azuis ou esverdeadas que dava ânsias só de olhar.
Com ainda mais esforço e parecia ter sido a coisa mais difícil de toda a sua vida, ela se colocara de pé, tentando andar ao mais rápido que suas pernas inertes lhe permitiam para longe dele.
A única coisa que iluminava o local era a lua cheia gigantesca que iluminava tudo ali com um prateado, mas mesmo assim não conseguira desviar-se de uma pedra que proporcionou uma nova queda.
- Aiii. – ela exclamara não contendo mais as lágrimas de rolarem pelo seu rosto ferido. – Harry... cadê você? – ela dizia, com a garganta tão dolorida quanto o resto do corpo.
Então vira logo a sua frente sua varinha e com total desespero se agarrou a ela. Quase ao mesmo tempo ouviu um gemido e levantou novamente alarmada podo-se em posição de ataque novamente contra o loiro.
O loiro despertava aos poucos ainda agonizando de dores, então mirara a castanha tão ferida, mal conseguindo se manter em pé com a varinha tremendo debilmente contra ele.
- O que... o que é isso? – ele dissera se desesperando – Aiii minha cabeça. Onde estou? Quem é você? O que você fez comigo?
A castanha assistia o loiro com total repugnância e sentia cada vez mais ódio de sua vida. Estava perdida, quase morta e seu maior inimigo ainda se achava no direito de brincar com ela. Ela deixara escapar um som debochado, do qual em situações melhores ela chamaria de risinho.
- Cala essa boca Malfoy! Acabamos de cair, estamos ferrados! Não é hora pra isso agora! Se não me disser como saímos daqui eu mato você! – ela falara com dificuldade tentando parecer ameaçadora. E com tanto sangue brotando de todos os cantos do seu corpo, até o era.
- O que? – ele disse com a voz abafada, mal conseguindo abrir os olhos tamanha a dor que sentia. – Do que é que está falando? Por que me chama de Malfoy?
- PORQUE É O SEU NOME! – ela gritara não conseguindo mais conter a sua raiva e explodindo com a varinha uma rocha ao seu lado, que virara apenas pó.
- Como... como fez isso? Como? A pedra? Estava ali? Ali? Como aconteceu essa explosão? Que isso que você está segurando? Que vareta é essa? Não aponta esse troço pra mim!
- Não! Não, não, não, não! – dizia Hermione pra si mesma nervosa.
- NÃO O QUE?
- Não! Você não perdeu a memória! Pára com isso Malfoy! Você sabe muito bem o que está acontecendo. Você é Draco Malfoy, eu sou sua inimiga e estávamos duelando até cairmos aqui! – Ele ficara sem falas por um momento tentando absorver a história dela.
- Duelando? Céus em que século nós estamos? – ela rira nervosa sem acreditar.
- Isso.. isso não está acontecendo. Não está...
Hermione começara então a sentir como se tudo a sua volta estive enfim se destruindo, qualquer esperança de voltar a ver seus amigos parecera se evaporar. E nem ao menos se sentia confiante para acabar com a raça daquele sujeito. Porque simplesmente ele não lembrava de nada, de quem ela ou ele mesmo era.
Ele parecia um trouxa desesperado, e começou a sentir ainda mais ódio de tudo aquilo por não conseguir conter um fiapo de pena por aquele verme, que ela nunca vira tão indefeso e com medo na vida.
Não tinha coragem nem de matar seu maior inimigo, o que ela faria?
Sem contar que por pior que fossem as intenções dele, ele tentara salvá-la do abismo, e se não fosse por isso ele não teria caído junto com ela e perdido a memória.
Merda, era tudo que ela pedira na vida, não só não tinha forças para acabar com seu inimigo, como ainda estava em dívida com ele.
A única coisa que parecia lógico era que devia sair dali, e agora sabia também que devia leva-lo junto.
Então guardara a varinha no bolso da calça e fora mancando até ele que a olhava com ainda mais espanto, mas sem se livrar da antiga pose superior.
- O que você está fazendo? Se afaste de mim!
- Vou nos tirar daqui se quer mesmo saber! Mas se continuar a me desconcentrar não conseguirei nos aparatar. Eu nunca aparatei ninguém comigo, muito menos nessas condições!
- Apa... o que? Fale Inglês!
- APENAS FIQUE QUIETO!
Segurava firmemente o pulso de Malfoy que reclamou de dor com a ação. Então repara no estado em que seu braço se encontrava, e imaginou o quanto ele tinha sofrido para aparar a queda deles.
E sem pensar em mais nada além de um ponto em sua casa, uma casa de viagem em Paris. Porque sua casa normal não poderia aparecer, não com Draco Malfoy! Não ferida daquele jeito.
Precisava de um lugar vazio e seguro. Pensou em sua casa que usara com Harry e Ron quando fizeram uma parada em Paris. Pensou na senha de apartação que só os três sabiam.
Doía, tudo doía, mas sentia ao ver que a respiração sumia aos seus ouvidos, que começava a dar certo.
Depois da tão conhecida puxada pelo umbigo que agora doera por demais, sentiu o piso frio sob seus joelhos e finalmente respirou aliviada sem abrir sequer os olhos, só de sentir que o vento forte não batia mais no seu rosto e o cheiro de casa fechada. Sabia que estavam a salvo. Que a qualquer hora, se eles conseguiram fugir, Harry e Ron os achariam.
- Meu Deus! O que aconteceu? Onde Estamos? Garota fala comigo! Que porra de lugar é esse? O que aconteceu? – ela ouvia a voz afastada de Malfoy aos seus ouvidos.
- Não me chame de garota seu idiota... – ela dizia com a voz ainda muito abafada e cansada sem nem ao menos abrir os olhos ainda. – eu tenho nom...
- Ei, ei ei... não desmaia não! Fala comigo! Acorda!
O loiro vira a garota cair em seus braços exausta como se estivesse morta, sussurrando uma única coisa antes de apagar.
- Harry...

N/a (por Angy): oi genteee, quanto tempo né, mas deixa eu explicar. Eu já havia terminado esse cap a séculos, o problema é que antes de postar um cap eu a Mismi temos que mostrar pra a outra q ver se aprova... pq trabalhamos em equipe, e eu só consegui falar com a Mismi hoje! Pra vcs terem uma noção... bem, agradecemos aos coments, são muuiiitooo amáveis mesmo, e se vcs estão gostando da fic please COLOQUEM-NA NO RANKING! HaoIHAOIHA... isso eh pro pessoal do aliança... xD mas vlw gente... ;*

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