Batalha Final



Cap. 3 – Batalha Final

Quando voltei a aparecer foi em frente a Lord Voldemort. Curvei-me perante ele, mas a sua voz fria e arrastada comandou-me que me levantasse. Nunca antes eu tinha ficado com tanto medo da voz do lord das trevas. Desta vez estava mais em jogo do que a minha própria vida.
- Porque não me vieste logo contar que a tua namorada estava grávida, Zabini? – perguntou o lord numa voz fria e arrastada, provocando-me arrepios.
- Senhor, apenas estava providenciado o bem da garota em questão. – respondi. – Segundo o que a enfermeira me confidenciou, a Grimbanks poderá vir a ter uma gravidez de risco e poderá perder o bebé. E isso acho que o milord não desejaria. Eu apenas estava a cumprir as vossas ordens, senhor.
- Desta vez eu aceito as tuas desculpas, Zabini. – falou o lord num tom sarcástico. – Mas porque não me falas a verdade? Tu disseste bebé, mas ao que me consta são bebés. Um casal, pelo que o meu informador me contou. Estou eu errado, Zabini?
- Não, milord. – respondi, entrando em pânico, mas demonstrado frieza perante as palavras de Voldemort. – Não está errado, senhor.
- Então porque razão não me contaste logo que a Grimbanks esperava gémeos. – gritou Voldemort.
Mas perante o meu silêncio, ele ficou ainda mais furioso.
- Crucio. – ele falou e eu cai no chão, contorcendo-me de dor, mas nunca gritando ou gemendo. Não iria dar o prazer a Voldemort de me ver gemer.
Voldemort manteve-me debaixo da maldição durante uns cinco minutos, mas vendo que eu não iria suplicar para que parasse, cessou a maldição.
- Já tiveste o teu castigo por me mentires, Zabini. – falou o lord, e eu notei um tom de espanto. Percebi que deveria ter sido de eu ter aguentado cinco minutos numa Cruciatus, sem me queixar. Se fosse outro Devorador, já teria cedido à dor e teria suplicado, mas não eu. Não quero dar o prazer a Voldemort de me ver sofrer ou suplicar. – Agora vais descansar. Quero te ver forte o suficiente para te juntares a nós numa incursão a Hogwarts. Iremos buscar a tua suposta namorada e para causar bastantes estragos naquela escola. Será mais fácil entrar, agora que Dumbledore está morto.
Assim que terminou de falar, eu soube que teria de me dirigir para os meus aposentos. E assim o fiz em silêncio. Só esperava que Anne já não estivesse em Hogwarts quando Voldemort lá chegasse. Entrei nos meus aposentos e mesmo sentindo-me dorido, não me deitei. Limitei-me a manter-me em pé, encostado a uma parede em silêncio. Sabia que não iria conseguir dormir e também nem queria tentar. Saberia que tipo de pesadelos eu poderia ter. Eu queria saber notícias de Hogwarts, mas não me atrevia nem sequer a meter a minha cabeça na lareira. A mansão onde eu estava era muito bem vigiada e havia certos feitiços que avisavam se alguém usasse a lareira sem permissão. E a última coisa que eu queria era que desconfiassem de mim. Estava tão submerso nos meus pensamentos, que nem percebi que deixei de ficar sozinho no quarto.
- Blaise. – ouvi alguém chamar. Ao olhar em volta dei de caras com Pansy Parkinson. Então tinha sido ela quem tinha falado sobre a gravidez de Anne. – Está na hora de ir. O lord está a convocar todos os Devoradores de More neste momento.
Depois de me ter dado o recado, saiu. Fiquei mais uns minutos a olhar para o vazio, mas decidi que era melhor ir ao encontro de Voldemort e dos devoradores. Quando lá cheguei, fiquei um pouco impressionado com a quantidade de devoradores que estavam reunidos juntamente com Voldemort. O meu último pensamento antes de desaparecer com o grupo foi a esperança de que Anne, Ginny e Hermione já não estivessem no castelo. Voltamos a aparecer nos limites da floresta proibida. Caminhamos ainda uns bons dez minutos, pelo meio da floresta, até chegarmos dentro dos jardins de Hogwarts, quase ao pé da cabana de Hagrid. Em voz baixa, Voldemort indicou as posições que os devoradores de morte tinham de ocupar. Para trás ficou um número reduzido de devoradores e eu estava entre eles. Deduzi que os que restaram deveriam ser aqueles que iriam invadir o castelo à procura por Anne e por Harry. Ao entrarmos no castelo, fomo-nos separado até que acabei por ficar eu e Voldemort. Mesmo antes de ele falar, eu já sabia quais as intenções dele. Ele queria que eu o conduzisse até Anne. Eu só esperava que nem ela, nem as namoradas do Draco e de Harry estivessem em Hogwarts.
- Blaise. – chamou a voz fria e arrastada do lord. Eu cheguei-me à frente e curvei-me perante ele. – Quero que me leves até à tua namorada.
- Receio dizer-te que ela já não está cá, Voldemort. – uma voz sibilou e levantando-me deparei com Harry e Ron.
Fiquei um pouco surpreso porque eles tinham começado a treinar há relativamente pouco tempo para o confronto final e eu estava com dúvidas em saber se eles eram capazes de derrotar Voldemort. Rapidamente fui posto de lado pelo lord e sem ser notado, sai daquele lugar. Aquela seria a luta do Potter e eu neste momento, teria de neutralizar os Devoradores que estavam espalhados pelo castelo. Apenas rezava para que Harry fosse capaz de derrotar Voldemort de uma vez por todas. Comecei a procurar pelo castelo pelos devoradores. À medida que os ia encontrando, ia os imobilizando. Mas a certa altura tive uma ajuda que eu não estava à espera de encontrar. Estava caminhando num corredor para me dirigir para os jardins, porque já tina derrotado todos os devoradores dentro do castelo, quando à minha frente ouço passos. Escondendo-me nas sombras, esperei que a pessoa se aproximasse. Quando a pessoa passou pelo local onde eu estava escondido, eu rapidamente reconheci quem era. Mas se Ginny ali estava, quem ficou com Anne? Rapidamente sai das sombras e me dirigi a Ginny. Mas antes que eu pudesse chegar perto da ruiva, alguém se adiantou. O que ainda me deixou mais confuso, porque logo eu reconheci que era Hermione. Terminado a distância entre nós os três, eu perguntei, sobressaltando as duas garotas.
- O que vocês estão aqui a fazer? – perguntei, confuso de as ver ali. – Onde está Anne?
- Anne está em segurança. – respondeu Hermione.
- Mas porque vocês não estão com ela? – perguntei. – Eu disse a Draco que queria que vocês a acompanhassem, porque é só em vocês que eu confiaria a minha vida e a de Anne. Porque vocês ficaram? E quem está com ela?
- Descansa, Blaise. – respondeu Ginny. – Anne não está em Hogwarts. McGonagall providenciou a sua saída do castelo. Neste momento, ela está numa casa escondida, rodeada de aurors dos mais qualificados.
- E porque vocês não foram junto? – perguntei, um pouco receoso. – Ficar aqui não é seguro para vocês.
- Nem forçada eu deixaria Harry sozinho aqui. – afirmou Hermione.
- Eu tenho a mesma opinião. – concordou Ginny. – Esta batalha também é nossa, Blaise. Anne só concordou em partir porque está grávida, mas eu e a Mione ficamos, mesmo contra a vontade de Draco e Harry. Poderemos não estar seguras, mas pelo menos ficamos com a certeza de que fizemos algo para ajudar.
- Mas e Draco? – perguntei. – Onde ele está? Eu ainda só vi Harry e Ron a desafiarem Voldemort.
- Estou aqui. – respondeu o loiro, surgindo de um dos corredores. Nós os três tínhamos nos separado para encontrar Devoradores dentro de Hogwarts, mas vejo que nos poupaste o trabalho, Blaise.
- Sim, é verdade. – confirmei. – Mas faltam os que estão espalhados pelos terrenos de Hogwarts. Será melhor desta vez não se separarem, porque eles são muitos.
- Acho que desta vez o Blaise tem razão, Draco. – falou Mione. – Os de cá dentro eram poucos, mas não sabemos quantos devoradores temos de enfrentar lá fora. Será melhor reunirmo-nos com os outros e atacarmos juntos.
- Quem são os outros? – perguntei. – Eu vi alguns membros da Ordem com Harry e Ron.
- McGonagall convocou todos os membros da Ordem. Só uns cinco ou seis membros é que ficaram com Harry. – respondeu Ginny. – Há mais membros espalhados pelo castelo, que tinham o mesmo objectivo que nós. Também há alguns alunos que fizeram parte da Armada de Dumbledore que se quiseram juntar a nós.
- E tem algum meio de contactarem? – perguntei.
- Sim. – respondeu Hermione.
E tirando uma moeda do bolso, tocou-lhe com a varinha. Em alguns minutos, várias pessoas começaram a rodear-nos. Vi que eram todos que lutavam do lado do bem.
- Adaptei estas moedas para chamar todos os que as têm junto daquele que deu o alarme. – explicou Hermione, vendo a minha expressão confusa.
- Bem deixemos as explicações de lado. – cortou Draco. – Temos de nos organizar de modo a podermos fazer um ataque eficaz.
Demoramos quase cinco minutos pensando num plano eficaz. Acabamos por decidir que era melhor nos dividirmos em pequenos grupos de quatro pessoas, porque assim cobríamos mais terreno em Hogwarts e mais hipóteses tínhamos de derrotar os devoradores de morte em pouco tempo. E assim aconteceu, em cerca de meia-hora todos os devoradores que estavam espalhados pelos terrenos de Hogwarts estavam todos derrotados e devidamente impossibilitados de fugirem. Os aurors que faziam parte da Ordem da Fénix foram encarregados de levarem os devoradores para Azkaban, onde iriam aguardar julgamento. Com todos os devoradores fora da luta, eu, Draco, Ginny e Hermione dirigimo-nos para a entrada, onde Harry, Ron e Voldemort estavam a duelar. Só lá encontramos Ron desmaiado. Mas não havia sinais, nem de Voldemort, nem de Harry e dos membros da ordem.
- Alguém tem um método de encontrar Harry? – perguntei.
Sem dizer nada, Hermione pegou num pedaço de pergaminho e após dar uma vista de olhos nele. Disse:
- Harry está no quarto andar, acho que vai para a enfermaria e vai acompanhado pelos membros da Ordem. – Hermione disse. – Mas não há nenhum sinal de Voldemort no Mapa do Maroto.
Todos nós ficamos com a mesma pergunta na cabeça: será que Voldemort finalmente tinha sido derrotado? Isso, só Harry poderia responder. Com um feitiço, levamos Ron e dirigimo-nos para a enfermaria.

N/A: Mais um capitulo de Ordens. Este ficou mais curto, eu sei, mas estou mesmo a terminar a fic. O próximo capítulo é o último. Mas dependendo da quantidade de reviews que eu tiver, vou ponderar uma continuação… Beijos e até à próxima.

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