No Trem



No Trem

Depois de atravessar a passagem indicada pelo Senhor das plataformas Sabrina se depara com uma cena única, milhares de pessoas e animais estranhos embarcando numa Maria-fumaça vermelha e preta Sabrina reconheceu o casal que havia a ajudado eles estavam com a filha e mais dois meninos um pouco mais velhos se despedindo. Sabrina achou melhor embarcar logo e procurar uma cabine afinal já havia agradecido a ajuda do casal, após entrar no trem Sabrina começou andar procurando uma cabine quando ouviu alguém a chamando.
-Procurando uma cabine também? – era a menina do King’s Cross.
-Sim – respondeu Sabrina – agradeça seus pais de novo por terem me ajudado, qual é seu nome mesmo?
-Chowdhury, Sarah Chowdhury e o seu? – disse Sarah estendendo a mão.
-Richardson, Sabrina Richardson, prazer – disse Sabrina apertando a mão de Sarah.
-Então vamos procurar uma cabine? – disse Sarah começando a puxar o malão.
-É, vamos sim – disse Sabrina puxando o malão também – ai será que eles não podiam vir com um feitiço de leveza ou sei lá é horrível ficar arrastando esse malão pra lá e pra cá!
-Concordo com você, mas acho que não vamos aprender isso tão cedo! A propósito você é nascida trouxa né?
-Hein? – perguntou Sabrina boiando geral, suspeitava que o “trouxa” não fosse para ofender, mas não tinha idéia do que mais podia significa.
-Tem alguém na sua família que seja bruxo ou bruxa além de você, se tiver você é ou puro-sangue quando todo mundo na sua família é bruxo ou mestiço quando só um dos seus pais é bruxo ou então quando você é a única bruxa da família você é nascida trouxa.
-Ah! Sou nascida trouxa sim! E você é o que?
-Puro-sangue.
-Então não vai ter dificuldade nenhuma né?
-Nem sempre tem muitos alunos nascidos trouxas que deixam os puros-sangues no chinelo!
Sabrina e Sarah continuaram andando e conversando um tempo até chegar mais ou menos no meio do trem onde havia uma cabine com só um garoto que devia ter a idade delas, Sabrina achou que ele tinha um olhar triste e meio perdido já Sarah achou que fosse muito anti-social de querer ficar com uma cabine só pra ele. As meninas decidiram ver se conseguiam ficar ali por que já estavam cansadas de arrastar o malão pelo trem. Sabrina abriu a porta e disse:
-Dá licença? Podemos??? Não há mais cabines!
-Claro, podem sentar! – disse o menino.
-Obrigada! A propósito, meu nome é Sabrina, Sabrina Richardson – disse – e essa Sarah Chowdhury, qual seu nome?
-erm... Hyuu, Hyuu Chang – disse o menino acanhado.
-Prazer Hyuu! – disse Sabrina.
-Prazer! – disse Sarah.
-Prazer! – disse Hyuu.
Sabrina virou para conversar com Sarah de novo, de vez enquanto chamando Hyuu para a conversa. Sarah estava explicando o nome, características, entre outros, das casas da escola quando um menino um pouco mais alto que eles abriu a porta e perguntou:
-Tem alguém sentado ali? – apontando para o lugar vazio ao lado de Hyuu.
-Não, não tem – respondeu Sabrina, virando se para continuar a conversa com Sarah – Então Sah que esporte vocês praticam?
-Quadribol! O melhor jogo do mundo! – disse Sarah entusiasmada
-Quadribol? E como se joga? – pergunta Sabrina.
-Montado em vassouras, três jogadores, os artilheiros, passam a goles entre si e tentam faze-la passar pelo goleiro, que fica defendendo de três arcos nas extremidades do campo, também tem os batedores que desviam os balaços do seu time e tentam acerta-los nos jogadores do time adversário, e ai tem os apanhadores que tem que recuperar o pomo de ouro que é uma bolinha do tamanho de uma noz que vale cento e cinqüenta pontos – disse o garoto novo.
-Em suma, é uma perda total de tempo! – disse Hyu desanimado.
-Não sei, parece bem interessante! – disse Sabrina.
-Não tem nada de perda de tempoem quadribol! – disse o menino moreno.
-Como disse que se chamava? – perguntou Sabrina.
-Verpest,David Verpest e vocês são? – disse David.
-Sabrina Richardson.
-Sarah Chowdhury.
-Hyuu Chang.
A viagem continuou nesse ritmo até que o céu foi começando a escurecer e os alunos ficando inquietos, na opinião de Sabrina desperdiço de tempo. Sabrina e Sarah saíram para se trocar no banheiro enquanto Hyuu e David se trocavam na cabine, quando voltaram do banheiro as meninas bateram na porta para evitar “acidentes indesejados”, depois de ter certeza que estavam dos vestidos, as meninas entraram na cabine e começaram a observar a paisagem. À medida que anoitecia, o trem se aproximava do seu destino e os estudantes colocavam as cabeças para fora da cabine Sabrina esqueceu por um momento a compostura e espremeu o nariz contra a janela para enxergar a estação à frente, enquanto Sarah ria.
-Aquela é a estação de Hogsmead, é ali que o trem para, mas se não me engano a gente ainda tem que andar um pedaço – disse Sarah risonha.
-É, e navegar também – disse David entediado.
-Que Choks! – exclamou Sabrina.
-Choks?? – indagou Hyuu.
-É meu jeito de disser Legal, divertido – respondeu Sabrina enquanto desembarcavam.
-Ah! Está bem – respondeu Hyuu se calando de novo.
-AAAAAHHHHHH! Ali estão eles!!! – exclamou Sarah, espantando todo mundo. – Jack! Diego aqui!
Sabrina viu os dois meninos que haviam acompanhado Sarah na plataforma se aproximarem sorrindo.
-Sabrina, esses são Diego e Jack Melling, meus primos!Diego está no 2º ano da Lufa-Lufa e Jack está no terceiro da Grifinória – apresentou Sarah.
-Prazer, Sabrina Richardson! – cumprimentou Sabrina.
-Prazer, Sabrina – disse Diego.
-Prazer, Chèrie – Disse Jack, beijando a mão de Sabrina.
-Prazer, Monsie – respondeu Sabrina.
-Vamos? – perguntou Hyuu.
-Deixa os pombinhos. – reclamou David.
-David, para com isso, e vamos sim Hyuu. – disse Sabrina começando a andar.
Sabrina e os outros desceram na estação e começaram a observar a sua volta, Sabrina achou bem “bonitinhos” os chalezinhos espalhados pela vila, David agiu com indiferença, Sarah parecia levemente interessada e Hyuu tinha uma expressão enigmática no rosto. Sabrina sentiu um menino trombar no seu ombro, e ouviu um “Me desculpe” bem baixinho, mas logo esqueceu isso e continuou a conversar com Sarah sobre as tais “Lefa-Lufa” e “Gredetorio”, e acabou descobrindo que era uma espécie de subdivisão da escola, enquanto isso viu um gigante os chamando, e o seguiu.Logo Sarah, Sabrina, David e Hyuu estavam em um barquinho navegando em direção a um magnífico castelo.
-Uau,estudamos perto de um castelo? – perguntou Sabrina deslumbrada.
-Desculpa, mas eu ouvi a conversa... Nós vamos estudar NO castelo – disse um menino do barco ao lado.
-Que Chocks !!!! – exclamou Sabrina.
Depois de atravessarem o negror do lago os meninos desembarcaram numa espécie de cais no interior de uma caverna coberta por algas e musgo.
-Não esqueceram nada? Não? Que bom vamos andando e cuidado com as algas para não escorregar! – avisou o gigante.
Sabrina seguiu com David, Sarah e Hyuu, embora tivesse a impressão que o garoto do barco vizinho não estivesse muito longe. Sarah explicava milhares de coisas a Sabrina; e David a ajudava contava história por que de nomes e explicações mais completas.Hyuu conhecia também bastante coisas, David parecia ter informações que vinham do comando da escola, logo ele lhes disse que o diretor já havia jantado em sua casa e seus pais sabiam muitas dessas coisas pois na mesma noite o diretor lhes contara. Quando estavam chegando a grandes portas duplas de carvalho Sabrina ouviu um garoto dizer:
-Minha gata! Alguém viu minha gata????? – disse o menino, logo Sabrina reconheceu como o garoto do barco vizinho.
-Hey! Você aí tudo bem??? – perguntou o gigante preocupado.
-Perdi minha gata!! Uma gatinha siamesa que estava comigo não acho ela! – disse o menino, tristonho.
-Que atenciosoo! Já ta perdendo coisa – murmurou David a Hyu, que riu meio sem gosto.
-Você podia ser mais agradável sabia?! – retrucou Sabrina.
-E você podia ser menos intrometida! – comentou David.
-Talvez ela sequer precisa-se lhe dirigir a palavra se você não fosse tão insuportável– xingou Sarah.
-Que bonitinho as meninas tão se unido contra o David aqui? – zombou David.
-Não só estamos tentando fazer do mundo um lugar melhor – disse Sabrina.
-Sem você! – completou Sarah.
-Ai me desculpe vossas majestades – respondeu, irônico David.
-está desculpado – disse Sabrina, jogando os cabelos para trás e se encaminhando para Hyuu quando alguma coisa roçou sua perna, quando olhou para baixo Sabrina viu uma gata bege com as extremidades negras e pegou no colo.
-Aqui achei – disse Sabrina, se encaminhando ao menino.
-Obrigado! – exclamou o menino, abrindo um sorriso de orelha a orelha.
-De nada – disse Sabrina se afastando para junto de Sarah e Hyuu.
Assim os alunos do primeiro ano se encaminharam para uma gigantesca porta de carvalho onde o gigante bateu três vezes, antes que estas se abrissem, revelando uma senhora com aspecto severo que estudou cada um dos alunos com atenção, Sabrina achou que aquela deveria ser uma ótima professora, apesar de séria também parecia ser muito inteligente. Sarah achou aquela professora muito mal-humorada e séria demais já estava rezando para não cair na casa dela. Hyu admirou a professora com certo respeito deveria ser uma das melhores bruxas de sua época. David encarou a mulher com ar de respeito aquela deveria ser a McGonagall a vice-diretora.
-Alunos do primeiro, professora McGonagall – disse o gigante a mulher.
-Certo Hagrid pode deixar eu cuido deles daqui – disse a Profª McGonagall, e voltando-se aos alunos – Por aqui, alunos!
Enquanto a massa de alunos se movia para dentro do saguão Sabrina viu o gigante se afastar enquanto observava os alunos se encaminhando para o castelo, Sabrina se afeiçoou aquele gigante, ele lembrava a ela um Baset Haund sua aparência era tristonha, porém o homem lhe pareceu bondoso no cais da caverna, o olhar dele recaiu sobre Sabrina, que sorriu e acenou antes de se juntar aos amigos.
Do saguão os alunos foram guiados a uma pequena sala ao lado de um grande aposento e lá ficaram por alguns minutos esperando que a professora voltasse, Sabrina olhou para os lados e viu o menino da gata conversando com outro garoto, apesar de não conseguir ouvir a conversa ela destingiu as palavras “Quadribol”, “Apanhador” e “Grifinória”, o que a fez supor que ambos pertencessem a famílias bruxas, enquanto estava perdida em seus pensamentos Sabrina viu uma menina de cabelos negro-azulados encostada em uma parede sozinha, Sabrina cutucou Sarah e esta concordou, assim ambas se direcionaram a menina.
-Oi – cumprimentou Sarah.
-Olá – respondeu a menina.
-Oi, Sabrina Richardson e essa é Sarah Chowdhury, qual seu nome? – cumprimentou Sabrina.
-Prazer, Maite Bonolute.
-Oi Maite! Então porque está sozinha aqui? – perguntou Sabrina.
-Não sei, ninguém me chamou, acho que nunca tive muitos amigos! – respondeu Maite, triste.
-Pois acabou de ganhar duas! – disse, sorrindo, Sarah.
-Isso! E nem tem dizer não por que nós somos teimosas! – afirmou piscando Sabrina.
-Está bem então! – disse Maite, sorrindo pela primeira vez – olhem aquela menina ali também está muito quieta desde a hora em que entrou no trem!
-Ah! É ??? Vamos meninas – disse Sabrina se encaminhando a uma menina de cachos ruivos vivos – Oi! Qual seu nome????
-Dulce, Dulce Maria – respondeu a menina levantando a cabeça – e vocês quem são?
-Sabrina Richardson!
-Sarah Chowdhury.
-Maite Bonolute!
-Prazer – respondeu Dulce.
– Você é nascida trouxa, Dulce?
-Não, sou mestiça! Mas minha mãe não comentou muita coisa antes da carta chegar nem depois porque estava sempre ocupada, ela é Curandeira, minha mãe! Mas fico muito feliz que eu fosse bruxa também, e vocês? – perguntou Dulce, mais alegre.
-Eu sou puro-sangue, não tenho irmãos minha mãe é muito nova, mas meus primos estão sempre em casa Sabrina os conheceu, são bem legais! – contou Sarah.
-Sou puro-sangue também, meu pai morreu ele era do Departamento de Mistérios, morreu nas mãos dos comensais. Minha mãe trabalha no gringotes, desfazendo feitiços. – explicou Maite.
-Já eu sou nascida trouxa, meu pai é advogado e minha mãe é cientista – disse Sabrina.
-Será que eu vou precisar repetir para que as Srtas. Acompanhem o grupo? – perguntou a professora bufando no pescoço das quatro. Com a conversa as meninas nem notaram seus colegas se deslocando para corredor pelo qual tinham chegado, correndo para alcançar os outros. As meninas se colocaram logo no fim da fila, juntamente com Hyuu e David e logo a frente deles estava o menino do cais e o outro. Depois de atravessarem o magnífico salão, no qual o teto parecia inexistente e as velas flutuavam iluminando o ambiente, param de frente para um banquinho de três pernas que após algum tempo passou a abrigar um chapéu roto. Sabrina olhava para o chapéu com grande curiosidade, quando olhou para as outras percebeu que elas sabiam tanto quanto ela, já David na sua frente parecia entender tudo e achava muito engraçada a cara de interrogação dos seus companheiros, então um rasgo junto a aba do chapéu se abriu como uma boca, então o chapéu começou a cantar descrevendo as qualidades de cada casa, no fim da canção ele tornou-se novamente imóvel, assim a professora puxou uma lista e começou a chamar os alunos em ordem alfabética.
-Corvinal! – Maite acenou para as amigas e se encaminhou para a segunda mesa a esquerda.
Depois de Maite foram Gabriel Bunonuche, Henrique Castelo, Fabiana Cabren, Beatriz Cebrano e finalmente...
-Chang, Hyuu – disse a voz severa da professora, Sabrina viu o amigo caminhar da cabeça baixa até o chapéu e assim como com Maite não demorou muito ao chapéu anunciar o resultado...
-Corvinal!!! – e Hyu fez o mesmo caminho de Maite e sentou se ao lado de Henrique.
-Chowdhury, Sarah! – a voz ressoou mais uma vez.
-Boa Sorte – desejaram Sabrina e Dulce.
Dessa vez o chapéu demorou menos para a anunciar que a menina pertencia a Lufa-Lufa e assim a menina seguiu para a mesa a direita de Sabrina e lá sentou. E assim a seleção seguiu na final dela Sabrina viu seus amigos todos divididos o que a fez pensar se seria bom mesmo dividir os alunos em casas, afinal Hyuu e Maite foram para Corvinal, Sarah e Dulce foram para Lufa-Lufa e o menino do barco e seu amigo, assim como ela e David, tinham sido mandados para Grifinória.


Será que essa divisão separaria os seus corações??? Que aventuras fantásticas aguardariam nossos heróis????????



Descubram no próximo capítulo!!!!!!!!!

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