O Guarda-Costas



Capítulo 18 – O Guarda-Costas

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM

O despertador toca e Gina levanta de um pulo com o agonizante ‘é hoje!’ entalado na garganta.

Claro que estava cada vez menos incentivada com seu plano, já que sabia que, se o mesmo desse certo, teria que convencer Draco de que era uma boa idéia.

Mesmo assim, se veste rapidamente e desce para tomar café, encontrando com a mãe sentada à mesa, comendo panquecas com melado, enquanto o pai bebericava o café.

“Bom dia!”, quase berrou Gina, animada.

“Bom dia”, respondem os dois, sem levantarem os olhos.

“Então, dormiram bem?”, perguntou Gina.

Molly e Arthur trocam olhares tensos.

“Foi uma noite...”, começou Arthur, sem saber o que dizer “Complicada”

“Vocês discutiram, pelo jeito”, concluiu Gina, sentindo a ansiedade esvaindo.

“Bem...”, fez Molly, cortando um pedaço da panqueca e enfiando-a na boca.

“Querida, conversamos sobre o Guarda Costas e eu e sua mãe...”, um barulho fez-se ouvir por debaixo da mesa, então Arthur deu uma gemida de dor “E, bem, eu não acho que seja uma boa idéia!”

“Mas... por quê?”, perguntou Gina, sentindo-se arruinada.

Seu primeiro plano falha tão completa e terrivelmente que ameaça até mesmo levar o casamento de seus pais com ele.

Ela era um gênio...

“Ora, não é seguro! E se confiarmos você na mão da pessoa errada?”, pergunta ele, por fim.

“Ora, papai. Tenho certeza que o senhor pode escolher alguém de sua confiança para tanto!”, acrescenta Gina, rapidamente “Eu só quero poder sair sem um exército atrás de mim!”

Arthur parece pesar os prós e os contras da idéia da filha, enquanto Molly lança-lhe um olhar vitorioso.

“Hehem”, faz, sorrindo “Eu me dei à liberdade de escolher por um que eu julgo muito confiável, Arthur, e eu te disse isso na noite passada. É um bom rapaz.”

Gina revira os olhos.

‘Bom rapaz’ para sua mãe, geralmente significa rapazes que nasceram e cresceram em famílias que o encheram de livros de etiqueta até a goela e que eram tão cavalheiros que chegava a enojar a mais romântica das garotas.

Com exceção, claro da senhora Weasley presente à mesa.

Arthur olha da mulher para a filha, e suspira, vencido.

“Está bem, quem é o Escolhido?”, pergunta Arthur, jogando as mãos para cima em sinal de rendição.

Molly sorriu e apertou a mão da filha, que deu um sorriso falso.

Estava dando tudo tão errado!

Quero dizer, carinhas certinhos e cheio de etiquetas são os que mais demoram para serem persuadidos a quebrar as regras e, normalmente, nem mesmo aceitam suborno.

“Droga, Draco estava certo! Desde o começo! Foi uma péssima idéia! Péssima!” , pensava a ruiva, revoltada consigo mesma.

“Oras, eu já o escolhi”, a voz de Molly, vitoriosa, fez-se ouvir “Mas não creio que ele já tenha chego. Combinei com ele às nove horas! Virgínia, amor, eu não disse que tinha gostado da idéia?”, perguntou Molly, sorrindo “Fabulosa, na verdade, e a solução para nossos problemas...”, Gina olhou para Molly, em estado de choque. A mãe parecia meio... maníaca? “Quero dizer, assim você vai parar de tentar fugir, certo?”

Gina corou furiosamente.

Então era para isso que a mãe queria tanto o Guarda Costas.

Para que ela não fosse mais tão rebelde.

“Mãe... será que eu posso ir para o meu quarto, um pouquinho?”, pede, sem jeito.

“Claro!”, sorri a senhora Weasley, enquanto volta a comer sua panqueca, bem mais feliz do que há cinco minutos atrás.

Gina subiu as escadas correndo e se jogou em sua cama, não antes de fechar a porta e trancá-la à chave, pegou um pergaminho e uma pena e, sem pensar direito, começou a rabiscar um bilhete.

“Draco,
Você estava certo desde o principio!
A idéia é péssima!
Minha mãe vai escolher o Guarda Costas!
Com certeza ele vai ser um idiota, metido, e, com certeza, não vai nem mesmo aceitar subornos!
Nossa vida acabou, e é tudo culpa minha.
Sinto muito, Draco!
Sério.
Arrependida,
G.W.”


Ficou deitada na cama esperando por alguma resposta, e, também, implorando para que a mãe não surgisse em sua porta, avisando que o traste que ela mesma tinha tido o cuidado de escolher estava esperando por ela.

No entanto, não teve nenhuma sorte.

Mal havia se deitado e fechado os olhos, tentando fingir que tudo aquilo era um pesadelo e arrependendo-se de não ter ouvido Draco, sua mãe bate com suavidade à porta.

“Gina, querida, o Guarda Costas já chegou!”

XxXxX


Gina saiu com a cara amarrada e decepcionada consigo mesmo.

Era de se esperar que, conseguindo o que queria, fosse ficar feliz e, além do mais, foram poucas as vezes que seu pai havia atendido seus pedidos.

E, agora que ela conseguia um grande passo – diminuir uma escolta por um único homem -, não estava nem um pouco satisfeita consigo mesma.

“Querida, por que está tão chateada?”, perguntou a senhora Weasley, sorridente, enquanto andava balançando o corpanzil para os lados.

“Não é nada, mamãe!”, e sorriu “Obrigada por ter conseguido arrumar isso para mim!”

“Claro, sem problemas!”, sorriu “Além do mais, você já tem dezenove anos, está mesmo na hora de não ser mais tão protegida e viver sua vida, não é?”

Gina sorriu.

“Obrigada, mãe!”, a abraçou a mulher, aconchegando-se contra os braços carinhosos e protetores da mãe.

XxXxX


Gina tentou se acalmar, mas, ao ver todos os irmãos sentados à mesa, fitando-a com curiosidade, corou e sentiu-se ainda mais arrependida.

“Que beleza, meu primeiro plano dá certo e eu mal consigo me sentir satisfeita... ainda mais agora, que todos os meus irmãos vão ver o desastre total que mamãe deve ter contratado. Até porque, como bem a conheço, deve ainda por cima ter escolhido um daqueles caras bem grudentos, que não vão me deixar nem mesmo ir até o banheiro sozinha!” , pensou uma voz revoltada em sua cabeça.

“Gina!”, foi Rony quem a chamou “Soube que você pediu por um Guarda Costas! Mandou bem!”, piscou ele, rindo “Só não vai cair no clichê de se apaixonar por ele, como naqueles filmes trouxas idiot... Ai, Mione!”, resmungou o ruivo, massageando a área que a morena havia chutado, por debaixo da mesa.

“Eu gosto desses filmes trouxas idiotas!”, esbravejou ela.

TPM.

Ou, possivelmente, a terrível era dos 4 meses.

Gina deu um sorrisinho, enquanto era empurrada para o imenso jardim da mansão pela mãe. Seu pai já estava lá fora, assim como um carro preto lindo e...

Ninguém mais, ninguém menos do que:

Dean?

O cara que Draco Malfoy mais odiava ia ser seu Guarda Costas?

Hahahaha!

Se era uma missão difícil antes, agora acabara de se tornar algo impossível.

Gina ficou tão desesperada que quis chorar.

“Bom dia, senhorita Weasley!”, cumprimentou o homem, com uma leve reverência.

“Bom dia”, muxuxou Gina, em resposta.

Dean era, de fato, muito bonito.

Claro que era, pelo menos, uns dez anos mais velho – mas isso fazia dele um homem de 29 anos, não um velho de 80 – e mulheres morreriam para receber um olhar dele: cabelos castanhos e olhos claros brilhantes e sóbrios.

“Creio que...”, Gina limpou a garganta, tentando fazer uma voz animada “O senhor é o meu Guarda Costas!”

Isso era ainda pior.

Se um mauricinho dificilmente seria convencido, Dean não deixaria que ela ficasse em paz com Draco nem sob a Maldição Imperius.

“Hahaha! Eu sempre fodo com tudo! É ÍNCRÍVEL!” , uma voz agoniada berrou em sua mente.

Dean fitou-a, e depois balançou a cabeça.

“Não. Ele é.”, e apontou para dentro do carro.

Gina viu apenas uma silhueta e olhou para a mãe, confusa.

A mulher sorriu, satisfeita por ter conseguido satisfazer a filha.

Gina deu um sorriso falso de volta e caminhou, incerta, em direção ao carro.

Respirou fundo já imaginando o monstro que encontraria, até que a porta do motorista se abriu e ela parou em choque.

A respiração foi momentaneamente suspensa.

Ele saiu do carro e deu um sorrisinho vitorioso.

“Eu disse que a idéia não era uma boa? Sinto muito, estava errado.”, disse o loiro, dando um meio sorriso.

Gina sentiu o coração dando pontadas.

Amava tanto sua mãe naquele momento.

Claro!

A reunião!

Sua mãe tinha feito a reunião na noite anterior para escolher o Guarda Costas!

Gina voltou-se para a mãe, mas agora seu sorriso era sincero e agradecido.

“Mãe, obrigada! Papai!”, e deu um abraço forte no ruivo gorduchinho que deu um sorriso encabulado.

“Ora, querida, tenho certeza que se o senhor Malfoy conseguiu te segurar por quatro dias, conseguirá por mais algum tempo!”, piscou o pai, e Draco apenas deu um meio sorriso, em resposta “Claro que ele teve um pequeno aumento em seu salário para tanto, mas... se vai te deixar contente”, sussurrou para Gina.

Gina deu um sorriso imenso e abraçou o pai, novamente.

“Não tem problema, pai! Só de não ter aquela tropa no meu pé, já foi bárbaro! Obrigada! Obrigada!”, e encheu a bochecha do pai de beijos.

Quando Gina estava caminhando em direção ao Draco, sem conter o riso de felicidade, ouviu uma voz familiar:

“Gina-a-a-a-a-a-a!”, e, quando Gina voltou-se viu Hermione sorrindo que nem boba.

Correu para ela, mas, antes que conseguisse falar qualquer coisa, a morena a abraçou.

“Boa sorte! Foi super difícil mostrar para sua mãe que ele era a melhor opção, então, faça bom proveito!”, sussurrou a amiga.

“Você ajudou?”, perguntou Gina, perplexa, abraçando a amiga com mais força.

“Claro, né? Ou você acha que eu não percebi nada na cozinha, no dia do baile? Sinceramente, Gina!”, repreendeu Hermione “Vocês foram muito descuidados!”

“Mione! Nós estávamos brigando!”, riu Gina, e Hermione a acompanhou.

“Aliás, tome mais cuidado, eu precisei ficar a noite inteira para que Rony passe de desconfiar de vocês dois!”, riu a amiga e a abraçou de novo “Agora, vai aproveitar o que é seu, amiga!”

Gina sorriu e correu para o carro.

“Mãe, pai, agora eu vou para a casa do Collin! Volto para o almoço, acho!”, mentiu a ruiva, pulando para dentro do carro, enquanto os pais sorriam, satisfeitos.

Nunca haviam visto a filha tão feliz!

“Puxa, e pensar que só era preciso lhe dar um pouco mais de liberdade...”, murmurou a senhora Weasley, limpando os olhinhos úmidos com um lencinho.

Hermione deu um sorrisinho.

XxXxX


Gina inclinou um pouco o banco do passageiro e fitou o céu azul e com algumas poucas nuvens brancas.

“Gina?”, chamou o loiro, e Gina sorriu, maravilhada.

Era verdade.

E era seu plano.

Só seu.

E estava dando maravilhosamente certo!

“Hm”, fez ela, para mostrar que estava ouvindo.

“Eu sinto muito pelo o que te disse. Sua idéia foi maravilhosa”, sorriu ele.

Gina voltou o banco na posição normal e soltou o cinto, depois, aproximou sua boca da orelha de Draco e disse:

“Nhaa... pede desculpas”

Draco fez uma cara enojada.

“Malfoys nunca se desculpam”, recitou.

“E também não costumam namorar Weasleys”, acrescentou, rindo.

“Nem gostar de coelhos”, disse, sério, mas Gina sabia que estava brincando.

“Mas também não costumam ser legais, como você é”, aconchegou-se no ombro dele.

“Embora, sejamos lindos”, acrescenta ele, tirando uma risadinha da ruiva.

Gina revirou os olhos e se afastou, aconchegando-se contra o acento de couro.

“Vamos, motorista! Me leve até o Collin!”

Draco ficou emburrado.

“Nosso primeiro encontro sério, e você quer ir ver o Collin? Ele vai ficar dando em cima de mim, não quero”, emburrou-se o loiro.

“Onde, então?”, riu-se Gina.

“Hum... Eu tive uma idéia”, piscou o loiro, e jogou o celular no colo da ruiva.

“Para que isso?”

“Liga para o seu pai e diz que, talvez, você vá voltar bem tarde hoje”, disse o loiro, apertando o freio e esperando para que ela fizesse a ligação.

“Para onde vamos?”, perguntou, curiosa.

“Hum... para um hotel aí”, disse ele, com um meio sorriso.

Gina inclinou-se e tocou o nariz de Draco com o seu.

“Você é um depravado, Draco Malfoy”, sussurrou, fazendo o loiro dar outro daqueles meio sorrisos sexys dele.

“Você é uma coelha, Weasley. Não deveria nem falar e, aliás, pelo o que eu saiba...”, começou ele, mas Gina o interrompeu.

“Nããããão... Não quero ouvir suas piadinhas agora”, murmurou ela, aproximando um pouco mais seus lábios dos dele.

“E o que você quer fazer?”, perguntou ele, entrando no joguinho.

Gina deu uma risadinha, quando ele a puxou para um beijo longo.

Ainda melhor do que o da cozinha.

Melhor do que todos os outros juntos.

Estavam juntos agora.

Fim?


ACABOU?!?

Ahaiuahiuah

Não, aguardem pela continuação! ;D

A Filha do Ministro II! ;D

EM BREVE! :D

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Comentários (1)

  • Ana Watson

    *OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO* Essa é a melhor fanfic que eu ja li no mundo inteeeeeiro *O* sério, se você não postar a continuação, é melhor você dormir de olhos abertos G.G sério KK adc meu msn? [email protected]

    2012-02-01
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