Uma Nova Vida









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SEMPRE HÁ UM AMANHÃ


EPILOGO


UMA NOVA VIDA


 


Três anos depois


 


- Estou lhe dizendo! – porque o homem não
acreditava nele?- eu já fui importante dentro do mundo mágico. Já fui
famoso... Tinha dinheiro... E tinha uma mulher também! E que mulher...


- Sei, amizade. – o outro mendigo zombou
– e o que aconteceu? Hein?


- Ela se vingou de mim... Inc... Me jogou na
sarjeta – ele tomou mais um gole da bebida, estava mesmo frio – eu fui
acusado... Inc... De querer homem... Inc... E pra minha posição... Inc... Isso
é demais... Inc!


O outro mendigo riu. Ele
convivia há dois anos naquele beco, com aquele lunático. Mas era bom... o cara
tinha boas historias para contar.


- Eu gosto quando me fala da escola...
Aquilo sim é que é invenção!


- Não... Inc... É invenção! Inc... –
Rony se levantou furioso e cambaleou. Estava muito bêbado. - e... Inc... Eu não
gosto que... Inc... Zombe... Inc... De mim!


Ele apontou o dedo para o outro
cara. Errado a direção em uns dez metros.


- Vou embora daqui... Inc... Nunca mais vai
me ver... Inc!


E cambaleando, ele saiu do beco
e seguiu pra rua afora.


- Há! Nunca mais vai me ver! Garanto que amanhã
vai estar de volta! Garanto!


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- Gina, Fred e Jorge Weasley – anunciou o
mordomo que tinha a pretensão de ser inglês.


Os três, que eram a sensação
da sociedade de Nova York, foram muitíssimo bem recebidos pelo grupo de Louise
Hollander.


Haviam se tornado pessoas exatamente
iguais aos do grupo de Louise: Esnobes, fúteis e arrogantes.


Eram considerados acima da elite
no mundo dos bruxos e amavam todo o prestigio e poder que o dinheiro lhe oferecia.



Logo, Bud – irmão de Louise
– puxou Fred e Jorge para uma longa conversa sobre negócios. E Gina ficou passeando,
com uma taça de champagne, pelo salão.


- Então os Weasley pobretões colocaram a mão
em algum ouro afinal! – disse uma voz que há muito tempo ela não ouvia – Se
não visse, não iria mesmo acreditar!


- Draco Malfoy! – Gina virou-se com um sorriso
zombeteiro – como vai? Acho que não muito bem, não é mesmo? – ela gargalhou
– fiquei sabendo que Harry e Hermione lhe deixaram bem mais pobres no Brasil!


- Aqueles dois – Draco rosnou, com as bochechas
cor-de-rosa – É apenas porque não tenho provas... Senão eles estariam pagando
caro por isso!


- Uhhhh – provocou ela – Você me dá medo,
sabia?


- Não era isso o que dizia, quando ficava embaixo
de mim, na minha cama – ele zombou.


Gina corou. Anos de sofisticação
e ainda corava com perto dele!


- Bem típico de você, ser grosso desse modo!


Ela se virou para sair
de perto, mas Draco a puxou com força para uma sala reservada.


Com fúria ele beijou-a
de maneira irresistível e avassaladora. A boca tomando e reivindicando posse. A
língua explorando sedenta todos os recantos e os corpos tão juntos que pareciam
querer se fundir.


- O que você acha Jorge? Essa pode ser a chance
de ganharmos ainda mais dinheiro.


- Não sei Fred... Não gosto de negócios com
Bud... é bom amigo, mas não confio nada nele.


As vozes chegavam cada vez mais
perto dos dois, e fizeram Gina sair do torpor em que se encontrava.


- Não tente fazer isso novamente, Malfoy! Nunca
mais.


E saiu apressada da sala,
deixando Draco com seus pensamentos.


- Há! Nunca mais... A quem você quer
enganar Gina?


_______________________________________________________________





- Esse é o fim que mereço! – disse para
si mesmo, Igor Karkaroff – ficar sozinho aqui, nesse fim de mundo búlgaro! Esquecido
por todos, e sem ninguém com quem jogar, nem ao menos uma partida de xadrez!


Ele continuava a resmungar, cada
vez que tinha que se levantar para colocar mais lenha na fogueira, ou fazer algum
outro trabalho domestico naquela pequena cabana esquecida.


Já estava ficando meio louco por
falta de companhia, e também muito ranzinza e cheio de manias.


- Abra! Por Merlin! Abra a porta! – pediram
do lado de fora.


Irritado por ter que
se levantar novamente (havia acabado de colocar lenha no fogo), Karkaroff foi abrir
a porta. Embora não gostasse de visitas, estava se sentindo um pouco só naquele
dia.


Como se o demônio estivesse
atrás de si, Vitor Krum correu para dentro da quente cabana. Deixando a Karkaroff
a difícil tarefa de lutar contra o vento para fechar a porta.


- Karkaroff – começou Krum humilde – você
tem que me ajudar! Estou devendo muito dinheiro para investidores e eles estão
atrás de mim. Tomaram minha varinha.


- Eles sabem que veio até aqui? – perguntou
seco.


- Eu acho que sim... Os cachorros... E são
muitos... Estão me farejando... Tem que me ajudar, por favor!


Nesse momento, soaram varias pancadas
na porta da cabana. Com um meneio simples de varinha, Karkaroff fez Krum desaparatar!



- Isso terá seu preço, Vitor! – avisou antes
que o ex-aluno sumisse.


Com passos lentos de um velho foi
abrir a porta. Dois homens e quatro cachorros se atropelaram para entrar ao mesmo
tempo.


- Viu um homem de uns vinte e sete anos por
aqui? – perguntou o caçador mais alto e mais gordo.


- Não... os únicos que vieram perturbar meu
exílio foi vocês! – ele apontou para os cachorros – e essas coisas peludas!


- Vamos dar uma geral aqui.


Como a cabana era diminuta
os homens rapidamente viram que não tinha ninguém alem do velho ali. Com isso
foram embora, sem mais reclamar!


Com outro meneio de varinha,
Karkaroff trouxe Krum de volta à cabana.


- Já posso cobrar minha divida? – havia um
sorriso do mal no rosto velho.


- Claro – mas Krum já esperava pelo que iria
vir... Estava preparado.


- Quero que fique aqui e me faça companhia.
Até que eu morra.


Krum suspirou. O
homem lhe ajudara, devia-lhe isso! E já estava encalacrado demais para não
pagar suas dividas!


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- Seja bem vinda há minha humilde casa! –
saudou Sirius teatralmente – então resolveu me presentear com sua ilustríssima
pessoa!


- Deixe de idiotice Sirius – responde Tonks,
mas seu sorriso dizia que estava feliz de estar ali – Não se pode visitar os
amigos de vez em quando?


- Quem não te conhece que te compre, Tonks
– ele riu – mas vamos entrar, estava com saudades.


Estavam na casa de campo de Sirius,
que a havia convidado para mais um fim de semana. Toda semana ele lhe convidava,
mas ela raramente aceitava.


- Estava pensando em visitar Harry e Hermione
no Brasil, gostaria de ir comigo?


- Eu adoraria... Tem tanto tempo que não vejo
meu afilhado. Acho que não sou uma boa madrinha.


- É boa sim... A melhor que o pequeno James
poderia ter – ele pegou na mão dela – vamos juntos?


Ela olhou para as mãos entrelaçadas
e olhou para os olhos dele. Olhos que ainda escondiam tanta dor, assim como de todas
as outras pessoas: olhos marcados pela guerra.


- Eu adoraria ir visitar meu afilhado, junto
com o padrinho dele.


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Com um chicote nas mãos, e ajoelhado diante de Deus, ele batia com toda a força
em suas costas. Tinha que se punir, não era puro: havia deixado a bandida fugir!


                
Duda repetia as mesmas coisas para si mesmo, fazendo de sua cela no monastério
o seu calvário.


                
Deus jamais iria lhe perdoar. Ele havia deixado a mulher impune. Só de lembrar
dela, já sentia uma ereção se principiar.


               
Com mais força e fervor, ele bateu em suas próprias costas. Tinha que se punir
por esses pensamentos.


               
Padre Juarez, ouvia parado os urros abafados que Duda dava em sua cela. Já
havia explicado para o homem que Deus era amor, e não dor.


- Talvez ele seja apenas uma alma
atormentada. Quem poderia saber?


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-
Harry! –
Chamou
Hermione – Harry!
Sirius acabou de ligar!!!


Harry fez cara de
confuso, como se não tivesse conseguido escutar!


- Venha aqui! – chamou Hermione fazendo
sinais.


Ele pegou o pequeno James do balanço e foi
correndo com o filho no pescoço até onde Hermione estava sentada. O menino ria
feliz com o pai.


- Sirius acabou de ligar no celular – ela
apontou o pequeno objeto e James tentou agarra-lo – Ele e Tonks virão nos
visitar!


- Mas isso é ótimo – ele a beijou na
boca – e quando virão?


- Não sabem... mas acho que ainda demoram.
Ele parecia falar de uma lua-de-mel, porque estava bem meloso no telefone.


Harry riu. E James imitou o pai. Hermione
riu também. A vida estava maravilhosa para eles.


- bebe! – disse James, parando de rir um
pouco e apontando para oventre enorme de Hermione.


Os pais pararam de rir no mesmo instante.


- Oh meu Deus! – Hermione olhou espantada
para o filhos – você falou meu anjo! Você falou!


Harry riu com o menino e ele ia repetindo,
cada vez mais forte “bebe”!


- Isso! É a sua irmãzinha que está ai meu
querido. Ela não é linda? – perguntou Harry ao colocar a mão no ventre da
mulher. – Não é?


Mas James na sua pequena linguagem infantil,
disse apenas:


- Bebê!


 


 


 


FIM


 


 






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