A Toca - Licença permitida
A noite se passou rapidamente, Harry nem notou que não dormira sequer um minutinho. Esperou então, que algo o despertasse sono. Passadas algumas horas, Harry se levantou de sua cama e estava sem sono algum. Dormira completamente bem. Ainda não se esquecera de que Dumbledore morreu e fora enterrado em Hogwarts dias atrás. Esta grande perda, realmente sem dúvida alguma, deixava Harry meio que em dúvida. Não sabia aonde ir exatamente, melhor dizendo, não sabia como acharia as Horcruxes que faltavam. Harry Potter esperou um momento antes de qualquer coisa, e resolveu esperar mais duas horas. Caso Rony não aparecesse, nem Hermione, iria embora de qualquer jeito.
Duas horas se passaram e Harry fora despertado de seu cochilo com um "Craque". Já estava acostumado com isso, mas era apenas Hermione aparatando em cima de sua mão.
-Harry! Que bom ver você! - exclamou a garota.
-Bom ver você também Hermione. Agora, se você não se incomodasse, poderia tirar seu joelho de cima de minha mão? É que preciso dela para a nossa caça às Horcruxes. - disse Harry, retirando sua mão debaixo do joelho de Hermione.
-Desculpe. Harry, o Rony me mandou mensagens e disse que era para nos encontrarmos n'A Toca. Podemos ir? -indagou Hermione.
-Claro. Mas, esqueceu que não tenho licença para aparatar? - questionou Harry.
-Não se preocupe, Rony pediu ao Sr. Weasley que permitisse sua licença no Ministério para aparatar, mas só com a condição de que você tenha 17 anos. Aqui, pegue este pergaminho. - Hermione parou de falar e entregou a Harry uma folha de pergaminho pequena.
"Harry
Desculpe não falar disto pessoalmente quando viesse aqui, mas
creio que não estarei aqui quando vier nos visitar. Por isso, tomei
liberdade de retirar sua licença para aparatar. Não se preocupe,
desde que não tente aparatar dentro dos limites de Hogwarts, poderá
ir aonde quiser. Estamos te esperando, gostaria de conversar a sós com
você, mas não sei se poderei. Só antecipando o assunto, é sobre Gina.
Atenciosamente,
Sr. Weasley"
-Hermione. Você já leu esta carta antes de mim? - indagou Harry.
Hermione olhou-o com uma cara pasma e respondeu.
-Francamente Harry. Acha mesmo que eu leria suas mensagens? - retrucou Hermione.
Harry retornou a olha-la com um olhar de "me desculpe". Hermione entendeu o olhar, então, voltou a sorrir.
-Mione, o Sr. Weasley sabe que partiremos e talvez nem voltemos? - perguntou Harry a Mione, com um olhar assustado.
-Creio que Não Harry. Você mesmo disse que... que... - Hermione pareceu não conseguir dizer a palavra que queria. - que... desculpe Harry.
Harry entendeu e assentiu.
-Mione. Não tem de se desculpar, você quer dizer "Dumbledore" ? Não foi sua culpa o acontecido. - respondeu Harry.
Os olhos de Hermione começaram a lacrimejar. Sentia falta do professor Dumbledore. Mesmo ele quase nunca falando com ela. Sentia-se segura e muito bem guardada ao seu lado.
-Está bem. Então, você mesmo disse que... que DUMBLEDORE permitiu a você contar o que estava vendo e ouvindo com ele somente para nós dois, eu e Rony. - respondeu Hermione.
Harry assentiu novamente. Levantou-se e olhando para a sala, para os corredores, percebeu que não havia ninguém. Então empunhou sua varinha e gritando "Accio mochila", sua mochila veio voando, com Edwiges em cima, piando tão alto que fez Tio Valter entrar em casa com as duas mãos cheias de graxa e um macacão velho azul, todo sujo e borrado de preto.
-Mas... O que é isso, moleque? - indagou Tio Valter. - Namorando na minha sala? Mas que pouca vergonha! - exclamou.
Harry e Hermione se entreolharam e depois, fitaram Tio Valter. Os dois não disseram nada, Harry só colocou a mochila nas costas e acompanhou Hermione a saída casa. Parando depois do batente da porta, Harry olhou para Tio Valter, e disse:
-Adeus Tio Valter! Espero nunca mais te ver. Mas, infelizmente, lhe prometo uma coisa: Eu voltarei e você terá que me agüentar durante muito tempo.
Tio Valter ficou parado, ouvindo a promessa de Harry, ainda sem movimento, sem conseguir mover uma palha.
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