CT & DH



Centro de Treinamento e Destruição de Horcruxes




Era noite. A chuva batia violentamente na janela do antigo quarto do falecido Sirius, no Largo Grimmauld, 12. Harry Potter, um garoto magricela, de cabelos rebeldes e negros, com olhos verdes e uma cicatriz em forma de raio na testa, havia decidido ficar na casa que recebera do padrinho até que chegasse ao seu tão esperado aniversário de 17 anos, quando possuirá a maioridade. O desejo de Dumbledore era que ele voltasse para a casa dos tios, para finalizar a magia colocada por ele, mas agora que se foi, Harry tinha certeza que a magia foi finalizada, e de nada adiantava voltar para a rua dos Alfeneiros, 4.

- Meus pais... Sirius... Dumbledore!!! – Harry, que se encontrava dentro do quarto do padrinho ( agora seu, mas ele não gostava de chamar aquele quarto e tão pouco a casa de “sua” ), estava junto dos fiéis amigos Rony e Hermione, conversando sobre a ida de Harry para a antiga casa de seus pais, como ele mesmo dissera durante o enterro do diretor de Hogwarts.

- Harry, eu sei que você está furioso com as mortes causadas por Voldemort e seus Comensais... – disse Hermione, que colocara a mão sobre o ombro do amigo – Todos nós estamos...

- Caso contrário, não estaríamos junto com você em busca das malditas Horcrux! – justificou um Rony que aparentava ter crescido muito mais que alguns centímetros desde a saída de Hogwarts, que fora fechada pelo Ministério da Magia, em uma reunião para contar votos sobre fechar ou não a escola, e por unanimidade a escola fechara.

- Quero ir logo na busca dessas Horcrux, para parar Voldemort!

- Harry... Lembra o que Dumbledore lhe disse? “...embora a alma dele esteja irrecuperavelmente danificada, seu cérebro e seus poderes mágicos permanecerão intactos. Serão necessários perícia e poder incomuns para matar um bruxo como Voldemort, mesmo sem as Horcruxes.” – retrucou Hermione

- E você nem consegue lançar uma Maldição Imperdoável forte a ponto de funcionar como esperado! – Lembrou Rony

- Certo, certo... Precisamos treinar! Mas, onde?

- Hummm... A sede da Ordem da Fênix com certeza tem algum local secreto ou coisa assim, não?

- Talvez... HARRY!!! Quem é que vive nesta casa a nos e deve conhecer cada canto dela quanto qualquer um?

- MONSTRO!!!

Num curto espaço de segundos, o Elfo Doméstico velho e rabugento, com pêlos saindo pelas orelhas materializou-se diante de Harry, resmungando baixo e com um olhar de desprezo para o próprio dono.

- Chamou, Mestre Potter? – Monstro fez uma reverência profunda, seguida de resmungos e xingamentos baixos.

- Sim, Monstro! Quero que me diga se esta maldita mansão possui algum cômodo ou seja lá o que for, mas que seja secreto e que ninguém com exceção de mim, Rony e Hermione possamos entrar!

- ESCÓRIA! SANGUES RUINS E TRAIDORES DO PRÓPRIO SANGUE! É ISSO QUE MONSTRO TEM QUE ATURAR?

- Monstro, eu quero que sempre responda o que pergunto sem demora e sem resmungos rabugentos!

Monstro fez uma reverência mais profunda que a primeira, tão manjada que chegava a ser irônica e logo após respondeu:

- Sim, Mestre Potter...

- Certo, onde?

- Atrás do quadro de minha senhora...

- Onde?

- ATRÁS DO QUADRO DE MINHA SENHORA!

- E como se chega neste local?

- MONSTRO NÃO É OBRIGADO A FALAR!!! NÃO, NÃO!!! – Monstro tentou resistir, mas a magia que rege os Elfos Domésticos de sempre obedecer aos seus donos foi maior – Afff... Atrás do quadro de minha Senhora, há uma pedra que se solta ao tocar da varinha, e junto, várias outras pedras vão se desmaterializando, até que o espaço atrás do quadro de minha Senhora vire um túnel que leva ao cofre da família Black. Nele existem magias protetoras que fazem com que somente um herdeiro dos Black ou um próprio Black possa adentrar no gigantesco cofre da família Black... NÃO! MONSTRO NÃO DISSE! MONSTRO NÃO PODE TER REVELADO O SEGREDO DE MEUS SENHORES PARA RALÉ!


- Hummm... Obrigado Monstro, mas, como se tira o quadro do lugar para que possamos entrar?







- Moody! Onde está Moody? Precisamos falar com ele urgentemente!

- Mas o que vocês querem com Olho-Tonto? – perguntou desconfiado o ex-professor Lupin

- Precisamos de uma informação!

- E que informação seria essa que eu não possa dar?

Hermione pensou um pouco, e imaginou que Lupin saberia o que eles queriam saber.

- Professor Lupin, nós queremos saber como se faz para realizar um feitiço do Fiel do Segredo!

Lupin os analisou por um momento, então quis esclarecer a situação:

- Posso saber para que vocês precisam do feitiço do Fiel do Segredo?

- NÃO!!! – O trio respondeu ao mesmo tempo, deixando Lupin surpreso e desconfiado, mas então resolveu ensinar o que os três jovens queriam saber.






Os três correram para o quadro da Senhora Black, e seguindo as instruções de Monstro, ajoelharam-se sem fazer qualquer ruído e Harry – que era herdeiro de Sirius Black – estendeu o braço esquerdo diante da até então silenciosa e atenta Senhora Black e, com a mão direita, pousou a varinha sobre o local um pouco mais abaixo do punho, onde se encontrava uma grossa veia:

- Eu, Harry Tiago Potter, herdeiro de Sirius Arcturus Black, irmão de Régulus Arcrturus Black, ambos filhos de Vossa Senhoria.

- Muito bem, Harry!

Por um instante, parecia que a Senhora Black ia abrir a boca a gritar, mas no instante que ela se moveu, e o quadro girou para deixa-los passar - exatamente como na torre da Grifinória, com a Mulher Gorda -, Hermione levantou a varinha para ela e murmurou um feitiço que fez o quadro parecer petrificado. Rony e Harry olharam para ela sem saber o que a amiga tinha feito, e seguiram encostando a varinha em todas as pedras da parede, até que, ao encostarem a varinha juntos na pedra do meio, esta caiu e essa foi a deixa para as outras pedras se desmaterializarem, revelando um túnel particularmente mal iluminado e que ia em direção ao subsolo. Os três entraram, e antes que o túnel se fechasse, Harry lançou o feitiço do Fiel do Segredo na pedra que havia caído para eles entrarem. Harry, que era o fiél do segredo da pedra que abria caminho para as outras pedras se desmaterializarem, disse aos dois amigos o que eles já sabiam, sobre a localidade da pedra, assim, apenas os três viam a pedra que devia ser tocada, enquanto qualquer outro que tentasse entrar ali, visse apenas as outras pedras. Quando os três já estavam na metade do caminho do túnel, Rony se virou para Hermione e perguntou:

- O que era aquele feitiço que você lançou no quadro?

- Ah, era para que o quadro ficasse aberto até que todos nós estivéssemos dentro do túnel, ao invés de ficar aberto apenas para o herdeiro entrar.

- Harry, você ouviu o que ela disse? Ela nem perguntou se você deixaria ela entrar no seu cofre!

Harry riu junto com Rony, mas Hermione lançou um olhar que finalizou a risada de ambos os dois.
Os três já haviam descido mais de nove metros quando finalmente encostaram o pé em um pequeno monte de Galeões, o que fez os olhos de Rony brilharem. Quando todos desceram o pequeno monte de dinheiro, se viram em uma enorme sala de aproximadamente mil metros quadrados lotados de galeões e uma linda fonte central em forma de anjo com uma bata coberta de diamantes e com o símbolo dos Black feito em ouro branco bem no peito no anjo.

- Pelas barbas de Merlim! Quanto dinheiro! – exclamou Rony delirante

- Harry, você com certeza tem uma imensa fortuna só dentro desta sala enorme! – falou Hermione não menos delirante que Rony

- Hummm... Temos que dar um fim nesse dinheiro todo...

A face de Rony murchou, e Hermione parecia triste.

- Dobby!

O engraçado Elfo Doméstico que Harry libertara no seu segundo ano em Hogwarts - e que agora que a escola havia fechado ele se ofereceu para trabalhar como Elfo Doméstico de Harry, mas Harry deixara ele usar as roupas que quisesse - apareceu quase instantaneamente, fazendo uma profunda reverência, quase beijando os próprios pés cobertos de meias de diversas cores.

- O Senhor me chamou, Mestre Potter...? – Dobby ficara fascinado com o local em que se encontrava, fazendo seus olhos brilharem, Harry ordenou:

- Dobby, quero que divida esta fortuna em quatro! Um quarto quero que deposite na conta de Rony, em Gringotes... – Rony olhou para o amigo fascinado – Outro quarto na conta de Hermione – Hermione olhou incrédula para Harry – mais um quarto quero que você troque por dinheiro trouxa e a última parte é toda sua!

- Meu senhor... – Dobby agora chorava intensamente – Ha-Harry Po-Potte-er! Do-Dobby nuncaserviu a um me-mestre tão ge-ge-generoso! Me-meu senhor... – Dobby agora não conseguia mais falar, simplesmente correu a abraçar os joelhos de Harry e logo apos isso, sumiu junto com todo o dinheiro.

A sala agora que estava vazia, exceto pela fonte no centro e os três amigos, perecia muito maior, com muito mais espaço do que antes. Harry caminhou um pouco pela sala depois girou nos calcanhares e fitou Rony e Hermiones, que pareciam estar em estado de choque:

- Venham, Hermione, você pode encher esta sala de almofadas, livros de feitiços, aparelhos de... Bem, você pode transformá-la em uma sede da AD?

- Claro! Espere um minuto... – Hermione puxou a varinha e conjurou todo tipo de objetos: cordas, almofadas, livros, espelhos de inimigos e etc. As paredes laterais foram cobertas por estantes com livros. O fundo da sala era coberto por espelhos de inimigos. Em volta da fonte, havia mesas cobertas por aparelhos parecidos com o do escritório do falso Moody no quarto ano. O piso de pedra ficou coberto por um tapete macio avermelhado. O teto levou mais de dois minutos para Hermione finalizar a magia. Sem Rony e Harry saber como, ela enfeitiçou o teto para parecer o céu fora da casa, igualmente como em Hogwarts.

- Co-Como você fez isso? – Perguntaram Harry e Rony incrédulos

- Ah, leiam “Hogwarts, Uma História”!

- Certamente que vamos ler! – disse Rony cruzando os dedos e fazendo Harry rir

- Bom, temos que dar um nome para o nosso esconderijo e local de treinamento!

- Que tal, “EAH – Esquadrão anti-Horcruxes”?

- Nah, muito feio, prefiro algo parecido com a Ordem da Fênix...

- Que tal algo que homenageie um grande bruxo, como a Ordem de Merlin?

- Já sei! A “Ordem de Potter”!

- Boa!

- Eu não sou um grande bruxo! E Ordem de Potter não fica legal...

- Pronto! Será a “PÉUGBMÉBPNPI – Potter É Um Grande Bruxo Mas É Burro Para Não Perceber Isso”

Hermione caiu na gargalhada, mas Harry decidiu optar por uma opção mais simples:

- Já sei! Esta sala é simplesmente o nosso Centro de Treinamento e Destruição de Horcruxes!

- Certo Harry, mas, onde está a parte em que destruímos as Horcruxes?

Harry caminhou de um lado para o outro e seus olhos pararam diante da fonte central. Ele correu para ela e empurrou as mesas para o lado, abrindo caminho por entra elas. Ele se ajoelhou e passou a mão pelo chão que contornava a fonte. Ele então apontou a varinha para a fonte e fez com que a água que saía da boca do anjo e se desmaterializava magicamente antes de tocar o chão virasse um líquido escaldante e super corrosivo. Hermione, que entendera a intenção do amigo, conjurou uma alta bacia de pedra que alcançava o peito do anjo. Rony correu e apontou a varinha para o fundo da bacia que se enchia com o líquido escaldante que saía da boca do anjo e conjurou uma pequena taça de água vazia. O líquido perfurou a taça por todos os lugares que tocava, e antes mesmo da taça afundar, ela já havia se derretido e virava apenas uma substância diferente no meio do líquido quente, que tratou de extinguir os restos derretidos da taça. Os três sorriram um para o outro. O sorriso desapareceu quando a bacia se encheu do líquido avermelhado super corrosivo e trasbordou. Os três pareciam em estado de choque, até que o líquido se aproximou do chão e se desmaterializou antes de toca-lo. Aliviados, os três iniciaram o treinamento das Maldições Imperdoáveis em vermes que Hermione conjurara e aumentara repetindo várias vezes “Engorgio”. No início pareciam preocupados com o fato de estarem utilizando feitiços ilegais, mas Harry se lembrou que o ministério, além de não poder localizar a casa, não monitorava as ações de menores ou maiores dentro das casas habitadas por adultos bruxos. E ainda pensou no quarto ano em Hogwarts, em que o falso Moody utilizou as três maldições imperdoáveis em três aranhas, mas o Ministério não soube de nada.





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Oi pessoal! Bem, não sei se gostaram, mas isso foi tudo que o meu humilde cérebro conseguiu criar. Levei muito tempo para pensar em um nome extraordinário para o local de treinamento dos três, mas resolvi optar para o básico, algo que lembrasse o que eles fazem ali. Bem, estarei postando capítulos todo Sábado ou Domingo, portanto, até o próximo fim de semana!!!

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