Uma surpresa má e uma boa



Uma surpresa má e uma boa.

Eles estavam quase no fim da viajem, quando Harry, Hermione e Rony já tinham feito a patrulha nos corredores, de repente, o trem parou. Harry se lembrou do terceiro ano, quando o tem parou para um dementador embarcar. Neville e Luna olharam pela a janela enquanto Harry olhava para o corredor para ver o que houve. Em todas as cabines os alunos olhavam para lá e para cá, como se estivessem procurando alguém. Harry olhou para o lado onde viu os professores indo em direção onde o maquinista ficava, e percebeu que nesse ano todos os professores iam junto com os alunos para Hogwarts, provavelmente por questões de segurança. Harry ouviu um grito que veio de longe e, de repente, vários bichinhos muito parecidos com Diabretes da Cornoália, só que esses eram vermelhos, um pouco menor, com os olhos menos arregalados e com vários chifres pequenos que pareciam galhos. Todos os alunos começaram a gritar, entravam uns três bichinhos desses em cada cabine. Dois desses entraram na cabine onde Harry estava, passando por cima da cabeça dele. Harry e Rony ergueram a varinha.
- NÃO! – gritou Hermione.
Os bichinhos pegaram a varinha de Harry e Rony, voando para lá e para cá com eles e Harry ouviu uma voz conhecida gritar:
- Flamelus!
Um jato de luz azul escuro invadiu todo o trem com um vento frio e os bichinhos desapareceram no ar. Na opinião de Harry, parecia que eles tinham virado fumaça. As varinhas de Harry e Rony caíram no chão, e Rony foi pegar a sua o mais rápido que pode. Rony deu um grito e largou a varinha no chão, como se ele tivesse pegado uma cobra ao invés da varinha.
- Vocês estão bem? – disse Tonks, que acabara de aparecer na porta da cabine. Tonks agora estava com uma aparência ótimo: estava com os cabelos presos e com óculos, idêntica a uma professora, só que com vestes igual a da professora McGonagall no primeiro ano de Harry. Harry só a reconheceu pela voz. - Aconteceu alguma coisa com você? Suas varinhas estão firmes?
- Está tudo bem, por sorte você chegou bem na hora. – disse Hermione ofegante.
- Que bom, volto logo, vou ver como estão os outros alunos. – falou dando um aceno com a cabeça e saiu.
- O que era exatamente aquilo? – perguntou Rony. – Aquele bicho queimou minha varinha.
- Esfriquituz. – pronunciou Hermione. – Podem pegar suas varinhas. Bom, aquilo era, ou acho que era, Diabretes do Havaí.
- Sim, era sim. – disse Luna, séria. - Você não leu na revista do meu pai? Eles estão do lado de Você-sabe-quem. Aquele-que-não-deve-ser-nomeado os libertou e agora eles se uniram a Você-sabe-quem. Era exatamente isso que estava provocando o calor intenso. Olhe só – e mostrou para Hermione a capa d’O Pasquim. A capa era uma caricatura dos Diabretes do Havaí saindo de um vulcão no Havaí, carregando umas varinhas na mão e entregando a um homem com uma capa preta e tão longa que não dava para ver seu rosto. Nesse exato momento, o trem voltou a andar.
Harry pegou sua varinha. Ela estava meio gelada por causa do feitiço de Hermione.
- E o que eles fazem? Queimam as varinhas? – disse Rony soprando a palma da mão direita.
- Não, eles roubam as varinhas e as guardam em suas tocas, dentro dos vulcões, mas agora, provavelmente estão entregando a Você-sabe-quem. – disse Luna pensativa. - Sua varinha só ficou quente porque eles têm a temperatura muito elevada.
- Mas por que Voldemort iria se interessar em varinhas? – falou Harry, muito pensativo, tentando imaginar o por quê disso.
- É óbvio, Harry. – falou Hermione séria. - Imagine você lutando contra Voldemort sem uma varinha... Você não teria a menor chance.
- Mas ele é poderoso, pode matar quem quiser com apenas um feitiço.
- Quem quiser, tirando você, Harry. Porque você acha que ele atacou logo o trem em que você está? E não é só, se os professores ficassem sem varinhas, imagine o que ia acontecer.
Harry imaginou os Comensais da Morte atacando Hogwarts, destruindo e matando o que entrasse na sua frente e tudo isso por causa de Harry.
- E isso sem contar que roubar varinhas é praticamente como comer para um Diabrete do Havaí. – conclui Luna com a sua voz sonhadora.
- Espere aí, você disse que Voldemort os libertou? – disse Neville pela primeira vez. – Então eles estavam presos em Azkaban?
- Não Neville. – falou Hermione dando um longo suspiro. – A mais de 1.000 anos atrás, Merlin aprisionou todos os Diabretes do Havaí no inferno porque eles estavam roubando muitas varinhas e provocando um calor de quase 40 graus.
- E o que aconteceu com eles quando Tonks lançou aquele feitiço? Parece que eles se evaporaram, mas como se eles moraram no inferno e nada disso aconteceu, como foi acontecer agora?
- O feitiço de Tonks só os espantou. – explicou Hermione. – Na verdade, eles se transportaram para algum lugar antes que o feitiço os atingisse. Por isso é que pareceu que eles se transformaram em fumaça.
- É...- começou Luna com sua voz sonhadora como sempre. – Agora só faltam os duendes e aí Aquele-que-não-deve-ser-nomeado terá um exército praticamente imbatível.
Harry achou estranho como Luna não falava o nome Voldemort mais não se importava de ouvi-lo.
- Concordo com você Luna. – disse Gina finalmente. – Voldemort está cada vez mais poderoso.
- Provavelmente meu pai irá publicar essa matéria imediatamente. – falou Luna. - Imaginem só: O exército d’Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Vou mandar uma carta para o meu pai.
Harry também concordava com Luna: ele tinha os Comensais da Morte, Inferis, Diabretes do Havaí, e outros que talvez ninguém tenha percebido ainda, entre eles, os duendes. Isso estava ficando cada vez pior, pensava Harry.

- Já voltei. – disse Tonks, na porta da cabine, depois de um tempo. – Por sorte ninguém perdeu sua varinha ou foi queimado. – disse agora se sentando ao lado de Neville.
- E aí Tonks, qual a novidade? – disse Gina, que percebeu que Tonks estava ansiosa para contar alguma coisa.
- Minerva me convidou para ser a professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, por isso estou aqui. Dessa vez não é pela Ordem da Fênix. Isso não é ótimo?
- Tonks! Isso é maravilhoso! – falou Harry, muito alegre. – Não poderia existir pessoa melhor para isso.
- Obrigada, muito obrigada.
- Mas e o seu emprego? – indagou Hermione curiosa.
- Essa é a outra parte boa, o próprio ministro da Magia disse que seria bom um auror em Hogwarts. Ele aprovou, e vou continuar com o meu emprego quando sair se Hogwarts.
- Brilhante! – disse Rony e Harry ao mesmo tempo.
- Parabéns Tonks, você merece. – disse Gina.
- Boa sorte, vai ser um prazer estudar com você. – falou Hermione, sorrindo.
- Obrigada, obrigada. – agradeceu Tonks. – Mas agora eu tenho que ir, Minerva me deu pouco tempo. Tchauzinho, até na sala de aula.
- Até lá. – disse Harry, e Tonks saiu sorrindo pelos corredores.

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