A Cicatriz



As férias de verão estavam no fim. A última semana de férias Harry passaria na casa do amigo Rony. Harry mal podia esperar para voltar a Toca. Todas as vezes que fora lá sempre se divertia muito. Rever Rony, Hermione (que estaria lá), Fred e Jorge seria ótimo e poderiam jogar um Quadribol improvisado (pela falta da goles, balaços e pomo de ouro originais). Com Fred e Jorge era sempre legal inventar as famosas travessuras se sempre. Mas naquela noite quente e abafada de verão, Harry tivera um sonho esquisito. Em que Voldemort havia retornado. Acordou desesperado. O suor frio descia pelo seu rosto. Sua cicatriz ardia sem parar. Era como ter ferro em brasa encostado na testa. Ele passou a mão sobre a cicatriz. Não conseguiria voltar a pegar no sono. Colocou os óculos, se levantou devagar, para Tio Válter e Tia Petúnia não ouvirem. Acendeu o abajur, pegou um pergaminho, molhou a pena no tinteiro e pensou em escrever uma carta para Sirius. Mas será que Edwiges sabia onde ele estaria naquele momento. Então mudando de idéia resolveu escrever para Hermione. Esta sempre lhe dava conselhos inteligentes e completos. Mas os últimos eram perturbadores e simples. Não dava para saber exatamente o que a amiga queria dizer. Era como quando escrevia para Sirius e ele tinha a brilhante idéia de escrever: "pense bem, não seja cego Harry". Aquilo era sem dúvia nenhuma, muito irritante. Será que o seu padrinho, uma das únicas pessoas a quem podia recorrer, não podia falar em outra coisa sem ser "não seja cego"? Ele suspirou e tentou pensar em algo para dizer a Hermione. Pensou em "Mione, tive um sonho estranho em que Voldemort retornou e acordei com a cicatriz doendo." Não, assim ele preocuparia a amiga e ela diria que iria procurar em livros sobre cicatrizes causadas por feitiços. Mas será que um livro o ajudaria naquele momento? A cicatriz fora causada por um feitiço poderosíssimo que derrotara Voldemort. Um bruxo muito poderoso, depois de Dumbledore, é claro. Fora salvo pelo amor de sua mãe. Ela dera a vida para salva-lo. Resolveu não pensar nisso. Guardou a pena, o pergaminho e apagou o abajur. Ele não fazia idéia do que escrever. Olhou pela janela, estava quase amanhecendo. Quando finalmente o Sol apareceu, o despertador no quarto de Tio Válter e Tia Petúnia tocara. Tia Petúnia levantou e veio bater na porta do quarto de Harry.
-Acorda!-gritou.
Harry se vestiu, desceu as escada, se lembrou de pular o último degrau que rangia e chegou a cozinha. Duda estava de dieta. Tia Petúnia dava para eles apenas um quarto de grapefruit todas as manhãs, para Duda não ficar triste e assim todos deveriam seguir a dieta. Mas para a felicidade de Harry, seus amigos, Rony, Hermione, Sirius e Hagrid lhe enviaram vários docinhos dos qual ele poderia desfrutar pelo resto do verão e não ter que aguentar os grapefruits. Harry comeu rapidamente seu grapefruit. Correu para seu quarto para comer os biscoitos que a Sra.Weasley lhe fizera. Comeu e depois esperou Edwiges voltar da caça. Quando ela voltou trazia um rato morto no bico. A sorte era que Tia Petúnia não ia ao quarto dele, pois se não teria um ataque da quantidade de coisinhas mortas que Edwiges traz. Harry se deitou e ficou pensando no que Hermione e Rony estariam fazendo. Uma coruja pequena entrou pela janela. Cabia na palma da mão dele. Era Píchi. A coruja de Rony. Trazia uma carta para ele.
"Harry, espero que você esteja bem. Amanhã as catorze horas vamos buscar você. Avise seus tios. Tchau. Rony."
Não era uma carta muito complexa, mas pelo menos ele estaria livre dos Dursley dali a um dia. Desceu as escadas e foi falar com os tios.
-Tio Válter. Meu amigo e os pais dele vão vir me buscar amanhã as duas.
-Para que?-perguntou friamente Tio Válter.
-Para eu passar o resto das férias na casa deles.
-Está bem. Mas que transporte eles vão usar?-disse erguendo as sobrancelhas.
-Hum.-pensou
Harry não fazia a mínima idéia. Não poderiam usar o Ford Anglia pois este estava perambulando pela floresta negra. Vir de vassouras não seria apropriado. Talvez viessem com um carro do Ministério da Magia. É. Talvez seja assim mesmo.
-Acho que virão de carro.
-Acho bom mesmo.-respondeu Tio Válter.-Imagine o que os vizinhos iriam pensar de fosse se uma maneira anormal.
Harry olhou para o teto. Era muito chato o jeito com que Tio Válter o tratava. Mas quando mescionara o padrinho, que tal era um foragido perigoso e assassinho, os tios passaram a trata-lo um por cento melhor, com medo de que Sirius aparecesse e matasse eles.

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